Telefonema escrita por Wallas Reis


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura a todos, comentem...



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Um começo de tarde muito chato, na verdade, a minha vida nas férias sempre se resumia a isso chatice contra tédio e quem vencia essa competição que literalmente acabava comigo. Para ver se passava um pouco o tempo resolvi ir até à sala assistir qualquer coisa que me distraísse naquele momento liguei a TV e comecei a procurar algum programa que prestasse, acredito que só foi tempo perdido nada de bom eu encontrei, tinha um desenho mais já assisti aquele episódio, e não ia assisti-lo novamente. Deliguei a TV e fui para o notebook para ver se conseguia me divertir um pouco, meu Deus o que foi aquilo? Muita tortura, eu acho, quem diria que até a internet naquele dia estava completamente chata e sem graça acho que foi alguma praga que me jogaram e só veio fazer efeito naquele triste dia e que dia. Para a minha sorte o celular toca, fui correndo atendê-lo rezando que fosse algum amigo me chamando para sair, eu não iria pensar duas vezes antes de respondê-lo sim.

— Alô – atendi o celular ansioso e percebendo ser um número desconhecido e restrito.

— Alô – disse uma voz feminina na linha – com quem eu falo, é a Becca, quero dizer a Rebeca?

— Não eu acho que você ligou errado – disse cabisbaixo.

— Ah me desculpe – ela respondeu com uma voz doce.

— Que nada, não foi incomodo ao contrário lhe agradeço – falei puxando conversa.

— Me agradece? – perguntou confusa – por quê?

— é que não estava mais aguentando ficar aqui sem fazer nada.

— Ah então a minha ligação, que nem era para você lhe tirou do tédio – disse ela ironicamente.

— É, pra você ver. Como é seu nome? – perguntei-lhe.

— Me chamo… tu tu tu.

— Alô?

Que merda eu nem acredito nisso a ligação caio bem na hora que eu ia saber quem era e para piorar, nem posso ligar para ela porque me ligou restrito, essas coisas só acontecia comigo, mas aí me toquei que ela sabia o meu número mesmo por acaso e poderia me ligar quando quisesse. Esperei o restante do dia pensando que ela ligaria mais nada, quando foi mais a noite entrei novamente no notebook que estava um pouco melhor do que a tarde, tinha alguns amigos meus on, então comecei a conversar com o Edmundo pelo bate-papo, contei-lhe a situação que aconteceu comigo mais cedo e não acreditou e eu sou do tipo que não fica insistindo para que a pessoa acredite, eu contei o caso acredite se quiser, sei que eu não estou mentindo. No dia seguinte acordei e fui logo atrás do meu celular, outro fato sobre mim meu celular sempre viver perdido pela casa, encontrei ele incrivelmente debaixo da cama após ter revirado a casa toda, olhei e nada de ligação perdida comecei até pensar que foi algum amigo zoando com a minha cara, mas ninguém ia conseguir fazer aquela voz doce e delicada que me encantou enfim fui tomar meu café que acabei esquecendo porque estava na busca do meu celular depois de um bom café da manhã fui para academia lá encontrei com o Edmundo que ainda não acreditava, mas ficava insistindo para saber os detalhes, quais eram esses que eu nem sabia responder.

— E então ela é bonita?

— Não sei eu só conversei com ela pelo celular, burrice – respondi nem acreditando no que ele tinha perguntando.

— Mais você é um burro Henrique – disse ele rindo – porque não perguntou o nome dela, ou aquelas coisas que se pergunta quando se conhece alguém.

— kkkkkkkk – nessa hora não conseguir conter o riso – a sua sorte é que você é bonito, porque se não.

— Oh vei como assim? – perguntou ele sem entender.

— Só te digo uma coisa você e a inteligência, não são os melhores amigos – disse irônico.

— Ha ha ha, falou o nerd bombado.

O Edmundo não era uma das pessoas mais inteligentes do mundo a sorte dele foi ter nascido bonito, mas ninguém é perfeito, enquanto ainda malhava e ria do Edmundo ouvi o meu celular tocar e novamente eu fui correndo atender, quando estava com ele já em mão vi no visor  “Natasha ligando ” atendi.

— E ai Henrique – falou do outro lado uma vozinha meio chata.

— Oi nat – respondi sem vontade.

— O Ed me contou sobre seu telefonema misterioso – disse ela muito irônica – ou melhor, misteriosa.

— É, você sabe que essas coisas só acontecem comigo, mas como vai sua vida?

— Bem, por quê? – perguntou confusa.

— Por nada é que você sempre sabe da minha vida e nem deve ter tempo para sua não é? – indiretas a gente se ver por aqui.

Deliguei o celular sem nem me importa se ela ainda falava ou não comigo, voltei aos exercícios.

— Então quem foi?

— Foi a sua namorada, querendo saber da minha vida como sempre – respondi muito bravo.

— Foi mau cara – Edmundo tentou se desculpar – você sabe muito bem como a Natasha é.

— Sei sim, infelizmente você me fez conhecê-la – respondi secamente.

Peguei as minhas coisas e parei ali com academia por hoje, fui para casa, quando se tratava de Natasha o clima pesava, eu e ela nunca nos damos bem desde do dia que ela pensou que eu estava induzindo o Edmundo a trair ela, bem que podia ser verdade isso ela merece mais tentei esquecer ela e fui para casa, a primeira coisa que fiz fui tomar uma ducha depois das energias revigoradas fui ver o que tinha na geladeira que pudesse ser comestível, desde que comecei a morar sozinho nunca tinha comida em casa sempre ia fazer uma visita a Laís como ela fazia faculdade de gastronomia e que de bobo não tenho nada, juntei o útil ao agradável, porém naquele dia a Laís não estava lá. Então tive que me virar abrir o armário e dei uma olhada para observar o que tinha dentro dele, que eu sabia ou poderia tentar fazer, tinha um pacote de macarrão então foi ele mesmo, peguei e o coloquei no balcão fui até o meu quarto e peguei o notebook e pesquisei nele uma receita de macarrão.

Comecei a fazer, coloquei a água no fogo e impacientemente esperei começar a borbulhar peguei o pacote de macarrão abrir e coloquei tudo o que tinha na panela, o deixei lá e fui ver as minhas redes sociais nesse momento do nada me lembrei do meu celular e comecei a busca, provavelmente tinha jogando em algum lugar só faltava saber aonde.

Depois de algumas horas encontrei o celular e quando olhei não tive como não soltar um pequeno palavrão — desgraça. Foi isso que eu disse quando vi uma ligação perdida e era de um número não identificado devia ter sido ela de novo me sentei no sofá me lamentando e agora não ia tirar o celular do bolso e distraído foi que eu sentir um cheiro estranho — o macarrão – gritei. 

Corri até a cozinha e quando olhei para panela o que vi foi uma coisa com uma cara não muito comestível, parecia que o macarrão derreteu, sei lá, a verdade que aquilo acabou virando um mingau e já estava queimando. Deliguei o fogo e não sabia o que fazer com aquilo então olhei os seguintes passos que foi o molho que também foi outro que não deu certo, quando o coloquei com o marc… com o mingau ficou uma gororoba com uma cara não muito boa, mas mesmo assim peguei um prato e uma concha e coloquei um pouco daquilo e experimentei, não vou mentir e dizer que ficou uma delícia, mas também não ficou tão ruim no gosto observando de longe ninguém comeria, nem eu, mas a fome era maior e só comi um prato mesmo e o resto joguei fora, para finalizar o dia tomei uma vitamina era a única coisa que sabia fazer direito.

Algumas semanas se passaram e eu não tinha mais esperanças dela ligar, mas não parava de olhar o celular, todas as noites eu olhava para ele e colocava do lado do meu travesseiro parecia que eu era um louco, obcecado por celular agora, não o tirava de perto de mim e dificilmente o perdia. Como um costume a gente não desaprende muito fácil, às vezes eu esquecia o celular em algum lugar ou sem querer o largava em algum canto hehehe, até que um dia eu estava no banho, lá de boa, e tive a impressão que o celular tocava desliguei o chuveiro e fiquei em silêncio para tentar ouvir se estava tocando mesmo, e era exatamente isso. Como morava sozinho sair do banheiro do jeito que estava com o corpo todo ensaboado fui correndo atender não foi uma tarefa fácil e pelo caminho fui escorregando até que cheguei no quarto aonde o celular estava e quando estava chegando perto acabei escorregando e tomando um baita tombo, mas mesmo assim conseguir atender.

— Aloô aii – respondi sentindo a dor da queda.

— O que foi? – perguntou a outra voz no lado da linha.

— Quem é?

— Conhece minha voz não é vei?

— Porra Edmundo – falei furioso – seu viado do carai.

— Eh, o que foi que eu fiz… – disse ele pausando e depois terminado – dessa vez.

— Vim atender correndo a droga do celular e acabei escorregando e caindo porque estava no banho.

— Foi mal, não foi a minha intensão, huun safado pensou seria a garota do telefonema misterioso não é?

— Vei, você não tem o que fazer não? Eu tenho – acabei desligando na cara dele.

Na boa às vezes ele aborrecia, me levantei, ainda estava sentado no chão e foi aí que as dores pioraram votei para terminar o banho, sair do box me enxuguei enrolei a toalha na cintura e fui pro quarto me arrumar. No caminho a campainha toca, pensei em ir atender mais poderia ser o Edmundo, e a campainha voltou a tocar, não quis atender e voltei o caminhar para o quarto até que a pessoa começou a apertar aquele merda a todo momento deixando qualquer um puto da vida, então com uma raiva enorme fui atender…

— Você!? – perguntei surpreso ao constatar quem era.

— Ui, porque o espanto ao me ver? – perguntou com sarcasmo – não vai me convidar para entrar?

— De todo mundo, um nunca imaginaria você aqui Natasha, entra – falei sem nenhuma vontade.

— Com prazer – disse ela com um sorriso de lado no rosto entrando e se sentando no sofá – vejo que as horas na academia estão lhe fazendo bem, que corpo em Henrique.

— Valeu – disse novamente sem vontade – mas qual é a honra da sua presença.

— Quanta ironia rique.

— Não me chama assim – disse bufando de raiva.

— Está bem, desculpa. Não vai se trocar.

— Antes me diga o que está fazendo aqui.

— Ok, vou lhe contar o que vim fazer aqui, fui eu.

— O que? Foi você o quê?

— Fui eu que liguei…

E antes que ela terminasse cai em gargalhadas, não sei de onde tirou eu iria acreditar que foi ela, ainda mais com aquela voz chata e irritante não mesmo.

— Qual o motivo da graça? – perguntou ela furiosa.

— Você é claro, tá na cara que não foi você – disse com desprezo – só não entendo uma coisa, porque mentiu dizendo que foi você.

— Eu não vim aqui pra pagar uma de palhaça – disse ela se levantando e indo à porta.

— A porta é a serventia da casa – falei enquanto ia até à porta abri-la.

Foi nesse momento em que aconteceu algo que me deixou sem ação, a droga da minha toalha cai me deixando completamente pelado na frente da Natasha, quando olhei para em sua direção, percebi que estava me olhando como um leão olha a sua presa, rapidamente peguei a toalha e coloquei novamente na minha cintura.

— Sai daqui – disse constrangido.

— Parabéns viu Henrique pelo seu dote – disse ela enquanto fechava a porta.

Eu nem acreditei que isso aconteceu comigo, lá de fora ainda dava para ouvir os risos da Natasha o que me deixava furioso e, ao mesmo tempo, com vergonha fui para o meu quarto coloquei uma roupa qualquer e fui à casa da Laís jantar.

Tin don…

— Oi beh – disse a Laís sempre com seu sorriso lindo no rosto.

— Oi linda, olha eu aqui de novo lhe incomodando – disse totalmente sem graça, coisa que nunca aconteceu.

— Ah Henrique, para com isso já te disse que você é bem-vindo aqui – falou ela me deixando mais a vontade – e também eu gosto de cozinha e você de comer, somos uma ótima dupla.

— Verdade minha pequena – era assim que a chamava por se baixinha.

— A beh, tenho que te falar uma coisa.

— Manda aê.

— Sabe a Luana…

— Sei, é ela que divide o apartamento com você – disse a interrompendo – pera ela tá com raiva que eu só venho aqui para comer, não é?

— Não seu bobo, é exatamente o contrário.

— Como assim?

— Ela gosta de… – disse ela dando uma pausa – você, ah pronto falei.

— Serio? – perguntei surpreso.

— Sim, porque a supressa? – perguntou ela sem entender.

— Sei lá, eu pensava que ela tinha namorado ou que não gostava de mim – parei coloquei um pouco de comida na boca e continuei – e também ela me olhava de uma maneira estranha, não sei.

— Então… – disse ela com um largo sorriso no rosto – lembra que te chamei para vim jantar aqui hoje?

— Sim, e até achei estranho porque nunca fui convidado – disse rindo – sempre vim de intruso.

— Ain, já disse para você parar com isso – disse ela furiosa – vou ser obvia, esse jantar fui tudo ideia dela pra ter um encontro com você, pronto falei.

— Ual, que legal – falei surpreso – e cadê ela?

— Já volta, ela foi comprar um espumante.

Nos dois ficamos conversando sobre a Luana e a Laís foi me contando mais sobre ela, tipo do que ela gostava essas coisas e eu ia percebendo que tínhamos algumas coisas em comum.

— Uffa’ até que fim, pensei que tinha fugido – disse Laís ao ver Luana.

— Foi mal à demora é que…

Eu virei bruscamente para vê-la por muitas vezes fui aquela casa, mas a Luana nunca estava lá pelo menos eu julgava que não, mais foi outra coisa que me chamou atenção.

— Essa voz, foi você? – perguntei radiante.

—… – ela com muita vergonha não me respondeu nada.

— Por favor – disse implorando – me deixa ter a oportunidade de ouvir novamente essa linda voz.

— Me desculpa – disse ela mordendo os lábios – a ligação foi mesmo sem querer e surpreendentemente foi logo, para você que ela desviou.

— Foi o destino – disse Laís entrando na conversa – com licença acredito que vocês precisam resolver alguma coisa, que depois um dos dois vai me contar.

— Por que não ligou novamente? – perguntei sem entender.

— Não sei – fez uma pausa abaixando sua cabeça – receio de ficar lhe enchendo o saco.

— Eu fiquei esperando você ligar todos esses dias – falei levantando o seu rosto a fazendo olhar para mim.

— Serio? –

— Nunca falei tão serio na minha vida, não sei como mais me apaixonei por você ouvindo somente sua linda voz.

— E o que você está esperando agora – disse ela.

— Nada – falei roubando-lhe um beijo.

— Aiin que FOFO – disse Laís, que olhava escondida.

Nem pude acreditar no quão louco foi essa historia, mas que aconteceu. É o amor é mesmo surpreendente. Eu e a Luana começamos a namorar e temos seis messes de noivado agora, prontos para subir no altar e dizer o tão esperado sim, mas aí já vai ser outra história…

Fim…


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Então comentem e quem sabe aconteça uma continuação, só depende de vocês hehehehe.



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