Os Guardiões da Chama escrita por Firelix


Capítulo 15
Responsabilidades


Notas iniciais do capítulo

Não tinha como evitar esse capítulo.Pode aparecer inútil,mas é uma ponta pra encerrar xD .

P.S : Darei uma nova pausa até o meio de dezembro.A escola não está me dando muito espaço.Caso poste algum capítulo novo,mando uma mensagem pra vcs.



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Dois dias . Era tudo o que a equipe Delta tinha para completar a missão.Tudo que sabiam é que teriam que estar em Londres para resgatar Mary.

Gabe achou melhor não contar sobre a condição dada pelos soldados do Chaos.No lugar de sua mãe,Gabe teria que entregar sua essência.Consequentemente,ele morreria.

Ao chegarem em Glouchester,Luna achou melhor fazer uma parada em um hotel local para descansarem até o almoço.

– Não temos tempo pra parar aqui – Reclamou Gabe – Só temos dois dias para chegar em Londres !

– É melhor você baixar a bola garotão – Luna falou em um tom calmo e controlado – Ninguém vai viajar cansado.Seria suicídio ...

– Então fique. Eu vou sozinho – Gabe se irou para retirar-se mas acabou escorregando em uma poça d’água,indo de encontro com o chão.

– Você mal consegue manter o equilíbrio,acha que pode dar conta disso tudo sozinho ? – Caçoou Miranda.

– Bem,eu dei conta dos soldados do restaurante ...

– Nós demos conta.Você desmaiou,lembra ? – Perguntou Leo,segurando o riso.

Gabe levantou-se,limpando a blusa.Seus olhos encaravam todos na sala.Seus rostos estavam desanimados.Os olhos fundo eram devido as horas de sono perdidas.

Gabe virou-se,abrindo a porta do quarto.

– Aonde você vai ? – Perguntou Luna.

– Vou tomar um ar,se não se importa – E foi-se,batendo a porta as suas costas.

O quarto permaneceu em silêncio por um tempo.Foi Leo quem o quebrou :

– Quer que eu vá falar com ele ?

– Não – Respondeu Luna,sentando-se na cama – Deixe-o pensar um pouco.Se é que aquele cabeça de vento consegue fazê-lo.

As ruas da cidade estavam vazias,o que chamou a atenção de Gabe.

Glouchester é uma cidadezinha pacata da Inglaterra,mas isso de nada apagava seu brilho. Gabe passou parte da manhã nas docas,olhando os barcos e iates irem e virem.Olhando a vida normal das pessoas da cidade.

Ao atravessar a rua,Gabe viu o que seria o parque local.Haviam diversas mães conversando,sentadas em bancos,enquanto seus filhos brincavam no parquinho.Gabe se aproximou para observá-las.Elas corriam de um lado para o outro.Eram cinco no total.O mais novo acabou caindo.Ao se levantar,correu para os braços de sua mãe,chorando.Gabe deixou escapar um sorriso nostálgico,mas logo virou a cara quando a mãe da criança começou a encará-lo.Isso o trazia lembranças.

– Mãe ! Pode brincar comigo ?

– Claro querido . Mas por que você não quer brincar com seus amigos ? – Perguntava Mary,sempre que Gabe insistia para ela brincar.Quando Gabe era mais novo,Mary levava-o para a praça da cidade ao fim de todos os dias.

– Eles não vão deixar – Choramingou Gabe – Eles não gostam de mim.

– Azar o deles.Você é o mais legal dessa praça ! E o mais bonito também .

– Obrigado mãe – Dizia Gabe,correndo para abraçá-la.

– Mãe,eu vou salvá-la custe o que custar ! – Os olhos de Gabe brilhavam . Ele faria de tudo para salvar Mary,nem que perdesse a sua vida tentando.

– Bonito,não acha ? Ver essas crianças brincando traz boas lembranças.

Gabe virou-se para ver quem era o dono daquela voz .Era um adolescente com a mesma estatura dele.Era alto e magro.Sua pele possuía um certo bronzeado.Seu cabelo era tão bagunçado quando o de Gabe.Seus cachos dourados pareciam feitos de ouro,porém alguns eram mais escuros,tendo um contraste perfeito para o seu rosto.O típico “ badboy” que qualquer garota se apaixona facilmente.

– Verdade.Queria eu poder correr despreocupado novamente- Disse Gabe,tentando entrar na conversa para descontrair.A essência do estranho era bem fraca. “ Não deve ser um cara perigosos “ pensou.

– Você fala como um velhote – Comentou o rapaz,ajeitando os cachos que caiam em sue rosto – Muitos problemas ?

– As vezes parece que carrego o mundo inteiro nas costas – Gabe encostou-se na cerca,ajeitando-se – Eu só quero que a vida voltasse a ser simples.

O rapaz deu uns tapinhas nas costas de Gabe.

– Eu entendo.Responsabilidades.Essas coisas me perseguem também.No fundo são um pé no saco,como dizem por aí – O rapaz sorriu para Gabe – Quais são seus problemas afinal ?

Gabe hesitou um pouco em responder.O assunto o afligia e ele mal conhecia o homem.

– Problemas de família.Você deve entender ...

O rapaz olhou para Gabe.Seu rosto tingiu-se em uma expresso séria.

– Desculpe,eu não entendo.Meus pais morreram quando eu era mais novo.

– Ahh,desculpe – Gabe sentiu-se mal por ele.Reclamava tanto de seus problemas e responsabilidades enquanto,mundo a fora,haviam pessoas que sofriam mais que ele.

– Não se desculpe.Eu não ligo pra isso.Não cheguei a conhecê-los. A propósito – Continuou o estranho – Eu nunca o vi por aqui.É novo na cidade ?

– Não ! Quer dizer...sim. Eu só estou de passagem.Estou indo para Londres – Respondeu Gabe,porém calou-se antes que solta-se uma informação comprometedora.

– Londres ? – O rapaz olhou para Gabe de cima para baixo com um olhar desconfiado – Não acha que está um pouco longe ?

– Descobri que iria para lá ontem . Foi meio em cima da hora – Gabe sorriu,tentando descontrair.O rapaz retribuiu igualmente.Porém parou,olhando para o relógio.

– Eu tenho que ir. Acho que o almoço deve estar pronto lá em casa –Disse ele,virando-se na direção da rua principal.

– Qual o seu nome ? – Perguntou Gabe quando o menino esta prestes a atravessar a rua.Ele parou,olhou para trás e disse ?

– Eu me chamo Tommy .

–Eu me chamo Gabe ! – Gritou,acenando para o novo amigo.

– Eu sei – Cochichou Tommy.Gabe observou-o se afastar.Nisso,um caminhão da Coca-Cola decidiu passar na frente de seu campo de visão.Quando pôde ver novamente,Tommy havia sumido.

Gabe passeou por mais meia hora pela cidade até voltar para o hotel onde estavam hospedados.O resto da equipe estava servindo-se o almoço.

– Gabe ! Você chegou na hora certa ! Acabamos de pedir o almoço – Disse Leo,levantando-se para cumprimentar o amigo.Gabe quase despencou com a força do tapa que ele deu em suas costas.

– Hey ! Você tá bem ? – Perguntou,socorrendo o amigo enquanto os outros na sala caiam na gargalhada.

Apesar de dolorido pelo cumprimento de Leo,Gabe teve a melhor refeição possível: Batatas coradas,Lagosta,uma macarronada e costeletas de carneiro.O surpreendente é que quem sugeriu esse último foi Miranda “ Elas merecem isso ! “ Dizia ela.

Ao terminarem,Gabe levantou-se,encarando todos à mesa.

– Pessoal,eu queria agradecer por tudo. Mesmo sem motivo que os envolva,você entraram nessa comigo !

Foi a vez de Luna levantar-se.

– Como assim “ sem motivo “ ? Acha que faríamos isso se não houvesse um “porque “ ?

– Então ... por que vocês estão me ajudando ? – Perguntou Gabe,confuso.

– Isso não é óbvio cordeirinho ? – Todos na sala abriram um largo sorriso – Nós somos seus amigos.Iremos até o fim com você.

Gabe usou todas as suas forças para não chorar.Fazia apenas três meses que se conheciam e já possuíam tal vínculo de amizade.Pela primeira vez em semanas,Gabe sentiu-se feliz.

– E por gostarmos muito de vocês,deixamos a louça por sua conta – Disse Luna,empilhando todos os pratos na mesa.Todos concordaram,deixando Gabe sozinho na sala de estar.

– Acabe logo pois sairemos em meia-hora ! – Avisou ela,antes de sair.Gabe deu um sorriso debochado,mostrando que entendeu o recado.Agora era só lavar a louça e se preparar para salvar Mary.


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Notas finais do capítulo

Desculpe o atraso .Sei que era pra sair ontem,mas eu cheguei em casa hoje ( acho que fica confuso assim).Enfim...
A história já está chegando nos últimos capítulos e queria agradecer a todos que leram ela até o fim . Vocês me motivaram a seguir em frente ^_^ .
Obg por ler !!!



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