Um Necromante No Meu Quintal escrita por Mel Devas


Capítulo 25
Experienciando as verdadeiras borboletas no estômago


Notas iniciais do capítulo

OIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII
Eu prometi que não ia demorar mais 6 meses pra postar o capítulo.
Eu demorei.
Eu sou uma pobre infeliz morta por um tiro de um leitor x.x.
Acho que não adianta eu dizer desculpas ou dizer os motivos, né?
(Mas pro que querem minha infelicidade eterna por toda essa demora, podem ter certeza que nem precisam fazer macumbas pra isso pq: entrei de "recesso de fim de ano" dia 23, volto dia 2 e agora tenho aula aos domingos!!! Uepaaa!!)
Enfim, gente, esse capítulo ficou tão água com açúcar que tem um monte de abelha na tela do meu computador! Mas espero que gostem >ww



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O silêncio. Ah, o silêncio. O silêncio mais misterioso que jamais compartilhei. Um silêncio que não era desconfortável, não sendo, porém, confortável. Um silêncio que transbordava cumplicidade. Um silêncio que abria portas para olhares e ações confusas. Um silêncio em que poderia acontecer, igualmente, tudo e nada.

Provavelmente seria exagero e romantismo da minha parte dizer que era como se aquele momento estivesse pra acontecer desde que eu vi Adrian pela primeira vez: correndo atrás de um tartachorro no meu quintal. Bem, pensando na ocasião retardada que eu o encontrei, tenho certeza absoluta que é tudo romantismo da minha parte, pois desde quando alguém consegue se imaginar no futuro com algum maluco que fugiu do hospício e que é, aparentemente, aficcionado em experiências em animais?

Mas, sei lá, é impossível explicar. Parecia certo.

Há alguns momentos na sua vida que você reflete e conclui que vai guardá-los para contar para os netos. Momentos preciosos, engraçados, sérios, profundos ou não.

E você quer saber de uma coisa, querido leitor/pessoa que está lendo minha mente/ ou seja lá o que for isso?

Esse não era um daqueles momentos.

–-x--

O momento pareceu engolir tanto a mim quanto a Adrian. Mas não era… ruim. Encarar ele. Encarar os olhos dele. Encarar esse novo Adrian que parecia ter achado algumas verdades, várias mentiras e gerado várias perguntas sem respostas. Era apaixonante encarar um Adrian… tão humano.

A estagnação em qual estávamos presos foi quebrada quando Adrian moveu as mãos até os meus cabelos, deslizando-os para trás de minha orelha e segurando eles lá.

Puxou-me contra o seu peito e me envolveu com o outro braço. Apoiou o queixo no topo da minha cabeça e afagou esta.

E, por algum motivo… Eu me senti tão segura… Tipo, eu não tive muito tempo pra pensar, nem pra poder decidir alguma coisa, depois de ser raptada e me meter no meio dessa confusão toda, mas eu estava, sim, com medo. Eu, que sempre tinha que respirar dentro de um saquinho ao assistir um filme de suspense, estava no meio de uma história com gente morta ou alguma-coisa-parecida-com-morta, bichos do capiroto, e, o pior de tudo: era real.

Como eu meio que me joguei na vibe do momento, consegui evitar que a ficha caísse, mas naquele momento era como se tudo tivesse parado e eu voltei a ser o de sempre: uma garota insegura e medrosa.

E Adrian sabia disso.

Por algum motivo, ele tinha percebido isso antes de mim. Poxa, era pra eu ser a experiente em sentimentos humanos de nós dois! Como assim ele veio e simplesmente roubou meu papel?

Antes que eu pudesse percebi, senti lágrimas escorrendo pelas minhas bochechas. Sério, Valente? Vai ficar dando uma de garotinha indefesa e chata que sempre tem nos filmes? Que não sabem fazer nada sozinhas e choram por qualquer coisinha? Bem, parece que minha autorepreensão não está fazendo muito efeito, porque ainda estou chorando meus olhos pra fora.

Leitor (ou sei lá, cansei de escrever todas as possibilidades), você me deixa ser uma personagem principal chata, fraca e chorona? Só por um tempinho?

Bem, deixando ou não, eu estou sendo.

– Desculpa. - Disse Adrian, quebrando minhas divagações idiotas.

– Pelo que? - Ri.

Ele limpou minhas lágrimas com um dedo.

– Por isso. Meio que descobri que não é normal isso… tudo acontecer. Você não devia estar aqui.

Balancei minha cabeça e prendi o choro. Não sou só eu que estou nessa, não sou só eu que estou preocupada com tudo, e eu deveria é parar de frescura!

– Mas é claro que eu devia! Quem mais iria te manter longe de confusão? Florita e Boyolóvsky que não! Olhe, sempre tem que ter o sensato que tem a mesma opinião que o resto do mundo, mesmo que essa opinião seja covarde e chata, não é? E eu estou aqui pra fazer isso!

Adrian me olhou com uma cara descrente de “É memo?” e riu de mim.

Pasmem.

Adrian riu.

Adrian riu de mim.

Adrian riu de uma coisa que fazia sentido rir.

O mundo já não faz o mesmo sentido que antes, realmente!

– O que aconteceu com você, Adrian? Tá tão… normal.

– Normal? - Ele tombou a cabeça prum lado.

– Você conseguiu me consolar mas não sabe o que é normal, sério isso, Adrian?

– Ah… Tá. Só li.

– Leu o quê?

– Florita disse que é um segredo pra você.

– Pra mim? Por que eu? O que eu fiz?

– Xiu… - Ele colocou o dedo indicador na frente da boca e arregalou os olhos - É segredo! Não fale alto assim! Tudo que é segredo tem que ser contado baixinho!

– Mas não tem ninguém aqui! Que lógica maluca é essa? Florita que te ensinou isso?

Ele levantou uma das sobrancelhas com um ar de “só fala baixo, cocota!” e calei a boca. Era até mesmo engraçado.

Ele sorriu SORRIU SORRIU SORRIU pra mim e me deu um beijo na testa.

– Obrigado por estar do meu lado pra resolver os problemas da minha família problemática. Nossa próxima parada é na Sibéria, não?

– Eu vou estar do seu lado sempre, vou com você pra qualquer lugar que você vá, desde a China até o Acre.

Adrian pegou minha mão e entrelaçou seus dedos nos meus.

–-x--

Voltando à palhaçada do início do capítulo: há momentos que você guarda em sua memória para contar em gerações posteriores, seja por que ele ter sido engraçado ou porque vai dar um acréscimo moral mais efetivo do qualquer fábula do Esopo.

Mas nenhum neto, bisneto ou qualquer criancinha que eu escravize pra ouvir minhas histórias quando eu estiver velhinha e senil, vai ouvir nenhuma história desse episódio.

Porque eu quero guardar o Adrian daquele momento só para mim. Quero ter sido a única que sabe daquele sorriso sincero que ele me deu. A única que viu aquele olhar enfeitiçante. A única que sentiu aquela segurança no abraço mais carinhosamente funesto existente em todo o mundo.

Quero ser a única que conhece aquele Adrian.

Quero que o Adrian daquela noite seja o Adrian “quando está com a Valente”.

E só comigo.

–-x--

De novo o Nyah tá cortando as notas finais do capítulo, e como elas são importantes demais pra mim, vou postar aqui. E caro administrador do Nyah, entendo que você tem que dar advertências para manter a ordem do site, mas eu juro que tentei formatar as notas finais de todos os jeitos pra não ter que posta-las aqui (as notas finais nas iniciais, metade nas iniciais e outra metade nas finais e etc, e tudo deu errado, sério), então, por favor, eu sei que deve ser muito mais difícil do que sequer posso imaginar administrar esse site, mas não mande uma advertência por algo que está fora de meu controle, ou, por favor, me mande alternativas do que fazer nessas situações. Um próspero ano novo pra vocês!

Notas finais:

Enfim, gente, espero que tenham gostado e desculpa mesmo Ç.Ç
Enfim, muito obrigada a todos que ainda têm fé em mim e nesta fic, vocês são os melhores! Nunca tanta gente leu qualquer coisa que eu tenha escrito na minha vida, e fico muito muito feliz por todos os favoritos, leitores, recomendações e comentários que essa fic recebeu até agora! Se não fosse isso eu seria totalmente derrotada pelo monstro chamado a escola e não postaria nem mesmo 6 meses depois! HSUAHSAUHUSA
Enfim, pros seres de luz que comentaram capítulo passado:
Ani (Bem-vinda!! Leitora nova de 6 meses atrás -me matando- mas que ainda é nova!!! ♥ )
Black Hunter (Acho que, infelizmente, o capítulo não foi merecedor da sua carinha safada, mas quando eu transformar UN²MQ em uma fic +18 vc vai ser a primeira a saber!! )
Yui Takahiro (Ressurgi das chamas de novo!! Obrigada por não ter desistido ♥ )
Kaniminashi ( Eu demorei os seis meses de novo Ç.Ç Me perdoaaaaaaaaaaa Ç.Ç Enfim, obrigada por ter comentado, sua linda ♥ )
Enfim, beijos rosas com glitter flutuantes pra todos, feliz natal atrasado e que o 2015 de vocês seja ótimo ótimo ótimo!!


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