Fix You escrita por Nat


Capítulo 22
Capítulo 22


Notas iniciais do capítulo

Oláááá, bom gente, a Carólis não vai voltar mesmo e aliás, aconteceram umas coisas muito tensas ai e... deixa pra lá. Enfim, o que importa agora é que eu estou sozinha. Isso não é legal mas ok.
Bom, modéstia a parte, eu gostei desse capítulo. Foi um dos meu favoritos até agora.
Não estranhem quando nas reviews eu concordar, tipo, igual nos últimos capítulos um monte de gente pediu para bater no Danny e eu disse "eu ajudo". É que quando eu estou escrevendo eu sinto as mesmas emoções que vocês quando estão lendo suhdiasfhfisgfiusgfsgfigfg
Desisto de pedir recomendações né porque...
Bom, já enrolei demais
Espero que gostem
Perdoem os erros
Boa Leitura (:



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          POR JENNIFER LANG

    Acordei com o sol forte batendo no meu rosto e uma terrível dor de cabeça. Eu não me lembrava o porquê.

    Depois de pensar um pouco, tudo o que havia acontecido na noite anterior me viera à tona. Era tão triste... Mas ainda parecia um pesadelo. Não parecia que era real. Talvez eu pudesse fingir que era só um pesadelo e aquela dor forte no meu peito passasse um pouco.

    Ouvi uma respiração calma e ritmada perto de mim. Virei lentamente minha cabeça e me deparei com Liam ao meu lado, dormindo tranquilamente.

    Era incrível o fato de ele estar ali. Ele era tão lindo dormindo...

    Tentei sair da cama sem me mexer ou fazer barulho, para não
 acordá-lo. O que foi em vão.

    Ele começou a se mexer, abriu os olhos e começou a espreguiçar-se.

    Estava com a carinha amasse de dormir. Que fofo. Tive vontade de apertar aquelas bochechas.

    - Hã... - comecei - desculpe-me por acordá-lo - eu disse, sem graça.

    - Não, tudo bem - ele disse rapidamente - está melhor? - fitou-me com preocupação.

    Fiquei um tempo calada.

    - Na verdade sim - respondi, por fim - um pouco - fitei o chão,
 triste.

    - Vem cá - ele abriu os braços e eu o abracei e encostei minha cabeça em seu peito - isso vai passar - ele disse - e eu vou fazer o possível para te distrair.

    Apesar de eu não conseguir ver o seu rosto, eu sentia que estava sorrindo.

    Ficamos mais um tempo assim, abraçados sem dizer nada, até que ele interrompeu o silêncio.

    - Hã... Hum... Acho melhor você sair primeiro... Porque apesar de não ter acontecido nada... - ele olhou de relance para a minha cama,
 sugestivamente - não queremos dar explicações...

    - Ah, tudo bem - o interrompi rapidamente, entendendo do que se tratava. Aquela situação já estava bem embaraçosa. - Eu saio primeiro e te aviso se não tiver perigo de esbarrar com alguém pelo corredor...

    Ele me olhou fixo e assentiu.

    Saí do quarto normalmente, ou pelo menos eu esperava que assim fosse.

    Eu estava me sentindo a ninja, olhando para todos os lados pra ver se a área estava livre. Depois de conferir que sim, não havia ninguém no andar de cima, fui correndo na ponta dos pés até meu quarto novamente. 

      - Pode sair - sussurrei - a barra tá limpa!

    Ele riu e saiu rápido. Percebi que a porta do seu quarto estava
 trancada. Ah, então era por isso que meus pais não vieram perguntar onde estava Liam, ontem à noite. Eles pensaram que ele estava lá dentro, como sempre.

    Depois disso, fui para o banheiro. Me olhei no espelho. Caramba, eu estava horrível! Com um par de olheiras enormes na cara, a pele pálida e o cabelo bagunçado. Eu estava parecendo um panda com um ninho de passarinho na cabeça. E assim como um panda, eu tinha uma expressão triste no rosto. E era o que eu estava sentindo naquele momento. Tristeza. Foi como se tudo voltasse, assim que Liam foi embora do meu quarto. Ele era como um anestésico, quando eu estava com ele, esquecia de tudo. Mas quando não estava, a dor voltava.

    Lavei o rosto e tentei domar meu cabelo. Não funcionou. Decidi que era melhor tomar um banho logo.

     Terminei o banho e coloquei uma calça jeans bem folgada, e um blusão de moletom. Apesar de ser outubro, o clima estava extremamente frio. Eu me sentia protegida com aquele roupa.

    Não pretendia sair de casa mesmo. Só me entupir de comida, ouvir  música e dormir o dia inteiro.

    Dei uma secada rápida no meu cabelo com a toalha, e saí do banheiro com o cabelo molhado.

    É, eu teria que enfrentar mais um dia.

    Com esse pensamento, desci as escadas e encontrei minha família tomando café, como sempre.

    - Ah Jenny! - minha mãe disse, assim que me viu, vindo me abraçar. A abracei de volta, sem entender nada. - Sinto muito pelo que aconteceu, eu nunca imaginei que Danny pudesse fazer uma coisa dessas...

    Lancei um olhar de gratidão para Liam, ainda abraçando-a, e ele só assentiu compreensivo. Eu estava muito grata a Liam por não precisar contar para a minha família o que havia acontecido. Ter que contar só me faria relembrar.

    - Venha meu amor - ela disse, passando o braço sobre meu ombro - sente-se.

    Ah, espera aí. Ela vai começar a me tratar como coitada? Odeio que sintam pena de mim. A única pessoa que eu queria que ficasse comigo era Liam, pois eu sentia que ele me entendia.

    Terminei de comer e subi para o meu quarto. Esperei uns 15 minutos, pra dar tempo de todo mundo sair da cozinha, e desci de novo para assaltar a geladeira. Peguei tudo o que tinha direito, para abastecer meu estoque de comida no quarto. Duas latas de Coca-Cola, alguns pacotes de Doritos, outros de Ruffles, e chocolate. Muito chocolate.

    Subi, deixei a comida em um canto do meu quarto, tranquei a porta, peguei um pacote de Doritos e liguei a TV.

    Deixei em um filme qualquer e comecei a assistir. Era um filme de romance.

    Quando o filme chegou ao fim, que o casal de protagonistas ficaram juntos, eu lembrei de Danny e comecei a chorar.

    Tentei me acalmar, e consegui o suficiente para me levantar, pegar outra barra de chocolate e pegar os fones de ouvido. Começou a tocar Your Love is a Lie, do Simple Plan.

    Comecei a prestar a atenção na letra. Eu sabia inglês, graças a meus pais, que me obrigaram a fazer aulas desde que eu tinha 5 anos de idade.

 Aquela música falava sobre traição, a única diferença, era que na música, o cara sabia que estava sendo traído. Eu não sabia.

    As lágrimas continuavam em seu fluxo sem fim em meu rosto, (agora eu não soluçava mais), enquanto eu entupia minha boca com chocolate. Chocolate me fazia sentir-me melhor.

    Eu já havia colocado em outro filme, quando alguém bate na porta.

    Tento limpar minhas lágrimas e ficar com uma aparência melhor, enquanto vou atender a porta.

    Me deparo com Liam.

    - Vem cá - ele disse, me abraçando depois de me analisar bem.

    Retribui o abraço, tentando conter o choro, mas algumas lágrimas traiçoeiras escaparam. Droga.

    Ficamos um tempo em silêncio, e eu limpei minhas lágrimas com a manga da blusa.

    - Vá se arrumar - ele disse, por fim.

    Fiquei um tempo tentando assimilar. Ele estava mandando eu me arrumar? Mas o que?

    - Mas Liam... - eu disse - por que?

    - Vamos sair - ele disse, calmo - eu prometi pra você que ia fazer o possível para te distrair, e eu não vou deixar que fique trancada nesse quarto o dia inteiro só se entupindo de comida. Arrume-se e tente ficar apresentável - ele sorriu.

    - Mas eu não que...

    - Quer sim! - interrompeu, provocando - agora é sério, arrume-se logo.

    Fiz uma careta emburrada de discórdia e fechei a porta para me trocar. Eu não estava com a mínima vontade de sair! Só ia fazer isso por causa de Liam, e porque ele só queria me distrair. Talvez
 funcionasse...

    Procurei um roupa descente no guarda roupa. Optei por um jeans escuros, All-Star e um moletom da Hollister preto.

    Penteei meu cabelo rapidamente, sabendo que estava uma desgraça e para ficar bom de novo, só tomando outro banho. Nem tentei cobrir minhas olheiras com corretivo, eu sabia que não ia adiantar. E não estava com ânimo para me produzir.

    Se minha pulseirinha de prata estivesse aqui eu a colocaria, mas acho que a perdi em algum lugar. Dei de ombros e saí do quarto. Acho que eu já estava boa o suficiente para alguém que viu seu namorado a traindo no dia anterior.

    Desci e encontrei Liam na sala, me esperando. Ele sorriu
 aprovadoramente quando me viu.

    - Já avisei a sua mãe que vamos sair - ele disse.

    - Ok - respondi.

    - Vamos? - ele perguntou.

    - Vamos - concordei.

    Fomos andando até a frente da minha casa e ele foi me puxando, rumo a calçada. Parei.

    - O que foi? - ele disse.

    - Não vai chamar um táxi? - perguntei, incrédula.

    - Não - ele respondeu, com naturalidade - você precisa de tomar um ar, e esse ventinho batendo no rosto vai ajudar.

    Fiz uma cara emburrada de novo e ele riu.

    - Teimosa - disse.

   - Só me diga que não é longe - eu disse, ainda de cara fechada.

    Ele continuou a rir.

    - Primeiro vamos ao shopping almoçar e depois vamos visitar Alice, ela pediu-me para levá-la lá - disse, animado.

    - Hmmm e que intimidade toda é essa? - perguntei, mal-humorada.

    - E a senhorita, que mal-humor todo é esse? Está com ciúmes? - revidou, arqueando a sobrancelha.

    - É claro que não - bufei - vamos logo então!

    Ele riu de novo e começamos a andar.

    Minha casa não é longe do shopping. Só leva 15 minutos de lá até aqui, e vice-versa.

    Fui emburrada o caminho todo, sem falar uma palavra, tentando manter a minha pose. De vez em quando eu via Liam me olhar desafiadoramente, mas não falava nada.

    Quando chegamos lá, fui obrigada a falar quando vi uma camiseta do Simple Plan em uma das vitrines.

    - AAAH QUE LINDA! - gritei, sem conseguir me conter - eu quero, eu quero, eu quero! - comecei a pular que nem uma menina de 8 anos quando vê alguma coisa que gosta, pedindo pra mãe comprar. Nesse momento esqueci tristeza, traição, esqueci tudo. O papo era só entre eu e aquele camiseta, que estava clamando pelo meu nome.

   Liam estava sorrindo.

    - Vem - ele disse, me puxando - vamos entrar, eu compro pra você.

    - Mas Liam, quando eu disse que queria eu não disse que queria que VOCÊ comprasse e nem nada, não precisa, eu... - comecei a argumentar.

    - Vem - ele me interrompeu, essa mania de interromper já estava ficando irritante! - só quero ver esse sorriso no seu rosto - ele disse, ainda sorrindo.

    - Ah, obrigada, obrigada, obrigada! - eu disse, pulando em seu
 pescoço.

    - Só quero ver você feliz - ele repetiu.

    Entramos e eu experimentei as camisetas, até achar uma do meu tamanho. Liam pagou e depois disso nos dirigimos ao refeitório, eu meio que dando pulinhos, ainda estava "anestesiada" pela felicidade momentânea da camiseta.

    Liam sorria toda a vez que via a minha felicidade.

    Depois de dar 3 voltas no refeitório, (pois estava lotado, afinal era sábado) finalmente conseguimos achar uma mesa para sentar-nos. Combinamos rapidamente de um ir pedir seu lanche enquanto o outro ficava guardando a mesa.

   Eu fui a primeira a ir pedir. Fui direto ao Burger King, (pois eu
 era viciada) e fiz o meu pedido. Dez minutos depois, me entregam e eu volto para a nossa mesa.

    Quando chego lá, vejo Liam sorrindo pra mim e meu coração dispara.

    Lembro quando ele acabara de chegar, que ele não sorria pra ninguém, e o quanto eu fiquei feliz ao vê-lo sorrir pela primeira vez. Agora aquele sorriso lindo parecia fazer parte dele mesmo. Eu não conseguia mais imaginá-lo sem ele.

   Me sentei e comecei a comer e pensar sobre o que eu estava sentindo enquanto ele ia comprar seu lanche.

   Eu estava confusa. Muita confusa.

 Minha vida estava de ponta-cabeça, e eu não sabia como consertar isso.


 


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Notas finais do capítulo

E então? O que acharam? Reviews? *-*
Vão se acostumando porque o vou falar muito do Simple Plan na fic ainda ueheuehuheuh é que eu sou astronaut (Pra que não sabe, fã do SP) E NÃO SOU EMO, antes que perguntem uashuahsuhaushuahsauhsuh mas enfim, ainda vou colocar muitas músicas deles na fic...
Bom é isso
Até o próximo capítulo!



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