A Filha Da Magia escrita por Annabel Lee
Annabeth tinha lágrimas nos olhos, e olhava para mim e para Percy várias vezes sem saber o que falar, comr. Fiquei com o enorme peso da culpa em meus ombros.
Percy se levantou, respirou fundo e quebrou o silêncio.
– Annie, precisamos acabar com isso.
– Como assim acabar com isso?
– Não vai dar certo...
– E POR QUE NÃO?
– PORQUE NÓS VIVEMOS BRIGANDO! ISSO NÃO É AMOR, É COISA DE MALUCO.
– E VOCÊ AMA ELA?
– SIM!
– VOCÊ MAL CONHECE ELA!
– DANE-SE.
Fiquei ali, sem saber o que fazer. Ouvindo os dois gritarem uns com os outros, gritando xingamentos e coisas horríveis. Eu queria estar em qualquer lugar. Ali eu era uma intrusa!
– ACABOU, ANNABETH.
– ENTÃO TÁ.
E observei ela ir embora, soluçando e gritando de ódio. Fiquei com medo. Annabeth era a última pessoa que eu queria como inimiga, mas pelo visto não posso querer tudo nesta vida.
Percy se sentou ao meu lado, olhando fixamente para mim. E eu fazia o possível para evitar o olhar dele.
– Desculpe por isso - ele disse.
– Tudo bem. Desculpe por ter te beijado.
– Diana... Eu amei você ter me beijado.
Agora me atrevi a olhar nos olhos dele.
– Mas... você terminou com sua namorada por isso.
– Eu já ia terminar com ela faz um tempo.
– Então... tudo o que me disse na missão... e na árvore... era verdade?
Ele sorri.
– Claro que era.
– Ah, deuses.
Ele segurou meu rosto com as mãos e me beijou. Nunca pensei que podia estar tão leve e tão presa à aqueles lábios. E, sinceramente, eu queria estar presa a eles.
– Acho que temos que voltar aos nossos chalés... - eu digo. Ele continua me beijando.
– Sim - ele diz se afastando. Então eu puxo ele pelo pescoço e o beijo de novo.
Me levanto.
– Até mais, Cabeça de Alga.
– Até mais, Bruxinha.
Caminho em direção ao chalé 20, quando chego lá recebo abraços sufocantes de Lou e Rebecca.
– Ei, calma gente - digo tentando respirar.
– Nem acredito - diz Lou - você foi ótima brigando com aquela piriguete!
– Filha de Hécate traidora - comenta Rebecca.
– Vocês andam me espionando pelo espelho mágico? - pergunto.
– Sim! - eles respondem em uníssono. Nós três caímos na gargalhada. Lou pega uma espécie de toalha de tricô e diz:
– Vamos queimar sua mortalha!
Quando chegamos, descubro que a toalhinha de tricô era minha mortalha. Ela era linda: preta com estrelas prateadas. Lou disse que ele mesmo bordou, e que particurlarmente ele amava tricotar.
A mortalha de Rachel era vermelha com duas cobras verdes bordadas. Foi bordada pelos semideuses de Apolo, do chalé 7.
A de Percy era linda, e fiquei com mais culpa ao saber que o chalé de Atena havia bordado para ele. Ela era azul-clara com cookies azul-escuros bordados nela.
Queimá-las foi a coisa mais divertida do mundo!
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