A Filha Da Magia escrita por Annabel Lee
Notas iniciais do capítulo
Vocês podem achar estranho eu não abordar muitas coisas de Heroi Perdido, mas trazer este personagem à tona... Mas eu gosto muito dele e tinha que coloca-lo na minha fanfic!
– Tem um garoto ali! - grito para Percy e Rachel - e um dragão! Vai matá-lo!
Percy arregalou os olhos ao ver o monstro, que se escondia com facilidade em meio as árvores escuras.
– Temos que salvá-lo - Percy concorda, e mergulha com Blackjack em direção à fogueira.
Eu e Rachel seguimos Percy em direção a floresta, minha intuição dizia que estávamos mais do que próximos a São Francisco, mas eu sabia que devia salvar o garoto, porque de certa forma, sentia que ele era um de nós.
Pousamos nossos pégasos silenciosamente. Agora o monstro era mais que vísivel, mas ele não parecia ver nenhum de nós.
– Droga, uma hidra - diz Percy - saiu do Tártaro pelo visto...
– Já lutou com uma? - pergunto indignada.
– A mesma, na verdade - diz Rachel distante - a mesma hidra de sempre.
– Vamos precisar de fogo - diz Percy.
– Isso não é problema - digo - temos eu e a fogueira do garoto ali.
O garoto! Devia tirá-lo da "zona de guerra". Será que consigo levitá-lo, como fiz à mim e Percy no Acampamento? Faço um teste que funciona.
Ele chega aos meus pés. Tinha o cabelo castanho enrolado e orelhas de elfo, pelo seu bronzeado e feições ele devia ser latino.
Eu o balanço.
– Ei - sussurrou, para a Hidra (agora muito próxima) não ouvir - acorde.
Ele abre os olhos castanhos, confuso.
– Monstro? - pergunta com a voz rouca.
– Sim, tem um monstro atrás de você - olho para Percy confirmando o que achava, ele entendeu, um semideus - preciso que fique quieto enquanto acabamos com ele. Vai ficar tudo bem!
Ele dá um meio sorriso e se levanta.
– Não vão curtir a festa sozinhos - ele vai atrás sa árvore e pega um machado - tenho matado essas coisas a dias.
– Quem é seu parente divino? - pergunta Rachel.
– Não tenho nenhum "parente divino". Do que vocês estão falando, afinal? Minha mãe morreu e meu pai me abandonou muito antes disso, e só voltou pra me dar esse machado que ele construiu.
Então o seu pai é divino, me pergunto quem seja. Avalio o lugar que ele estava e avalio sua arma. Um machado. Não diz muita coisa.
– Como ascendeu a fogueira? - pergunto - não deve ter usado pedrinhas, pois o fogo está alto.
Ele dá outro meio sorriso, como se fosse uma piada particular.
– Digamos que não é díficil trazer o fogo para mim.
Penso um pouco. E lembro o que Rachel falou, sobre filhos de Hécate não controlarem os 4 elementos, que isso era para filhos de outros deuses. Quem era o deus do fogo? Héstia veio logo a minha mente, mas ela não possuía filhos. Jurou não gerar nenhum. Apolo? Ele é deus da luz, seus filhos não controlam o fogo. Pense, Diana, você é capaz! O machado, ele havia construído. Construção, fogo.... Hefesto!
– Seu pai é Hefesto! - afirmo. O garoto me olha como se eu fosse um alien.
– O quê? O cara do meu livro de história? Duvido muito!
– Hã... Diana - disse Percy.
– Espere, Percy. Garoto seu pai é o deus das forjas, do fogo. Nenhum dos filhos de Hesfesto do Acampamento controlam o fogo... Mas algo me diz que não é impossível...
– Diana!
– Agora não, Percy! - me viro novamente para o garoto - escute, os deuses gregos existem, assim como esses monstros!
– Você não sabe como é - ele diz - ser diferente. Ser uma arma mortal.
O punho dele pega fogo. Cerro os punhos e faço o mesmo.
– Sim, eu sei - digo. Ele olhou para mim como se eu fosse sua salvação, como se eu viesse de um sonho no qual ele perdera a esperança.
Depois seus olhos se viraram para algo, atrás de mim. Percebi que Percy estava atrás do garoto, como se protegesse. Sua espada em suas mãos, embora eu nunca a tivesse visto. Rachel segurava a faca, também protegendo o garoto.
– Diana!
– O que foi , Percy?
– Atrás de você!
Pelo seu tom, sei o que está por vir. Pego uma flecha, devagar e a preparo. Me viro devagar.
A Hidra estava atrás de mim, soltando uma baba verde e gosmenta. Percy e Rachel deram a volta na Hidra por lados opostos, bem devagar. Eu sabia o plano.
Dei um passo para trás. Protegendo o filho de Hefesto. Então meu arco pega fogo, mas não fui eu que fizera isso.
– Pra dar sorte - sussurra o garoto para mim.
Então eu atiro. O corpo da Hidra começa a arder em chamas, e elas cresciam. Notei que o filho de Hefesto olhava fixamente para elas, e começo a ajudá-lo. Percy e Rachel esfaqueavam a coisa pelas laterias e o fogo crescia.
A Hidra virava pó aos poquinhos, era bem devagar comparada com as Górgonas. Depois que ela virou areia pego minha única flecha intacta do fogo e todos nós corremos a nossos pégasos.
Mas só havia três.
– Eu levo o novato comigo - digo.
– Vamos ficar com ele? - pergunta Percy desagradável.
– Sim. Vamos levá-lo a missão e depois voltarmos todos juntos para casa.
Era a primeira vez que eu chamava o Acampamento de "casa".
Subimos no pégaso. O garoto ficou atrás de mim, me abraçando. Percy olhou para nós, por um momento havia algo triste em seus olhos. Irôrico, não?!
Começamos a voar, mais próximos de São Francisco do que nunca. O vento batia muito forte, de um jeito anormal. Zumbindo nos ouvidos. Tive de gritar para fazer uma pergunta muito atrasada a meu passageiro de pégaso:
– Qual é seu nome? - berro.
– Leo - berra de volta - Leo Valdez.
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