- VAMOS MORRER, VAMOS MORRER, VAMOS MORRER! – Rafa berrou.

- Calma, maninho, a gente se safa! – Digo, tentando fazê-lo acreditar no que nem eu acreditava.

- Não se safam, não! – Fabrício falou olhando para o nada.

- Ahn? Por que a gente não se safa? – Pergunto, ele olha para mim, seus olhos geralmente azuis estavam negros, na verdade, todo o seu globo ocular estava negro. Berrei. Ele sorriu para mim e foi quando eu percebi que havia um corte no seu pescoço, de onde era possível ver a armadura dos E.T.s dentro de seu corpo.

- Tcs, tcs, tão ingênuos. – Desta vez a voz veio de Bruna, a olhei de cato de olho e pude reparar no mesmo corte.

- MEUS DEUSES! – Berrei agarrando ao braço de Alice e a puxando para longe de Bruna, ou o que quer que estivesse vestindo sua pele.

- Que houve, maluca? – Alice me perguntou.

- Gente, corre... – Digo, puxando os quatro que pareciam não entender nada, os alienígenas incorporados nos olharam de forma divertida e correram atrás de nós.

- Anna, por que os olhos deles estão pretos? – Carol me pergunta.

- Por que não são eles! – Respondo.

- AAAH, SAI FABRÍCIO! – Viro para trás e vejo que o E.T. que havia pego a pele de Fabrício havia alcançado Fillipi, segurado seus braços e dando uma mordida mortal em seu pescoço.

Alice olhou horrorizada, estufou as narinas e ficou encarando Bruna enquanto corria, ela sabia, era o alvo do E.T. que havia pego a pele de sua melhor amiga, sabia, também, que a morte era certa.

Corremos, como corremos, atrás de nós um exercito de alliens se formava, estamos ferrados...

O segundo a ser morta foi Carol, também alcançada por Fabrício, seu corpo foi partido ao meio, eca...

Só restavam Alice, Rafa e eu, nos olhávamos apavorados, já estávamos sem ar e correndo mais lentamente, não era possível que depois de tudo que passamos teríamos que ser mortos por nossos melhores amigos, Alice foi a terceira, morta por Bruna, que ficou aterrorizante com a boca cheia de sangue e os olhos negros.

- Anna... A gente vai morrer também! – Rafa falou, enquanto corríamos.

- Eu sei...

- Me desculpa!        

- Pelo que? – Essa eu não entendi.

- Sabe aquela escova de dentes que você tinha lá em casa?

- Que, que tem ela?

- A gente escovava os dentes do cachorro com ela! – FILHO DA PUTA! Antes de poder xingá-lo Fabrício o alcançou, arrancando-lhe a cabeça fora, enquanto olhava aterrorizada senti o peso de Bruna sobre o meu ombro, cai no chão, ela estava em cima de mim, e com um movimento ligeiro também mordeu meu pescoço.

Senti seus dentes afiados perfurando minha carne, no começo não havia dor alguma, até que o veneno daquela mordida começou a espalhar pelo meu corpo, a ultima coisa que eu vi foi seu corpo sendo rasgado e, de dentro dela, sair uma criatura hedionda, depois disso apenas a escuridão.