Um Necromante No Meu Quintal escrita por Mel Devas


Capítulo 16
Não Subestime o Poder das Picuinhas para Confundir


Notas iniciais do capítulo

Yooooooooo!! Todos estão bem? Ganhei 2 novos leitores *wwwwwww* Sejam bem-vindos o/
Boa leitura!!



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- Seu irmão? – Repeti, transtornada.

- Sim, gatinha. Pare de fazer essa cara de sonsa, é tão burra assim? Meu irmão, Nicholas.

- Nicholas? – Nunca que eu tinha conhecido alguém com esse nome. Esse cara era, definitivamente, maluco. – Não conheço.

- Pare de ser difícil, gatinha. Eu não sou burro e sei muito bem que ele parece ter um grande apreço por você. Apesar de não entender porquê. – Seus olhos pousaram em mim, críticos, como se o que observasse não lhe agradasse muito.

- Cala boca, playboy! Realmente não sei quem raios é Nicholas! – Me irritei, ser criticada por um playboyzinho sequestrador não estava na minha lista de resoluções de Ano Novo. Eu posso ter um rosto normal, o cabelo loiro sem graça e um visual um tanto quanto brega, - quem, nos dias de hoje, ainda prende um laço no cabelo? – porém isso não lhe dava nenhum direito de me criticar. Não sendo ele um cara irritante, adepto dos casacos de couro e do estilo caolho e, ainda por cima, com problemas com gatos!

Ele me ignorou, abanando a cabeça como se meus comentários não passassem de um sussurro de uma brisa. Ele olhou para sua direita e deu um sorrisinho. Olhei para a mesma direção, não via nada além de sombras.

- Ele está chegando.

Eis que Adrian irrompeu a clareira escura, montado em Richard, que cavalgava (ou seja lá o que guaxinins fazem) furiosamente. Batendo um livro em sua cabeça, Adrian se livrou do caçador que deu um resmungo e correu até a mim, mandando um olhar frio para meu raptor.

Eu já tinha recobrado meus sentidos, e me sentia até revigorada. Mandei um sorriso para Adrian, indicando que eu estava bem e feliz – muito mais do que feliz, super hiper feliz – para ele. Sua expressão preocupada atenuou um pouco. E me levantei também correndo de encontro a ele.

Estranhei o fato do maluco do gato não ter esboçado nenhuma reação diante de minha fuga, mas logo deixei de lado quando, surpreendentemente, Adrian me abraçou com força. Apoiando o queixo no topo de minha cabeça e afagando meu cabelo.

- Você está bem? – Perguntou com uma voz macia, fiz que sim com a cabeça e me enterrei mais em seu peito, me repreendendo por ter ficado tão dependente e agarradinha à Adrian. Arg.

- Quem é você? – Rosnou para o playboy, que continuava nos olhando, impassível.

- Ora, ora, não lembra de mim, irmãozinho?

--x—

Adrian pareceu pensar um pouco, com sua expressão inocente de sempre.

- Não. – Respondeu, simplesmente. Ponto para Adrian! O playboy sentiu bem o coice não intecional.

Já eu, estava chocada. Então Adrian que era seu irmão? Todos os fatos que procurei ignorar sobre isso vieram à tona: Os mesmos cabelos pretos e pele branca, sem contar com os traços leves. O mesmo timbre de voz, que eu achara que já ouvira antes quando estava desmaiada. O zumbi... Por mais que eu odiasse, tinha que admitir que ele tinha tudo para ser seu irmão, tirando o fato de que... Quem era Nicholas?

- Hmmmm... Vendo vocês dois de perto agora, dá para sentir até outro tipo de ligação... Irmão, você fez um contrato?

Sem resposta, ele continuou com sua picuinha.

- Só idiotas fazem contratos, eles suprimem seu poder... Meros humanos não fazem nada além de atrapalhar... Ainda mais uma menininha inútil como essa. Deve ser por isso que ela não me respondia, mesmo acordada, ficar muito longe de você deixa ela mais lesada. Contratos são só reles coleiras. Eu escolheria alguém melhor se fosse necessário para colocar uma enforcadeira em volta de meu pescoço.

Senti Adrian se retesar, bravo. Para mim, tudo fez sentido, lembrei das vezes em que o moreno reclamava estar longe de mim, só não esperava que isso fosse acontecer comigo também.

- Não que você seja um necromante muito útil, na verdade, você desgraça o nome de nossa família. – Parou. Ao perceber que Adrian não expressava nenhuma emoção nessa frase. Presumi que era algo que, antigamente, deixaria meu necromante transtornado.

- Então você não recuperou a memória até hoje, Nicholas? – Adrian o encarou confuso e torceu a boca, aflito. Cutucaram sua ferida: as memórias; e acenderam uma chama de curiosidade em nós dois sobre as respostas sobre o passado nebuloso do Necromante. Algo se agitou no canto de minha visão e observei Teddy pendurado na camisa de Adrian, também com um olhar preocupado. Ou na medida do possível para um tartachorro. Peguei-o no colo.

- Pelo visto, não. – O outro deu uma risada rouca. – O golpe daquela Maldição foi demais para você.

Vendo que Adrian estava atônito, sem conseguir falar nada, só encarar o playboy disperso, como se um turbilhão confuso de memórias invadisse sua mente, tomei a dianteira.

- Estranhudo, se sabe que ele não tem memórias, para de fazer esse melodrama barato e desembucha logo de um jeito que a gente possa entender, afinal, quem você acha que é?

- Eu, com certeza, não sou alguém que fica ouvindo ordens de menininhas bobas e petulantes, isso eu tenho certeza, gatinha. – Ele me mandou um sorriso repleto de escárnio.

- E eu não sou alguém que fica ouvindo um idiota falar merda sobre as pessoas que eu gosto.

Ele deu uma risada seca, ajeitando seu cabelo rebelde.

- Ok, ponto seu, gatinha.

- Ah, então finalmente resolveu falar que você é?

- Eu? Eu sou Adrian.


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Notas finais do capítulo

Então esse capítulo está com bastante enrolação porque queria que parasse com essa fala do piranhudo, e fiz o máximo o possível para o capítulo ficar com 1.000 palavras, mas não consegui, senão ia ficar mais intragável do que sopa estragada x.x
Espero que tenham gostado, e, já que ninguém comentou nada sobre a "votação" que eu disse no último capítulo (a não se a Youkai, obrigada pela resposta, sua fofa ♥) estou estendendo para até essa semana. Por favor, deixem suas opiniões Ç.Ç ~desesperada.
Enfim, kissus e ótimo fim de semana pra vocês o/



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