–Aaaaah! Acabamos, finalmente!
–Uma quadra inteira decorada.
–Nosso salão agora.
–Salão não, prece mais um chalé cheio de rosa-claro.
–Haha, engraçadinho!
–Ué, é verdade oras!

–Muito legal, parabéns, mente fértil...
–Não zombe da minha imaginação!
–Tarde demais, já zombei!
–Maldita!
–Haha! *espreguiçada* Vamos pra sala, a aula já vai começar.
–Eu não fiz minha liçao!
–Bem feito! em vez de me olhar trabalhar deveria ter feito suas tarefas, agora sofra! Hahahahaha!
–Do mal!
–Eu te passo a lição, pode ficar tranquilo.
Nós chegamos no dormitório e começamos a nos arrumar. A aula começou, fomos pra sala de aula. Após a primeira aula, Zero foi falar comigo, que estava lendo as notícias no quadro de madeira da sala de aula.

–Aaah, valeu pela lição.

–De nada, quando precisar.

–Carrynne...

–Eu.

–Você quer ir ao baile comigo?

–Eu já vou com você.

–Não quiz dizer isso, quer ser minha acompanhante?

–Ah, claro... - Eu fico vermelha após resceber o convite.

–Então tá.

–Sim, combinado.

Chega a hora do recreio, o lanche hoje não estava muito bom, dia de má-sorte. Fuçaram a minha pasta! Seja lá quem foi que fuçou minha pasta vai falar ou eu mesma vou descobrir!

–Aaaaah, Que droga! Tinha as inscriçoes do teatro lá dentro!

–Você cuida de tudo aqui da escola?!

–Não, só da parte musical e teatral, e, eu só ajudo a professora com os papéis dela, chego a ficar até de madrugada ajudando.

–Você tem um coração bom, ninguém suporta os gritos do suposto fantasma.

–Fantasmas são almas com formato humano, não são ada mais que energia não purificada. E outra, se tivesse uma alma lá, eu detectaria, a não ser se fosse uma alma não-legível.

–O que é isso?

–Alma sem energia, alma não detectável.

–Aaaaah. Mais almas sem energia não morrem?

–Não como fantasmas. Hoje eu vou pegar as inscriçoes com ela de novo. Provavelmente ela vai me deixar anotando os participantes, e a pauta.

–Boa sorte...

–Pois é, vou precisar.

–Ah, eu posso te ajudar se ela der.

–Agradeceria imensamente!

Ultimamente o Zero têm se oferecido pra me ajudar em tudo. É meio estranho pois sempre que eu pedia sua ajuda ele recusava. Acho que ele bateu a cabeça tomando banho, aquela banheira é escorregadia e não a enchemos, só usamos o chuveiro.

–Alguem está te ameaçando?

–Não, por quê?

–Você está me ajudando muito, isso era incomum de você...

–Sério? Nem percebi!

–Tá, não disfarça! O que você quer? Dinheiro, cola na prova?

–Não é nada disso!

–Eu so tô brincando!

–Ah, maldita!

–Hahahahahahah!

Chegou a hora de ajudar a professora. Eu e Zero chegamos no teatro, e, cadê a professora? Atrasada! Ela chegou 2 horas depois que nós entramos no teatro. Maravilha!

–Desculpem o atraso, meu marido não me deixou sair de casa.

–Professora...

–Sim?

–Roubaram as inscrições da minha pasta hoje de manhã, preciso da cópia.

–Hmmm... só te darei a cópia se você cantar amanhã na festa.

–Eeeeeh, eu? Por que eu? E qual música eu vou cantar?

–A menina que ia cantar desistiu de cantar por causa que ela está com dor de garganta. A música nós decidiremos depois, você pode escolher, ou até copor a música.

–Aaah, tá! - A professora entrega os papéis na minha mão, já é quase meia-noite e os alunos saem cansados do teatro.

–Carrynne, você não vem?

–Eu preciso ficar pra fazer a pauta, esqueceu?

–Aaah, sim! desculpe.

–Tudo bem.

A professora sai, me deixando o caderno dela para eu copiar a pauta, ela sai e apaga as luzes. Ao mesmo tempo que eu acendo o abajur, começo a escutar barulhos vindos de dentro da cortina.

–Aaaah, Carrynne, você ouviu isso? *arrepiado*

–Hum? isso o quê?

–Barulhos, apenas barulhos!

–Não tem nada aqui, senta e fica quieto!