Capítulo 04) Revelo meus Poderes

Em uma semana o Acampamento Meio-Sangue era a minha casa. Ainda não havíamos arrumado uma espada pra mim, mas eu ainda tinha uma ideia. Estava sendo tão bom! Lembro que na noite anterior eu apostei com o Will que conseguia acertar uma flecha no Velocino, do alto do Pavilhão. Quando eu acertei, ele perguntou:

-Como?

-Minha mãe era profissional, William. Acostume-se!

Mas hoje é um dia triste. Devia ser feliz, tipo, meu aniversário e tal, mas não s seu niver ser no mesmo dia em que sua mão faleceu tentando salvar você.

O meu plano era passar o dia no Chalé de Hipnos, esquecendo tudo, mas Leo atrapalhou meus planos. Durante a semana, nós não nos desgrudamos, e até rolaram alguns climas, o que me fez pensar que sairia algo mais sério, mas, nada. Então, quando ele me procurou hoje, como não estava a fim de brincar, corri pra floresta.

Como não tinha nada pra fazer, tirei um protótipo do bolso e comecei a trabalhar nele: inverter os polos, apertar parafusos, conectar fios e conferir energia. Sabem vocês não devem estar entendendo nada, então eu vou explicar: não tenho jeito com máquinas ou algo do tipo, mas eu sempre fui muito inteligente e sempre adorei tecnologia, e acabei inventando algumas coisas. Estranho, eu sei. Mas vocês não conhecem meus poderes. É mais estranho ainda. Mas eu não conseguia fazer a droga do troço funcionar!

-Vamos, Elizabeth, você consegue. - murmurei. - Você inventou o IPad, trazer a Tecnologia Stark para a realidade não deve ser tão difícil.

De repente eu ouvi um barulho na floresta. E outro. Deixei o troço em uma pedra e me levantei. Mas estava escuro. Eu não queria usar meu outro poder, sem ser da água. Eu não sabia controla-lo. Era muito difícil. Mas eu não tinha escolha. Estiquei a mão, tremendo de medo, e invoquei chamas azuis.

Eu estava quase morrendo de medo. Das chamas azuis na palma da minha mão e do ser que se aproximava. Então eu vi fogo, e uma forma humana, e percebi que era Leo.

-Ah, Leo, que susto! Pensei que fosse um monstro! - exclamei aliviada e desfiz o fogo (com muito custo).

-Mas... Você... Fogo... E o que é essa máquina?! Você não é filha de Poseidon?! - ele estava confuso. Vi um misto de raiva e tristeza em seus olhos.

Eu suspirei, coloquei o protótipo no bolso e arrastei Leo até a Casa Grande.

-Vem. Vamos chamar o Conselho.

***

Na mesa de pingue-pongue, todos me encaravam. Leo já havia contado tudo. Fofoqueiro.

-Isso é estranho... Uma filha de Poseidon com poderes de fogo... - Quíron se pronunciou.

-De água também. E é muito difícil controlar o fogo azul, O.K.? - respondi. - E é culpa do lugar onde nasci de acordo com a lenda.

Tirei o protótipo do bolso e o coloquei na mesa. Apertei um botão e imagens surgiram no ar, tipo o Javis do Tony Stark. Fui deslizando até achar um mapa do Brasil. Todos estavam boquiabertos.

-Eu nasci no Brasil, que tem um clima tropical, ou seja, quente e úmido. - Apertei o estado de Minas Gerais e indiquei a cidade de Pedro Leopoldo. - Foi nesta cidade. Dos seis aos sete anos eu fiquei com uma família adotiva, e depois uma mulher de preto (Hera) me buscou e me colocou aqui em N.Y. Durante esses anos, coisas ruins aconteceram, como por causa do fogo, como explosões de carros ou incêndios de escolas. Aos 10 anos, por causa dos seus livros. - apontei para Percy. - descobri que era uma meio-sangue, mas não sabia quem era meu pai ou minha mãe, e não quis aceitar o fato, por causa do perigo. Talvez por isso eu não tenha sido atacada.

Todos ficaram calados. A história não era muito diferente da maioria dos semideuses, mas meus poderes eram totalmente contraditórios.

-Entendo... Então você controla o fogo por ter nascido em um local de clima quente... E a água por ser filha de Poseidon. Fascinante. Quais são suas outras habilidades? - Quíron perguntou.

-Ah, nada de mais. - dei de ombros - Superinteligência e arco-e-flecha, por causa de mamãe. Ela tinha outros poderes, acho, mas só recebi esses.

-Nada de mais? - Leo arquejou Ah, cara! Isso vai dar merda! - todos assentiram.

De repente, pra estragar o clima sinistro, Julius Tiger, um cara super-lindo e fofo de uma banda, entrou com tudo na sala de jogos.

-Ah, desculpem interromper, mas estão te chamando na quadra de vôlei, Quíron. - ele olhou para mim. - Você deve ser a garota nova, Elizabeth. Prazer, Julius Tiger. Gosto do seu nome. É britânico. Tchau, gente! - então Percy e Leo se levantaram e empurraram o Julius pra fora da sala.

-Você está corando. - Leo falou.

-Não estou não!

-Está sim.

-Ai Leo... Vai pro Hades!

-Bem, Srta. Fox, vamos fazer o possível para ajuda-la a controlar seus poderes. - Quíron me tranquilizou.

Quando saímos, Leo tentou me pegar de surpresa por trás, mas agarrei seu pulso e o joguei no chão.

-Ai! Por que fez isso?!

-Você tentou me assustar! - eu falei e fui embora.

-Espera! - ele se levantou e foi até mim. - Quer ser minha Garota em Chamas? - ele perguntou.

-O q...?! - eu comecei, mas sem esperar minha resposta ele me puxou e me calou com um beijo.