Amor E Inocência escrita por Thalia Tsukiyomi


Capítulo 18
Capítulo 18 - Tudo Por Aquele Que Amo


Notas iniciais do capítulo

ôhh preguiça ... Desculpa a demora, eu realmente estava com preguiça x.x



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Fazia exatamente uma semana desde que eu e Ikuto decidimos fugir juntos. E quatro dias, desta mesma semana que começamos a morar no campo abandonado que encontramos na nossa “jornada”. O jovem Tsukiyomi, agora meu marido, está se esforçando muito para cuidar de mim, todos os dias ele vai para a cidade fazer alguns trabalhos para conseguir algum trocado para nos manter. Sempre que ele vai, o mesmo vai a pé e deixa o cavalo nomeado Trovão, caso alguém de fora venha e tente me fazer algum tipo de mal. Bastaria eu montar no animal ir atrás dele. Se não fosse um simples e pequeno detalhe: Não sei andar em cavalos...

Já que Ikuto trabalhava duro e honestamente na cidade – o mesmo tinha me prometido que deixaria para trás a sua vida como ladrão. - , eu ficava na nossa casinha, cuidando das coisas. Dando o meu melhor no que podia para ser uma ótima dona de casa, já que uma boa cozinheira eu não podia ser, pois eu queimava tudo o que cozinhava. Então, eu deixava isso com ele.

Pelo menos uma vez no dia, eu tirava um tempo para procurar nas outras casas mais coisas que poderíamos utilizar. E claro, dava uma boa olhada nas outras hortas para encontrar mais alguns legumes ou grãos, ou até mesmo aquelas batatas que mais se pareciam com pedras.

Como ficava sozinha até a hora do jantar, o que significava que eu tinha bastante tempo de sobra para fazer o que eu quisesse. Porém, não tinha nada pra me distrair e o tempo voar para que eu pudesse ver o meu amado. Fui a uma das casas na qual ainda não tinha explorado, e encontrei mais algumas pelas de roupas, panos, lençóis e mais panelas de barro e outras utilidades. Foram algumas idas e voltas até que conseguir levar tudo para a minha casa, os pondo em um canto enquanto eu olhava aquele monte de coisa, eu pensava no que iria fazer com aquelas tralhas.

Passei um curto tempo pensando no que eu poderia fazer com aquilo e que pudesse agradar Ikuto quando ele voltasse. Prendi meus cabelos de tonalidade estranhamente rosados para que não pudesse me atrapalhar em qualquer atividade que eu decidisse fazer, levantei as mangas da blusa até os meus cotovelos.

— Certo! Vamos começar! - Exclamei. 

Iria começar com as roupas e qualquer pano. Separei os tecidos em uma bacia – que eu tinha encontrado durante uma exploração que fiz em outra casa. -, peguei três baldes e amarrei aos lados do cavalo. Coloquei as guias nele e o puxei para que ele me seguisse até o rio que havia um pouco perto dali. Enchi os três baldes com a água do riacho e com muito esforço eu prendi dois recipientes no animal para que o mesmo carregasse, enquanto eu tentava levar apenas um. Fiz isso algumas vezes até que eu terminasse de lavar os lençóis e as roupas que eu tinha encontrado. Minhas mãos estavam vermelhas e com alguns arranhões causados pelas as grossas cordas que tinham nos baldes.

Já estava de tarde e o sol brilhava no topo do céu azul com nuvens branquinhas. Ele verá que eu também estou fazendo de tudo para cuidar dele como ele cuida de mim. Às vezes acho que ele pensa que foi uma má idéia de ter me tirado dos cuidados de Tia Miller e por isso que ele sempre passa mais tempo na cidade trabalhando para poder comprar tudo do bom e do melhor para mim... Por isso, todos os dias eu me esforço para fazer as coisas tudo certinho e mostrar que eu estou realmente feliz de estar com ele.

Depois que todos os panos e panelas, eu decidi que tentaria cozinhar mais uma vez. Eu realmente estava disposta – mais do que os outros dias. – em agradar ele mais do que tudo. Entrei na casa e fui para a cozinha, ver o que eu tinha encontrado hoje de manhã. Peguei os legumes e cortei como o moreno de olhos safiras tinha me ensinado, pus numa panela com água e levei até o fogo. Eu lembrava como era feito um ensopado, porém, nunca me lembrava de quanto tempo isso ficava no fogo, e por isso sempre saia queimado.

Depois de alguns minutos, já pude sentir o cheiro da janta. Enquanto terminava de cozinhar, eu fui arrumar a mesa. A cada dois minutos eu ia até a panela ver se estava pronto, ou até mesmo, ver se eu não queimei nada. Peguei uma colher de madeira, pegando um pouco de caldo e o provei. E finalmente um milagre havia acontecido naquele glorioso dia! Eu finalmente consegui fazer um ensopado. Não estava ruim e muito menos queimado. Como comemoração dei uns pulinho e abafei alguns gritos de felicidade. Eu estava realmente animada com aquilo tudo!

Fui até a janela e olhei para o céu, o sol estava começando a se pôr e, logo, logo Ikuto chegaria. Ele teria uma bela surpresa. Não pude deixar de sorrir com esses meus pensamentos.

Depois que a sopa estava pronta, coloque em dois pratos e pus na mesa, deixando tudo bem arrumadinho para o nosso jantar. Enquanto eu deixava o alimento esfriar um pouco, fui ver se as roupas estavam secas. Peguei uma bacia e fui para trás da casa, onde tinha um varal grande. Pegava e dobrava aqueles que estavam secos e colocava na bacia, um acima do outro. Assim que eu tirei um lençol, vi silhuetas de algumas pessoas se aproximando cada vez mais.

Parei com que eu estava fazendo, e passei a encarar aquela multidão.  Talvez só estejam de passagem... Foi o que eu pensei antes de ver dois homens pararem bem a minha frente, assustando-me com a repentina aproximação dos desconhecidos. Logo mais, eles abriram passagem para um senhor de meia idade passar, tomando a frente deles. Encarando-me com um olhar superior.

— Viemos para tomar este lugar! - Curto e grosso.

[...]

Fora um bom e ótimo dia de trabalho concluído. Ikuto Tsukiyomi sorria ao apertar a mão de um homem a sua frente. O careca barbudo tinha um sorriso de lado, com o seu charuto em sua boca. Estava satisfeito com o trabalho do jovem. O mais velho propôs que o rapaz sempre que precisasse de trabalho, falasse com ele. Já que o mesmo realmente tinha gostado do esforço do moreno. Ikuto havia arrumado clientes novos para o homem de charuto, passou a tarde toda trabalhando duro para aquele senhor. Fazendo o mesmo ganhar o dobro do dinheiro que costumava ter.

— Pães, queijo e leite. - Falava o homem atrás do balcão, colocando tudo em um saco.

— Obrigado. - Agradeceu o rapaz de olhos safiras.

— Tome. Cortesia da casa! - Disse com o charuto em uma de suas mãos, e com a outra, entregou algumas moedas.

Ikuto novamente agradeceu com um largo sorriso em seus lábios. Pegou tudo e foi para a rua, a caminho de sua casa. Gostaria de chegar o mais rápido possível para ver a sua amada esposa que o aguardava. Queria contar tudo o que tinha feito e ganho durante o seu trabalho.

Meia hora depois, ele já estava no campo no qual tinha encontrado dias atrás. Conforme que ia se aproximando das casas, viu pessoas remexendo e explorando cada local daquela pequena vila. Ali que costumava ser tão vazio, agora estava sendo habitadas por pessoas completamente estranhas que nunca sequer viu, nem mesmo na cidade onde costuma ir todos os santos dias. Não tinha a mínima idéia do que estava acontecendo. Correu em direção de sua casa, foi quando viu dois homens em sua porta, montando guarda.

— Amu... - Sussurrou aproximando-se da sua casinha.

O moreno rapidamente fora impedido pelos os mais velhos. Os mesmo o empurravam para que nem sequer tocasse em sua própria porta.

— Ei, o que estão fazendo? - Questionou o rapaz tentando passar. - Deixe-me entrar! Esta casa é minha!

[...]

Eu me encontrava sentada em uma cadeira de frente para um casal de velhinhos. O senhor, que se denominava como o líder dos refugiados, explicava-me tudo o que estava acontecendo. Foi então, que no meio de sua explicação, pude ouvir a voz de Ikuto do lado de fora da minha casa. Rapidamente me levantei e fui até a porta a abrindo. Arregalei os olhos de preocupações ao ver ele ajoelhados com as mãos presas atrás de suas costas e os dois homens segurando seus ombros.

— Solte-o! - Pedi tentando afastar um dos homens.

O senhor que estava na minha casa, a passos lentos, mãos para trás e um cachimbo velho em sua boca aproximou-se da porta foi até a porta. Encarou um pouco a cena e observou o rapaz que estava de joelhos. 

— Mocinha, você o conhece? - Perguntou-me o senhor.

— Sim senhor. – Confirmei. Suplicando com o olhar para que o soltasse.

— Então, seus patetas, não ouviram a moça? – Falou agora a esposa do velho. - Solte-o!

Sem protestarem, os homens obedeceram às ordens, assim o soltando.  Rapidamente pulei em seus braços, o envolvendo em um abraço cheio de carinho. Ele perguntou se eu estava bem e eu apenas concordei com a cabeça.

Agora que todos estavam bem mais calmos, voltamos para dentro da casa para continuarmos a conversa.

— Eu sou Lena. – Apresentou-se a senhora sorrindo gentil. - E este é o meu marido, Chico.

— Prazer. - Eu disse retribuindo o sorriso. - Eu sou Amu, e ele... Hum... É o meu marido, Ikuto. – Conclui a frase um pouco corada.

— Ah! Um jovem casal! – Exclamou a senhora Lena juntando as mãos.

— Como estava dizendo... - Começou o senhor. - Sou o líder dos refugiados, e soube que por aqui havia um vilarejo não habitado. Mas assim que chegamos, vimos essa moça. - Disse se referindo a mim.

— Pedimos desculpas caso tenhamos os assustado com a nossa presença repentina, e claro, por aqueles dois patetas. – Complementou a mulher de idade.  

— Entendo. – Falou Ikuto analisando toda a situação.. - Vocês podem ficar aqui. Só que teremos que ajudar um aos outros.

— Não seja por isso. – Aceitou o Senhor Chico sorrindo pela primeira vez. - Agora somos farinha do mesmo saco!

Não fazia a mínima idéia do que aquela frase significava, porém apenas sorrir. Sabia que fizeram um bom acordo. E algo me dizia que seria ótimo os terem por perto. Para finalizar o acordo, Ikuto e o líder dos refugiados apertaram as mãos.

Explicamos a eles sobre o que tinha nas casas e sobre as hortas que poderiam ser utilizadas para as plantações. Depois disso, o casal de velhinhos saiu para poderem explorar o local também, e eventualmente encontrarem a sua própria casa. Logo eu e Ikuto formos para a cozinha, seus olhos safiras passaram por toda a mesa e depois olhou para mim. 

— Desculpa... Foi o que eu pude fazer... - Falei olhando para baixo.

— Humf! - Ele aproximou-se de mim, levantando minha cabeça pelo meu queixo. - Sua boba.

Depositou um leve e demorado beijo em minha testa.

— Vamos ver se você acertou. Você realmente tem que começar a praticar para quando um dia a nossa família aumentar. - Disse ele sentando-se à mesa

O olhei completamente vermelha e surpresa por suas palavras ditas e ele apenas me sorria feliz. Se ele falou que queria aumentar a família, supostamente queria ter filhos, certo? Era algo realmente ótimo, se não fosse tão embaraçoso! Para que isso acontecesse, eventualmente teríamos que nos tocar além de beijos... Eu não sabia de nada, mas confesso que já cheguei a ouvir um pouco das conversas salientes das minhas antigas amigas. Porém, mesmo assim não sabia de nada.

O encarei novamente, agora estava completamente presa em meus pensamentos com aquele assunto. E ele? Será que ele já tocou em outra garota? Afinal, ele é um rapaz rebelde... Nossa, como isso é tão embaraçoso, tanto de imaginar quanto pensar sobre. Balancei a cabeça, tentando jogar todos os pensamentos para fora da minha mente. Ainda vermelha com tudo, sentei-me a sua frente.

— Então, você não acha ótimo que agora teremos vizinho? – Perguntei sorrindo.

— É. Talvez não seja uma má idéia. - Respondeu. - Falando nisso, gostei como você me apresentou.

— Ahn... Bem... Mas é claro! Agora estamos casados, não é? - Eu disse.

— Claro que estamos, Senhora Tsukiyomi.- Sorriu

— Hum! - Confirmei com a cabeça. - Então, como foi na cidade? - perguntei pegando uma colher.

— Consegui pães, queijo e leite. - Disse ele mostrando os alimentos. - E algumas moedas.

— Uau! Bom trabalho! Estou realmente feliz com isso. Vamos pegar o pão para acompanhar com o ensopado.

Enquanto jantamos, conversamos sobre nosso dia e tudo o que havia acontecido. Assim que terminamos, Ikuto me ajudou a retirar as coisas da mesa e a guardar o que sobrou. Depois que fizemos isso, ele segurou as minhas mãos, e observou o quão vermelhas e arranhadas elas estavam.

— O que foi isso? - Perguntou ele.

— Fui até o rio pegar água. - Sorri sem jeito. - Estou bem.

— Porque você se esforça tanto? – Ele passa sua mão suavemente em meu rosto.

— Quero... Eu quero te agradar. Você faz muita coisa por mim...

Acabando com a nossa distancia, nos beijamos lentamente, matando a saudade que sentíamos um do outro. Era tão carinhoso e caloroso que aos poucos ficaram ferozes, aumentando o nosso desejo. Eu subitamente o correspondia na mesma intensidade. Nós nos completávamos e precisávamos um do outro. Eu abrir um pouco mais a boca para que ele aprofundasse cada vez mais o beijo, explorando com a sua língua cada canto de minha boca, soltei um pequeno gemido ao sentir a minha língua tocar a sua, fiquei corada por isto. O moreno satisfeito com o que tinha conseguido fazer, separou os nossos lábios, deixando apenas nossas testas coladas uma na outra. Como eu continuava envergonha pelo o som que deixei escapar, mantive meus olhos fechados enquanto tentava controlar a respiração.

— Você já está fazendo o bastante ficando comigo— Sussurrou ele me olhando ternamente.

— Eu te amo, Ikuto. – Eu disse, sorrindo.

— Eu também te amo. - Ele beija a minha testa


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