Soft Blood escrita por Thalita Barbosa


Capítulo 2
Uma nova vida


Notas iniciais do capítulo

Hoje eu to bem inspirada, então vou postar logo o segundo capitulo, espero que gostem :3



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Meus olhos se abrem, eu estou deitada e só consigo ver a escuridão em minha frente. Tento me mover, não consigo. Os cheiros de madeira recém cortada e de terra impregnam meu nariz. De primeira não consigo entender, porém, vou percebendo o tipo de lugar em que me encontro.

Eu estou em um caixão.

— SOCORRO, ALGUÉM ME AJUDE ! – Começo a gritar, mas meus gritos simplesmente ecoam dentro do caixão.

Estou me debatendo quando escuto vozes acima da terra. As vozes me soam familiar.

É a voz delas. Elas fizeram isso comigo.

— NÃO SE PREOCUPE QUERIDINHA, COM UM POUCO DE CALMA E PASCIÊNCIA VOCÊ PODE SAIR DAÍ! – Uma delas grita para mim.

Percebo que é verdade, elas estão certas. Eu tenho que ter calma e arranjar um jeito de dar o fora daqui.

Levanto meus braços com tanta rapidez que me surpreendo, e começo a remover a tampa do caixão. Não consigo, obviamente porque estou metros abaixo da terra. Então me pego quebrando a mesma com socos. Após o terceiro, a grossa madeira se parte e um amontoado de terra cai sobre o meu corpo.

Me recomponho e começo a cavar com minhas próprias mãos. A terra está úmida, porém, não sinto frio. Criaturas rastejantes passam entre meus dedos, posso ouvi-las cavando a terra molhada.

Então percebo que não estou fazendo esforço nenhum pra respirar. Eu estou morta. Não, isso não é possível.

Fúria, ódio e raiva me tomam por completo e eu começo a cavar mais rapidamente. Eu não conto, mais em minutos eu já posso ouvir mais claramente os barulhos da superfície.

Suas vozes me dão nojo, elas me dão nojo. Neste momento eu gostaria de poder sentir enjôo e vomitar, mas até isso elas me tiraram.

Continuo a cavar, mas finalmente tudo o que os meus dedos encontram é o ar.

Assim que estou na superfície, me deparo com as duas me olhando sordidamente.

— Queridinha você está um trapo – Diz a ruiva, ela tem uma voz irritante, mas do que eu me recordava.

— Oque vocês fizeram comigo? – Eu sei a resposta, mas prefiro não acreditar

— Nós te demos um presente, uma dádiva – Diz a loira

— CLARO, ME MATAR, ME TORNAR UM MONSTRO E DEPOIS ME ENTERRAR É O MELHOR PRESENTE DO MUNDO NÉ? – Percebo que estou gritando.

— Nós não te matamos queridinha, ao contrário, nós te demos uma nova vida. Bem melhor que aquela sua antiga. – Diz a ruiva

— MINHA VIDA ERA ÓTIMA, VOCÊS ACABARAM COM ELA.

— Não, não era. Nós sabemos que seus pais morreram e você foi criada pela avó, ela sofre de uma grave doença e sua adolescência toda foi dando atenção aos cuidados com ela, sua vida provavelmente seria toda assim – Retruca a loira – Nós te demos o dom de fugir desse castigo, nós te libertamos.

— VOCÊS NÃO ME LIBERTARAM DE PORRA NEHUMA ! ME DERAM UMA MALDIÇÃO, ISSO SIM !

— Se é assim que você pensa, nós não podemos fazer nada – Ela diz – Nós te transformamos, e agora te oferecemos uma nova vida ao nosso lado

— Não – Eu digo, e então percebo que estou com sede, não uma sede normal. Sede de sangue.

— Tem certeza queridinha? Ser um vampiro sozinho no mundo, na época em que estamos não é uma coisa muito boa. – Diz a ruiva

— Sim, eu... – Percebo minha voz falhar.

Na realidade, elas estão certas novamente. Eu não vou sobreviver sozinha por muito tempo. Alguns humanos hoje em dia, drenam todo o sangue de vampiros e depois vendem como narcóticos. Eu estou fraca, se encontrar com um deles posso ser mais uma vitima deles.

Começo a pensar na possibilidade de me juntar a elas, só por um tempo.

Então começo a pensar em minha avó. Sozinha. Precisando de ajuda.

— Ou, queridinha? Você está ai? – Diz a ruiva com uma voz meio irônica

— Sim, mas e a minha avó, como fica?

— Nós podemos dar um jeito nela, se você quiser...

— NÃO OUSEM MACHUCAR ELA, ESTÃO ME ENTENDENDO?

— Calma queridinha, foi só uma opção, sangue velho nem é tão bom assim...

— Lauren, fica quieta! – Diz a loira – Nós vamos cuidar dela, não se preocupe. Mas só se você vier conosco. Caso do contrário, você não conseguira ficar nem 1 km longe dela sem sentir sede.

— Você pode até ir vê-la pela ultima vez! Não é Beatrice? – Diz Lauren em um tom feliz.

— Sim. Mas e ai, você vem conosco ou não?

— Eu não sei...

— Não precisa ter pressa queridinha, afinal, nós temos a eternidade. Mas quanto antes melhor. – Diz Lauren

Então é nesse momento que eu tomo uma das maiores decisões da minha vida, e rezo para que não me arrependa depois.

— Sim, eu vou com vocês.


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Notas finais do capítulo

E ai, oque acharam ? Será que Viollet tomou a decisão certa ?



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