A Filha Da Magia escrita por Annabel Lee


Capítulo 13
Salvamos Um Garoto Que Brinca Com Fogo


Notas iniciais do capítulo

Vocês podem achar estranho eu não abordar muitas coisas de Heroi Perdido, mas trazer este personagem à tona... Mas eu gosto muito dele e tinha que coloca-lo na minha fanfic!



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– Tem um garoto ali! - grito para Percy e Rachel - e um dragão! Vai matá-lo!

Percy arregalou os olhos ao ver o monstro, que se escondia com facilidade em meio as árvores escuras.

– Temos que salvá-lo - Percy concorda, e mergulha com Blackjack em direção à fogueira.

Eu e Rachel seguimos Percy em direção a floresta, minha intuição dizia que estávamos mais do que próximos a São Francisco, mas eu sabia que devia salvar o garoto, porque de certa forma, sentia que ele era um de nós.

Pousamos nossos pégasos silenciosamente. Agora o monstro era mais que vísivel, mas ele não parecia ver nenhum de nós.

– Droga, uma hidra - diz Percy - saiu do Tártaro pelo visto...

– Já lutou com uma? - pergunto indignada.

– A mesma, na verdade - diz Rachel distante - a mesma hidra de sempre.

– Vamos precisar de fogo - diz Percy.

– Isso não é problema - digo - temos eu e a fogueira do garoto ali.

O garoto! Devia tirá-lo da "zona de guerra". Será que consigo levitá-lo, como fiz à mim e Percy no Acampamento? Faço um teste que funciona.

Ele chega aos meus pés. Tinha o cabelo castanho enrolado e orelhas de elfo, pelo seu bronzeado e feições ele devia ser latino.

Eu o balanço.

– Ei - sussurrou, para a Hidra (agora muito próxima) não ouvir - acorde.

Ele abre os olhos castanhos, confuso.

– Monstro? - pergunta com a voz rouca.

– Sim, tem um monstro atrás de você - olho para Percy confirmando o que achava, ele entendeu, um semideus - preciso que fique quieto enquanto acabamos com ele. Vai ficar tudo bem!

Ele dá um meio sorriso e se levanta.

– Não vão curtir a festa sozinhos - ele vai atrás sa árvore e pega um machado - tenho matado essas coisas a dias.

– Quem é seu parente divino? - pergunta Rachel.

– Não tenho nenhum "parente divino". Do que vocês estão falando, afinal? Minha mãe morreu e meu pai me abandonou muito antes disso, e só voltou pra me dar esse machado que ele construiu.

Então o seu pai é divino, me pergunto quem seja. Avalio o lugar que ele estava e avalio sua arma. Um machado. Não diz muita coisa.

– Como ascendeu a fogueira? - pergunto - não deve ter usado pedrinhas, pois o fogo está alto.

Ele dá outro meio sorriso, como se fosse uma piada particular.

– Digamos que não é díficil trazer o fogo para mim.

Penso um pouco. E lembro o que Rachel falou, sobre filhos de Hécate não controlarem os 4 elementos, que isso era para filhos de outros deuses. Quem era o deus do fogo? Héstia veio logo a minha mente, mas ela não possuía filhos. Jurou não gerar nenhum. Apolo? Ele é deus da luz, seus filhos não controlam o fogo. Pense, Diana, você é capaz! O machado, ele havia construído. Construção, fogo.... Hefesto!

– Seu pai é Hefesto! - afirmo. O garoto me olha como se eu fosse um alien.

– O quê? O cara do meu livro de história? Duvido muito!

– Hã... Diana - disse Percy.

– Espere, Percy. Garoto seu pai é o deus das forjas, do fogo. Nenhum dos filhos de Hesfesto do Acampamento controlam o fogo... Mas algo me diz que não é impossível...

– Diana!

– Agora não, Percy! - me viro novamente para o garoto - escute, os deuses gregos existem, assim como esses monstros!

– Você não sabe como é - ele diz - ser diferente. Ser uma arma mortal.

O punho dele pega fogo. Cerro os punhos e faço o mesmo.

– Sim, eu sei - digo. Ele olhou para mim como se eu fosse sua salvação, como se eu viesse de um sonho no qual ele perdera a esperança.

Depois seus olhos se viraram para algo, atrás de mim. Percebi que Percy estava atrás do garoto, como se protegesse. Sua espada em suas mãos, embora eu nunca a tivesse visto. Rachel segurava a faca, também protegendo o garoto.

– Diana!

– O que foi , Percy?

– Atrás de você!

Pelo seu tom, sei o que está por vir. Pego uma flecha, devagar e a preparo. Me viro devagar.

A Hidra estava atrás de mim, soltando uma baba verde e gosmenta. Percy e Rachel deram a volta na Hidra por lados opostos, bem devagar. Eu sabia o plano.

Dei um passo para trás. Protegendo o filho de Hefesto. Então meu arco pega fogo, mas não fui eu que fizera isso.

– Pra dar sorte - sussurra o garoto para mim.

Então eu atiro. O corpo da Hidra começa a arder em chamas, e elas cresciam. Notei que o filho de Hefesto olhava fixamente para elas, e começo a ajudá-lo. Percy e Rachel esfaqueavam a coisa pelas laterias e o fogo crescia.

A Hidra virava pó aos poquinhos, era bem devagar comparada com as Górgonas. Depois que ela virou areia pego minha única flecha intacta do fogo e todos nós corremos a nossos pégasos.

Mas só havia três.

– Eu levo o novato comigo - digo.

– Vamos ficar com ele? - pergunta Percy desagradável.

– Sim. Vamos levá-lo a missão e depois voltarmos todos juntos para casa.

Era a primeira vez que eu chamava o Acampamento de "casa".

Subimos no pégaso. O garoto ficou atrás de mim, me abraçando. Percy olhou para nós, por um momento havia algo triste em seus olhos. Irôrico, não?!

Começamos a voar, mais próximos de São Francisco do que nunca. O vento batia muito forte, de um jeito anormal. Zumbindo nos ouvidos. Tive de gritar para fazer uma pergunta muito atrasada a meu passageiro de pégaso:

– Qual é seu nome? - berro.

– Leo - berra de volta - Leo Valdez.



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