Atlantis escrita por Fantastic Writer


Capítulo 4
Meu herói ?




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Narração de Ben

Eu temia que terminasse mal, eu temia mesmo. Mas não tinha como voltar. Quando a porta de grande de madeira se abriu, o medo aumentou. Mas não era por nada não, eu não estava sozinho, quando Max chega perto e diz:

- Não há tempo de voltar. – Ele parece sério. Com aquele, sobretudo e a espada que era bem pesada, ficamos pasmos com o que vimos. Uma sala enorme, sem nenhum perigo, até que nos empurram pra dentro, a sala se fecha. Toda revestida de metal, e olhamos para cima uma cabine, com uma janela de vidro, e uns caras de jaleco branco nos observando. Que comece o teste.

Eu esperava que já fossem atirando na gente, só que não. As paredes se abriram e eu vi o maior cachorro, dragão, ou sei lá o que era quilo, tinha aproximadamente uns quatro metros, ele babava e rosnava enquanto olhava pra gente, tinha olhos negros, negros como o seu pelo, era um buldogue, um obeso buldogue. Eu fiquei olhando Joanne e Geovanne, porque se acontecesse alguma coisa a eles, eu nunca ia me perdoar. Em cima do cachorro, tinha alguém, dentro de uma capa marrom que cobria o rosto e o resto do corpo. Eu não pude ver quem era, mas me deu um frio na barriga. Ela segurava as rédeas do bicho. Quando, pelo microfone Max grita lá em cima:

- Esperem um momento, recuem!

Nós fomos tirados da sala, e levados pra uma salinha de espera, a porta estava meio aberta, até que vimos Max, conversando com a pessoa da capa, vi que era uma garota.. ela dizia :

- Max, tem certeza ? Você sabe que eu não pego leve nem com iniciantes. – Disse a garota.

- Só queria dizer para ter cuidado, estamos perdendo soldados demais! – Max disse a ela.

- Eu não ligo pra isso, só quero voltar ao meu trabalho no campo, só os melhores tem de sobreviver! – A garota de um grito, enquanto Max percebeu que ouvíamos tudo, então ele saiu de perto. Tomei um susto, quando vi alguém chegar. Era o homem lagarto, e aquele cabelo espetado pra cima, e branco, muito branco. Ele foi diretamente a Joanne e  assim beijou a mão dela e a cumprimentou, aquilo me deu asco.

- “O que fazer aqui, senhorrit’ “ – Disse ele, num sotaque francês.

- Vamos fazer o teste de resistência, para ver se passamos. –Respondeu Joanne.

- A gente vai morrer ? – Geovanne pergunta, e eu só observando as atitudes do lagarto.

- “Não tenha medo garrotinho, só tomar cuidad’ com os gazes’”

- Como assim gases ? – Entrei no meio da conversa.

- “Não respirre, não abra a boca e nem nada do tip’ , isso pode fazer vocês ficarren igual a me. Sou Ash, não precisar ter medo, sou amigo de vocês” – Ele parecia confiável...

- E aquela pessoa na capa marrom ? – Ash olhou para os lados como se ninguém pudesse ouvir

- “Ah, aquela, vocês não precisam ter medo del’ também, é apenas quem vai lutar com vocês na sal’ de testes..tenho que ir garrotos, e boa sorte. Lembrem-se, não respirrem o gás”.

Ele se foi, ficamos por cinco minutos sentados lado a lado esperando só a nossa ora de fazer  o teste. Max chega bem na hora: 

- Bem, entramos em um acordo, mas tenham cuidado, muito cuidado, Liah não é muito amigável com novatos.

Fomos. Mais uma vez o monstro de quatro metros entrou na sala, mas dessa vez, a garota estava sem a capa.Não esperava uma coisa. Ela era muito linda. Sua pele? como a de um bebê, seus olhos? Ora Castanhos , ora vermelhos, e o seu cabelo, preto, com umas mechas brancas, vermelhas, e portava uma espada e uma saia como a de Joanne, e as armas também. Ela só deu um grito, nem olhou em meus olhos, ela disse:

- Prova um ! Vocês tem que acertar a pedra na coleira de Harold! – Liah disse, e fez uma coisa que eu nunca esperava que ela fizesse, pressionou as pernas e deu um mortal pra trás caindo diretamente nas costas de “Harold” o seu cachorrinho. Lá de cima pude ouvir ela dizer:

- Não vão durar muito tempo! – Tudo bem, mas ela sorria de uma forma brilhante, até que pude ver duas presas em sua boca. Será mesmo  ? Ela é uma mutante ? uma vampira ? sei lá.

Foi nessa hora que Harold rosnou, e investiu em mim, que sem pensar fui por dentro das patas dele, e consegui dar um pequeno corte no pé, ele pareceu nem se importar.

Narração de Geovanne

Eu fiquei assustado quando soube que poderia enfrentar aquele cachorrão. Mas eu fui, se eu tentasse tudo acabaria. Eu peguei meu arco e flecha e coloquei junto ao rosto e fechei um olho bem devagar, minha intenção era acertar Ben, que estava bem debaixo, tentando subir para acertar, mas eu sabia que era eu que tinha que fazer isso. Eu atirei a primeira flecha, que pegou no peito do bicho, ele firmou os olhos em mim, e veio. Como num reflexo, eu corri pro lado da parede e parecia escala-la até um certo ponto até dar um mortal pra trás. Como ? O que ? Eu não sabia, simplesmente não sabia. Quando eu vi que os gases começaram a ser soltos, mas pra mim era tarde demais. Eu me sentia muito mais leve, e por mais que Ben e Joanne se desesperassem para eu não inalar o gás, eu estava me sentindo super bem. Pego a arma, e a garota em cima do cachorrão, dá as ordens para que ele ataque:

- Harold, vai pra cima! – Ela grita.

- Não, eu acho que não – Eu digo, mas sabendo que se não fosse rápido, quem acabaria morto seria eu. Se por um momento eu me sinto muito bem, naquele outro eu me sentia muito fraco, daí eu caí. Caí de joelhos no chão, não conseguindo nem encarar algum tipo de luz, que minha visão logo ardia. Prendo a respiração por trinta segundos até que desmaio. De uma coisa Ben e Joanne não sabem. Eu tenho asma.

Narração de Joanne.

Ben tinha avisado a Geovanne que não inalasse o gás. Mas era tarde, ele parecia desmaiado, só que as vezes se retorcia. Eis que uma parte da parece se vira, como naqueles filmes que quando alguém tira um livro, aparece uma porta do nada. Sim era isso, só que a 6 metros do chão, tinha um cilindro de oxigênio. Dou um sinal a Ben, para que ele fique parado e agachado, quando eu corro e pulo nas costas dele, cravando minha espada na parede. Eu caio, mas não me machuco. Ele corre e pisa na espada e faz a mesma coisa com a dele. E por ultimo, eu piso nas duas espadas que formaram uma espécie de escada e consigo pegar a bomba. Jogo para Ben, e ele pressiona sobre o rosto de Geovanne, fazendo-o respirar, ele acorda, mais ainda parece muito fraco. Eu ainda lá em cima, tomando muito cuidado para não cair, percebo que a tal de Liah está distraída então pego impulso e dou um tiro certeiro diretamente na coleira do animal. Uma luz verde imediatamente se ascende e a garota se zanga. Uma voz, (aparentemente a de Max) começa a dizer:

- Parabéns! Vocês acabaram de ... – Ele diz lá de cima, enquanto Liah desce e a parede se abre e o cachorrão vai indo cabisbaixo de onde saiu, Liah dá um grito :

- Ainda não acabou! Vocês ainda terão de lutar contra mim !

Procuro a espada, mas ela está longe demais. Então lembro das facas em minha saia, e atiro uma delas em Liah , que desvia facilmente. Ela não mede esforços para enfiar a espada no meu peito. Eu como bailarina, sou muito flexível, então dou um salto para trás, tentando ficar mais longe dela o possível, quando algo da errado e eu caio no chão. Em uma fração de segundos ela chega , e quando está perto de me matar, algo acontece, Geovanne, antes ferido, tinha atirado uma flecha contra Liah, e ela se distrai por um momento, lembrando que ela estava usando um colete a prova de balas, quando eu levanto e saio de perto, ela dá um golpe em Geovanne, fazendo-o cair de novo, e quando Ben tenta ajudar ele leva uma pancada no estômago que faz ele cair imediatamente, agora éramos só nós duas. Ela se aproxima, joga a espada com violência no chão e sorri :

- Você acha mesmo que vai me vencer? – Sim, ela tinha duas presas, com seu estilo roqueiro e coisas do tipo, ela era ou uma vampira, ou qualquer felino que tenha presas grandes. Quando me dá na cabeça de dar um chute nela. Ela defende o primeiro na cabeça, e o segundo de esquerda no tronco, mas não consegue escapar do giratório na cabeça, eu pulo por cima e agarro as roupas dela, quando percebo duas coisas. A primeira é que ela era muito forte e resistente, a segunda, é que ela usava um colar semelhante ao de Harold, o cachorro mutante. Por um momento lá estava ela, sorridente e me fazendo ameaças, enquanto eu arranjo um espaçinho e tiro o braço e arranco o colar dela. Ela fica meio tonta, olhando pro nada, como se tivessem tirado um órgão vital dela. Nessa hora eu ataco, dou um soco por cima do queixo e ela cai. Quando eu pego a própria espada dela e pressiono contra o peito, quando ouço a porta se abrir e Max está lá, interrompe nossa briga :

- Está bem! Vocês venceram! Parabéns, ninguém passa no teste de Liah a quase cinco anos! E... mais uma coisa, vocês trabalharam em equipe, o garoto reagiu bem com o gás.. e vocês o ajudaram! Vocês são a melhor equipe de iniciantes que eu vi nos últimos dez anos!

Liah só levanta sem olhar para trás, porque descobrimos seu ponto fraco. Saímos dali e comemos um banquete, tinha de tudo, depois de alimentados fomos dormir, e o friozinho estava muito, muito bom. No quarto onde a gente estava, tinha quatro camas, duas beliches, estaríamos dormindo no mesmo quarto, Ben, eu , e Geovanne, depois receberíamos o treinamento adequado, e sairíamos para as nossas missões. Estávamos no subterrâneo, nem percebíamos, porque de acordo com o clima em cima, adequava-se ao clima em baixo, e eu soube que existia um céu artificial muito bom, era em um dos quartos numa área isolada...Eu estava de pijamas, que bem, não é o certo andar por aí desse jeito, mas quase toda a Sociedade estava pegando no sono agora até que vi em uma porta “Quarto Planetário”. Eu entro, e observo aquele lindo céu, quando eu tomo o maior susto da minha vida : Ben estava lá, com uma camiseta, branca, eu acho, e ainda assim, de cueca. Eu iria sair imediatamente do quarto quando ele disse:

- Você se machucou, hoje no teste ? – Ele olhava em meus olhos, apesar de está tudo escuro.

- Não... a garota de deu uma surra que eu vi, mas você está bem ? – Eu me aproximo e sento na cama.

- Estou, você foi bem esperta, obrigado por salvar a minha vida, a minha e a do Geovanne – Ele parece sincero

- Obrigada, mas aquilo não foi nada, você foi incrível, um herói! – Eu o elogio, enquanto ele me puxa pra mais perto e me beija, assim, devagar, mas ele acariciava o meu rosto e por fim disse – Deixa-me ser o seu herói?

Eu não acreditava naquilo. Quando só consigo dizer:

- Você está sendo desde quando me tirou daquela cadeia. – Nos beijamos, mas dessa vez foi mais, dessa vez ele me apertou pra perto dele, enquanto segurava em meus quadris.

- Vamos dormir porque amanhã temos um dia cheio. – Daí saímos do planetário, sem muitos acontecimentos, porque Ben, era um garoto assim como muitos outros, e eu não me apaixonaria tão facilmente por ele assim.


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