Amor E Inocência escrita por Thalia Tsukiyomi


Capítulo 14
Capítulo 14 - Tudo Acontece Por Acaso


Notas iniciais do capítulo

Minna, desculpa pela a demora!!! Tava sem ideia! Então resolvi fazer hoje. Tipo: "É agora ou nunca" aí saiu esse capítulo, fiz tudinho hoje -.- Nem tinha no caderno para ter alguma ideia...
Espero que gostem!!



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Aquela brisa fresca, os raios sol entre as brechas dos galhos da árvore faziam carinho em meu rosto. Com os olhos ainda fechados, eu preguiçosamente espreguicei-me enquanto respirava fundo, sentido o cheiro de grama verde e o aroma delicado das flores. Mesmo que eu tenha trocado a minha confortável cama por um chão gramado, eu extremamente feliz por estar ali. Só assim saberia que tudo o que tinha acontecido na noite passada não fora um simples sonho, mas sim a realidade. Estava realmente acontecendo.

Contra a minha vontade, eu abri meus grandes olhos dourados, tendo a plena visão da árvore de onde eu estava dormindo poucos segundos atrás. Fiquei fitando as folhas verdes que estavam penduradas no caule, e pela as pequenas brechas, eu pude ver o céu de cor azul claro. Era uma linda manhã, digamos assim. Sentei-me e olhei para os lados, procurando o culpado que me fez dormir fora de casa, porém não o vi no meu campo de visão. Sentido outro tecido, um pouco mais grosso que a minha camisola, sob as minhas pernas, eu o peguei e o levantei para vê-lo melhor. Era o blazer preto do smoking que Ikuto tinha usado durante o baile.

Levantei-me do chão e caminhei por perto da árvore de onde eu estava, chegando perto da cachoeira, pude ver uma cabeleira de cor preto azulado. Aos poucos, o corpo foi surgindo da água, fazendo com que eu tivesse a bela visão do peitoral nu do moreno, deixando com que a água ficasse um pouco abaixo de seu umbigo. O mesmo sacudiu a cabeça, fazendo com que seus cabelos molhados fossem jogados para um lado e para o outro.

— Ikuto?

— Ahn? Ah, oi... Bom dia, Amu! – Ele me cumprimentou. - Espera aí um pouco, eu já vou sair.

— Quê? Não, não, não, não! – Virei de costas para ele, ficando corada. - Fique aí. Só quis te avisar que vou lá para a mansão de Tia Miller. Podemos nos encontrar à tarde?

— Sim. - Respondeu ele. Eu pude ouvir um som de como algo se mexesse na água. - Bom, estarei na casa de meus pais. Provavelmente eles devem estar preocupados...

— Tudo bem. Poderemos nos ver lá então! – Me virei sorrindo, para que eu pudesse o ver, por tanto, meus olhos estavam fixos em seu tórax molhado que estava poucos centímetros em minha frente. Levantei lentamente minha cabeça para que eu pudesse ver o seu rosto. Ikuto me encarava com a cabeça baixa, deixando bem claro a nossa diferencia enorme de altura.

Seus olhos safiras estavam fixamente nos meus. Seus cabelos molhados, pingavam em meu rosto, fazendo sorri, pois eu estava ficando vermelha com aquela repentina aproximação dele. – Co-Como eu estava dizendo... Te-Tenho que ir.

— Mas logo agora que eu estava pensando em uma coisa divertida para nós dois? - Sorriu maliciosamente. Ele realmente Estava se aproveitando da situação.

— Não diga coisas tão embaraçosas! - Sacudi a cabeça completamente envergonhada.

— Você é mesmo uma garota completamente inocente. - Riu ele passando a mão em meu rosto, tirando o excesso da água que escorria de sua cabeça.  - É melhor você ir antes que aquela mulher comece a te procurar. – Ele beijou delicadamente minha testa - Agora vá, te espero em casa.

Após confirma com a cabeça, corri entre as árvores em direção da Mansão Suarck, assim que cheguei perto o suficiente, entrei nela pela a porta de fundo. Já que eu não queria que ninguém me visse e me perguntasse onde estava àquela hora da manhã. Abrir aquela porta de madeira rústica, cuidadosamente para que não fizesse nenhum ruído, porém, novamente eu havia fracassado, pois a mesma fez um barulho irritante. Vi que não havia ninguém na cozinha, entrei e fechei novamente a porta, soltando um suspiro de alivio.

— Não acha cedo demais para contar vitória?

Perguntou uma voz feminina que vinha logo atrás de mim. Fazendo com que eu paralisasse completamente, um arrepio percorreu todo o meu corpo. Virei minha cabeça lentamente, para poder ver a dona daquela voz.

— Ri-Rima... - Sussurrei.

— Onde você estava? - Perguntou ela colocando uma bandeja em cima da mesa de madeira. - Quase tive um ataque quando não te vi na cama!

— Desculpa por isso. - Abaixei a cabeça corada, juntando as pontas dos meus dedos indicadores. - Eu estava com ele... E perdi a noção  do tempo.

— Perdeu, sei... - Rima coloca uma xícara de porcelana na bandeja.

— Ahn... Bom... A Senhora Miller já perguntou por mim?

— Não. Ela deve estar no banho agora. - Respondeu a loira arrumando as coisas na bandeja. – E você não acha que deveria fazer a mesma coisa, Senhorita? – Perguntou ela me encarando com as mãos em sua cintura. – Senão, serei obrigada a contar para ela que você passou a noite fora.

Só de imaginar o que Tia Miller faria ao saber que eu tinha passado a noite fora, eu engoli em seco com aquela ameaça, mesmo sabendo que aquilo não passara de uma brincadeira feita pela a minha amiga. Sorrindo sem graça, eu a abracei.

— Você não seria capaz! - Eu disse depositando um beijo em sua bochecha, a fazendoela sorrir. 

Chegando a meu quarto, fui direto para o meu guarda-roupas, procurando algum vestido que eu quisesse vestir. Depois de alguns minutos, a porta foi aberta pela a minha dama de companhia que trazia a bandeja com o leite matinal de todos os dias. Após ter colocado o objeto na mesa que havia em um quanto do quarto, a mesma aproximou-se de mim.

— Separou dois vestidos? - Perguntou Rima olhando os trajes separados em cima da cama.

— Hoje à tarde eu vou visitar a família Tsukiyomi novamente. – Respondi, conferindo se aqueles seriaram os que eu queria mesmo. - Você pode me ajudar a escolher?

— Claro. Ainda está cedo, você terá tempo o bastante, agora vá tomar o seu banho. - Disse a garota colocando as suas duas mãos em meus ombros e me empurrando em direção ao banheiro. - Senhora Miller já estar na mesa te esperando.

Resmunguei baixinho, pois se eu pudesse, eu a evitaria esta manhã. Retirei a minha camisola branca de algodão e tomei o meu relaxante banho matinal. Me arrumei e fui ao encontro da minha tia. Sentei-me no mesmo lugar da mesa, ao lado esquerdo da senhora que continuava calada durante a minha presença, apenas bebericando o seu chá. Uma empregada aproximou de mim, assim servindo o meu café da manhã.

— A parti de hoje, você está completamente proibida de sair das minhas propriedades. – Senhora Miller falou simplesmente.

Mal eu havia encostado a primeira colherada do meu mingau em minha boca, fazendo com que eu parasse com essa ação antes de concluí-la. Pus o talher no prato novamente, para que eu a olhasse e ver se eu tinha ouvido direito.

— Como? - Pisquei várias vezes meus olhos. Queria entender o que ela queria dizer com aquilo.

— Ultimamente você sai bastante. - Disse ela colocando a xícara na mesa para que pudesse me encarar. - Quero evitar você se encontrar com aquele sujeitinho de sangue ruim.

— Você não pode tirar a minha liberdade! - Eu quase gritei. Não estava querendo acreditar no que ela estava dizendo.

—  Apenas quero o seu bem. – Ela fez um olhar preocupado.

— Meu bem? – Sorrir sarcasticamente. - Você sabe o que está fazendo comigo, Senhora Miller! - Me levantei apoiando minhas mãos em cima da mesa. Meus olhos começaram a lagrimejarem. - Isso não é querer o bem de alguém. Você estar me proibindo de ver aquele rapaz! Eu me sinto bem ao lado dele! É com ele com quem eu quero ficar, e não com o sobrinho de uma burguesa!

— Ele só quer o seu dinheiro! É só isso que pessoas com ele querem! - Gritou tia Miller. – Que tolice acreditar no amor em uma sociedade classicista como esta!  Não existe amor entre vocês!

E você é um exemplo disto, não é? Você amava o meu pai. – Eu a encarei desafiadora. Deixando as lagrimas descerem. – Você por ser a filha mais velha, teve um casamento arranjado, que nem o que você fez para mim. Porém, você amava ele, um sujeito que não tinha um tostão nos bolsos e, o pobre homem escolheu a minha mãe. A sua irmã mais nova! Você a odiava mais do que tudo, pois ela sempre teve o que você sempre queria. Uma família com quem amava... – Eu enxuguei as lagrimas que não paravam. – Ela sempre teve um coração bondoso e gentil no qual os homens se apaixonavam. E você... Tentou roubar o marido dela, o meu pai!

— Você não sabe de nada! - Gritou ela tremendo de raiva.

— Não sei?

— Amu, para com isso... – Falava a loira se aproximando preocupada com a situação e até onde aquilo tudo daria. - Já chega tá.

— Fica quieta Rima! - Olhei para a minha amiga. Fora a primeira vez que gritei com ela.  Voltei o olhar para a mais velha - Você acha que eu não sei mesmo? Eu vi e me lembro muito bem o que aconteceu  na ultima vez que você foi nos visitar. Eu vi, naquela noite... Você tentando seduzir o meu pai! Eu vi e escondi isso de mamãe... Por que... Porque ela te amava... Mas... Você não presta!

Eu soltava aquelas palavras, era como um banho Gélido para a Senhora Miller que me olhava com os olhos arregalados. Aquilo tinha acontecido a tanto tempo, porém, ainda era um memória viva em minha cabeça, mesmo que eu apenas tivesse entre sete
à oito anos de idade.

Foi então que eu sentir uma ardência na minha bochecha direita. Não demorou muita para que a marca de sua mão ficasse presente no mesmo local onde eu tinha levado a tapa.

— A verdade dói. Eu sei. – Eu disse pondo uma mão por cima de onde ardia.

[...]

Passos apresados. Os dois rapazes estavam andando tão rápido, que as vezes esbarravam nos cidadãos daquela vila, fazendo com que olhares curiosos os perseguissem. Os cabelos negros de Castiel e os castanhos de Henry chegavam a flutuarem aos toques do vento.

Chegaram ao seu destino, o pequeno e humilde chalé, que ficava um pouco afastado das casas que tinham na cidadezinha. Abriram a porta sem ao menos pedirem permissão, dando de cara com uma mulher loira com roupas velhas e surradas.

— Oi, tia. - Cumprimentou Henry, o garoto de cabelos claro. - O Ikuto está?

— Meninos! Quanto tempo não os vejo. - Sorriu a mulher gentilmente. - Sim, sentem e esperem só um pouco, vou acordá-lo.

[...]

Eu já estava pronta para ir para a casa dos Tsukiyomi, arrumei o cesto no qual iria levar um bolo e alguns outros doces no qual eu tinha pedido para que Rima fizesse mais cedo.

A vila estava como de costume, bem movimentada e um tanto que barulhenta. Parei numa pequena floricultura e comprei um pequeno buquê de margaridas de diversas cores. Depois que paguei as flores, voltei a caminhar em rumo a casa de Ikuto. Distraída cheirando as belas flores, esbarrei em uma pessoa. Levantei o olhar, para que eu pudesse me desculpar. Era um linda garota de longos cabelos loiros presos em marias-chiquinhas, seus olhos pareciam duas bolas arroxeados brilhantes.

— Sinto muito. - Disse ela segurando uma de minhas mãos. - Desculpa!

— Não, tudo bem. - Sorri e ela retribui. – A culpa também foi minha.

[...]

Agora os três rapazes se encontravam na sala conversando algo completamente diferente do que realmente queriam falar. Pois, o Senhor e a Sra. Tsukiyomi nem imaginavam no que os seus dois filhos estavam envolvidos.

— Crianças, eu vou comprar umas coisas, logo estarei de volta. -  Falou a mais velha.

— Tudo bem. - Respondeu Ikuto.

— Vá com cuidado Tia! - Disse Castiel, o rapaz de cabelos escuro.

Confirmando com a cabeça e um sorriso nos lábios, a mulher loira logo saiu da sua casinha, deixando os jovens a sós.

— O que vocês querem aqui? – Perguntou o rapaz virando os seus olhos safiras para os convidados.

— Você não estava na Floresta Proibida no domingo. - Respondeu Henry o encarando repreendido. - E principalmente no sábado, no dia do Baile da Rosa. Caso você não se lembre, a gente tinha marcado de roubar os convidados. Você sabe o quanto de jóias a gente perdeu naquele dia?

— E o que eu tenho haver com isso? - Perguntou Ikuto arqueando uma  sobrancelha.

— Humf! Você é um inútil mesmo. Sabe que todos nós temos que estar presente para que tudo dê certo. - resmungou Henry. - E pior do que você, é aquele pirralho de seu irmão!

— O que ele fez desta vez? – O Tsukiyomi mostrou um pouco de interesse no assunto, já que se tratava do seu irmão caçula.

— Aquele pirralho não fez o trabalho que era bem simples. - Disse Castiel. - Nós pedimos para ele agir como uma criança para a noiva do próximo Conde, e ele fugiu disso!

— Vocês o quê? - Ikuto Rapidamente ele ficou de pé, segurando em cada mão, a gola da camisa de seus amigos.

Os três estavam tão distraídos, encarando uns aos outros, que nem perceberam a porta sendo aberta por uma garota completamente sorridente.

— Estou de volta! – Anunciou a moça.

— Utau! - Falaram os três juntos levando a atenção para ela.

— Ah, olha se não são os quatro patetas. Não, espera ai... Falta um. - Disse a menina olhando para os garotos.

Ikuto soltou seus companheiros e foi ao encontro de sua irmã, no qual não a via a muito tempo.

— Onde você estava? - Perguntou o seu irmão.

— Pelo o mundo. - Respondeu dando de ombros. - Mas olha a lembrancinha que peguei durante o caminho daqui. Utau estende a mão, mostrando uma pulseira de perolas.

— Ikuto, a sua irmã é mais útil do que você e aquele pirralho. - Comentou Henry pegando a pulseira e dando uma boa olhada. - São verdadeiras?

— Claro que sim! Roubei de uma garota que vestia um lindo vestido de seda cara. - Falou com orgulho do ato.

Após ouvir vozes se aproximando, e reconhecendo que se tratava da Sra. Tsukiyomi, esconderam rapidamente a jóia roubada.

[...]

— Acho que você agora sabe o caminho. - Sorrio a mulher pra mim.

— Sim, agora não vou esquecer. - Respondi.

Eu havia encontrado a mãe de Ikuto na vila. Eu tinha a dito que estava procurando o caminho da casa, já que não me lembrava e a mesma me acompanhou até a sua humilde casa. Assim que ela abriu a porta, nos deparamos com os olhares e sorrisos sem graça de todos sob a gente. Entre as pessoas, estava Ikuto e a garota que eu tinha esbarrado minutos atrás...

Os sorrisos desmancharam-se e uma estranha troca de olhares entre todos foi notável. Fazendo com que um clima estranho estabelecesse naquela pequena sala.


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Notas finais do capítulo

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