Just A Kiss? escrita por Jessie Austen


Capítulo 22
Cap. 22 - Burning Desire


Notas iniciais do capítulo

A Lana Del Rey me ajudou muito como inspiração para esses dois capítulos! xD

Contém dose leve de Odin x Laufey! *_*



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Odin x Laufey


23 anos antes...




– Essa prisão não pode me prender por muito tempo...- o futuro rei de Jotunheim cantarolou mas o guarda o ignorou deixando-o sozinho após lhe entregar sua refeição.

Indo até uma pequena abertura acima de sua cama feita de pedra, na pequena cela que ficava abaixo do palácio de Asgard, ele deixou o sol asgardiano atingir sua pele. Era engraçado estar diferente, se passar por um deles. Tal mudança era necessária para suportar o clima tão diferente de seu reino.

Enquanto pensava na sua própria vida, não percebeu que Odin o encarava de fora da cela.

– Quem é você? – perguntou se aproximando da grade.

Seus olhares se encontrarem e então o jovem pode reparar naquele prisioneiro. Seus cabelos eram escuros e muito compridos, além de sua pele ser extremamente pálida como a neve, com olhos vermelho sangue.

– Sou o futuro rei de Asgard.

– Oh, futuro rei de Asgard, uh? Quanta gentileza vir aqui visitar um simples condenado...- Laufey sorriu enquanto olhava o asgardiano de cima a baixo.

– Mas você não é um simples condenado, não é mesmo? Você ainda nem foi a julgamento. Por que você quis invadir este reino?

– Oh, eu não tinha nada melhor para fazer e pensei: por que não? – o moreno sorriu.

– Se você não ajudar essa poderá ser a resposta do júri ao te condenar a morte. – Odin respondeu entredentes e isso fez o jotun gargalhar.

– Você tem senso de humor. Isso é bom, isso é muito bom. Ainda mais para um rei asgardiano. Começamos isso errado. Deixe me apresentar devidamente, meu nome é Laufey.

– Eu sei o que você é. Eu quero os motivos...- respondeu puxando Laufey com força contra a grade.

– Tsc,tsc...não é assim que se conquista as coisas, futuro rei. Veja por mim...estou preso.

– O que eu tenho que fazer para você dizer suas verdadeiras intenções?


– Conquiste isso. Mostre que você é diferente do seu povo. Que você não vai querer me matar, que você vai me querer...como seu igual.

Eles se encararam antes de Odin sair da cela completamente transtornado.

A verdade é que o jovem guerreiro não sabia o que sentia depois daquele encontro. Obviamente tinha raiva, medo, revolta, mas aquele jotun...havia algo que ele jamais havia encontrado antes.

Odin retornou durante todos os dias nas semanas que se seguiram. Primeiramente acompanhado do júri que definiria seu julgamento depois com guardas, e por fim sozinho.

Na maioria das vezes o jotun apenas o encarava com aquele sorriso típico e nunca dizia nada além de provocações. Em uma delas, foi o estopim de tudo.

– Até amanhã, querido...- o jovem gigante disse enquanto Odin subia as escadas.

Os dois trocaram um olhar e então o loiro perguntou:

– O que disse?

– Eu disse até amanhã. Você vai voltar para sua mulher e seu filho agora, estou certo?

– Não te interessa.

– Ah, me interessa sim. Muito. Eu imagino que os dois devem ser extremamente sem importância, já que às vezes você passa o dia aqui comigo, ao invés deles.

– Não diga tolices.

– Oh, estou dizendo mesmo? Você adora ficar aí fora...só me observando. Como se eu fosse seu animalzinho de estimação. Sabe que eu não falarei nada de mais porque eu não tenho nada de mais para declarar e ainda assim prefere me manter preso.

– Você tem direito à justiça. A um julgamento, como qualquer outro alguém...e meu pai me mandou aqui. - Odin respondeu descendo se reaproximando da cela.

– Oh, agora eu sou alguém para você. Eu gosto do rumo disso...

– O que quer dizer?

– Não adianta fingir que não quer, Odin. Que não deseja tanto quanto eu desejo...

– Não sei do que você está falando.

– De justiça que não é, pois disso nenhum de nós dois entendemos...somos tão parecidos, não acha? - Laufey – respondeu com um sussurro.

Odin segurou forte na grade enquanto Laufey se distanciava com um sorriso. O rei de Asgard lambeu seus lábios e subiu as escadas rapidamente.

O jotun assistiu à cena completamente decepcionado, mas não durou, pois logo Odin voltou com a chave da cela. Sorrindo, se levantou e puxou o loiro beijando-o com urgência assim que este entrou.

– Se isso for um truque...- Odin respondeu ao beijo empurrando-o contra a parede.

– Minhas intenções com você são bem verdadeiras, não consegue sentir isso? – o gigante provocou enquanto Odin o pressionava, intensificando o beijo, lambendo seu pescoço.

– Eu quero tanto você. – este declarou enquanto Laufey tirava sua manta, cruzando a perna em sua cintura.

Tal ato se repetiu por vários dias seguidos, mas algo, uma força maior, fez com que a história tomasse rumos inesperados e sem volta, para ambos.




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Laufey sorriu ao ver que Odin descia as escadas naquela manhã. Naquela tarde ele finalmente seria coroado e mesmo assim estava ali.

– Você veio...- sorriu para o loiro.

– Thor quis vir também...- este revelou dando espaço para um menino de só cinco anos, muito loiro.

– Oh, olá Thor. – Laufey o reverenciou fazendo sua pele se tornar azul e isso fez o menino sorrir.

– Que graça. Ele gostou! – o jotun riu de volta enquanto Odin o encarava muito sério – O que aconteceu?

– A sua condenação. Laufey. A sua condenação saiu ontem...

– E então? Posso voltar para a casa? Me diga Odin...estou nesse lugar a quase seis meses.

– Você foi condenado à morte. – o príncipe revelou quase entre lágrimas.

– O quê? Odin...

– Não, eu jamais...você vai fugir. Me ouviu? Você vai voltar para Jotunheim agora. Vá agora...não se preocupe com os guardas ou com a entrada. Está livre.

– Odin, espere.

– Laufey, por favor. Vá embora. – Odin respondeu lhe entregando a chave e pegando Thor no colo, saiu sem olhar para trás.

Naquela noite quando voltou para Jotunheim, Laufey soube que estava esperando um filho.

Na Grande Batalha que aconteceria quase um ano depois, Odin invadiu o reino dos gigantes, sendo obrigado a tirar a caixa de gelo, fonte principal do poder daquele povo, mas consequentemente perdendo um olho após lutar com o pai de Laufey.

Quando tudo havia terminado, encontrou um bebê que logo ele saberia que era seu filho com Laufey. Loki havia sido abandonado, por ordem do até então rei que jamais assumiria que seu filho havia se envolvido com o inimigo, um asgardiano.

Os anos se passaram rapidamente para aqueles que não presenciaram, não sentiram o que aqueles dois jovens príncipes. Odin, que só queria fazer o que era certo tentou esquecer seus momentos que agora pareciam sonhos distantes. Laufey, por sua vez nunca o perdoou por tê-lo feito sentir o que um gigante era treinado para ignorar.




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Loki caminhava silenciosamente pelos andares abaixo do palácio de Asgard. Ali havia sido uma prisão nos tempos passados, mas desde criança tal espaço havia se tornado uma espécie de museu, com obras e relíquias de todos os reinos conquistados pelo pai de todos.

– Meu príncipe, posso ajudá-lo? – um guarda perguntou se aproximando.

– Ah, não. Obrigado, meu pai pediu que eu viesse. – este sorriu, mas o guarda o olhou desconfiado – O que? Quer dizer que acha que eu estou mentindo?

– Não é isso, senhor. É que eu...

– Se duvida então vá você mesmo perguntar para ele. Vá. Agora. – Loki ordenou e então o outro obedeceu deixando-o sozinho.

– Eu uso essa desculpa desde criança e eles ainda não aprenderam...- o moreno sorriu enquanto adentrava pelas salas, abrindo com um rápido feitiço todas as fechaduras, até entrar em uma câmara iluminada por luzes de velas.

Viu ali um dos maiores tesouros conquistados por Odin. A caixa azul de Jotunheim.

Nunca a tinha visto de perto e na verdade havia até duvidado de sua existência já que sempre havia sido proibido de chegar até aquele local.

Sabia que poderia ser mortal, poderia ser seu fim, mas simplesmente precisava. Não conseguia mais viver com aquilo.

Pensou em Thor. Em sua mãe. Em seu pai. Em seu filho. Mas aquela era uma luta, era algo que ele devia passar sozinho.

Abrindo o vidro onde a caixa se escondia, fechou seus olhos por um instante antes de tocar a superfície da caixa.

Neste momento sentiu uma espécie de choque preenchendo-o por inteiro e sua pele se tornou azul. Azul como as altas montanhas de Jotunheim.







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Notas finais do capítulo

Gentem! Na última quinta fiz 1 ano de Nyah! acreditam? *_*
São taaantas emoções...e só de pensar que a minha primeira fic eu escrevi à mão! xP Ai, Deus! ♥
Mas a verdade é que eu queria contar para vocês que para comemorar estou preparando uma surpresa, uma fic Thorki que provavelmente será one Shot e diferente de tudo que escrevi até agora. Sem mais spoilers para não estragar então!
Na verdade, eu já queria ter isso pronto, mas a expectativa é sempre melhor do que a realidade né? ¬¬
Não vou prometer uma data, mas posso afirmar que muito em breve teremos coisa nova! Vou contando as novidades por aqui, tá? :B
Um beijinho e boa semana! E até o próximo capítulo!