Um Necromante No Meu Quintal escrita por Mel Devas


Capítulo 1
Ooops, Dei de Cara com um Defunto (?)


Notas iniciais do capítulo

Então, esse é meu primeiro capítulo e meio que... Hmm... Ninguém opinou sobre ele ainda (não consegui obrigar nenhum amigo meu a ler antes de postar) e bem, espero que vocês se divirtam, apesar dos meus inícios de fic sempre serem chatos (e o resto também KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK)enfim...

BOA LEITURA!!!



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Oi, me chamo Valente – nome maravilhoso, admito – e minha mãe me deu esse nome porque queria que eu fosse... Er... Val- Corajosa. E eu saí meio que... Covarde... Mas então, isso não vem ao caso, o caso é que uma coisa estranhamente bizarra aconteceu comigo.




~mode Flashback on~






Eu encarava viajante a janela do carro quando BAM!! Minha mãe – lê-se: Motorista Maluca de Plantão – havia passado por cima de um tronco de árvore gigante no meio da estrada, me fazendo bater a cabeça no vidro.






– MÃE!!!



– Desculpa filha, era isso ou atropelar um guaxinim. – Ela fez uma curva fechada.

– Mãe, não há guaxinins nessa região.

– Pensei que não tivessem garotinhas respondonas também, mas é a vida.

– O quê? Então você está me levando pra cá pra infestar essa região com Valentes também?

Ao invés de responder ela aproximou o carro no canto da estrada, que dava em um precipício.

– SAI DAÍ, MÃE!!! SAI, SAI!!!

– Vai parar de me responder? – Perguntou, se aproximando mais ainda do buraco fundo do capiroto.

– VOU!! AGORA SAI DAÍ!!!

Com um tranco, o carro voltou ao canto oposto da estrada, que dava em uma montanha, quase atropelando um motoqueiro que passava por ali.

– Até que você ser uma medrosa não é de todo ruim.

Não me dei ao trabalho de responder.


Depois de mais 2 horas de viagem – ou seja, duas horas morgando olhando pra janela e dormindo – minha mãe me acordou.



– Chegamos à nossa casa nova!! Viva!!!


– Yaaaaaay... – Eu falei quase que um bocejo.

Esfreguei os olhos pra encarar a casa nova. Opa. Opa. Opa. Mas que merda era aquela? Um castelo medieval erguia-se na nossa frente, com paredes feitas de pedras cinzentas com musgo verde-oliva, chão de terra batido e sem nenhuma vegetação. Portas grandes de madeira maciças com uma daquelas maçanetas penduradas de filmes antigos. Na verdade, de um filme de terror. Tinham gárgulas! GÁR-GU-LAS. Era como se tivessem petrificado minha cara linda de manhã e pendurado nas calhas de pedra emoldurando o telhado sujo e rústico.

– Gostou, filha?

– Ahn... Primeiro... A gente não está meio que... No meio do nada?

– Isso mesmo, nada de vizinhos pra reclamar da minha sexta-feira Michael Jackson. – Era uma festa em que minha mãe ficava dançando Thriller até o amanhecer, a nível de informação.

– Nenhuma padaria também... Onde eu vou comprar miojo?

– Ahh!! Que miojo, olha toda essa terra!! – Ela apontou o solo seco e antipático da propriedade. – Podemos cultivar várias coisas!!!

– Enfim, segundo... Essa budega aí parece muito suja.

– Nada que uma limpeza não faça. – Ela deu de ombros.

– E meio que... Isso não deveria custar caro?

– Ah, mas você não sabe como imóveis assombrados vendem a preço de banana. – Ela cruzou os braços e assentiu com a cabeça, como se fosse uma grande investidora.

Espera.

Imóveis... Assombrados?


–-x—




Depois de jogar minhas coisas no canto do quarto, caí na cama e observei o quarto.




O candelabro de cristal preso no teto era muito bonito, mas iluminava as coisas mal e “porcamente”. E, sim, até no interior do nosso castelo pessoal tudo era feito das tediosas pedras cinzentas. Chão, teto e parede. Mas para dar um pouco de vida nos quartos, creio eu, tinham tapetes em todo lugar. Não, em todo lugar MESMO. Tinha no chão, nas paredes, nas mesinhas de mogno e armários. Desde os grossos e enormes com estampa geométrica até os pequenininhos de renda. A minha cama era coberta por um dossel fino e transparente – agora de um cinza encardido -, mas de aparência chique. Era uma boa casa tirando a parte de que era... Brr. Assombrada.


Minha mãe, obviamente, não se importou com esses rumores, na verdade não me surpreenderia se ela ficasse feliz e convidasse as assombrações e mortos vivos pra Sexta-feira do Michael Jackson dela.

Senti um frio atravessar a minha espinha ao pensar nisso e parecia que todo meu quarto estava me encarando, com uma aura sombria. Peguei meu cobertor grande e felpudo – que nas horas vagas era escudo contra qualquer tipo de monstro – e me enrolei na cama depois de desligar rapidamente o candelabro – felizmente tinha eletricidade naquele fim de mundo. A única luz que restou era proveniente da janela trabalhada em aço, com formas angulosas e artísticas, do lado da minha cama.

Logo antes de cair no sono me perguntei como faria para sobreviver num castelo mal-assombrado.


–-x--




Acordei com uma sensação de que tinha esquecido de fazer alguma coisa. Olhei pro celular. 3 horas. Meus amigos me falaram que essa era a hora do diabo e nunca desde aquele dia tinha ficado acordada nesse horário. Tentei pegar no sono de novo e não consegui. Não conseguia por mais que tentasse.




Ouvi arranhões na janela. Malditas árvores que gostam de pregar susto. Olhei pra janela, estressada, só pra provar a mim mesma que não era nada de mais. Não havia nada. Nenhuma árvore ou animal. Sem sinal de vento, também. Senti mais medo ainda e me enrolei no cobertor, enterrando a cara no travesseiro.


– Valente... – Algo sussurrou. Não dava para distinguir a voz, só sabia que ela veio de fora. Será que era minha mãe pregando uma peça?

Debruçada na janela, vi algo farfalhando pelo canto do olho. Ah, mas minha mãe não ia escapar dessa!! Eu ia fazer ela se arrepender em sempre tentar me assustar. Por ela rir da ironia do meu nome.

Abri a janela e pulei pra fora. O ar da noite estava frio e eu me senti totalmente desprotegida usando apenas minha camisola. Peguei meu Cobertor Proteginator 2000 e joguei-o sobre os ombros como se fosse uma espécie de capa-cachecol-e-sobretudo.

Olhei ao redor e percebi várias lápides espetadas sinistramente no chão. Ah, que maravilha. Além de mal-assombrada era cemitério também? Uhmm, se bem que uma coisa pode estar relacionada com a outra...

Me apressei pro canto da casa, onde havia visto o movimento. Ia cada vez mais rápido para acabar com aquilo de uma vez. Quase chegando na “esquina” da minha nova casa ouvi uma espécie de latido.

Deus, e se o cachorro me mordesse? Virei calmamente pra voltar pro meu quarto, sem tentar chamar atenção, mas algo me empurrou e eu caí pra frente. Olhei para trás, e, nas minhas costas, repousava uma tartaruga muito estranha com asas.

– Au?? – Ela exclamou.

Sem ter conseguido processar nem esse fato. Outro ser saiu correndo de trás das paredes de pedra.

– E-Ei!! Onde você está indo, seu tartachorro malvado?

Ele estacou no meio do caminho e me encarou com curiosidade. Jogou o cabelo preto para trás, mostrando os olhos igualmente escuros, contrastando com sua pele incrivelmente branca. Depois de pensar um pouco e abanar a cabeça, o garoto se aproximou e pegou aquele ser não identificado das minhas costas. Ainda no chão, me virei para olhá-lo e ele se aproximou, me encarando bem de pertinho com uma expressão neutra. Ele levantou um pouquinho seu animal, cheio de suturas, para eu observar melhor:

– Esse é o Teddy. Fofo, né?


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Notas finais do capítulo

Gente, amo o Teddy ♥♥♥ ~le pessoa bizarra. Well, como é uma história nova, eu gostaria que comentassem o que acharam, pode ser uma crítica, correção, qualquer coisa. E, bem, de novo, espero que tenham gostado!! (Próximo cap deve ficar mais empolgante)