Sweet Sixteen (Dramione) escrita por The Mudblood Malfoy


Capítulo 13
Capítulo Doze - Wicked Games


Notas iniciais do capítulo

Resolvi voltar ao esquema de um capítulo o Draco narra, e no outro a Hermione. Esse é narrado do ponto de vista da Hermione. Nesse capítulo você saberá o que aconteceu com ela quando Draco voltou para a sede da Ordem. Estou muito feliz de não ter demorado tanto assim para postar que nem da outra vez! Espero que gostem, e não tenham me abandonado, porque a história já está acabando, o aniversário da Hermione é em Setembro, e eles estão no final de Agosto. Esse capítulo deve ter ficado meio repetitivo ao capítulo oito, mas é porque eu queria muito colocar essa versão muito fofa da música Wicked Games pela Coeur de Pirate. É que eu estava ouvindo enquanto escrevia (não tem muito a ver com a história, só o trecho que eu extraí :)) Espero que gostem, e boa leitura!



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Hermione limpou o pó de carvão das vestes e olhou à sua volta. Definitivamente não era o Largo Grimmauld 12. As paredes eram rosa, e o quarto estava cheio de bichinhos de pelúcia. De repente uma voz infantil disse:

                - Você é a fada do dente? - Hermione olhou para baixo e viu uma garotinha de chiquinhas e olhos verdes brilhantes. Hermione não sabia o que responder. Lembrou-se de si mesma, quando menor, tinha certeza que existia algo mágico em si mesma, e tudo se concretizou quando recebeu sua carta para Hogwarts.

                - Sim - ela respondeu, ajoelhando-se e ficando da mesma altura daquela menininha.

                - Cadê o meu presente? - a menina perguntou batendo palmas. Hermione tentou pensar no que tinha nos bolsos. Lembrou-se então da sua correntinha que comprara em Hogsmeade em Abril. Colocou-a no pescoço da garota.

                - Use-a bem.

                - Pra que que serve?

                - Se você a usar, você nunca mais terá pesadelos. - a menina pareceu aliviada.

                - Obrigada! - e subitamente abraçou Hermione. - Você vai me visitar mais vezes?

                - Claro! - e Hermione se afastou, e, mesmo que fosse ilegal com quinze anos, ela aparatou. Era a maneira mais ágil de chegar a sede da Ordem. Quando o estalo de sua chegada ressoou nos corredores, Harry, Tonks, a Sra. Weasley e Fred apareceram, com expressões preocupadas nos rostos.

                - Onde você se meteu? – disse a senhora, com rugas de preocupação por todo o rosto.

                - Estava cansada da doninha quicante e foi dar um passeio? – perguntou Fred sorrindo enviesado.

                - Não! Eu acho que errei ao falar Largo Grimmauld, eu devo ter trocado alguma sílaba, estava tão abalada... – Então Gina entrou no aposento e abraçou Hermione, com um suspiro de alívio.

                - Você está louca? Estamos te procurando faz tempo! E se algum Comensal estivesse escondido?

                - Então vocês conseguiram prendê-los? O que aconteceu me conte! Eu estava tão inconsciente, eu não percebi nada! – mas ela percebera alguém a segurando, ela sentira aquele cheiro de menta e chicletes de Laranjamix da Dedosdemel, ela agarrara-se a Draco Malfoy para que ele nunca mais a soltasse.

                Logo, ficou sabendo por Harry e Gina que Dumbledore apareceu na hora certa, com o Ministro da Magia e vários funcionários. Os Comensais haviam sido pegos desprevenidos, pensando que conseguiriam finalmente acabar com Harry. Mas onde estava Draco, afinal, ele a havia salvado.

                Pediu para ir ao seu quarto porque queria descansar, mas a Sra. Weasley a fez tomar um lanchinho antes. Depois de comer um sanduíche com mortadela, Hermione se dirigiu para o quarto, e ficou aliviada de ver que Draco estava ali, sentado no sofá, com o olhar desfocado, olhando para o papel de parede da família Black, o som do rádio tocando bem baixinho. Quando ela adentrou a sala, suavemente, ele levantou os olhos para ela, ainda desfocados, como se estivesse sonhando.

                Ele se levantou, encarando-a com seus olhos de aço letais que faziam a pele de Hermione arrepiar-se. Ele impulsionou-a para frente, segurando sua cintura, e ela agarrou-se ao seu pescoço em um abraço. Ela ouviu ele suspirar de alívio, e passar os dedos por suas madeixas castanhas. Hermione deixou que ele a conduzisse para uma dança lenta e calma, e ela delicadamente fechou os olhos, repousando em seu pescoço.

                Era como aquela vez, nesse mesmo quarto, em que eles dançaram ao som do rádio, até Harry interrompê-los daquele momento esplêndido. Mas dessa vez a canção era apenas o piano e a voz fina e melodiosa de uma personagem feminina, triste e sofrida, mas, calma. Hermione ouvia o som de seu próprio coração batendo contra o peito de Draco.

Bring your love baby I can bring my shame
Bring the drugs baby I can bring my pain
I got my heart right here, I got my scars right here

                Ambos dançaram, movendo-se de um lado para o outro, ambos não querendo se separar, temendo nunca mais ter uma chance como aquela. Hermione apertou os dedos no pescoço de Draco, ao mesmo tempo que ele a abraçava forte, sentindo o cheiro de amêndoas em seus cabelos. Seria tão poderoso assim o poder da saudade, do sofrimento e do amor?

                O cômodo afogou-se em silêncio quando a música terminou, mas Draco e Hermione continuaram dançando, esquecendo-se completamente do mundo à sua volta. Mas aquele silêncio perturbou Hermione. Ela não queria sair daqueles braços, não queria sair de sua proteção, mas ela tinha que confessar a ele que tinha visto seu passado, ou isso a atormentaria para todo o sempre.

                Suavemente, se afastou de Draco, que ainda mantinha as mãos em sua cintura, e ela deteve-se a deixar as mãos em seus ombros.

                - Draco... Eu... – ele abaixou os olhos, envergonhado.

                - Não. A culpa é minha. Eu queria te... pedir... perdão. Por tudo o que eu fiz. Desde antes, quando eu te chamava de sangue-ruim; eu não... sabia o que estava fazendo. – ele parecia ao mesmo tempo amargurado e relutando proferir aquelas palavras. Hermione não sabia se acreditava que aquilo era sincero, ela não merecia ouvir o perdão de Draco. Ela fizera algo muito pior. Ele já havia provado que a amava, mas e se ela contasse o que estava preso na sua garganta? E se ela contasse, e ele se voltasse contra ela?

                - Eu preciso... preciso te contar algo. – Hermione resolveu dizer, respirando com força pelas narinas. Se ela tinha que contar, ela o faria. Draco soltou-se de Hermione e acariciou o seu rosto.

                - Não precisa me contar nada. Está tudo bem agora. Os seguidores do Lorde das Trevas estão presos, incluindo a megera da minha tia, e o meu pai que nem se importa comigo. – ele cuspiu as palavras, colocando uma madeixa castanha atrás da orelha de Hermione.

                - Mas eu preciso falar! É importante, ou eu não vou aguentar. – ela insistiu com urgência. Draco sobressaltou-se com a veemência da garota, e passou os dedos pálidos pelos cabelos loiros.

                - Então fale, se é tão importante assim, mas lembre-se de agora voltaremos para Hogwarts e tudo vai estar bem, tanto para Potter quanto para mim ou para você. – Hermione delicadamente afastou a mão de Draco para longe. Fechou os olhos mais uma vez e contou até dez.

                - Eu... eu... – e com a voz trêmula, afirmou: - eu sei sobre a Libby.


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Notas finais do capítulo

Cabe ao leitor a decisão de deixar ou não uma crítica ou um comentário. XD