Um Necromante No Meu Quintal escrita por Mel Devas


Capítulo 18
Péssimas Decisões


Notas iniciais do capítulo

Oi, oi, oi!! Acabei de escrever esse capítulo, então me perdoem se houver algum erro >ww< Antes postar tarde do que nunca, né? >www
Enfim, boa leitura!!



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                - Depois de tudo que aconteceu, você simplesmente vem aqui e diz que Adrian tem que enfrentar essa porcaria não identificada? – Reclamei, automaticamente, ainda estava processando a informação de que iam usar Adrian de petisco para outro servo do capiroto.

                - Exato. – Adrian 2 acenou a cabeça. – E não é uma porcaria não identificada. Foi identificada há muito tempo, é uma Maldição.

                Não sei se eu desejo mandá-lo para aquele lugar pelo que eu está fazendo com Adrian 1 ou por ele levar tudo ao extremo. (De que me adiantava saber que era uma Maldição?) Talvez os dois.

                Olhei para meu amigo, tentando adivinhar o que passava por sua cabeça, mas ele simplesmente continuava com sua expressão neutra, até um pouco fria, me lembrando da primeira vez que o vi.

                - Eu... – Articulou, lentamente, como se fizesse parte daquelas novelas mexicanas em que as pessoas demoram 2 horas pra falar uma única frase. – Não sei.

                Ah, ótima frase. Não sei.

                Não que eu tirasse sua razão, se eu estivesse em seu lugar provavelmente ficaria confusa por um tempo e depois mandaria todos para o espaço, porém, do jeito que ele era, provavelmente tentava assimilar todo o seu passado, buscando alguma memória, e pensando se devia mesmo fazer isso, afinal, era sua família. Cruel, mas sua família.

                Antes que eu pudesse concluir minha Análise Mental de Necromantes Perturbados, senti um puxão, novamente. Me pergunto se todo mundo a minha volta começou a achar que sou um boneco de pano, porque Deus, toda hora me agarram e me arrastam pra mil e um lugares.

                Enquanto eu ficava tendo pensamentos ranzinzas – depois de um tempo você acaba parando de se preocupar em ser sequestrada e tal... Vira evento de dia-a-dia. – senti o ar fugir os meus pulmões de novo, me soltando por um breve momento, pude vislumbrar outro zumbi, só que esse era verde e usava uma camisa do Green Day por algum raio de motivo. Logo, ele me arrastou rapidamente pra fora do alcance de Adrian 1, que foi segurado pelo irmão mais velho quando insinuou correr em minha direção.

                - Que tal um trato? – Sugeriu o piranhudo.

                - Devolva a Valente. – Meu Adrian rosnou. Tentei me desvencilhar do zumbi enorme de bom gosto musical, mas as mãos estavam firmemente fechadas ao redor de meu pulso, me impedindo de qualquer movimento.

                - Só depois de um trato. Já formulei um ótimo: nos obedeça e tem a garota de volta.

                Isso. Foi. Muito. Clichê.

                - Adrian, não faça isso!! Não estamos num filme de faroeste, a gente dá um jeito, só não aceite!! Se você concordar em perseguir a Maldição estamos fincados, você pode... – Um outro zumbi se aproximou, vindo de lugar nenhum, e amarrou um pedaço de pano (ou ao menos eu espero que tenha sido um) em minha boca, interrompendo meu discurso melodramático.

                - E então? Aceita? Tenho que lembrar que humanos são bem frágeis, dá para torcer o pescoço dela bem fácil. Ou talvez nem importe, você pode invocar o espírito dela e ficar conversando se quiser... Até fazer um morto-vivo.

                Gelei com a conversa, por mais que todo nerd dos dias de hoje (por algum motivo) deseje ser um zumbi, eu, definitivamente, não queria ser um. Imagine: ser frio, ficar descosturando, imagino a minha cor, verde, azul, rosa? Talvez fosse legal fazer um programa de TV tipo Zumbi Rangers ou algo assim. Espera. O que estou pensando? Estou sendo ameaçada de morte e fico fazendo piadas. Parece que estou sendo mal influenciada pela Florita e os outros malucos de plantão.

                Adrian 1 encarou os pés longamente, torcendo a boca. Depois de alguns minutos assim, cerrou os punhos e olhou firme para o mais velho.

                - Eu faço.

                --x—

               

                Pelo menos não fomos enganados e eu realmente fui solta, corri logo para Adrian 1.

                - Adrian, você não devia ter feito isso... – Falei, segurando sua mão. Ele tremia.

                - Acho que estou sentindo frio...

                - Você? Tem certeza? – Aceitei ele ter mudado de assunto, sua mão estava fria, mas sempre foi assim.

                Ele acenou com a cabeça:

                - Você disse que quando a gente está com frio, treme. Devo estar com frio, e tem uma sensação estranha na minha barriga também. Frio é um negócio estranho, acho que não gosto.

                Às vezes é bem chato quando tudo que uma pessoa fala parece uma charada. Realmente não acho que ele começou a sentir frio, talvez... medo?

                - Estava com medo, Adrian? – Perguntei, e ele pareceu considerar, provavelmente lera alguma coisa sobre com o “cursinho” intensivo de Florita.

                - Acho que sim... Mas por quê?

                - Desculpa, não sei, já passou? – Ele concordou. – Então está tudo bem. – Concluí com um sorriso. – Não precisa ficar com medo, vou estar ao seu lado.

                Ele me olhou longamente, franzindo as sobrancelhas.

                - E se você não estiver comigo? O que eu faço? – Fiquei encarando-o por um tempo, sem realmente saber o que responder, ele avançou, me abraçando e deu um beijo no topo de minha cabeça. – Não vou deixar que você saia de perto de mim.

                - Quer dizer que você vai ficar me perseguindo pra sempre, stalker? – Brinquei. – Assim, vou acabar ficando com medo.

                O moreno fez um bico ao ouvir a última frase.

                - Então, o romancezinho de 3ª categoria já acabou? – Bufou Adrian 2. Não quero te apressar nem nada, mas tem uma Maldição por aí esperando pra ser derrotada.

                - Se vai ficar reclamando derrote você mesmo. – Repliquei. – Ah, é, você tem medinho demais. Desapareça.

                - Certo, só saibam que realmente não tenho nenhuma informação sobre isso, ok? – De qualquer jeito, vocês podem ligar pra esse número. – Ele se despediu depois de me entregar um papelzinho.

                - Se eu fosse uma pessoa mais estressada eu queimaria isso na mesma hora.

                - Não seja tão rebelde, gatinha, nunca se sabe quando se pode precisar de mim, sou bem mais útil do que o Nicholas aí. – Meneou a cabeça, apontando o moreno. – Agora, se me dão licença.

                Os 3 zumbis – o palhaço azul, o de bom gosto musical e o verde da mordaça – haviam trazido uma moto preta enorme (imagino o que a mãe deles falaria...) que o moreno montou e deu partida para lugar nenhum, largando os zumbis ali.

                Eles olharam para nós com uma cara de desolados, como cachorrinhos que foram abandonados.

                - As coisas acabaram bem complicadas... Sabia que vocês eram meio “demonhados”. – Uma voz soou atrás de nós.


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Notas finais do capítulo

Então? O que estão achando? >ww< Enrolação demais? Bem, próximos capítulos vai ficar mais animado -v-, estou realmente empolgada!! *OOOO*
Obrigada à:
The Unforgiven
Cheeky
bbcmomsen
Neox
Youkai
pelos lindjos reviews!!! *wwwwww*
É... Eu comecei a agradecer assim, porque li uma escritora que fazia isso e achei mega fofénho *w*, se incomodar vocês é só falar, ok??
Até a próxima ~sai dançando Lago dos Cisnes porque já rebolou demais



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