Sweet Sixteen (Dramione) escrita por The Mudblood Malfoy


Capítulo 16
Capítulo Quinze - Feito Gato e Rato


Notas iniciais do capítulo

Esse é narrado do ponto de vista de Draco. Ele está confuso em relação ao que sente por Hermione. Espero que aproveitem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/307671/chapter/16

Draco via tudo embaçado. Em um segundo já havia chutado e pisado e socado McLaggen, e alguém já o tinha o imobilizado com um azaração. Ele percebeu todos os olhares nele, um silêncio mórbido sobreveio em todo o Salão. Mas apenas um olhar era importante: o de Hermione. Seu olhar estava feroz, cheio de raiva e orgulho. O jogo entre ambos estava apenas começando. Draco percebeu então, que nas férias, não havia sido arrogante, nem desdenhoso; Hermione o curara. Mas agora, ele teria que ser assim para conseguir que ela pedisse perdão.
        - Malfoy! O que pensa que está fazendo? Quer ganhar uma detenção no primeiro dia de aula? - gritou McGonagall, saindo da mesa dos professores e correndo em sua direção, o rosto cheio de preocupação e severidade. Dumbledore pediu para um aluno chamar Madame Pomfrey, e o Salão virou um caos, com pessoas comentando, gritando, rindo e conversando, e os professores dando ordens. Snape puxou Draco para fora do Salão, quando McGonagall desfez o feitiço, e o levou para um lugar longe da baderna.
        - O que tem na sua cabeça? Não acredito que continua envolvido com a Sabe-Tudo! Sorte sua que Bella está na cadeia, ou algo muito pior poderia acontecer a ela. - Snape rosnou, cerrando os punhos. Draco soltou-se bruscamente e tentou sair, mas Snape segurou o seu braço. - Sua detenção será quinta-feira, nesse mesmo horário, na sala do professor Slughorn. - sua voz soou rouca e cheia de desdém, e Draco se distanciou rapidamente em direção à sua sala comunal.

– Draco, você ainda está namorando a sangue-ruim? - perguntou Pansy sentada no sofá da sala comunal, os joelhos dobrados e a cabeça encostada no ombro de Draco.
        - Não, estamos dando... um tempo, acho. - ele constatou, franzindo o cenho.
         - E... vocês estão em um relacionamento, digamos, aberto? - ela passou lenta e suavemente os dedos com unhas compridas e escarlates pelo pescoço de Draco, deixando-o arrepiado.
        - Não concordamos com isso, Pans. - ele tentou se afastar, segurando a mão dela.
         - Mas enquanto ela não vê, podemos fazer milhões de coisas... A não ser que você conte pra ela - ela disse, falando com um biquinho e voz infantil. Draco apertou sua mão e ela aproximou sua boca de sua orelha. - Afinal de contas, vocês estão... dando um tempo...
        - Pans, não, OK? Estou cansado, já levei minha primeira detenção, vou me deitar, tá? - Pansy pareceu decepcionada e o deixou ali, sozinho, e foi conversar com Theodoro Nott. Draco deitou, e já adormeceu, esperando que os dias fossem melhores ao amanhecer.

No outro dia, os dois primeiros tempos foram de Poções. Slughorn demonstrou todos os tipos de poções que aprenderiam durante o ano. Como sempre, Hermione tinha todas as respostas na ponta da língua.
        - E essa é a Poção do Amor. Dizem que tem um cheiro diferente para cada pessoa, o que a atrai. Para mim, tem cheiro de... - ela fungou, e finalmente disse, arquejando e olhando para os lados - ... de pergaminho novo, maçãs verdes e... - ela lançou um olhar assustado para Draco. - LaranjaMix da Dedos de Mel. um silêncio constrangedor sobreveio, e Slughorn começou a dar a matéria.
        Quando finalmente a aula acabou, Draco tentou sair o mais lentamente possível, para vê o que sentia quando cheirava uma Poção do Amor. Claro, o cheiro de Hermione. Era algo encantador como o cheiro das cachoeiras, de chocolate e de colônia de macadâmia. Saiu das masmorras, perturbado.
        À noite, ele resolveu dar uma volta pelos arredores de Hogwarts para matar saudades. Na realidade não se importava se fosse pego por Filch. Andou por todos os corredores e cumprimentou todos os fantasmas. Ainda bem que não esbarrou com o Pirraça. Parou em frente à parede lisa do sétimo andar, e fechou os olhos. Do que precisava?
       Tranquilidade. Preciso de... Hermione. Mas isso a Sala Precisa não podia fornecer. Pensou em algo bobo, como preciso arrumar um lugar para pensar, e as portas de carvalho começaram a se formar na parede. Ele entrou com um ranger, e viu uma sala ampla, com algumas estantes de livros e algumas poltronas no centro. Viu uma lareira acesa e se sentiu confortável. Sentou-se em uma poltrona e tentou canalizar seus sentimentos. Tudo se passava em um turbilhão. Ele queria Hermione, mas não queria. Ele precisava dela, mas não precisava. Ele a amava, a odiava. Ele não sabia o que sentir.
       Queria se afogar na paz e na solidão, uma fina linha entre ele e Hermione.
        Mas não podia se dar ao luxo de tê-la.
        Algo dentro em si, orgulho talvez, queimava e queria que ela se rendesse naquele jogo de gato e rato, mas ambos pobres amantes, não sabiam que queriam a mesma coisa.

– Boa-noite, Mallochi! Bem vindo à detenção! - exclamou Horácio Slughorn, abrindo a porta da sua sala quinta-feira, oito horas da noite.
        - Er... é Malfoy, senhor. Draco corrigiu.
        - Ah, sim. Entre, Malfoy, sinta-se à vontade. Um copo de hidromel envelhecido? - ele perguntou, servindo dois copos com três dedos de hidromel. Malfoy agradeceu e se sentou em uma poltrona. Slughorn se sentou na outra e começou a falar dos velhos tempos.
        - Bom, já falei demais, não é? Vamos ao trabalho. Você vai apenas lubrificar esses potes com larvas para eu poder fazer uso delas durante as aulas esse ano. - ele apontou para cinco caixas de papelão cheias de potes de vidro, sujos, embaçados e lambuzados de substâncias que Draco não queria saber o que eram.
       O trabalho demorou menos do que achou que demoraria. Foi até rápido, exceto que quando Draco terminou e olhou no seu relógio, já eram onze horas da noite. Despediu-se do professor e foi para sua sala comunal. Ficou surpreso ao ver que Pansy ainda estava acordada, agarrando Blásio no sofá, os dois apenas com suas vestes de baixo. Draco fingiu que não viu nada e foi para o seu dormitório.
        Na sexta tudo mudou.
       Draco acordou e percebeu que era o único que ainda estava na cama, com exceção de Crabbe. Ele se levantou e foi ver o que estava acontecendo. Todos estavam aglomerados em volta do mural de recados. Draco abriu caminho e viu um papel explicando que os monitores-chefes desse ano eram Hermione Granger e um cara da Corvinal que Draco não conhecia.
       Ele precisava congratular Hermione no café, e um sorriso malicioso se formou em sua boca.
       Quando chegou ao Salão Principal, agarrou Pansy e lhe tascou um beijo na bochecha, talvez um pouco perto demais dos lábios carnudos da garota. Mas apesar disso, causou um tremendo choque na mesa da Grifinória, principalmente da parte de Hermione. Ela se levantou com firmeza, e se aproximou, com o olhar audacioso como o de um gato.
       - Com licença, mas o Salão Principal não é bordel. - e lançou um meio sorriso falso. - Vinte pontos a menos para Sonserina, porque beijar é proibido. - ela estalou a língua. - E detenção também, porque nós, monitores-chefes, podemos tanto tirar pontos como dar detenção. E, caso vocês não leram a lista das proibições na sala do Filch, vou tirar mais dez pontos. Para cada um. - virou-se e voltou para a sua mesa. Draco cerrou os punhos e sentiu sua raiva pulsar para a cabeça, mas não deixaria que ela o atingisse.
        Correu os dedos pela espinha de Pansy e lhe deu um verdadeiro beijo na boca, e praticamente todo o Salão silenciou. Até mesmo os professores estavam prestando atenção na tensão entre o trio.
         Hermione bufou e se aproximou novamente.
         - Vocês não têm ideia do que eu sou capaz. - ela sussurrou, mas todos os presentes escutaram claramente. Cinquenta. Pontos. A. Menos. Para. A. Sonserina. E. Mais. Uma. Detenção. - ela fuzilou ambos com o olhar. Pansy, que olhava com ar divertido e de deboche, deu uma risadinha e retrucou:
        - Mas não foi você, Hermione-Santinha-Granger, que vi agarrando um garoto no armário de vassouras ontem mesmo? - e ela piscou com falsa inocência. Alguns risos e murmúrios correram por todo o recinto.
       - CHEGA. - Hermione rosnou. E Draco notou que seus olhos brilhavam úmidos. Ela saiu batendo o pé e sumiu de vista. Pansy deu outra risadinha, e o Salão voltou ao normal.
        Um a Um, Hermione, e espere para ver o desempate, pensou Draco, tentando apagar de sua mente a imagem da garota tentando não chorar.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Sweet Sixteen (Dramione)" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.