Acordei alegre, olhei para o relógio passava das seis horas, Damon estava dormindo feito um anjo, fiquei alguns minutos o observando, até que ouvi o Blackberry dele tocar, o peguei e era uma mensagem, fiquei pensando se lia ou não, resolvi ler.

  Que saudade que estou do meus olhos azuis preferidos, e não fazem nem 48hrs, você faz falta Dam. - Charlotte.

 Dam? quem é essa Charlote? caralho, me levantei irritada e fui para o chuveiro, tomei um banho relaxante e quente, vesti uma calça leggie preta e uma bata cinza, com um snaker cinza também, penteei meus cabelos e coloquei uma tiara preta com um laço, passei uma maquiagem leve, e desci as escadas, eu estava bem nervosa, tomei meu café em silencio e logo sai de casa, sózinha sem falar com ninguém, que inferno, quando as coisas estão se acertando vem alguém para atrapalhar tudo, já estou farta disso, coloquei meus fones de ouvindo e fui ouvindo a Candice Accola que é a minha cantora favorita, se passaram quinze minutos e eu cheguei ao campus, me sentei atrás de uma das árvores, na intenção de não ser encontrada, peguei meu livro e fiquei o lendo por um longo tempo, até ser interrompida por uma mensagem, peguei o iPhone da bolça, olhei irritada para o nome na tela : Damon.

  Bom dia, porque não me acordou? amei dormir com você meu amor, te amo, boa aula.

 Me ama tanto que se encontrou com uma vadia no final de semana, ignorei a mensagem e voltei a ler, até ouvir o sinal, entrei e fui direto para a aula, Caroline me alcançou antes de entrarmos.
- Bom dia, acordou de mau humor?
- Não Car, acordei de muito bom humor, mas o estragaram.
- O que o Damon fez?
- Eu vi uma mensagem dele, sei que não é certo, mas eu juro que fui na inocencia. Era uma mulher, falando que sente falta dos olhos azuis dele, e o chamou de Dam, nem eu o chamo assim Caroline - sem perceber estava trincando os dentes.
- Elena, pode ser alguma amiga dele, você falou com ele?
- Claro que não. E mesmo se ele ficou com ela, ele vai negar até a morte.
- Conversa com ele antes de tirar conclusões precipitadas.
- Tudo bem - levantei as mãos em forma de rendição e entramos na sala.
  As aulas passaram rapido, Christian como sempre tentando me animar, mas dessa vez ele não teve sucesso, na saida fui andando com a Caroline e com a Rebekah, Klaus sumiu. Assim que cheguei em casa não tinha ninguém, imaginei que Damon tinha ido para a casa ele, resolvi ligar para o Jeremy, que alias vivia na casa deles.
- Jer?
- Oi Lena.
- Jer, você está na casa do Stefan?
- Estou, porque?
- O Damon está ai?
- Está sim, quer falar com ele?
- Não. Pode me passar o endereço?
- Claro, te mando uma mensagem com o endereço.
- Ok Jer, obrigada. - desliguei.
 Em cinco minutos ele me mandou uma mensagem com o endereço da casa, peguei minha bolça e sai, chamei um taxi e dei para ele o endereço da casa, droga eu preciso comprar um carro, talvez eu possa ir hoje, claro que vou comprar um Audi vermelho, é meu carro favorito. Em vinte minutos nós chegamos a tal casa, que era extremamente grande, era uma mansão, toda de madeira, paguei o taxi e sai. Fiquei parada na frente da porta, respirei fundo e toquei a campainha, em alguns minutos alguém abriu, vi Stefan sorrir.
- Elena, o que devo a honra de sua visita?
- Não estou aqui para vistar você - dei um sorriso ironico - Stefan, cadê o Damon?
- Está no quarto dele arrumando as roupas. Quer que eu te leve até lá?
- Não precisa, eu encontro sózinha.
 Parei para observar a casa, ou melhor mansão, os móveis parecem ser bem antigos, mas realmente lindos, e combinam uns com os outros, a casa aparenta ser antiga, mas com uma modernidade em algumas peças, subi a escada que dava para um corredor com várias portas, droga, qual será o quarto dele? fui até a primeira e não era, a segunda, também não, terceira nada, e finalmente era a quarta, ele estava em pé na frente de um móvel da parede ao teto, bati na porta e ele me olhou, sorriu.
- Amor - ele veio para me abraçar, estiquei o braço para que houvesse distancia entre nós - O que foi?
- Damon, quem é Charlote? - ele pareceu não entender a pergunta, pisquei firme e ele franziu a testa.
- É uma amiga, como sabe dela?
- Por você que não foi né? Eu vi uma mensagem dela hoje de manhã, falando que sente falta dos seus lindos olhos e que está com saudade, mesmo não fazendo nem quarenta e oito horas, pode me explicar?
- Elena, se acalma - ele segurou minha mão e eu a puxei, me sentei na cama, encostando na cabeceira.
- Estou calma, pode começar.
- Ela é... Uma amiga.
- Amiga?
- Nós namoramos a algum tempo - ótimo, não podia melhorar - e nesse fim de semana... - ele parou.
 Será que eu quero ouvir a continuação? meu coração está acelerado, e meus dentes semicerrados, estou suando frio.
- Continua - um iceberg sentiria inveja da minha friesa.
- Ela me beijou. - meu queixo foi no chão - Mas não significou nada Elena, eu juro.
- Claro que não né Damon, óbvio que não significou nada - lagrimas invadiam meus olhos - e como você teve coragem de fazer amor comigo depois de bejar outra? - as lagrimas caiam pesadas de dor.
- Elena...
- Não, Damon, pra mim chega, isso foi demais.
 Me levantei e disparei para a porta, ele segurou meu braço e eu o puxei com força, desci as escadas correndo e corri até a porta, pude ouvir o grito do Stefan me chamando, o ignorei e após sair da propriedade fui andando sem rumo, não conheço Vancouver, então mal sei onde estou, me sentei na calçada chorando, recuperando o folego para procurar um taxi.
- Elena - um carro vermelho e antigo parou ao meu lado, Stefan estava dirigindo, levantei a cabeça. - Entra, eu te levo para sua casa.
 Assim eu fiz, entrei no carro, e fomos em silencio até minha casa, com a cabeça encostada no vidro da janela, chorando baixinho, até que ele parou o carro, estava chovendo e o unico barulho era o da água que caia lá fora.
- Elena, sei que você não gosta de mim, mas saiba que se precisar de alguém para conversar, eu estou aqui.
 Me virei para olha-lo e o abracei, ele ficou surpreso e retribuiu o abraço, senti seu nariz em meu cabelo, ele me abraçou forte e eu fiz o mesmo, deixando várias lagrimas cairem na camisa dele.
- Me desculpe - falei assim que o soltei.
- Não precisa se desculpar Elena, você não fez nada demais.
 O silencio tomou conta do ambiente novamente, o para brisa limpando a água que caia no vidro, respirei fundo.
- Obrigada, pela carona, e bom... Pelo abraço - sorri.
- De nada, pelos dois - ele riu.
- Tchau Stefan. - abri a porta e ele me segurou.
- Espera.
 Ele saiu do carro e deu a volta com pressa, tirou a jaqueta de couro e abriu a porta para mim, me cobrindo com a jaqueta, corremos até a porta, ele segurou a jaqueta e sorriu.
- Obrigada.
- De nada Elena. Até mais - e voltou para o carro.
 Fiquei sentada no banco de madeira branco que tem na varanda, assimilando todos os acontecimentos, não acredito que o Damon me traiu, ele não traiu Elena se manifesta meu incosciente abaixando os óculos de leitura, claro que traiu, ele beijou outra, enquanto estava comigo, isso é traição, e é imperdoavel. Entrei em casa, Caroline estava sentada com Rebekah no sofá, vendo minha cara as duas me seguiram até meu quarto, sentei na cama e cada uma sentou de um lado.
- O que houve? - perguntou Caroline.
- O Damon... Ele ficou com a ex-namorada dele no final de semana - as duas ficaram boquiabertas e eu voltei a chorar.
 Elas me abraçaram forte, e eu desabei, chorei muito, chorei de soluçar, ficamos abraçadas por um longo tempo, e então elas me soltaram, resolvendo me deixar descansar, peguei o celular da bolça e havia cinco ligações perdidas, que se dane. Tomei um banho quente e voltei para o quarto, me deitei na cama e fiquei lendo até pegar no sono.