Perseus escrita por F dQueiroz


Capítulo 5
Cap IV - Verdade mentirosa


Notas iniciais do capítulo

Oi leitores(as),
Bem desculpa pela demora, mas como você deve ter percebido eu estou sem um(a) coautor(a). A Leila que me iria me ajudar não vai poder mais, porém esse capítulo foi escrito por ela, ao menos boa parte dele e se eu tivesse um chapéu eu o tiraria para ela. Capítulo muito bom. Então boa leitura e não deixem de ler as notas finais.



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Pov. Annabeth


Um silêncio mortal recaiu sobre nós. Todos estavam estáticos, de olhos arregalados, abrindo a boca sem proferir palavras. Até mesmo Quiron estava estupefado. Um filho do deus dos mares! Aquele que todos pensavam estar morto. Aquele cuja a "morte" foi a causa da fúria de Poseidon... a causa da guerra.

Minha visão começou a ficar vermelha logo depois da surpresa, vermelha de raiva. Então era isso? Depois de anos de guerra, de discórdia entre os deuses, ele se revela vivo? Como? Se estava vivo porque nunca fez nada para parar a guerra? Precisei me lembrar, mil vezes, de que provavelmente ele estava desaparecido, e provavelmente em perigo para ameizar minha fúria.

Um estranho sentimento de preocupação tomou posse de meu corpo. Aquilo não podia significar boa coisa. Deixei esses pensamentos de ladovoltando a prestar atenção no que acontecia ao meu redor.

Quíron e Poseidon discutiam. Este pela primeira vez desde que chegou, mostrava um pequeno sinal de preocupação quando suas sombrancelhas se uniram deixando-o ainda mais assustadoramente lindo.

- Tem certeza, meu senhor? - perguntou Quíron com um quê de preocupação na voz - Uma missão como essa pode simplesmente agravar a guerra.

- Isso não é uma escolha Quíron - Poseidon falou friamente.

Quíron se remecheu desconfortavel. Eu podia ver a relutancia dele em aceitar, mas negar alguma coisa a um deus era o mesmo que assinar sua senteça de morte. Quíron olhou nervosamente para o Sr. D, mas este parecia querer se lembrar de algo, pois estava com a testa franzida em um claro sinal de concentração.

- Bem... - Quíron prosseguiu - o que o senhor dos céus acha disso.

Pergunta errada a se fazer, pois Poseidon virou a cabeça lentamente para o encarar. Eu pude ver quer todos prederam a respiração nesse momento, ou melhor quase todos, pois o Sr. D ainda parecia querer lembrar-se de algo importante.

- Eu sigo as ordens de Zeus Quíron. Você devia saber disso - a cada palavra eu podia sentir a temperatura cair, literalmente. Alguns semideuses já batiam o queixo de frio.

- Certo... - Quiron falou nervosamente, e eu podia jurar ter visto uma pequena gota de suor descer pela sua testa. - mas também devemos pensar no que pode acontecer ao semideuses se o ajudarmos.

Pela primeira vez desde que chegou ali, Poseidon pareceu levar as palavras de outra pessoa a não ser a sua em consideração.

- Não se preocupe com Zeus, eu cuido dele. - foi inevitável não perceber o sorriso frio quando ele falou isso, o que causou um arrepio na minha espinha.

Quíron pareceu ficar, mais tranqüilo então falou.

- E onde ele está?


- Isso é trabalho seu descobrir Quíron - falou Poseidon se levantando.

- O que? Como vamos fazer isso se nem mesmo o senhor sabe onde ele está! Como poderíamos encontrá-lo? - Clarrisse falou.

Ela era uma filha de Ares. Clarrisse La Rue era mostruosa. Como todo filho de Ares ela também tinha uma cara de arruaceira. Com seus 1,80m ela era assuatadoramente feia, suas feições mais que parecia sido esculpidas de qualquer jeito.

- Escolha alguém para ir em uma missão, isso é problema seu Quíron. - Poseidon respondeu ignorando Clarisse completamente.

- Mas, senhor... - Quíron tentou dizer algo, porém sem sucesso.

- Sem mais, Quíron. - interrompeu Poseidon. - Se vocês querem acabar com a guerra, meu filho é a única solução.

- É isso - Sr. D falou exasperado olhando com os olhos largos Poseidon.

- Cale-se Dionísio - Poseidon falou entre dentes, Dionísio piscava como se não acredita-se em algo. Então aconteceu.

Um instante depois Sr. D estava ao lado de Poseidon como se estivesse implorando.

- Você não pode fazer isso Poseidon, é ele você sabe, ele...

- Cale-se Dionísio! - Poseidon exclamou pegando pela camisa - isso não cabe a você, está nas mãos das Parcas. - completou amargamente.

- Então elas... - Sr. D parou o que ia dizer, pois pareceu se dar conta que estava na presença de semideuses altamente curiosos.

Dionísio se afastou de Poseidon, com os olhos largos, mas este pareceu não se importar.

- Seja rápido Quíron - e dito isso, ele desapareceu em uma luz esverdeada, deixando para trás um cheiro de maresia.

Quase no mesmo instante parecia que estavamos no mundo inferior. Todos começaram a discutir, falando, sussurrando, berrando. Sr. D continuava ali parado como se não acredita-se seja lá no que for.

- Silêncio! - Quíron falou alto fazendo todos se calarem. Ele poderia estar sempre calmo, mas quando ficava bravo, poderia ser muito autoritário. - Devemos discutir essa questão com calma. Primeiro precisamos de voluntários... quem está disposto a ir nessa missão?

Ninguém levantou a mão. O que não era uma surpresa. Corri os olhos ao meu redor e pude ver pelos seus olhos. Alguns estavam com medo, outros com raiva, mas absolutamente ninguém estava indiferente. Pelo visto, eu não era a única com com raiva em relação a esse garoto. Se não fosse por ele, não haveria guerra.

Porém... uma ideia começou a se formar na minha cabeça me espantei, ao perceber que eu não achava que ele tinha culpa. Algumas vezes, eu havia pensado na possibilidade de Poseidon não ser o causador da guerra. Havia cogitado a ideia de Zeus ser o culpado. Afinal, ele não tinha o direito de tentar matá-lo. Quer dizer, certo que ele é o Rei dos deuses, mas matar o garoto? Por quê? O que ele ganharia com isso? Com certeza, o que ele ganhou não era o esperado. Tudo que ele conseguiu foi a guerra.

E de repente, eu tive certeza de que toda a culpa era de Zeus. Pois ele deveria ter deixado as coisas se desenrolarem como eram. Só que não. Ele se intrometeu, quebrando assim uma das Leis Antigas: Não se intrometer nas vidas dos meio-sangues. Mas ele fez. Ele tentou matar o filho de Poseidon. Ele comerteu um erro. Ele troxe a guerra. Ele, e só ele, é o culpado disso tudo.

Eu olhei para o lado e me arrependo desse pensamento. Thalia agora estava calada. Eu podia ver que ela estava claramente pertubada com que aconteceu. Droga! Ela também era um vítima, aliás todos nos eramos vítimas da ganância dos deuses.

Estava tão distraída com os meu pensamentos, que nem tinha percebido, quando todos concordaram com o seguinte argumento:

- E por que deveríamos resgatar esse garoto? Estaríamos ajudando Poseidon! E foi ele que causou a guerra! - E quem foi que disse isso? Luke, é claro!

Luke, o filho de Hermes, tinha a aparência incrivelmente sexy. Era três anos mais velho que eu. Cabelos loiros e curtos, e olhos azuis como o céu. Musculoso e bonito, com um sorriso devastador, mas apenas em aparência. Porque o rostinho bonito pertencia a um cara frio e calculista, que só se importa com ele mesmo. Nem acreditava que um dia eu já havia gostado daquele cara.

- Como você tem certeza disso, Luke? - perguntei, fazendo com que não somente ele, mas todos os presentes se virasem para mim. - Você não sabe, Luke. Lorde Zeus pode muito bem ter...

Fui interrompida pelo som de um trovão. Só então percebi o que estava prestes a falar. Compartilharia minhas conclusões, mas isso poderia me matar. Do jeito de os deuses são, meio sensíveis, era óbvio que, assim que saísse da Casa Grande, seria torrada por um raio. E essa era a última coisa que eu queria.

- Pode ter... - Luke incentivou, com um sorriso sarcastico.

Desviei o olhar.

- Nada - disse irritada. - Deixa pra lá.

Luke pareceu bem satisfeito com isso.

- Olha Anne - Silena filha de Afrodite começou - eu vou ter que concordar com o Lucke, eu não me arricaria para salvar esse garoto, você pode ser filha de Atena, mas todo mundo sabe que a guerra começou por causa desse garoto, eu preferia que ele continua-se...


Ela nem pode terminar, pois um forte ventaval atingiu a casa grande acompanhado de um trovão, fazendo-a estremecer.

Depois disso a reunião terminou logo. Ninguém desejava ir numa missão perigosa, no meio de um conflito entre dois dos Três Grandes, sabendo que, se Zeus descobrisse, iria nos fritar vivos. E também não queriam ajudar Poseidon. Pelo visto, ninguém tinha chegado a mesma conclusão que eu.

Ao sair da casa grande, eu imediatamente fui falar com Thalia. Ela estivera estranhamente calada durante toda a reunião. Parecia nervosa, e ao mesmo tempo animada. Será... será que ela quer ir nessa missão? Ela estava na varanda da casa grande e olhava em direção dos chalés. Até mesmo para uma punk ela estava muito melâncolica.



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Notas finais do capítulo

Então? Mereço rewieis? Comentem e se quiser recomende também?
Eu sei que tem gente ai se roendo para saber sobre o Percy, mas por enquanto ela não vai aparecer, mas no próximo capítulo tem um novo personagem bem sombrio, rsrs. Então até lá.

Beijos e Abraços,
Fabrício d'Q