Arme Madness Cientist escrita por Sei


Capítulo 2
Nova Pespectiva


Notas iniciais do capítulo

Capitulo 2 completo *-* sem previsão para o 3, muito obrigado por terem lido minha fic, tenham uma boa leitura do novo capitulo o/



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/305998/chapter/2

Nova Perspectiva

                Acordei exausta. Por que mesmo eu deveria me levantar? Para ficar sentada em uma cadeira desconfortável, por mais de seis horas, ao lado de uma garota que eu não suporto, ouvindo professores ensinar qualquer besteira que eu sei melhor do que eles mesmos? Infelizmente, enquanto eu fazia esse monólogo interno, eu já estava abotoando os botões da minha blusa; Maldita ação mecânica corporal automática. Isso acontece quando fazemos o mesmo movimento repetidamente por vários dias.  Novamente, eu já estava na cozinha esperando minhas torradas...

                Decedi parar de reclamar e me concentrar ao meu redor, e então, eu me lembrei sobre a queda do sistema no dia anterior. Rapidamente fui até meu computador. Meu coração parecia que ia sair pela boca enquanto eu dizia para mim mesma que tudo estava bem e que nada havia queimado. Só me senti aliviada quando a mensagem de login apareceu. Eu realmente não tenho muito tempo, mas meu vício era maior assim como a minha curiosidade, e então comecei a procurar a origem do problema. Não precisei me esforçar muito. Bastou uma pequena olhada na rede para ver incontáveis mensagens sobre a queda global de todos os sistemas conectados. Uma pitada de raiva e ciúme percorreu meu corpo; Como um hack seria capaz de derrubar cada computador conectado? Ou seja, é quase como derrubar a Internet.

                Decidi ignorar o hack por enquanto. Pelo tempo que fiquei em meu laboratório, minhas torradas esfriaram, mas eu não me importava. O importante são os nutrientes oferecidos ao meu corpo, e acompanhado de um copo de leite, tudo fica bom.  No caminho para a escola, foquei meus pensamentos no algoritmo misterioso. Não foi difícil, afinal, ele nao parava de aparecer em minha cabeça. Era como se eu pudesse tocá-lo apenas esticando minha mão. Infelizmente, realizei tal movimento, que não passou despercebido pelas pessoas ao meu redor. Que ótimo, era tudo o que eu precisava; Dar mais um motivo para ser aborrecida. Lire vai adorar.

                 Para poder me concentrar sem interrupções ou distrações, me tranquei no banheiro feminino do terceiro andar. E como sempre, meus cálculos estavam certos. Com o meu celular eu pude trabalhar em paz. Assim, transcrevi parte do estranho algoritmo em uma mensagem. Segundo minha teoria, após analisar o quadro, eles não passavam de quatro códigos distintos que formariam algo maior. Mas o que isso tudo faz, eu não faço a menor ideia. E, por que alguém faria algo tão complicado para uma simples brincadeira? Bem, não importa. O importante são os testes. Foi necessário muito esforço físico para eu não gargalhar de forma “divertida”. Afinal, eu amo fazer testes.

                A parte do algoritmo que eu copiei é semelhante há alguns algoritmos usados para invasão, então, creio eu, que deva ser uma ferramenta de hackamento. E eu já até sei em quem testar. Logo digitei os números da pessoa e enviei a mensagem contendo o meu “malware”. Em seguida, retornei à sala, não desviando os olhos de minha vitima; A minha loirinha “favorita” no mundo. Tudo que ela precisa fazer é pegar o celular e abrir a mensagem. Só não me deixe esperando, eu fico muito ansiosa para ver o resultado de meus experimentos.

                - Olha quem resolveu aparecer. – Como se ela realmente se importasse.

                - Algum problema? – Sentei em minha carteira, tentando mostrar indiferença.

                - Não mesmo. Não vou perder meu tempo. – Apesar do que disse, ela ainda me olhava pelo canto dos olhos, esperando uma resposta.

                Limitei-me a suspirar e mexer em meu celular, e assim, em uma reação esperada, Lire começou a fazer o mesmo. Um sorriso brotou em meus lábios. Se o experimento der certo, talvez eu consiga acessar todas as informações que ela guardou em seu aparelho.  Tudo que eu precisava fazer era ser um pouco paciente... Um pouco... Paciência... Que se esgotou quando o professor a chamou e ela não respondeu. Mas que infernos! Ela ficou imóvel desde que abriu a mensagem. Um medo percorreu minha espinha, e senti meu coração acelerar. Eu não vou muito com a cara dela, mas não quero fazer nenhum mal.

                - LIRE, ACORDA!! – Gritei ao lado dela. Quando não mudou nada, me levantei e toquei seu corpo.

                - AHHHHH!! – Gritou a menina sentada na carteira de atrás após a minha “rival” cair no chão da escola.

                - Vocês, fiquem aqui! Eu vou levar a Lire para a Enfermaria. – Ordenou o Professor, pegando a garota no colo e saindo rapidamente da classe.

                Eu não pude ficar na sala esperando, sendo assim, segui o professor, cada vez mais apreensiva. A enfermera do colégio deu um diagnostico de anemia e recomendou deixar a menina dormir. Convenci o professor a me deixar ficar ao lado dela. Eu sou uma aluna especial, no fim das contas. Sou um gênio, e a escola reconhece esse fato. E assim passei o resto do meu turno escolar; Sentada em uma cadeira desconfortável, zelando pelo sono de uma garota cujo qual eu nem gosto muito, mas que provavelmente a culpa pelo seu desmaio seja minha.  

                A Enfermaria é um lugar sem graça; Várias camas brancas, paredes brancas, mobília branca, teto branco, jalecos brancos... Tá certo, se eu repetir mais uma vez a palavra branco, eu bato minha cabeça na parede. A única coisa que difere são as cortinas que dão a devida privacidade a cada leito com uma cor creme. Por mais que eu odeie admitir, a Lire é uma garota linda; Seu corpo é bem curvo, sua pele é macia ao meu toque, e também clara. Seu cabelo é a perfeição que causa inveja a qualquer salão de beleza. E, além disso, é provido de uma cor dourada natural, fato que mais odeio. Suas orelhas são um pouco pontudas, o que a faz parecer uma elfa, ou uma fada. Porém, o que eu mais odeio admitir, é o tamanho dos seios; Os delas são maiores do que os meus! Talvez eu devesse puni-la por isso. Sorri de uma forma sádica, sem me dar conta de que eu estou em seu leito, em um hospital.

                Quando eu já tinha uma baba escorrendo pela minha boca, e meus olhos estavam fechados, a menina resolveu me contrariar e acordar com um gemido. Pisquei algumas vezes antes de recuperar meu foco.

                - Lire, você está bem? – Perguntei à menina que acordava.

                - Senhora?- Perguntou ela confusa a mim.

                - Eu posso entender isso como um não? – Definitivamente ela está chapada.

                - Esse servo se encontra em perfeito estado, Senhora. – Rapidamente ela se sentou na cama e curvou a parte superior do corpo. – Em que esse servo pode ser útil?

                - Como assim? – Não estou entendendo nada.

                - A Senhora pode me usar do jeito que preferir. Eu só vivo para servir e fazer suas vontades. – O sorriso devoto e olhar de admiração que ela estava fazendo começou a me assustar.

                - Você está dizendo que vai fazer tudo que eu mandar?

                - Tudo que minha Senhora desejar. – Isso não pode ser real. É muito bom para ser real.

                - Tire a blusa. – Ela fez sem nem pensar, mas assim que vi o sutiã negro de rendas, mudei de ideia rapidamente. – Põe a blusa.

                - Sim, Senhora. – Ela executou rapidamente a sua tarefa. – Se assim preferir, a Senhora pode apenas relaxar e deixar que esse humilde servo cuide de tudo.

                Como assim? Do que ela está falando? Por que ela ta alisando minha perna? Por que seus labios estão se aproximado dos meus? Eu sou um gênio inocente. Quando finalmente percebi a intenção dela, corei violentamente e recuei.

                - Lire, ordeno que fique parada. – Tenho plena consciência da minha voz alterada pelo constrangimento.        

                - Sim, minha Senhora. Eu ouço e obedeço.  – Sua expressão de felicidade diz que ela ama obedecer.

                - Eu quero que você aja como agia até hoje de manhã em relação a mim na frente das outras pessoas, entendeu? Eu não quero que ninguém descubra o que você é.

                - Essa serva ouve e obedece. – Eu acho que posso acabar me acostumando a isso.

                - Agora eu preciso ir. Continue agindo normalmente e faça as coisas que você faria hoje. Nos vemos amanhã.

                - Essa serva ouve e obedece. Ficarei esperando novas ordens amanhã.

                - Cuide-se. – Despedi-me saindo da escola ainda meio preocupada se daria tudo certo.

                Eu fiz. Eu realmente fiz uma lavagem cerebral em uma pessoa. Isso é uma coisa, simplesmente, inacreditável. Eu poderia dominar o mundo! Mas, antes, preciso fazer muitos testes em minhas cobaias. Isso apenas foi uma parte do algoritmo, é preciso fazer testes no restante. Com esses pensamentos na cabeça, acabei tropeçando em cima de um rapaz que por sorte tinha bons reflexos e me segurou antes que eu acabasse com o meu nariz no chão. Quando me recompus, dei uma olhada em meu salvador; Era um rapaz alto, de cabelos prateados e arrepiados; Uma cor incomum no estado de Chase. Corpo bem definido, apesar de utilizar um terno bonito azul marinho. Seus olhos, infelizmente, estavam atrás de um óculos negro.

                - Tenha cuidado. – Pediu ele.

                - Eu só estou meio distraída. – Confessei. – Obrigada.

                Agradeci e logo segui meu rumo. Eu tenho muitas coisas para fazer, muitos experimentos. Mas, o que eu não esperava, era trombar com outra pessoa ao virar a esquina. Novamente foi um rapaz, e assim como o primeiro, possuía um corpo definido, mas seu rosto era mutio pálido. Será que ele nunca pegou sol? Seus cabelos também eram rebeldes, mas dessa vez dourados como o sol. Suas roupas extremamente extravagantes lembravam um pistoleiro de faroeste. E seus olhos tão afiados como uma navalha era de um castanho puro, que mais parecia rubro.

                - Desculpe. – Eu deveria ficar mais atenta ao meu redor.

                Ele nada disse. Apenas me olhou de forma gélida e seguiu seu rumo. Pessoa estranha, mas não é da minha conta. Sem mais interrupções, consegui chegar a minha casa. Apenas para abrir a porta e dar de cara com uma visita inesperada. Uma visita que adentrou sem ser convidada, cujo qual eu não faço a menor ideia de quem seja, afinal, ela está usando uma máscara branca. No geral, se trata de um homem alto, com um terno branco, cabelo ruivo penteado para trás. Ele passava uma sensação de calmaria.

                - Que bom que chegou. Eu estava esperando seu retorno, Arme Alanai. – Sua Voz era forte e gélida como um iceberg.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Arme Madness Cientist" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.