Depois de chegarmos a Academia, Rin levou-me para a enfermaria em silêncio.

–Como sabias onde eu estava? –perguntei enquanto Rin carregava-me nos seus braços outra vez.

–Bon disse-me que tinha-te visto a correr para a Floresta.

–Porque foste procurar-me? –perguntei abaixando o rosto.

–O que ele quis dizer com aquilo? –Rin ignorou a minha pergunta e perguntou outra coisa.

–Ahn?

–Ele disse que os teus poderes estavam a ficar fracos.

–Ah isso. Parei de treinar desde que cheguei aqui então é normal isso acontecer. –respondi não dizendo totalmente a verdade.

–Segui o teu cheiro.

–Ahn?

–Consegui sentir o teu perfume, foi assim que encontrei-te.

–Serio? –perguntei desconfiada.

–E também pelo barulho da luta. –Rin sorriu.

Entramos na enfermaria e demos de cara com Satori e Satoshi. Eles estavam feridos mas Satoshi era o pior dos dois pois tinha o peito enrolado numa ligadura e algumas feridas na cara, Satori tinha o braço direito enrolado numa ligadura e outra na testa.

–O que fazem aqui? –Rin perguntou.

–Mephisto enviou-nos numa missão e Satoshi foi apertado e acabou por partir as costelas. –Satori explicou.

–COMO É? –Rin berrou. –Aquele maldito de rabo de porco enviou-vos numa missão e me deixou aqui a fazer nada? Teme…

–Não convinha tu ires. –Satoshi disse com uma voz de dor.

–O que aconteceu com a Mato? –Satori perguntou olhando para mim.

–Uma luta contra um demónio. –percebi que Satoshi e Satori olharam para mim com as sobrancelhas levantadas e eu sabia que Satoshi ria-se interiormente.

–Anda! –caminhe até Satori e sentei-me numa cadeira perto dele.

–O que vais fazer? –Rin perguntou.

–Algo que aprendi enquanto estive em Gehenna.

–Gehenna? –Rin repetiu.

Satori ficou com sua mão que não estava ferida encima do ferimento que sangrava e uma chama azul apareceu e aos poucos começou a curar o ferimento. Enquanto isso Rin olhava de boca aberta por estar vendo Satori usar as chamas de Satan mal ele sabia que Satori era Satan.

–Bem…isto deve dar mas não forces muito o braço a ferida pode voltar a abrir. –Satori disse.

–Arigatou! –disse.

–Ei, tu também estas ferido? –Satori perguntou a Rin.

–N-não mas como tu podes-te…

–Usar as chamas de Satan? –Satoshi perguntou e Rin concordou com a cabeça.

–Todos nos temos segredos e não queremos revela-los tão cedo. –Satori disse.

Ficamos em silêncio e Rin por um lado pareceu que tinha descoberto quem eles eram mas por outro lado parece que não. Ele é sempre tão confuso de ler, Satoshi ia dizer qualquer coisa mas a porta foi aberta e podemos ver uma mulher de cabelos castanhos e olhos verdes, e um homem de cabelos cinzentos e olhos escuros.

–TOUSAN?! –Rin berrou ao ver Shirō Fujimoto ali vivinho da silva.

–OI! –ele disse.

–Oi nada! Como pode estar vivo? –Rin perguntou.

–Satan libertou aqueles que quis e eu e Yuri fomos um deles.

–Mas porque? –Rin perguntou.

–Acha ele e pergunta-lhe. –Shiro disse. Sem ninguém perceber agarrei o casaco de Rin apertando-o, Rin acabou por perceber e olhou para mim tal como Shiro. –Quem é ela, Rin? Uma garota muito bonita.

–Tira o olho. –Rin disse socando a cara de Shiro.

–Parece que já esta apaixonado. –Shiro disse e depois se riu da cara de todos nos. Yuri olhava cada vez mais para Satori e de certa forma aquilo preocupou-me, e se ela tinha descoberto que era Satan?

–Eu te conheço? –Yuri perguntou a Satori que fez uma cara de “Ahn?”

–Nunca te vi. –Satori disse

–Certeza? É que fazes lembrar-me de uma pessoa. –Yuri continuou.

–Yuri-chan coitado do garoto, ele é mais novo do que tu. –Shiro disse. –Já agora Rin.

–Nani?!

–Onde Yukio se meteu? –Rin ia responder mas foi interrompido.

–Nii-san disseram-me que estava aqui. –Yukio entrou olhando para todos nos e Satori disse.

–Falando no Diabo o Diabo aparece. –todos rimos do comentários de Satoshi disse menos Yukio que não tinha percebido a razão.

–Hmm…Mato lutou contra um demónio e acabou ferida então trouxe ela a enfermaria. –Rin falou.

–Seus ferimentos foram corados? –Yukio perguntou.

–Hai! –respondi.

–As meninas andavam a sua procura então acho melhor ir procura-las antes que elas se passem. –Yukio disse simpaticamente.

–Arigatou! –sai da enfermaria e logo todos saíram, Shura, que não sei onde ela apareceu, não largava Satoshi e começava a perguntar onde é que eles foram e como tinha feito aqueles ferimentos.