Já ia fazer umas três semanas que tudo tinha acontecido: a acusei de uma coisa que ela não tinha feito, gritei com ela e lhe dei as costas quando ela tentou se explicar. E desde então nem na minha cara ela olha mais, não a culpo por isso, afinal, agi como um completo idiota. O pior de tudo foi vê-la ser consolada por aquele representante boboca e aquele aspirante a soldado, não... o pior mesmo foi ver  os olhos dela se encherem de lagrimas e... dor? Não vou negar que desconfiava que ela tava começando a gostar de mim, mas depois do que fiz... acho que vai ficar só no começo mesmo e com o tempo vai desaparecer como se nada tivesse existido. Isso... me dói? É, dói!!!

Debrah foi o motivo disso tudo. Tive o azar de me apaixonar por ela e de acreditar em sua cara falsa e em suas mentiras, e em Elizia (nota da autora: a minha docete linda) que nunca me disse uma única mentira desde que nos conhecemos e nem conseguiria porque seu rosto sempre te condenava não dei ouvidos. E depois que Debrah foi desmascarada por Peggy, Rosália e Lysandre me senti o pior cara do mundo por nunca ter visto a verdade descarada diante de meus olhos e ter duvidado da pessoa que estava diante de mim, me dizendo a verdade e que sempre que eu precisava estava lá para me ajudar. Me senti pior ainda quando notei que devia ter ouvido o Nathaniel naquela época, não suporto ele, mas ele nunca tinha me dado motivos para desconfiar dele de qualquer forma.

Agora estou aqui na quadra da escola sozinho, matando todas as aulas pelo terceiro dia consecutivo e pensando no que deveria ter feito e não fiz. Me sentindo um miserável, um ridículo e um grande covarde por não ter coragem de pegar Elizia pelos ombros, fazê-la olhar nos meus olhos para pedir desculpas e prometer que isso nunca mais aconteceria. @#$%&*## (imaginem os palavrões que quiserem)... a verdade é que é difícil para mim perceber que alguém se preocupa e de alguma maneira quer cuidar de mim, pois estou a tanto tempo sozinho e cuidando de mim mesmo que não consigo agir muito bem diante desse tipo de situação. Todos os nossos amigos em comum me olham ou com raiva ou tristes com a situação, mas... afff... não tenho idéia do que fazer. Sempre que ela percebe que ta perto de mim foge que nem o capiroto foge da cruz ou das poucas vezes que fica me encarando meio assustada, aquela praga em forma de gente da Ambre e as amiguinhas e a cobra mentirosa da Debrah aparecem para atrapalhar qualquer chance que eu tenha.

................................. Quero ter Elizia de volta na minha vida! Quero continuar implicando, brigando e brincando com ela. Quero que ela me escolha sempre para tudo o que for fazer: competições, corrigir provas intragáveis, arrumar um porão empoeirado, namorar... DROGA!!! Não fazia tanto tempo assim que a gente se conhecia e eu tava... apaixonado por ela? Essa garotinha lisa como uma tabua, baixinha que nem um anão de jardim, irritante que quase me leva a loucura às vezes e mesmo assim a mais linda das garotas que já passaram na minha vida. Garota impossível que pra limpar minha barra tentou tomar uma culpa no meu lugar, que sempre procurava me agradar seja comprando cordas novas para minha guitarra ou um amplificador ou tentando me ajudar a pegar o Dragon naquela vez que fugiu de mim. SOU UM GRANDE IDIOTA COVARDE GGGGGGGRRRRRRRRRRRRRR!... quero que...

Entra em cena o narrador:

Uma bela garota de pele branca, cabelo loiro escuro curto e desfiado, um metro e meio, olhos verdes e as faces tão coradas como um tomate entra na quadra do ginásio. Ela vestia uma camiseta preta da banda Winged Skull, uma calça jeans skinny azul claro desbotado e rasgado e coturnos pretos ate quase os joelhos.  Caminhava sem fazer barulho ate as arquibancadas, pois tinha que conversar com aquele garoto bobo. Ele que tinha um e oitenta de puro cabeçadurismo, cabelos pretos um pouco compridos, pele clara e olhos meio acinzentados (não sei a cor dos olhos dele! Desculpa galera e se alguém souber me conte urgente!). Pois se ele continuasse faltando daquele jeito ou ia repetir de ano ou a diretora ia expulsa-lo, e não era isso que ela queria. Apesar de tudo o que tinha acontecido Elizia tinha perdoado o rapaz, só não tinha coragem de falar para não levar um fora dele, pois,ela sabia, ia doer demais. Castiel estava deitado no ultimo banco da arquibancada e estava de olhos fechados. Vestia uma jaqueta marrom, um camisa preta, calça jeans também preta e um surrado par de tênis. Ela se curva e colocando a mão no rosto dele chama:

--Cas... Castiel! Ei... se faltar mais uma vez vai repetir de ano! Levanta!

Castiel então abre os olhos bem devagar, não acreditava que ela pudesse estar ali e com um sorriso tão fofo no rosto para ele. A garota se afasta um pouco para que ele se sentasse, meio sem pensar o rapaz estende a mão e ela meio sem entender a pega. Ele a puxa e a encaixando nos braços escondendo o rosto no peito dela murmura:

--Eu sinto muito... muito muito muito muito muito... mesmo! Liz... me perdoa?

--Estou aqui e estou falando com você... estou preocupada com suas faltas, estou preocupada com você! Ainda assim quer que eu responda?—Elizia o vê mexer a cabeça que sim— Já esta perdoado faz tempo Castiel! Gosto demais de você pra ficar tanto tempo brava, só... estava meio magoada... mas já passou,né? E sim... eu te perdôo de todo o coração por isso... pare de faltar da escola esta bem? Quero te ver tocando no festival de inverno da cidade nas férias de natal, entendeu? Se não nunca te perdoarei por isso!!!!

Castiel ri e é acompanhado por Elizia. Ela se afasta dele e oferece a mão para que ele se levantasse, o rapaz a pega se levantando e de mãos dadas vão saindo do ginásio.

Castiel POVs:

Fomos indo em direção a escola, com certeza vamos para a sala do boboca do Nathaniel, mas pouco me importa, afinal, estou de mãos dadas e perdoado pela garota que gosto.  Soltei a mão dela e passei meu braço por seus ombros, me abaixei um pouco e beijei sua testa. Foi uma delicia ver o rosto dela corar daquele jeito, amava implicar com ela dessa forma e queria ter a vida inteira para fazer isso e fazê-la feliz também. Senti o braço dela meio hesitante passar pela minha cintura e, tenho certeza disso, também devo ter corado. Tenho que te fazer uma pergunta mais não pode ser agora, então disse:

--Então você vai ao festival de inverno né?—ela disse que sim— Depois do Show quero que me espere do lado de fora do camarim... quero... quero te pedir uma coisa!

Estamos na frente da sala dos representantes, ela me soltou e de frente para mim pergunta:

--Não pode ser agora?

--Não seja tão curiosa assim garota! Vai me esperar do lado de fora ou não?—eu.

Elizia suspira, me mostra a língua e fala:

--Tá bom. Eu espero do lado de fora, “senhor”! Mais alguma coisa?

--Sim!—falei para brincar da minha coisa favorita, implicar com ela— Bem que seu peito podia crescer ate lá, sabe... pra ficar mais macio pra quando eu colocar a cabeça ai.

Dei um sorriso enquanto via ela ficar escarlate, meu Deus ela é linda!

--Cas... Castiel!!!—Elizia falou cruzando os braços na frente do peito.

Sem duvidas alguma para o meu natal eu ia me dar isso de presente: ia pedir Elizia em namoro. E olhando para ela enquanto entramos na sala, acho que já sei a resposta. Eu só tenho que esperar mais alguns dias para poder ser feliz ao lado da garota que amava, deixar a loira insuportável numero um e a morena insuportável numero dois com raiva e o boboca que estava na minha frente chupando o dedo. Lysandre que me perdoe, mas eu não posso voltar atrás e nem quero, pra falar a verdade não tem desculpas. Eu quero ela e ficar com ela,pronto!