POV Tori:

Acordei me sentindo muito bem, espero que me sinta assim sempre, mas sei que não vai ser possível então tento aproveitar o máximo quando estou me sentindo bem, assim que faço minha higiene matinal desço as escadas saltitando.

- Bom Dia Cat. - lhe dou um abraço e um sorriso para que ela veja que estou bem melhor.

- Nossa Tori essa medicação está realmente dando um resultado positivo. – faço um gesto positivo com a cabeça e lembro-me da conversa com o psicólogo que me ajudou muito e ainda está a me ajudar com minhas idas de duas vezes por semana em seu consultório.

- Trina ligou e queria falar com você. – fiquei gelada e uma expressão tensa. – O que ela queria? – temia ser uma noticia ruim.

- Ela não falou apenas disse que estava vindo pra cá, acho que ela já deve esta chegando. – Cat falou lendo minha expressão facial que estava confusa e curiosa.

- Deve ter acontecido alguma coisa. – falei apreensiva, não queria pensar em coisas ruins, mas era só nisso que eu pensava, eu não conseguia pensar em coisas boas.

- O que poderia ter acontecido Tori? – Cat se levantou do balcão e me acompanhou até a sala de estar.

- Você queria saber o motivo da minha depressão e vai saber assim que Trina chega. – minha cabeça começou a doer e já não me sentia muito bem.

- Mas porque não me conte agora? – ela insistiu. - Tenha paciência Cat. – termino de pronunciar as palavras e a companhia toca Cat se levanta do sofá e vai em direção à porta abrindo a mesma.

- Tori. – Trina corre ao meu encontro já em prantos, lagrimas grossas se formando em seus olhos. 

- O que houve Trina? – parei de abraça-la e a olhei querendo logo uma resposta.

- Mamãe saiu de casa e não falou para onde ia, ela arrumou uma mala enorme e saiu com um passaporte nas mãos e nem sequer deu explicações para onde ia, e papai sumiu não sei onde ele está. – quando vi eu já estava chorando e sentada no chão com as mãos na cabeça, Trina se ajuntou a mim e começou a me consolar.

- Ei Tori não fique assim, vamos superar isso e tudo vai se resolver é só uma questão de tempo, você não pode ter uma recaída, por favor, irmã não fique assim. – as palavras de Trina não conseguiu permanecer em minha mente por muito tempo.

- Vem Tori vamos para seu quarto, vou te dar o remédio que o psicólogo passou para você poder se acalmar. – Cat me levantou do chão com a ajuda de Trina que agora já tinha parado de chorar, ela estava tentando se demostrar uma garota forte e estava tendo sucesso diferente de mim.

Cat e Trina me conduziram até o meu quarto e me colocaram na cama.

- Então era esse o motivo. – ouvir Cat fala, mas a voz dela estava longe.

- É sim Cat, nossos pais se separam e não sabemos o porquê, e de uma hora para outra eles não se importaram mais comigo e nem com a Tori, se distanciaram e agora cada um foi para um lugar e não tenho a mínima ideia onde eles estejam. – Trina falou mantendo a voz calma, Cat me deu um copo com água e um comprimido.

- Meu Deus, eles pareciam tão felizes. – Cat se demostrou surpreendida assim como fiquei assim que fiquei sabendo da separação.

- Ainda não consigo entender, mas como eu disse com o tempo resolve, se eles não querem saber de nós não podemos fazer nada pra mudar isso, agora vamos seguir nossas vidas. – Trina me olhou esperando um gesto de confirmação de mim, mas isso não ia acontecer.

- Trina agente não pode fazer isso, você fala como se isso fosse uma coisa fácil de fazer, eles são nossos pais, agente precisa deles assim como eles precisa de nós. – tentei falar em um tom de voz elevado, mas não consigo, pois sinto que o remédio já estava fazendo efeito, efeito esse de fazer a pessoa dormir.

- Eles deixaram bem claro de que não precisam da agente Tori, e não precisamos deles eles não amam agente, se amassem eles não nós abandonaríamos como fizeram agora. – Trina estava com a razão, mas me recuso em acreditar que minha mãe me abandonou e esqueceu-se de mim.

- Tori, Trina tem razão, eles não se importam com vocês. – Cat olhou para Trina e depois para mim fazendo um gesto positivo.

- E vamos ficar aqui parados sem ao menos procurar saber do paradeiro dos dois? – encaro as duas duramente.

- Não vejo outra opção. – Trina fala calmamente, ela não poderia esta falando serio, poderia? Há minutos atrás ela chegara aqui nervosa e chorando horrores e agora está calma, e aceita o fato de nossos pais nós ter nos abandonado, numa boa.

- Você só pode estar de brincadeira Trina, minutos antes você estava ai toda nervosa e chorando e agora está tranquila e calma e nem liga para nossos pais. – para minha surpresa minha voz saiu alterada e Cat me encarou com seu olhar de preocupação de sempre.

- Tori eu já aceitei o fato de nossos pais não amar agente você não esteve com eles nesse meio tempo, eles simplesmente me ignoravam o tempo todo, raras eras as vezes que mamãe falava comigo, eu já consegui me acostuma a isso e acho que você deve esquecer essa historia assim como eu vou tentar esquecer e se caso um dia eles voltarem para nossas vidas... – Trina para de falar por falta das palavras certas, e tento me convence pela milésima vez de que meus pais não querem saber de mim e nem de Trina, mas estava difícil de acreditar.

- Eu não tiro a razão de você Trina, mas é difícil pra mim, mas como você me aconselhou vou tentar esquecer essa historia ok? – faço uma força enorme para não chora novamente, mas quando me dou conta às lagrimas já estavam molhando o edredom branco.

- Ei fique calma, tudo vai ficar bem você vai ver. – Cat se sentou ao meu lado na cama e me abraçou me reconfortando enquanto Trina saia do quarto colocando as mãos na cabeça.

- Trinaaa. – gritei minha irmã não estava bem. – Ela precisa de um tempo Tori, deixa ela. – Cat me impediu de levanta e voltei a posicionar a cabeça em seu ombro.

POV Jade:

Acordei muito tarde, me levanto com certa dificuldade, estava me sentindo enxada e gorda, caminho em direção à sala de estar quando encontro Beck ao telefone.

- Com quem está falando? – lhe abraço por trás.

- Cat. – tinha que ser a ruiva, me afastei dele e me joguei no sofá colocando uma mecha de cabelo por de trás da orelha.

- O que ela disse? – perguntei assim que ele desgruda do telefone e caminha em minha direção, me parecendo muito preocupado e pensativo.

- O motivo da depressão de Tori. – ele se sentou a meu lado ainda transparecendo preocupado e fitou o chão como se não acreditasse em algo e logo fiquei curiosa.

- E qual seria esse motivo? – o olhei atentamente, prestando atenção em cada expressão facial.

- Os pais dela simplesmente se separaram e elas não sabem o porquê e agora eles foram embora e elas não sabem pra onde. – fiquei de boca aberta, nunca passou pela minha cabeça que os pais de Tori e Trina se separariam um dia, eles sempre parecia estarem felizes.

- Foi essa cara que fiz quando Cat me falou. – ele me olhou. – Vamos pra lá. – ele me puxou e em seguida pegou as chaves do carro e seguimos até a garagem.

Depois de 5 minutos dirigindo chegamos à casa de Cat que logo abriu a porta.

- Onde está Tori? – Beck pergunta olhando para os lados.

- Lá em cima, Trina saiu. – Cat falou desanimada de mais.

- Vou lá onde ela. – Beck subiu as escadas apressadamente.

- E você Jade como está? – Cat pergunta tentando força um sorriso, ela se dirige para uma poltrona preta.

- Bem, mas você não me parece bem. – também forço um sorriso.

- Tori e Trina estão sofrendo e isso meio que está me afetando também. – uma lagrima escapa de seus olhos e ela logo trata de enxuga...

POV Back:

Assim que adentrei no quarto de Tori a vi deitada confortavelmente sobre a cama de casal me parecia que estava dormindo, me aproximei e ela abriu os olhos lentamente sorrindo pra mim.

- Te acordei? – retribui o sorriso, sentei ao seu lado.

- Não, que bom que está aqui. – ela posiciona sua cabeça em meu ombro e caricio seus cabelos ondulados bem cuidados.

- Para isso que servem os amigos e você pode contar comigo sempre que precisar. – olhei em seus olhos que já estavam formando lagrimas e em seguida começou a cair.

Tori me abraçou e chorou em meu ombro, me doeu vê-la assim queria tira essa dor dela, mas isso só o tempo pode fazer.

- Não chore, você vai ver que isso logo vai passar e, aliás, se você continuar assim vai acabar tendo outra recaída e dessa vez pode ser pior, sabe do que você esta precisando? – seguro em suas mãos e as lagrimas começam a diminuir lentamente, ela me olha com um olhar de interrogação.

- De que? – ela pergunta tentando dar um sorriso.

- Sair se distrair um pouco, que tal uma balada, chamamos o resto da galera e vamos, que tal? – falo animadamente e ela me olha com um olhar de duvida.

- Não estou a fim de festa, a única coisa que quero é ficar nesse quarto e nessa cama o resto da vida. – pude notar que a recaída estava começando a aparecer e isso não poderia acontecer.

- Não fale isso Tori, a recaída esta começando a dar as caras de novo e não vou deixar isso acontecer, olha eu vou descer e espera você lá em baixo, fique linda. – ela conseguiu dar um sorriso e me levantei satisfeito por ter arrancado dela um sorriso.

POV Jade:

Cat ainda estava em estado de desanimo eu tentei alegra ela do meu jeito mais não deu muito certo, olho para escada e vejo Beck descer e dou um suspiro longo de alívio.

- Beck ver se você consegue animar a ruivinha ai. – falei direcionado meu olhar pra Cat que estava de olhos fechados.

- Cat, tenho uma noticia boa. – ele se coloca de frente pra Cat que logo trata de abri os olhos ao ouvi as palavras de Beck e vi uma pontada de esperança em seu olhar.

- Qual?  - ela sorri de repente ansiando por resposta.

- Convenci Tori a ir a uma balada, vamos todos. – ele me olha esperando uma confirmação minha, olho pra minha barriga e Beck acompanha meu olhar.

- Você não precisa ir se não quiser, amor. – ele se aproxima de mim e acaricia minha barriga enorme.

- Eu vou. – confirmei com a cabeça, Tori desceu as escadas em um vestido preto curto de alças.

- Nossa amiga, você está gata. – Cat fez Tori dar uma voltinha exibindo seu visual, Tori apenas fez um gesto positivo e desanimador.

- Bom, acho que podemos ir. – Beck falou já se direcionado para a porta acompanhado por Cat e Tori.

Mas assim que levanto do sofá uma dor desconfortante surge em minha barriga ou sei lá onde, a dor se torna insuportável que acabo caindo no chão.