Unexpected December escrita por Purple Daniie


Capítulo 1
Capitulo O1 - Meeting him.


Notas iniciais do capítulo

Oiii , aqui tou eu de novo, com uma nova fanfic *-* Espero que gostem dessa minha nova ideia :DD
beijos e boa leitura ...♥



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Derek, lâmina e mamãe.

Londres, Inglaterra O8 horas da noite, 1 de Dezembro.

Estava vagueando pelas ruas bem povoadas de Londres, sozinha. A cada passo meu dado, recebia olhares estranhos, vindos de pessoas estranhas. Talvez por meu cabelo bagunçado ou por esperarem uma atitude diferente de mim, sendo filha de quem sou. Mas eu não estava ligando pra isso. Me estava incomodando, mas eu não ligava. Me sentei em uma banco de jardim de madeira largo que estava com as beiras cobertas de neve, que havia nevado á mais ou menos 1 hora. Me sentia confusa.
Como meu pai me poderia fazer isso? Me obrigaria a jantar com Kyle?

Da última vez que vi Kyle muitas lágrimas se derramaram. Kyle fora meu primeiro namorado e minha primeira paixão e eu não tou pronta pra sentir toda aquela dor de novo. Quer dizer, ele me traiu e me trocou por minha melhor amiga. A dor que senti no dia em que apanhei eles se comendo no sofá de sua casa, meu coração parou, assim como a doçura constante que percorria minhas veias. Como meu pai quer que agente tenha um jantar amigável, passados apenas 4 meses depois do nosso rompimento?

Observei as crianças correndo e brincando com a neve e elas sorriam. Sorriam de verdade. Há quanto tempo eu não sorria de verdade mesmo?

Uma voz vinda lá do fundo da rua projectou minha cabeça e eu, curiosa como todo o mundo sabe que sou, me dirigi á ela, tentando descobrir do que se tratava. Havia um garoto tocando guitarra e cantando. As pessoas o ignoravam e passavam direto por ele, não prestando a mínima atenção. O garoto era, ao contrário de mim, pobre. Dava pra notar bem. Suas roupas velhas e sujas mostravam isso.

Ele era bem bonito pra um garoto pobre. Tinha os cabelos cor-de-mel e era magricela.

Ás vezes – ou muitas – eu tenho raiva de gente assim. Pobre. Sabe, porque eles não arranjam emprego e se fazem á vida? Eles ou pedem pelas ruas ou fazem isso. Me dá nojo certas vezes. Mas desta vez não. Desta vez me sinto tocada pela música.

Quando o garoto terminou coloquei uma nota de 100 libras seu chapéu, que estava no chão, vazio.

Ele olhou a nota e se surpreendeu dando um sorriso bem bonito, pra alguém que passava necessidade.

– Nunca vi uma dessas em toda a minha vida. – Ele falou acerca da nota de dinheiro. Oi? Nunca viu? De onde você é? Narnia? – Toma. – Ele esticou o braço me dando a nota de volta. – Não posso aceitar um valor tão alto assim.

– Tão alto assim? Isso não dá nem pra pagar minha roupa de hoje. – Eu disse e ele riu desconfortável. – Fique com ela.

– Obrigado, então. – Ele me agradeceu. – Me chamo Derek. - Ele me disse esticando sua mão em forma de cumprimento.

– E eu não perguntei nada pra você. – Eu respondi fria. Não queria me envolver com pessoas dessa…classe. E depois do que aconteceu com Kyle, jurei nunca mais deixar um garoto se aproximar de mim.

– Calma garota rica. – Ele respondeu se rendendo. – Só estava tentando ser simpático.

– Pois vai ter de trabalhar melhor nisso. – Eu respondi. Virei na rua e me sentei no tal banquinho esperando o ônibus. Esperei, e olhei no relógio.

Droga!

Já passou 10 minutos da hora do ônibus. Então terei de ir a pé até minha casa.

– Aonde você vai? – O garoto, Derek, apareceu, de novo.

– Pra casa, o que você acha? – Eu respondi óbvia.

– Está começando a nevar de novo. Eu te levo. – Derek se ofereceu.

– Não é preciso. – Eu respondi sendo, admito, ingrata.

– Você vai gelar aí! – Ele me avisou. Ual, que descoberta quer um prêmio?

– Não é da sua conta e além do mais meus pais sempre me falaram pra não aceitar carona de estranhos. – Eu tentei me desculpar. Pra além de não gostar de pessoas da classe de Derek, eu não queria ser vista com ele. Que iriam dizer?

– Bom, você sabe meu nome, então…não sou propriamente um estranho pra você. – Ele chegou mais perto
de mim rindo.

– Você tá tentando tirar uma com minha cara? – Eu perguntei olhando ele directamente na cara pela primeira vez. E bem, seus olhos castanhos são mais lindos que meus olhos azuis.
E olhe que não é fácil me ouvir dizer que os olhos de alguém são mais bonitos que os meus.

– Pare com isso. Venha, eu te levo. Não seja orgulhosa. – Ele me pediu e eu pensei duas vezes se aceitaria ou não.

– Você tem carro? – Eu perguntei desconfiada. Afinal, quais as possibilidades de o garoto pobre ter um carro?

– Não, mas tenho moto. – Ele riu abanando o capacete. Como eu não reparei?

– Eu não gosto de moto. – Respondi tremendo. Tremi de frio e de medo. Não iria admitir que tenho medo de motos. Qual garota da minha idade fala isso?

– Argh, garota esquisita. – Derek bufou e eu mostrei minha língua.

Como num movimento demasiado rápido pra meu cérebro processar Justin me pegou como um saco de batatas e me pus em seu ombro direito.

– Ah! Ei! Me põe no chão! – Eu gritei feita louca batendo em suas costas e esperneando feita louca.

– Não vale a pena. – Derek falou rindo.

A noite já tinha caído sobre a cidade de Londres faz tempo o que me deixava mais nervosa.

Derek me colocou na parte de trás da moto e me pus um capacete. Coloquei a pulseira de minha mãe em uma caixa que havia na moto para o risco de não perder ela durante a viagem.

– Esse negócio vai baguncear meu cabelo todo! – Eu reclamei como sempre.

– Nossa. Concerteza não ficará pior que antes. – Derek gozou comigo.

– Não gosta de viver? – Eu perguntei ameaçadora. E ele apenas riu em resposta.

– Se agarre bem. – Ele me avisou.

Fiz o que ele falou e o medo me dominou. E se agente tivesse um acidente? E se eu caísse da moto? E se Derek atropelasse alguém? Meu Deus, eu vou morrer. Sou bem medrosa, não há nada que eu possa fazer sobre isso.

Abri meus olhos devagar tentando enxergar as coisas á minha volta e não me arrependi. Londres vista de uma moto a alta velocidade é na mesma, a mais linda cidade de sempre.

– Onde você mora? – Derek perguntou parando num sinal vermelho.

– Oxford Street. – Respondi. Derek riu abanando a cabeça.

Quando eu ia perguntar o porquê de ele estar rindo ele deu partida com a moto e eu me segurei mais ainda á sua cintura.

Num piscar de olhos, estava á porta da enorme mansão que eu chamo casa. Olhei em meu celular e eram O9 horas da noite e com certeza meu pai iria me dar um sermão do tamanho da Rússia por ter saído sem avisar.

– Está entregue. - Derek disse. – Viu como ainda está inteira?

– Como queira. – Respondi seca.

– Um obrigada sabia bem. – Derek falou rindo e se encostando na moto.

– Obrigada. – Eu falei dando um sorriso bem amarelo.

– Custou muito? – Derek perguntou rindo. Esse garoto só ri?

– Por acaso…Quando devo á você? – Perguntei. Gente como ele é bem interesseira então com certeza ele levaria dinheiro por essa carona.

– O quê? Nada! – Ele respondeu meio surpreendido por minha pergunta.

– Tem certeza? Pessoas como – Derek me interrompeu.

– Olhe, posso ser pobre, mas não sou interesseiro, valeu? – Derek disse ficando com uma expressão um tanto mais séria. – Não devia julgar tanto as pessoas assim.

– Eu que sei o que devo ou não fazer. – Respondi fria.

– Como queira. – Derek bufou. – Até uma outra vez…hm…como seu nome mesmo?

– Luna. – Respondi.

– Você ainda não tinha falado isso. – Derek falou.

– Já pode ir embora. – Eu encorajei ele.

– Até Luna. – Derek se despediu e se foi.

Aliás, porque ele ficaria? Todos se vão embora. Mamãe foi embora, Kyle foi embora, Amber foi embora e papai nem liga assim tanto pra mim.

Abanei minha cabeça negativamente e entrei em minha casa. Pra evitar qualquer tipo de pergunta ou pegação entre papai e a nova sócia. Entrei rapidamente em meu quarto, digno de princesa. Certamente, algo que eu estou longe de ser.

Peguei a foto da mamãe e lágrimas deslizaram de meu rosto.

Porque você partiu? Porque me abandonou?

Me sentei em minha cama e me senti vazia. Todos estavam me abandonando.

Corri pro banheiro e peguei minha recente melhor amiga, a lâmina.

Peguei ela com cuidado e pensei antes de fazer aquilo, que eu sabia, pela ultima vez que fiz isso, que iria doer bastante.

Depois de pensar, coloquei ela sem dó algum em meu pulso e senti o cheiro a sangue em minhas narinas.

As lágrimas caiam mais depressa e eu sorria. Quem visse meu estado me chamaria de psicopata. A dor emocional ia desaparecendo, sendo substituída pela dor física. Era bem melhor.

Me levantei do chão frio e lavei meu pulso com água. Já o tinha feito. Sempre que faço isso, é rápido, pois o arrependimento sempre me consome. Desinfetei o corte e coloquei um moletom bem largo e quentinho.

Me deitei em minha cama e peguei meu note. Então Derek preencheu meus pensamentos.

O seu sorriso, os seus olhos e ele próprio em si. Como alguém tão pobre como ele pode ser feliz assim? Tão…vivo? Eu tenho tudo e mais algo que eu queira e mesmo assim, me sinto meio morta.

Bom, não que isso interesse agora já que eu afastei ele para sempre, como sempre faço. Suspirei e senti batidas fortes na porta.

Quem iria me atormentar agora?


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Notas finais do capítulo

O que estão achando? Devo continuar? :)
Beijo ♥



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