Curar-me das dores que Deus

Pregai-me em mim, em martirio, lamento a ti por julgar-me e apontar teu cruel dedo esguio e pontudo

Rente ao meu nariz, e encarecidamente e compadecidamente orgulhoso por ensinar-te tudo

Aquilo que eu mesmo fiz aos outros, e agora no meio de tantos narinas esguias em direção

A mim, abaixo gritastes em minha direção como um bom marinheiro, ou um bom combatente

A minha lição permanente levarei, navegando entre mares baixas e altas, sufocando o grito e as correntes e mordaças

A marca da besta que perpetuará por todas as cabeças

Os olhares conduzem-me cada vez mais em direção

Dirigirei-me entre os mares, entre as vozes, entre os gritos, entre os murmúrios dos velejantes, corrente da marinha

Adociado não és pois do teu gosto já provei

A loucura enlouquece, tão enlouquecedor, quanto o louco

Mas quem liga pra loucura, quando se és louco

Agarrarei-me firmemente ao forte metal posto em meu coração e braços como vigas fortificadas, e dessa vez, mesmo diante de tamanhos pecados, os gritos presos na garganta, o cheiro de alcohol infestando aos navegadores, e os tambores soando entre os mares de Zeus, o pai de todos e tudo.

Então finalmente aos gritos exclamei :

Poseidon, buscar-me irá , ou deixará teu filho padecer, diante a ti, com os humanos escravizando-o e o maltratando como bem entendes? Fugirei para a profundezas do teu mar meu pai, e a todos trarei ondas enormes periodicamente, mostrando a minha ira

VEJA O QUE ME FIZESTE TORNAR MEU PAI, VEJA,

QUE ESSA CARNE HUMANIFICADA, LATEJA DE DOR, DE DOR HUMANA

A dor mais cruel e latente

Maldito seja, maldito seja !