Me levantei cambaleando e fui até a minha mesa do notbook, abri a gaveta e peguei a aspirina, desci as escadas e fui para a cozinha, tomei o remédio e logo vi minha mãe coversando com a Eliz, tentei passar despercebida, falhei na missão.
- Elena - minha mãe me olhou enquanto eu saia de mansinho.
- Oi mamãe - meu sorriso mais falso impossivel, tão falso que ela até riu dele.
- Como foi a festa ontem?
- Foi bom, conheci um cara, e ele básicamente me salvou de um bebado - dei de ombros e minha mãe arregalou os olhos.
- Como assim Elena? me conta direito isso.
- Eu estava dançando, ai o bebado veio se aproximando e eu me afastei, e fui para o lado de fora da boate, e ele me seguiu, tentou me beijar, e foi ai que apareceu o cara, cujo nome é Damon - sorri - e bateu nele.
- E ai?
- Nós bebemos e o Matt atrapalhou - bufei.
- Gostou do tal do Damon filha? - apenas balancei a cabeça fazendo que sim - Finalmente filha. - ela riu e eu corei.
- Mãe - dei um tapa leve em seu braço e ela riu.
- Vai encontrar com ele de novo?
- Espero que sim.
- Pegou o numero dele, ou passou o seu? - ai me dei conta, eu não fiz nada disso ' como você foi tão burra Elena? ' meu inconsiente grita comigo.
- Não - fiz beicinho.
- Ah querida - minha mãe fez cara de triste - Quem sabe ele não te salve outra vez - ela riu e eu também.
- Acho que vou na casa da Caroline.
- Filha, e seus amigos? Rebekah e Klaus? por onde andam?
- Eles foram passar o natal com os avós, e a essa hora já devem ter voltado, vou ligar para o Klaus, tchau mãe.
 Subi as escadas rapido e ao entrar no meu quarto vi Jeremy sair com a mão na cabeça todo bagunçando de seu quarto, bem feito, peguei meu celular e disquei o número de Klaus, que no terceiro toque atendeu:
- Lena - pude ouvir um sorriso.
- Oi Klaus. Vocês já voltaram?
- Já sim, esqueci de te ligar, desculpa.
- Não tem prolema, posso ir ai?
- Ainda pergunta Gilbert? - ele riu.
- Ok, em trinta minutos eu estou ai.
- Ok, beijos.
- Beijos.
 Assim que desliguei entrei no banheiro e tomei um banho relaxante, assim que sai peguei uma calça jeans escura e uma regata branca escrito i love Paris  coloquei um sapato de salto alto preto, penteei meu cabelo, peguei minha bolça e desci as escadas, agora meu pai estava sentado no sofá, lendo o jornal, assim que passei, ele me olhou.
- Aonde vai?
- Vou na casa da Rebekah e do Klaus.
- Ah - ele colocou o jornal na mesa de centro - Elena, ultimamente você nem para em casa.
- Pai, a gente pode conversar depois? Klaus está me esperando.
- Elena - ele abaixou o olhar - tudo bem filha, vai.
 - Até mais tarde.
 Peguei a chave do meu carro e corri até a porta, entrei no carro, liguei o radio e dei a partida, em direção a casa do Klaus e da Bekah, no semaforo fiquei olhando pela janela, como se estivesse procurando algo, e eu sei o que estou procurando lindos olhos azuis hipnotizantes e um sorriso perfeito balanço a cabeça para me livrar dos pensamentos e prestar a atenção na rua. Estacionei o carro na frente da casa deles e desci, andei até a porta e bati na porta três vezes até que o alto e lindo Klaus abriu a porta.
- Elena - ele me abraçou forte e tirou meus pés do chão - Saudade.
- Senti sua falta Klaus - seu sorriso perfeito, Klaus é um grande amigo e eu amo seu sotaque Ingles - Cadê a Bekah?
- Bem aqui - ela disse pulando o ultimo degrau da escada e vindo até mim - Senti sua falta Elena - ela me abraçou.
- Também senti sua falta.
- Entra Elena, vamos almoçar e depois ver algum filme.
- Seus pais?
- Já foram viajar de novo, eles mal lembram que tem filhos, mas pelo menos temos liberdade - ela sorriu.
- Uma grande vantagem.
- Com toda certeza - Klaus fechou a porta assim que entrei - Prefiro assim, sem ninguém pegando no meu pé, saindo quando quero, com quem eu quero, é uma grande vantagem.
- Vem Lena, vamos fazer algo para almoçarmos.
 A acompanhei até a cozinha e nós fizemos macarronada com molho branco, e para sobremesa brigadeiro, nos sentamos a mesa e almoçamos. Caroline me mandou uma sms.

'' Onde você está Elena? eu estou aqui na sua casa ''

 Ela vai me matar quando eu disser que estou na casa da Rebekah, e não a chamei, droga.

'' Car, eu estou na casa do Klaus e da Bekah, vem aqui, nós vamos assistir algum filme ''
 Fiquei esperando ela me responder, o que pareceu uma eternidade.

'' E o que eu faço com o moreno lindo de olhos azuis procurando por você? ''

O que? meu Deus, Damon? o que? como ele sabe onde eu moro? liguei para Caroline no mesmo minuto.
- Caroline, ele está mesmo ai?
- Estava, a cinco segundos atrás antes do seu irmão falar que você não estava.
- O que? - gritei - Não acredito, corre atrás dele e fala que eu estou indo.
- Elena, ele já foi.
 Eu não acredito, que droga, que droga, que droga.
- Ah - consegui falar depois de um tempo - Você vem?
- Ahan, já estou entrando no carro.
- Ok.
 Apenas desliguei o celular, Klaus me olhava e parecia irritado, Rebekah com cara de ''me conta agora'', o que dizer?
- Era a Car.
- Ah - ela sorriu - Ok, mas quem é ele?
- Um cara que eu conheci ontem... - contei tudo da noite passada para os dois, Rebekah sorrindo o tempo todo, e Klaus me fuzilando.
- Elena, onde você estava com a cabeça de não pegar o número dele?
- Me pergunto a mesma coisa.
- Mas e ai, será que vocês vão se ver de novo?
- Espero que sim.
 Nos sentamos no sofá e a Caroline chegou, resolvemos assistir Amizade Colorida, Rebekah se deitou em um dos sofás, e Caroline se jogou na poltrona de couro bege claro, me sentei no sofá ao lado do Klaus, e ele me puxou, fazendo me deitar em seu colo, colocaram o play e ficamos assistindo ao filme, Klaus se mexeu desconfortavel no sofá e eu tentei levantar, mas ele não deixou. Alguns minutos antes do filme acabar a campainha toca.
- Eu que não - Caroline eu e Klaus gritamos ao mesmo tempo.
- Odeio vocês - Rebekah revira os olhos e se levanta, ficamos rindo dela, até que ela volta com um buque de rosas vermelhas e uma caixa de bombom - Para Elena Gilbert - Rebekah ia abrir o cartão,  joguei a almofada nela e me levantei rapido.
- Me da isso aqui - tiro da mão dela rindo, e ela me da aquele sorriso malicioso. Abro o pequeno envelope e vejo o cartão.

  Rosas e bombons dessa vez, espero que goste, ah e mais uma coisa, cuidado ao dançar - DS

 Fico relendo e pensando, mais que droga quem é DS? olho o buque maravilhoso de rosas que Rebekah me entrega, as cheiro e o perfume é delicioso, vejo o rosto rigido de Klaus, ele parece bravo.
- De quem é? - ele pergunta.
- Não sei, está assinado apenas como DS, e já não é a primeira vez.
- Não? - Caroline arrega os olhos surpresa - E porque nunca me falou nada?
- Nunca achei necessário - dou de ombros - Primeiro ele me mandou rosas, do nada a alguns meses, ai esses dias ele mandou um papel enquanto eu estava no Starbucks, escrito Feliz Natal atrasado, e agora isso, sorrio e abro a caixa de bombom, pego um e é muito bom, cada um pega um da minha caixa e a deixo na mesa ao lado do sofá. Ficamos conversando mais um tempo até que percebo que já é quase oito horas, droga.
- Gente preciso ir.
- Já? - Klaus me segura assim que me levanto.
- Sim, eu preciso jantar com minha familia, porque daqui a pouco o Jer volta para o Canadá.
- Ah, dá um abraço nele por mim Lena - Rebekah sorri.
- Pode deixar. Beijos, amo vocês.
 Pego minhas coisas e corro para fora da casa, abro meu carro e logo dou a partida, paro no farol e ligo o radio, vou ao som da Adele, ouvindo Someone Like You, ok isso é depressivo, troco a radio e começa Part Of Me da Katy Perry, vou cantarolando até a musica acabar, em poucos minutos chego em casa, entro quase correndo pela porta.
- Está atrasada - meu pai nem se vira para me olhar, estão os três sentados a mesa, mordo o lábio e minha mãe faz sinal para mim sentar, coloco as flores num vaso e me sento na cadeira de frente para minha mãe que está me olhando.
- Flores? - meu pai entrelaça seus dedos e apoia o queixo nas mãos.
- É - sorrio - Klaus que me deu.
- Posso saber porque?
- Porque... Ah pai eu não sei.
- Certo - ele volta a olhar para seu prato e eu respiro aliviada, claro que só ele caiu nessa conversa, minha mãe e Jeremy sorriam com maliciosamente, e eu abaixei a cabeça enquanto Eliz colocava meu prato a minha frente.
- Obrigada - sorri.
 Assim que acabamos o jantar, subi direto para o meu quarto, entrei no banheiro e tomei um banho bem demorado e relaxante, esvaziando minha mente. Voltei para o meu quarto e vesti meu pijama de seda branco perolado, me deito na cama e pego o meu celular, coloco os fones de ouvido, e fico escutando Mercy Of Love da Candice Accola, começo a pensar no cartão, e depois penso na burrada que eu fiz ao esquecer de pedir o número do Damon, como fui tão burra?.
- Elena? - Jeremy entrou no meu quarto.
- Ah, oi Jer - sorri.
- Eu estou indo. - ele veio até mim - De quem eram as rosas?
- Não sei, quem mandou só assinou como DS.
- DS? - ele franziu a testa e passou a mão no cabelo - Não tenho nem idéia.
- Muito menos eu. - ficamos em silencio por alguns minutos - Quer que eu te leve até o aeroporto?
- Valeu, mas o pai vai me levar.
- Ah - ele me puxou para um abraço e me apertou. Sinto falta disso, meu irmão me entende melhor até que a Caroline - Ai Jer.
- Eu te amo maninha, se cuida ok? - faço que sim com a cabeça e ele me aperta novamente - Vou sentir sua falta.
- Também vou sentir sua falta. Me manda uma SMS quando chegar lá?
- Mando sim, agora preciso ir, antes que o pai comece a gritar.
- Certo - sorri - Eu te amo Jer.
- Lena, pensa que é por pouco tempo, porque agora quado suas aulas acabarem no verão, você pode começar a se inscrever em várias faculdades, e pode ser até passar na minha.
- Não seria nada mal.
- É, não seria - ele riu - Ei, quando descobrir quem é esse tal de DS, você me avisa?
- Aviso.
- Ok, agora tenho que ir, se cuida direitinho ok? - ele da um beijo no meu rosto - Te amo pirralha.
- Vai logo seu chato - o empurro rindo.
 E assim ele sai pela porta, e uma tristeza me domina, lagrimas começam a cair de meus olhos, eu sinto tanto a falta do meu chatão, de alguem cuidar de mim. Em meio as lagrimas pego no sono.