Abri meus olhos e senti um peso em minha barriga, me lembrei que estou com Damon, sorri ao me lembrar do deus grego que está atrás de mim, me abraçando, estou morrendo de calor, sinto Damon me apertar um pouco e posso ouvir seu sorriso.
– Bom dia - ele se apoia no cotovelo e eu me viro um pouco pra olhar pra ele.
– Bom dia - sorri, senti algo na minha cintura, algo desconhecido, me afastei um pouco e ele corou.
– Desculpa, é que é de manhã... - ele ficou sem fala e eu ri, dei um selinho nele que se levantou. - Eu te levo pro colégio.
– Ok, só preciso passar em casa pra trocar de roupa.
– E vai dar tempo?
– Tem que dar.
Damon foi tomar banho, e assim que ele saiu fiz o mesmo, vesti a minha roupa de ontem, nós tomamos café, e Damon me levou em casa, eu entrei e troquei de roupa, Jeremy provavelmente está dormindo, e minha mãe ou saiu ou está dormindo, ou não sei. Abri meu closet peguei uma calça jeans justa branca, uma blusa de alsinha preta, calcei um snaker cinza, peguei minha bolça cinza, arrumei meu cabelo, passei uma maquiagem leve, e eu desci, Damon estava sentado no sofá, visivlmente desconfortavel, e Jeremy sentado na poltrona do meu pai, me olhando, revirei os olhos ao ver ele e Damon se levantou.
– Elena - Jeremy segurou meu pulso enquanto eu saia.
– Eu estou atrasada Jeremy, depois a gente se fala.
– Não Elena, agora.
– O que você quer?
– Elena, o pai te proibiu de namorar com ele - indicou com o queixo.
– É? pena que eu já sou maior de idade e eu escolho quem vou namorar ou não.
– Elena, eu to com ele nessa, ele é muito velho pra você - Jeremy falava como se Damon não estivesse ali.
– Jeremy, pena que você está do lado dele, achei que ia poder contar com meu irmão do meu lado, mas já que não, pra mim tá tudo bem, eu não me importo com o que vocês querem ou deixam de querer, eu vou namorar com o Damon, e ninguem vai me impedir. - me virei e fui em direção a porta.
Damon me seguiu e abriu a porta do carro pra mim, eu entrei bufando, coloquei o cinto e cruzei os braços, e alguns segundos depois ele já estava no banco do motorista, ele deu a partida e eu liguei o radio. Alguns minutos depois estavamos em frente ao meu colégio, sai do carro e ele fez o mesmo, nem tinha reparado que ele está de camisa de linho branca, uma calça jeans clara e sapatos pretos, provavelmente vai para o hospital. Ele me puxou pela cintura.
– Desculpa por tudo que causei na sua vida.
– Damon, não, você não causou nada, e eu não tenho culpa se eles não podem aceitar que eu estou com você.
– Lena... - eu o interrompi com um beijo, ele me puxou para mais perto de seu corpo, passando a mão delicadamente por minha nuca, mordi seu labio inferior e ri, ele riu e se afastou.
– Boa aula Srta. Gilbert.
– Obrigada, bom trabalho amor - a palavra amor saiu derrepende, ele me encarou com a boca entreaberta, e olhos um pouco arregalados, sorri - Desculpa se isso é demais pra você.
– Não, não, não é - ele sorriu e colocou uma mecha do meu cabelo solto para trás da minha orelha.
– Então, bom trabalho Sr. Salvatore.
– Espero que sim, depois de ontem, não quero nem ver o que seu pai vai me dizer.
– Ignore tudo que ele diz - passei os braços por seu pescoço - Damon, não importa o que ele diga, eu quero estar com você.
– Obrigada - ele me abraçou forte, e honestamente, não sei pelo que ele agradeceu.
– Agora tenho que ir, já bateu o sinal - ele me soltou e me deu um selinho rapido.
– Eu venho te buscar.
– Ta - roubei um selinho e fui andando até a entrada da escola.
Caroline me enxeu de perguntas sobre a noite anterior, e eu mal consegui prestar atenção no Sr. Saltzman, que chamou a atenção dela duas vezes por não parar de falar. No almoço encontramos Rebekah e Klaus, e eles também passaram na Vancouver University, esses eram nossos planos, ir para a mesma universidade, dividir uma casa juntos, e seguir juntos. Por um momento pensei em Damon, não quero deixa-lo aqui quando tiver que me mudar para Vancouver, não quero pensar nisso agora, balancei a cabeça para me livrar dos pensamentos tenebrosos.
– O que vocês fizeram ontem? - perguntou Rebelah mordendo uma maça.
– Nada, a Elena foi pra casa do Damon em vez da minha - ela falou com tom de desaprovação, dei de ombros.
– Você foi pra casa dele? e ai? rolou algo?
– Fui, e não, não rolou nada.
– Como não? me conta tudo agora Gilbert.
– Bom, nós comemos pizza, conversamos, depois eu tomei banho e dormi com uma camisa dele e... na cama dele.
– Você deve estar brincando? com ele? - assenti - e não rolou nada?
– Já disse que não Bekah - Klaus parecia nervoso, mal, com uma cara de dor.
– Vou deixar vocês falarem do que rolou ou não rolou, tchau - ele levantou da mesa na qual estava sentado, e saiu andando pisando forte.
– Ignora ele, é só ciumes - Rebekah disse revirando os olhos.
Ficamos conversando até a hora do almoço acabar, o restante das aulas foram um saco, entreguei o trabalho do Sr. Shanne. Na saida lá estava Damon, encostado em seu carro, todo bad boy, com uma jaqueta de couro e uma camisa preta, que horas ele trocou de roupa? seu cabelo preto bagunçado, e olhos brilhando, ele abaixou um pouco o óculos para me olhar, rindo, fui até ele, e Caroline me acompanhou.
– Oi - ele me puxou pela cintura e me deu um beijo intenso.
– Por favor - Caroline olhou para o lado e nós rimos.
– Shhh - fiz pra ela que voltou a nos olhar.
– Vai pra sua casa? - ela perguntou depois de um longo silencio.
– Vou né, uma hora tenho que encarar a realidade.
– É - ela contraiu os labios e eu segui seu olhar, Tyler, fiz que não com a cabeça e ela abaixou a cabeça.
– Quer uma carona Caroline? - Damon olhou pra ela sorrindo.
– Não obrigada Damon.
– Ok, vamos baby? - ele deslizou os dedos em minha mão, apenas assenti com a cabeça, ele abriu a porta, dei um beijinho no rosto dele e entrei, liguei o radio, agora fico mais a vontade no carro dele.
Alguns minutos depois chegamos na frente da minha casa, respirei fundo, ele me olhou.
– Vai mesmo entrar sózinha?
– Vou, afinal, é minha familia, meus problemas.
– Se você diz - ele soltou um sorriso de lado, saiu e abriu a porta pra mim.
Eu desci pegando minha bolsa, ele me puxou pela cintura me pegando de surpresa, eu soltei uma gargalhada, ele me beijou, seu beijo era quente, cheio de desejo, parando o beijo ele puxou meu labio entre seus dentes e eu sorri.
– Tchau.
– Tchau, nos vemos quando?
– Quando você quiser.
– Você vem aqui a noite?
– Posso vir se você quiser.
– Eu quero.
– Então eu venho - ele riu.
– Então até a noite.
– Até baby, boa sorte.
– Vou precisar - eu ri e subi os degrais da sacada, abri a porta e minha mãe estava sentada no sofá, e sorriu ao me ver.
– Oi querida - ela se levantou e me abraçou.
– Oi mãe. Você está sózinha?
– O Jeremy está no banho.
– Hmm - me sentei no sofá.
– Quer me contar o que aconteceu ontem?
– Eu e o Damon estavamos sózinho, e o clima esquentou, mas o meu pai chegou e pegou a gente, por sorte, ainda não tinha rolado nada, ai ele começou a falar um monte e me chamou de vadia, o Jeremy ficou do lado dele, e eu fui pra casa do Damon, e hoje quando vim trocar de roupa o Jeremy falou que meu pai me proibiu de namorar o Damon, porque ele é muito velho.
– Ai filha - ela suspirou - Você realmente gosta do Damon?
– Sim mãe, eu acho que - fiquei em silencio por um tempo. - Eu o amo. - franzi a testa, tentando entender o que eu disse, sim, eu o amo, minha mãe pareceu surpresa.
– Ai filha - ela me abraçou - já que você ama ele, não desiste, nessa luta, eu vou ficar do seu lado.
– Mãe - lagrimas escorriam de meus olhos ao ouvir o que ela disse, a abracei com força - Obrigada mãe, eu te amo, te amo muito.
– Também te amo querida.
Ficamos em silencio até eu ver Jeremy descer as escada, revirei os olhos e me levantei pra subir as escadas, ele me segurou pelo braço.
– Vamos conversar igual gente grande?
– O que você quer?
– Elena, eu não gostei do seu namorado, o pai também não, ele é muito mais velho do que você, e você não pode...dar o que ele quer. - soltei uma risada ironica e ele me olhou confuso.
– Jeremy, se eu entendi o que ele quer, ele já teve - menti.
– Você transou com ele? - ele gritou e eu arregalei meus olhos, Jeremy nunca gritou comigo.
– Sim - menti.
– Elena, o que você tem na cabeça? ele tem quase dez anos a mais que você, duvido que agora ele aparessa de novo, você já fez o que ele queria, não acredito que você foi tão idiota - ele gritava.
– Cala sua boca Jeremy, se você é assim, não significa que o Damon também é.
– Chega os dois - minha mãe falou e Jeremy respirou fundo.
Ficamos em silencio por um tempo, até eu ouvir a campainha, me levantei e abri a porta, Damon sorria eu o puxei pela mão e ele entrou, assim que Jeremy o viu ele voou até o Damon, e deu um soco na cara dele, Damon colocou a mão no nariz que sangrava, sem entender nada.
– Eu vou matar você.
– Jeremy, você está louco? - o empurrei para longe do Damon - eu não acredito que você fez isso, você é um babaca Jeremy. - agora eu chorava.
Me virei para o Damon e nós suimos até meu quarto, Jeremy não falou nada, Damon se sentou na minha cama, eu peguei a caixa de primeiros socorros no meu banheiro e fiz a limpeza um curativo na testa e um no labio.
– Desculpa. - falei entre soluços.
– Elena, só queria saber o porque eu apanhei - ele me olhou.
– Eu falei para o Jeremy que a gente já tinha...
– Feito amor? - ok não eram essas as palavras, mas sim, assenti - Porque disse isso?
– Porque... Não sei porque, desculpa.
– Ei, não se desculpe - ele me puxou e me abraçou forte.
– Ai Damon - começo a chorar e ele me abraça forte.
Ficamos deitados, abraçados e em meio aos soluços pego no sono, deitada com o rosto em seu peito.