Amor E Inocência escrita por Thalia Tsukiyomi


Capítulo 11
Capítulo 11 - O Convite




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— Como é? Fora de questão! Eu não vou! – Teimou Ikuto.

— Ahhh Ikuto, não seja chato! – Eu disse. – Ela permitiu que eu o levasse. Até me deu o seu convite. – Retirei um pequeno envelope azul claro com o lacre dourado com o símbolo da família Hotori.

— Você é muito idiota mesmo! –Falava ele se deitando na grama com as duas mãos atrás de sua cabeça fechando os olhos em seguida. – Esse tipo de Baile é de ricos e, isso significa um baú de tesouros para mim, que sou ladrão. Por isso você é uma completa idiota! – Deu ênfase na palavra “ladrão”.

Só um imbecil mesmo para recusar um grande convite que nem esse! A sua desculpa favorita para tudo o que falo é o tão “temível ladrão” que ele diz ser.  Pra mim, não passa de bobagens ditas ao vento. Já que ele sequer tentou furtar a casa da Senhora Miller ou qualquer outra coisa de mim. Porém já tentou se livrar  de mim de algumas formas, por tanto sempre dava na mesma.

Sem que eu percebesse, eu estava o encarando tão fixamente que parecia que eu estava tentando ler seus pensamentos, fazendo com que ele abrisse seus olhos safiras e deu o seu típico sorriso de lado.

— Que foi, hein? – Perguntou ele.

— Ikuto, porque você nunca se atreveu a me roubar? – Perguntei.

— Que raios de pergunta é esta? – O moreno rapidamente se senta e me encara. – O que deu em você hoje?

— Nem mude de assunto! Você já tentou quase de tudo para se livrar da minha pessoa, porém nunca se atreveu a me roubar. – Eu disse o que passava-se nos meus pensamentos.

— Se eu tivesse feito isso, você voltaria do mesmo jeito. Já que você é uma pirralha de cabeça oca! – Debochou. Analisou-me toda com seus olhos – Bom,  já que você quer tanto assim... Hum... Parece que o seu vestido é feito de uma seda muito cara. Então passe ele pra cá. Agora! 

Minhas bochechas queimavam, ficando rosadas enquanto eu tentava processar tudo o que ele havia dito-me. Por outro lado, Ikuto estava com um sorriso debochador em seus lábios.

Assim que eu conseguir organizar meus pensamentos, eu comecei a dar algumas pequenas tapas.

— Seu idiota! O que você está pensando? – Gritei não muito alto ainda – Você é um pervertido mesmo!

— Pera aí! – Disse o Tsukiyomi segurando meus dois ombros, fazendo-me parar de batê-lo. – Caso que você não se lembre, a idéia foi sua.

— Por um lado, foi... – Admiti. – Mas eu não estava falando disso.

Assim que ele me soltou, eu voltei a me sentar, soltando um pequeno suspiro. Não acreditava que eu estava preste a fazer o que eu pensava, porém, pelo jeito é realmente preciso.

Juntei minhas mãos ficando a sua frente, teria que implorar para aquele ser.

— Por favor! Por favor! Por favor! Por favor!! – Fiz uma carinha de gatinho abandonado, quase que nem a Yaya quando quer algo.

— “Por favor” o que sua irritante? – Perguntou ele fazendo uma expressão de irritado.

— Por favor, vá ao baile comigo!

— Você não vai desistir, não é? – Balancei a cabeça em negação. Ikuto virou o seu rosto, estava um pouco corado com a situação. – E além do mais, é muito estranho uma garota fazer um convite para um rapaz...

— Ahhh, então era por isso. – Sorri ao descobrir o verdadeiro motivo da sua negação.. – Não seja por isso. Faça o convite!

— Não seja idiota, sua idiota!

[...]

Com muito esforço e dedicação, fiz com que Ikuto aceitasse o convite, faltando apenas um dia para o grande Baile Da Rosa.

Eu e Rima caminhava pela a vila na companhia do moreno de olhos safiras. E como desculpas para sair, eu disse para Tia Miller que eu iria ver se o meu vestido estava pronto. Bom, menti em partes, claro, já que o verdadeiro motivo eu ia conhecer o lugar onde jovem rapaz morava – No qual ele recusou muito e eu insistir mais ainda -. Mas claro que depois desta visitinha, teria que ir realmente buscar o vestido, para que minha mentira tornasse verdade.

Em poucos minutos chegamos perto de uma casinha com a aparência de um pequeno chalé. A entrada estava um pouco desgastada, a parede caindo aos poucos, janelas de madeiras velhas e no telhado uma chaminé na qual saia fumaça.

— Estou de volta! – Anunciou Ikuto depois que abriu a porta. Ele deu espaço para que eu e Rima entrasse.

— Ikuto querido, novamente dormiu fora. – Falou uma mulher saindo da cozinha, enquanto passava as mãos em seu avental surrado. – Oh, temos grandes visitas...

— Amu, essa é minha mãe. –  Ele a apresentou.

— Ah, muito prazer. – Estendo a mão para ela.

— O prazer é todo meu. – Ela novamente passou a limpar mais um pouco as suas mãos antes de finalmente tocar uma das minhas. – Bom, sinta-se á vontade!

A loira de cabelos presos em um coque mal feito, aproximou-se perto de seu sofá de madeira no qual tinhas algumas almofadas, com seu pano bateu de leve nelas, assim tirando um pouco da poeira, assim que o fez a mesma fez um sinal para que eu me sentasse. A minha amiga logo se pôs em pé ao meu lado. - Claro que eu sentia um pouco desconfortável com esse cuidado e atenção exagerado que a mais velha fazia questão de me dar.

— Mãe, cadê o pai? – Perguntou Ikuto.

— Ele saiu com o seu irmão. Eles voltarão logo. – Respondeu a mulher. – Ah! Irei preparar algo para vocês. Com licença.

A Sra. Tsukiyomi volta para a cozinha e em alguns minutos voltou para a sala com uma bandeja improvisada em mãos, peguei a caneca de alumínio no qual continha leite quente, Ikuto pegou a outra e sentou-se ao meu lado.

Nossa conversa fora interrompida quando a porta daquele pequeno chalé foi aberta, fazendo com que todos nós levássemos nossas atenções para as duas pessoas que estavam na porta. Um era um homem de aparência um tanto charmosa, digamos assim, que no qual se parecia um pouco com Ikuto, por tanto, mais velho; e a outra era um rapazinho que rapidamente reconheci. . 

— Amu. – Falou o garoto quebrando o silêncio.

— Yoru! – Falei sorrindo ao vê-lo.

— Vocês já se conhecem? – Perguntou Ikuto olhando para mim e para o seu irmão mais novo (?)  – Bom, não importa. 

O rapaz ao meu lado pôs a caneca em um canto qualquer, levantou-se e se se aproximou do homem mais velho.

— Pai, você tem algum smoking? – Perguntou.

— Um smoking? Para que você quer um? – O pai retrucou a pergunta um pouco confuso com a situação..

— Tsk! É porque aquela idiota me convidou para o Baile da Rosa. – Ele aponta um dedo acusador para mim. Fazendo com que eu sorrisse sem graça

— Ikuto, isso lá é jeito de tratar uma dama? – Reclamou a sua mãe, o olhando feio com o seu comportamento.

— E aquela lá é Dama desde quando? Ela só sabe bater, bater e reclamar! – Respondeu Ikuto.

— E você fica me xingando! – Cruzei os braços fazendo um bico. – Você é sempre grosso e insensível comigo. Fica fazendo piadinhas da minha inocência!

— Ikuto vocês são namorados? – Perguntou o pai.

— NÃO!! — Respondemos juntos, eu e Ikuto.

O Sr. Tsukiyomi entregou o saco de papel que continha um pão, que estava em seus braços a sua mulher que no qual a mesma ria da cena que acontecia em sua humilde sala.

— Senhorita, estar na hora. – Avisou a minha dama de companhia. – Temos que voltar, senão a Senhora Miller ficará preocupada.

— Ah, claro... – Falei me levantando.

Despedir-me do Sr. E Sra. Tsukiyomi, no qual agradeci gentilmente pelo o leite quente; o homem mais velho me fez um pequeno elogio. E claro, não poderia me esquecer da fofura de Yoru que no qual beijei sua bochecha carinhosamente, o deixando levemente corado. Sequer eu dei-me o trabalho de falar com aquele ladrão de meia tigela.

Voltando para a vila, passamos no atelier no qual encomendei os vestidos, sim, vestidos no plural. Já que a Rima também iria comparecer ao Baile ao lado de Nagihiko Fujisaki. 


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