Lost Memory escrita por Dri Viana


Capítulo 31
Chapter Thirty-One


Notas iniciais do capítulo

Ainda se lembram dessa fic? Espero que sim.
Foi difícil, mas depois de um mês ou até mais,eu consegui concluir esse último capitulo. Perdi as contas de quantas vezes eu fiz, desfiz e refiz esse capítulo, mas enfim o terminei.
Queria deixar aqui meu mais sincero agradecimento a quem acompanhou, leu, comentou ou não, e também a quem recomendou essa minha fic que chegou ao fim. Obrigada e obrigada a vocês, leitoras!
Um super beijo!
E fiquem agora com o último capítulo.



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O médico tranquilizou Sara e os demais dizendo que estava tudo bem com Grissom. Contou que a operação tinha sido um sucesso, o que fez Sara respirar aliviada e feliz por tudo ter dado certo. Mark ainda disse que na cirurgia havia sido implantado um Stent na véia entupida e que após todo o procedimento cirúrgico, o sangue voltou a circular sem problema algum.

Também disse que Grissom já fora encaminhado para um quarto, mas como estava bem sedado, só acordaria no outro dia, pela manhã. Desse modo, ele avisou que não havia necessidade de todos os presentes ali, ficarem no hospital, apenas uma pessoa poderia permanecer para servir como acompanhante de Grissom e passar a noite no hospital.

Imediatamente Sara falou que ela ficaria, só que Catherine tratou logo de intervir nisso, dizendo que nem em sonho a amiga grávida ia passar a noite num hospital.

— Mas Catherine... - Sara tentou argumentar, porém nem bem abriu a boca para começar seu ''argumento'' e sua amiga a interrompeu nisso.

— Sem ''mas'', Sara. Tenho certeza que o Gil não ia aprovar nada essa sua ideia de passar a noite aqui no hospital, grávida como está.

A morena fez uma cara de insatisfação e bufou de raiva fazendo com que os outros que ali estavam, rissem disfarçadamente dela.

— Você vai dormir na sua casa com seus filhos e ... Doutor, que horas ela pode vir amanhã pra ver o Gil?

A loira se dirigiu a Mark que se divertia com a cena da amiga de Grissom ralhando com a esposa do mesmo.

— Às oito da manhã. - o médico respondeu. — Acredito que a essa hora ele já tenha acordado.

— Então amanhã a essa hora você vem, Sara.

— E quem é que vai passar a noite aqui com o meu marido. Posso saber Catherine?

— Eu passo, Sara. - Warrick se pronunciou. O moreno falou que aquela noite seria sua folga e não teria problema algum em ficar ali de acompanhante de Grissom.

— Está aí, Warrick vai ficar com o Gil. Satisfeita?

— Não! EU quem queria ficar com o meu marido. - retrucou a morena visivelmente desgostosa com aquela situação.

— Se você não estivesse com sua gravidez avançada, poderia ficar sem problema algum. Só que assim, com essa barriga já grandinha, é melhor não. Vai ser desconfortável tanto pra você quanto para os bebês passar a noite aqui. Seja sensata, Sara, pense nesses dois aqui! - Cath passou a mão sobre a barriga de Sara.

— Sua amiga está certa, Sara. Passar a noite em um hospital não vai ser nada confortável pra você. - Mark resolveu ajudar Catherine a persuadir Sara da idéia dela de passar a noite ali no hospital.

Depois do médico foi a vez dos demais fazerem o mesmo e se vendo sem saída, Sara então acatou a muito contragosto diga-se de passagem, o que todos disseram.

— Será que pelo menos eu posso ver o Gil antes de ir pra casa ou isso vocês não vão deixar também? - ela questionou emburrada olhando para cada um dos que estavam ali e fixando seu olhar por fim em Catherine.

— Por que está me olhando desse jeito? - a loira segurava a vontade de rir da insatisfação da amiga. — Tem que olhar para o médico do seu marido para saber se ele deixa? Ela pode ver o Gil, doutor?

— Pode sim! - o médico respondeu. —... Venha, Sara. Eu a levo até o quarto para o qual o Grissom foi levado.

— Ela não gostou nada de não ter podido ficar aqui com o Grissom.

— Mas é para o bem dela e dos bebês, Greg. - Catherine retrucou vendo Sara ir com o médico de Grissom.

Logo Sara se encontrava diante da porta do quarto onde o marido estava. Mark a deixou ali e saiu.

Ela entrou no quarto e a visão que teve de seu marido com a cabeça toda enfaixada e ligado a uma diversidade de aparelhos foi um baque que fez doer seu coração, jamais pensou em vê-lo em tal semelhante situação. Para falar a verdade, jamais ela pensou que tanto ele quanto sua família passariam por tudo o que passaram nos últimos meses!

Devagar ela foi se aproximando. Assim que estava ao seu lado, ela acariciou seu rosto com carinho para depois segurar uma de suas mãos.

— Eu disse a você que ia dar tudo certo... E deu!

Seus olhos castanhos fitavam seu marido com tanta ternura e amor, um amor que ela sabia ... Era forte o suficiente para ultrapassar qualquer obstáculo que se pusesse entre eles, como foi com sua amnésia.

Em uma fração de segundos, enquanto estava ali olhando para Grissom, Sara teve sua mente invadida pelas lembranças de tudo o que passou nesses últimos meses desde que o marido perdeu a memória. Dessas lembranças só queria guarda as boas, as ditas ''ruins'', ela iria deixar para trás, ou melhor, esquecer. O que passou, passou! E que venham agora só coisas boas e alegres na vida deles e de sua família!

 

~~~§~~~

Dois meses e meio depois, o casal Grissom se encontrava novamente no mesmo hospital em que o supervisor havia se operado, mas dessa vez a razão de estarem ali, era por conta do nascimento dos gêmeos que havia se dado algumas horas atrás.

— Como se sente? - sentado ao lado da esposa na cama do hospital, Gil passava carinhosamente a mão pelos cabelos castanhos de Sara.

— Cansada ... Dolorida, mas imensamente feliz. - ela lhe sorriu e deitou a cabeça no ombro dele.

Depois de viver alguns meses atrás de tormenta, Sara e a família, agora viviam o oposto de tudo o que passaram.

O problema enfrentado por Grissom fez com que o amor entre ele e a esposa se fortalecesse mais ainda e também fez com que a família deles, que já era bastante unida, se tornasse mais unida ainda!

Muitas horas mais tarde, com os gêmeos já no quarto e os outros dois filhos do casal Grissom que ali estavam, após serem trazidos por Shirley depois de eles chegarem da escola, a família recebeu a visita dos amigos que vieram conhecer os mais novos integrantes daquela enorme família a qual todos eles se consideravam parte. Mark, o médico de Gil, também fez questão de dá uma passada para conhecer os bebês e também dá os parabéns ao casal de amigos, por quem tinha criado grande apreço e amizade ao longo desses meses em que tratou de Grissom.

Dois dias depois Sara recebia alta e ia para casa com os gêmeos.

 

~~~§~~~

— Ansioso para voltar a trabalhar? - Sara se aproximou dele e o ajudou a terminar de abotoar sua camisa azul marinho.

Depois de pouco mais de um ano afastado do laboratório por conta do que lhe aconteceu, da cirurgia que fizera e também do nascimento dos gêmeos, Grissom hoje, retornaria ao trabalho.

— Um pouco.

— Aposto que o pessoal deve estar empolvoroso e contando os minutos para ter novamente o chefe deles.

— Você acha?

— Tenho certeza. - ela bicou seus lábios ao terminar de abotoar sua camisa. — Está lindo com essa camisa! - confessou após olhá-lo bem.

— Obrigado! - meio sem jeito ele agradeceu.

— Acho que assim que você sair, vou ligar para Catherine.

— Para quê?

— Para pedir à ela que fique de olho em você e não deixe aquelas assanhadas do laboratório ficarem se engraçando para o seu lado, porque tenho certeza que lindo como está elas vão ficar com assanhamento para cima de você, Dr. Grissom.

Ele riu e agarrou sua cintura.

— E acha que vou dar confiança para elas?

— Creio que não, mas vai saber... Vocês homens são uma raça muito estranha.

— Não mais do que vocês, mulheres!

— Grissom!! - ela lhe deu um pequeno safanão fingindo ''ofensa'' por suas palavras.

Eles sorriram e trocaram outro beijo para logo depois Grissom anunciar que já tinha que ir.

Sara saiu com ele do quarto e antes de descer para sala, Grissom passou no quarto dos gêmeos e deu um beijo em cada um dos filhos que dormiam quietos e tranquilamente.

— Comportem-se e não dêem muito trabalho pra mamãe, está bem? - ele murmurou aos dois.

Depois Grissom seguiu com Sara para sala onde seus outros dois filhos estavam juntamente com Penny que a convite de Jully iria jantar na casa deles.

— Já vai pai?

— Já sim. Ajude sua mãe com seus irmãos, está bem?

— Pode deixar, pai!

— E eu, papai? Também posso ajudar a mamãe com os bebês? - Matt pulava no sofá feito um cordeirinho saltitante.

— Pode sim, meu astronauta. - Grissom o pegou no colo e lhe deu um beijo no rosto.

Em seguida se despediu do garoto com outro beijo, depois da filha mais velha e de Penny. Na porta foi a vez de se despedir da esposa.

— Bom trabalho! - ela lhe desejou após trocarem um beijo.

— Obrigado!

 

***

Assim que ele entrou na sala de descanso foi recepcionado com palmas e ganhou vários abraços de sua equipe, dos técnicos do laboratório que trabalham no turno da noite, de Jim que fez questão de estar ali quando seu velho amigo voltasse à ''ativa '' e também de Ecklie, que apesar de ter suas desavenças com o supervisor, estava feliz por seu retorno, pois sabia o quão bom profissional ele era e fazia falta ali no laboratório.

Grissom ficou emocionado com toda aquela recepção, não esperava que fosse ser tão bem recebido com tantos abraços assim. Agradeceu a cada um por aquilo e também pela preocupação que demonstraram com ele ao longo desse tempo em que estivera ausente.

Sua esposa havia lhe contado que todos do laboratório que o conheciam e trabalhavam com ele, sempre ligavam para casa deles afim de saber de seu estado e desejar melhoras a ele. Isso lhe deixou tocado, pois não imaginava que todos ali, se preocupavam com ele daquela forma.

Em sua concepção, o supervisor achava que somente sua equipe iria se preocupar e se importar com o que lhe aconteceu, mas não foi. Todos sem excessão, se preocuparam e se importaram. Cada um torcia e muito por sua recuperação. Ele não tinha idéia do quão querido e bem quisto era por todos, só foi ter essa dimensão quando Sara lhe contou aquilo.

Após toda aquela recepção e os agradecimentos feitos por ele, era hora de começar o trabalho.

Os técnicos do laboratório seguiram para seus postos e Ecklie para sua sala, sobrando assim na sala, somente Grissom, sua equipe e o capitão de polícia Jim Brass.

— Pronto pra voltar a solucionar crimes, chefe?

— Com certeza, Nick!

— Então faça as honras da casa, amigão. - Catherine lhe estendeu os papéis com os casos. — Dividas os casos da noite.

Das mãos da amiga o supervisor pegou os papéis.

— Você não se importa de ter perdido seu posto de supervisora?

— Esse posto não era meu e sim, seu. Eu só estava temporariamente nele. Só o aceitei pelos ''meninos''. - ela apontou os amigos.

— Sara e todos nós ... - Warrick fez um gesto com a mão apontando ele, Nick e Greg. — ... Pedimos e insistimos muito para que Catherine assumisse seu posto, porque não queríamos alguém estranho no comando. - explicou o moreno.

— Agora que voltou, assuma novamente as rédias dessas suas crianças, porque elas dão muito trabalho, viu?! - Catherine comentou, rindo e fazendo todos ali rirem.

O supervisor fez as ''honras'' como sua amiga disse e dividiu os casos daquela noite.

— Ao trabalho, crianças!

 

~~~§~~~

Era pouco mais das seis da manhã quando ele entrou em casa visivelmente esgotado. Esse mais de um ano parado o deixou claramente desacostumado e desabituado com o ritmo pesado de seu trabalho. Sentia um sono absurdo e um cansaço extremo, precisaria de uns dias para voltar a aguentar aquela jornada maçante de trabalho que antes estava muito bem habituado a seguir.

Não deixou de notar o quão silenciosa sua casa estava e aquilo se dava, porque seus filhos não iriam para escola hoje. Se eles fosse já estariam acordados e falando alto, principalmente, Matt.

Largou sobre o braço do sofá, suas pastas e o casaco que acabava de tirar e depois subiu para seu quarto. Assim que ele entrou no cômodo, sorriu ao ver dormindo em sua cama espaçosa, seus quatro filhos. Jully dormia numa extremidade, Matt em outra com alguns travesseiros atrás de si para evitar que caísse da cama, e entre os dois filhos mais velhos, se encontravam os gêmeos, dormindo quietinhos.

Era a cena mais linda para ele aquela!

E ele ficou tão perdido e encantado admirando bobamente seus filhos que nem percebeu que a esposa que tinha saído da suíte do quarto, o observava há alguns segundos. Foi só quando ela pigarreou de leve que Grissom virou-se e a viu escorada ao batente da porta da suíte. Ela estava de braços cruzados lhe olhando com carinho e tinha um sorriso tão bobo quanto o que ele direcionava aos filhos enquanto os admirava quase com adoração.

O supervisor estendeu o braço a esposa e com um gesto de mão a chamou. Ela veio e eles trocaram um abraço e um beijo demorado.

— Já viu que nossa cama está tomada por esses pequenos ''intrusos''? - Sara usou um tom baixo para falar com o marido e não acordar os filhos.

— Vi, sim! ... Eles dormiram aqui com você? - ele questionou no mesmo tom que a esposa havia falado.

— Uhum!

— Meu Deus! E como conseguiram essa proeza?

— Com muito jeito, senhor!

Ela riu e ele também.

— Ainda bem que nossa cama é bem espaçosa.

— Ainda bem mesmo!

Eles sorriram baixinho e depois Grissom ficou sério.

— O que foi, amor?

— Às vezes ainda custo a crer que esqueci de tudo isso que temos ... Costruimos ... E vivemos. De toda a minha vida, minha história, nossa história, tudo, absolutamente tudo, esquecido assim do nada! ... Por que será que isso aconteceu comigo, Sara?

Ele já havia se feito essa pergunta centenas de vezes desde que recuperara a memória há pouco mais de três meses, e em nenhuma vez achou uma resposta para essa sua pergunta.

Sara tentou encontrar uma resposta satisfatória para aquela pergunta dele, mas não encontrou. Aquilo era uma incógnita tanto para ela quanto para o médico de seu marido, que até hoje tentava achar algo que explicasse o que levou um homem com boa saúde e sem problema algum, acordar numa bela manhã sem lembrar-se de nada de sua vida!

— Acredito que talvez nunca saíbamos o porquê disso, querido. Mark mesmo até hoje ainda não chegou a algo que explique o que aconteceu.

— É verdade!

— E pra ser sincera nem me interessa saber disso.

— Não??

— Uhum! ... Você já está recuperado e isso é o que importa. O ''por quê" de ter lhe acontecido o que aconteceu, é o que menos me importa, pois isso já passou, ficou pra trás. Eu penso que aquilo tudo que vivemos durante meses por conta da sua amnésia, não passou de mais uma, das muitas barreiras que tivemos que superar e ultrapassar, ao longo desses anos todos que nos conhecemos. Tudo isso só serviu pra fortalecer mais ainda nossa família.

— E me fazer ver o quanto eu sou um homem de sorte por ter você e aquele ''grupinho'' na minha vida ... E espero nunca ... Nunca ... Nunca mais me esquecer de vocês de novo!

— Eu também espero que isso não aconteça de novo. Mas ''se'' acontecer, eu e o grupinho ali, estaremos aqui do seu lado pra te ajudar e te fazer lembrar que somos sua família e te amamos incondicionalmente.

Ele sorriu e colou sua testa na da esposa.

— Eu amo vocês, Sara!

— E nós te amamos ... Muito! - ela sussurrou antes de beijá-lo.

 

''Amor só é amor, se não se dobra a obstáculos e não se curva à vicissitudes ... É uma marca eterna ... Que sofre tempestades sem nunca se abalar. ''

 

William Shakespeare.

 

...

FIM


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Notas finais do capítulo

Sobre o Alcino o personagem real dessa história,até hoje não se sabe ao certo o que causou a perda de memória dele. Os médicos atribuem esse fato que ocorreu ao estresse ou a algo psicológico, mas a verdade é que nem eles sabem se isso seria a explicação acertada pra o que aconteceu com esse homem que foi dormir e acordou desmemoriado.



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