Lost Memory escrita por Dri Viana


Capítulo 1
Chapter one


Notas iniciais do capítulo

Bem, há uns dias atrás navegando na net eu descobri a história de um homem chamado Alcino Garajau e me encantei com ela, sobretudo com o amor e a paciência que a esposa dele teve diante do problema que eles enfrentaram. Alcino perdeu a memoria do nada, foi dormir e quando acordou não se lembrava de nada e nem ninguem. O apoio e amor da esposa ele foi fundamental pra q ele conseguisse aos poucos superar essa perda. Depois q li sobre isso me veio à ideia de fazer uma fic sobre isso, mas do meu jeito e com o nosso casal preferido. Espero sinceramente q gostem do q irão ler. Boa leitura!



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Fazia uma noite quente em Las Vegas. Na cozinha de sua casa, Sara se aventurava em terminar de preparar o jantar, pois queria que ele estivesse pronto antes que seu marido chegasse do laboratório. Hoje Grissom e a equipe liderada por ele no laboratório criminal trocaram de turno com o pessoal do diurno. Desse modo, o marido de Sara poderia jantar com ela e os filhos, o que era raro de acontecer por conta do trabalho do homem ser a noite e se estender até a manhã do dia seguinte, fazendo com que os jantares em família na casa Grissom só ocorressem ou quando o supervisor estava de folga ou quando esse fato dele e sua equipe fazerem essa troca de turno acontecia.

Enquanto a mulher agora dividia sua atenção em olhar a comida que estava no fogão e arrumar a mesa, seus ouvidos eram agraciados pela risada gostosa e contagiante do filho mais novo, Matt, de quatro anos, que assistia desenho animado no sofá da sala.

Matthew é fisicamente a cópia fiel do pai. Risonho e muito falante o pequeno é a alegria da casa por conta de seu jeito extrovertido que já veio da mãe. Além do pequeno, o casal Grissom também tem Jullyane ou apenas Jully para os íntimos. A adolescente de quatorze anos, ao contrário do irmão menor, se parece fisicamente com a mãe, mas herdou o gênio mais introvertido e quieto do pai.

Ao passar em frente a porta da cozinha, Sara parou por uns instantes ali e ficou observando seu "pequeno astronauta" como o marido costumava chamar carinhosamente o filho deles por conta do fascínio do garotinho por naves espaciais e tudo mais, que tenha a ver com esse mundo espacial.

O pequeno garoto se divertia assistindo um desenho animado na TV. Desde que Matt começou a entender as coisas ao seu redor e a ver TV, Sara e o marido notaram o grande encantamento que o menino tinha por naves, estrelas, planetas e principalmente pela lua. Inclusive, o quarto de Matt é todo decorado com essas coisas que ele gosta, e quem cuidou de deixá-lo assim foi o pai coruja. Grissom quem pintou as paredes, colou adesivos de estrelas, uma bonita lua e ainda se deu o trabalho de pendurar no teto bem sobre a cama do garoto réplicas de todos os planetas em sua ordem natural. Tudo isso para agradar o filho e fazê-lo se sentir como se estiver no espaço como ele queria.

Quando se trata dos filhos, Grissom é um pai que não consegue dizer "não" a nenhum dos dois rebentos. Bastava um deles virem com seus olhares de pidões que o pai se desmanchava todo e cedia a qualquer pedido dos filhos. Às vezes, Sara tinha que controlá-lo senão Grissom era e é capaz de fazer TODAS as vontades das crianças e assim desse jeito, acabar estragando-os e mimando-os demais, coisa que ela não queria.

Matt riu um pouco mais alto e fez Sara despertar de seus pensamentos e lembrar-se da comida que estava no fogo.

****

Grissom entrou em casa e encontrou a esposa e o filho mais novo na sala vendo TV. O garotinho quando viu seu pai correu para abraçá-lo. Matt sempre foi agarrado demais  ao pai, o que Sara achava incrível e lindo.

— Papai!

Agarrou-se as pernas de Grissom, que se abaixou e pegou o menino no colo.

— E aí meu pequeno astronauta.

Ele beijou o rosto do filho.

— Melhorou da dor na barriga?

Logo que acordou naquela manhã para ir a escola, o garotinho reclamou para a mãe que sentia dores na barriga, bastou só isso para Grissom logo ficar preocupado. Antes de ir para o laboratório, ele pediu à esposa que ela não mandasse o filho deles assim para a escolinha. Sara concordou com o marido e assim, Matt ficou em casa.

Durante o dia todo, Grissom ligou diversas vezes para casa a fim de saber se o filho estava melhor. Era sempre assim, se um dos filhos ou a esposa caíam adoentados, o supervisor ligava inúmeras vezes para saber como estavam, se melhoraram e tudo mais.

Extremamente preocupado e zeloso com sua família, o homem não era de descuidar nenhum instante sequer deles, mesmo não ficando muito tempo em casa por conta do trabalho. E quando tinha folga ou um tempo mais livre, o supervisor gostava de passar ao lado de seus "três amores" como costuma se referir a esposa e aos dois filhos.

— Eu já estou melhor papai. A mamãe me deu um remédio e eu fiquei bonzinho de novo.

O garoto deu um sorriso travesso, que tranquilizou o coração do pai.

— Que bom! Assim que o papai gosta de ver o astronauta dele, bonzinho!

Com o filho em seu colo, Grissom se dirigiu até o sofá de onde Sara vinha observando-os com um sorriso. Sentando-se ao lado da esposa, o homem lhe deu um beijo rápido nos lábios.

— Pela sua expressão cansada, o turno foi bem puxado não é?

Ela sinalizou com a mão para o filho vir para seu colo e o menino assim o fez.

— Bastante puxado, querida! Pegamos um caso bem complicado. E pra piorar, ainda tive que aguentar o Xerife no pé me pressionando por respostas rápidas sobre o caso, porque a vítima em questão era uma conhecida promotora.

Enquanto contava aquilo Grissom deslizava carinhosamente uma das mãos pela cabeça do filho, que tinha sua atenção voltada para a TV.

— E quem era essa promotora?

Sara interessou-se em saber.

— Martha Spencer.

— Ah, eu sei quem é. Trabalhei com ela! Se não me engano foi o terceiro ou quarto caso que peguei logo que vim pra Vegas, se lembra?

— Hum... Do caso me lembro, mas dela vagamente. Se não se importa vamos deixar esse caso pra falar depois.

Ele não gostava de falar sobre seu trabalho na frente de Matt.

— Ok!

— E a Jully, onde está?

— No quarto estudando pra prova de História. Ela acha que tirou uma péssima nota na prova passada agora está estudando mais pra melhorar sua nota.

— Mas ela não havia tirado B- na prova? 

Sara fez que sim com a cabeça.

— Isso não é uma nota tão ruim assim.

— Não é, e eu disse isso a ela, mas Jully não acha. Ela quer um A no mínimo.

O homem balançou a cabeça em negativa.

— Às vezes, ela se cobra demais.

— Igualzinho a alguém que eu conheço e que por sinal está bem diante de mim.

Sara provocou o marido que apenas riu dela. Grissom tinha consciência que era assim mesmo e não tinha como negar. Ele cobrava e exigia demais de si mesmo. Ao longo desses mais de 15 anos que já estão juntos, Sara chamou sua atenção por causa dessa cobrança sobre si mesmo diversas vezes e, ele aos poucos tinha conseguido melhorar isso de maneira considerável não exigindo tanto assim de si.

O casal trocou mais algumas palavras e depois Sara mandou que o filho menor fosse ao quarto da irmã chamá-la para eles jantarem todos juntos. Durante o jantar Grissom comunicou a família que conseguiu acertar para tirar suas férias daqui a cinco dias. Deste modo, suas férias iam coincidir com as dos filhos que também começariam no mesmo período e também com as que Sara havia acabado de tirar recentemente da Universidade de Las Vegas onde lecionava Física. Depois de sair do laboratório há cerca de seis anos, ela decidiu dar aulas. A rotina maçante do trabalho como perita criminal começou a pesar e a mulher acabou optando por deixar aquela vida de resolver crimes também em prol da segurança da filha única que até então ela tinha.

Quando Grissom contou a novidade a família toda comemorou, pois desse jeito todos iriam passar as férias juntos, algo que não acontecia há quase dois anos. Depois que acabaram de comer Grissom foi para a sala com o filho enquanto Sara ficou com a filha arrumando a cozinha.

Mais tarde, quando já passava pouco mais das onze da noite Grissom foi ao quarto dos filhos para dar uma olhada neles e dar-lhes um beijo de boa noite. Quando estava em casa gosta de fazer isso. E estranhamente naquela noite sentiu mais necessidade de fazer aquilo. Sem contar também, que sentiu uma inquietude com isso.

Durante bons minutos, ele ficou no quarto de cada um de seus filhos velando o sono deles. Após acalentar um pouco seu coração com a imagem de seus bens mais preciosos dormindo serenos como anjos que eram, o homem foi para seu quarto onde Sara o esperava para dormirem.

****

Era madrugada, o supervisor acordou com vontade de ir ao banheiro. Sentou-na cama, mas não sabia onde ficava o banheiro e nem onde ele mesmo estava. Confuso, olhou para o lado e na pouca claridade do quarto não reconheceu a mulher que ressonava ao seu lado. Não tinha a menor ideia de quem ela fosse. Mesmo assim, o supervisor chamou-a e pediu a ela para guia-lo até o banheiro, pois não sabia onde ficava.

Sara meio sonolenta pensou que o marido talvez estivesse em estado de sonambulismo então resolveu fazer o que ele pediu sem contestar. Levou-o até a porta do banheiro anexo ao quarto deles e o esperou ali. Depois desse fato, ambos retornaram para a cama e voltaram a dormir normalmente (pelo menos Sara). Já seu marido ainda custou um pouco, porém acabou sendo vencido pelo sono um tempo depois de tanto pensar onde estava e tentar lembrar que mulher era aquela com quem dividia a cama.

****

Já ia dar dez horas da manhã, as crianças já tinham ido para a escola faz tempo e nada de Grissom acordar, Sara estranhou tal fato, porque seu marido não costumava dormir até essa hora quando chegava cedo do trabalho.

Ela que estava no quarto de Matt dobrando algumas roupas do garoto, resolveu ir até o quarto chamar Grissom para tomar café e também, para comentar com ele sobre aquele ocorrido da madrugada o qual ela ainda não tinha entendido bem. Chegou ao quarto e delicadamente sentou-se na ponta da cama. Então começou a chamar pelo marido bem devagar para não assustá-lo.

— Gil já está na hora de levantar dorminhoco. Vamos acorda, meu amor!

Deslizou com suavidade uma de suas mãos pela extensão das costas nuas dele.

Seu marido se mexeu de leve na cama, mas não acordou, então ela o chamou de novo.

— Gil acorda!

Dessa vez, ele foi acordando devagar. Virando-se para ela, Grissom encarou  a esposa por segundos antes de lhe disparar:

— Quem é você?? E que nome é esse que está me chamando?


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Notas finais do capítulo

Então o q acharam?
Posso contar com os reviews e a agradavel companhia de vcs em mais essa fic minha?
Espero q sim!
Bjs e ate o proximo cap!