Spirit escrita por Kaniminashi


Capítulo 15
Capítulo 15 - Mais que uma pessoa / Uma declaração




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/307697/chapter/15

Minha mãe, meus irmãos e o diretor também. Estavam todos ali. Minha mãe recorda aquele dia, e ajoelha. Em meio a guerra, eu, sozinha, naquele dia, tinha assassinado mais da metade das tropas, sendo 1/4 de aliados. Mais Celtas apareceram, tentando me segurar, mais de nada adiantava. O que tinha me acalmado aquele dia não me acalmara mais hoje, o meu pai. Enquanto eu estava na minha forma demoníaca, descobri que Delta K era uma das reencarnações, sendo esse o motivo de eu me alterar. Makkai aparece, e as pessoas ali presentes se espantam. A imagem de meu pai aparece, e minha mãe chorando tenta se aproximar. Zero estende seu braço e a impede. A imagem neutra coloca sua mão em meu rosto, me fazendo levantar. Delta K se afasta, e o homem diz:

–Eu estou aqui, bem do seu lado, minha filha, no seu coração...

Eu volto a mim, e olho meu pai. Lágrimas rolam, e eu tento o alcançar, mais é tarde. Ele se afasta, e some, seguindo, Makkai. Eu ajoelho pensando no que aconteceria agora, eu seria presa, ou executada pelo vaticano? Minha mãe me ajuda a levantar, e meus irmãos correm para evitar minha mãe de dar um chilique. Zero fica parado, apenas me observando.


–Kaniminashi - Eu sussurro - Me... Me desculpe...

Ela atira outra flecha, mais Zero defende. Kaniminashi pega sua flecha, e mira.

–Saia ou você irá junto.

–Não deixarei você matar quem eu mais amo.

Eu me espanto, e olho para ele. Eu corro em direção a ele, mais ajoelho novamente. As flechas que me feriram estavam impedindo eu de parar de sangrar.


–Carrynne, não ande, fique parada. - Minha mãe me segura. Eu tiro as flechas presas em mim e ando em direção de Zero.

–Não deixarei que leve as relíquias, - eu fico na frente do Zero, olhando para ela - muito menos os meus amigos.

–Você sofrerá o tanto que eu sofri.

–Eu não quero me virar contra você novamente, e tenho certeza que você também não quer isso. Ela abaixa seu arco e anda em direção a porta. O diretor vem falar comigo sobre as acusações.


–Carrynne, uma aluna ouviu a conversa de vocês, e a professora se encrencou. Me desculpe por tudo.

–Obrigada diretor, mais não precisava de tanto. Eu só... - Eu desmaio ali mesmo. Todos voltam para a escola, e minha mãe para casa. Já está de manhã, novamente. É sábado, eu acordo.

–Ah, você acordou! - Eu olho para a minha direita,e lá está o Zero, sentado em uma poltrona. Eu olho ao redor, e estou em uma sala diferente. Não estou na escola, de jeito nenhum. Estamos em outro lugar, diferente, mais familiar. Eu já vim aqui. Claro! O hospital, onde mais eu estaria com uma pota de flecha cravada na minha barriga? Eu olho mais um pouco, e vejo a minha mãe sentada em um sofá, perto da porta. Tento me curvar para chama-la, e sinto uma dor na parte esquerda do meu corpo. Outra voz me chama a atenção, era a Delta.

–Não faça esforços. Você está machucada, aconselho a não se mexer muito.

–O que você quer comigo?

–Só estou ´prevenindo que você não perca o controle.

–Controle de que?

–O controle da sua alma, pequena insana, ela não te contou?

–Ela? Contar o que?

–Makkai. Ora, quem mais? Você é apenas uma cobaia, a única reencarnação que não teve tanto sucesso. Seu corpo era fraco para a alma, por isso você perde muita magia apenas com um ataque, por isso você veio parar aqui, esse soro em seu braço, não é qualquer um que tem que usar isso. E também, você foi a única que puxou as características da Deusa.

–Está dizendo que eu sou uma pessoa...

–Você não é uma pessoa, é mais do que isso. Como eu disse, você puxou as características principais da Deusa, você é a única capaz de usar as chamas negras. Pelo lado ruim, você é caçada por outros Deuses, pelo bom, você é uma das "escolhidas", se interpretado assim. A Deusa regente.

Zero se espanta, não acreditando no que ouvira. minha mãe ainda dorme, mais alguns médicos entram ali e pedem para a Delta levar a minha mãe até a sala de espera, já que a filha de um amigo do meu pai (meu amigo também) está lá para ajudar. Eu me espanto, que eu saiba, minha mãe não conhece ninguém da parte do meu pai.

Estava ficando frio, e Zero permanece ali ainda, dormindo. Ele ficou naquela poltrona o dia inteiro, não parava de me olhar. Eu cheguei a desmaiar depois que a Delta saiu, e só acordei a alguns minutos atras. Um médico me contou o que aconteceu, e eu recebo alta amanhã. Não posso ir pra escola ainda, precisarei ficar em Serdin mais um pouco. Estressante, não posso sair de Serdin, a não ser com um acompanhante responsável. Minha mãe está em Scallet, e não voltará ainda. Meu diretor precisa coordenar aquela escola e doidos, a não ser que Zero minta um pouquinho, Kaniminashi não faria isso por mim.

–----------------------------------------------------------------------------------

Meus irmãos vieram, e tinha alguma garota com eles, não conhecia. Mais me parecia familiar, ruiva e com os olhos em chama, não aprecia estar feliz, nem incomodada. Parecia normal, com um toque de raiva. Uma mulher grávida entra pela porta, ela já tinha um filho, e este parecia o segundo. Era jovem, e estava sozinha com o jovem. Eu fui ajudar, mas Zero não gostou muito da ideia. Modestia a parte, ele odiou! A mulher estava com uma aparência horrivel, e ele ficou com medo de que ela ia me machucar, do jeito que puxava o filho pelo braço.

–Com licença, senhorita, quer ajuda?

–Ah, eu adoraria, obrigada!

Eu levei ela até a enfermeira, que lhe atendeu na hora. A mulher sorriu, e acompanhou a moça de branco até o local.

–Viu zero, não matou, matou?

–Sim, me matou do coração!

–Deixa de ser fútil, ela só o estava segurando assim para ele não fugir, ela estava sentindo dor, e o filho dela a ajudou, também.

–Ah, aquele cara-de-anjo não me engana, ele queria te catar por traz!

–Zero, tá com ciumes??

–Quem? Eu? Claro que não!

–Ah, pra quem disse que gosta de mim isso parece ser ciumes...

–E quando eu disse isso?

–Quando você ficou na minha frente e disse "Não deixarei você matar quem eu mais amo"...

Zero fica vermelho, e se esconde. Eu dou risada, é claro, pois é engraçado ver ele se escondendo. Nossa carona chega, e entramos todos nesse veículo puxado por cavalos. Vamos para a escola, e esperamos pacientes até o diretor abrir a porta. Mais que dia!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Spirit" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.