O Amigo Do Meu Irmão escrita por Malu


Capítulo 17
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

OLÁAAAAAA MEUS AMORES!! Como estão?
Cada dia que passa, eu fico mais feliz de escrever essa fanfic!
No momento eu estou ouvindo a trilha sonora de Cinquenta tons de cinza, e está tocando Toxic da Britney Spears. To fazendo a festa sozinha KHSLAFASLKGHSAÇG
Boa leitura!!



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POV Justin

Assim que Caroline sai do quarto, volto a me deitar na cama e coloco um braço na minha testa e fico encarando a parede.

O que aconteceu hoje? O que está acontecendo ultimamente? Tudo isso está acontecendo por causa da festa aqui em casa. Minha vida está dando voltas de 360º graus. Estou confuso, perdido e desconcentrado de tudo. Ainda bem que entro de férias no final dessa semana. Não vou conseguir me concentrar em nada. E melhor ainda é que as provas já aconteceram. Se ainda não tivessem acontecido, eu iria tirar zero em todas. Não consigo me concentrar nem em meus próprios pensamentos. Estou um caos. Descobrir o que eu sou de verdade do nada foi tão... Chocante. E se minha mãe descobrir? Ela não vai ter a mesma reação de James nem de Caroline, claro que não. Será que era por isso que ela não gostava de Rick? Por que sabia que ele é gay? E eu idiota, dava bola pra minha mãe. Ah, meu Deus. Que confusão!

Viro na cama e fico virado pra parede. Rick. Rick. Rick. Esse nome não sai da minha mente! Ele me fez descobrir quem eu sou. E se eu não fosse gay? Será que teria brigado com ele? Ou pior. Batido nele? Não me vejo fazendo isso... Provavelmente porque meu corpo e minha mente já sabiam desde o início que eu sou... Gay. É isso ai. Eu sou gay. Não há nada que eu possa fazer. Tentar mudar quem eu sou não vai ajudar. Viver numa mentira só vai estragar a minha vida. Eu tenho que ser quem eu sou. Vou ter que começar a aceitar quem eu sou e viver com isso.

Ah, Rick. Dois anos mais novo que eu, e me fez enxergar o que eu nunca tinha visto antes. É uma coisa tão... Natural. Por que as pessoas se importam tanto com isso? Por que nos julgam? Quem são as pessoas pra julgarem umas as outras? As pessoas tem que ser quem elas quiserem ser. Sem que ninguém apareça e te diga pra não ser quem você é. O mundo é tão cruel. Tão mesquinho. Vivemos num horrível mundo de preconceitos e violência. O que fazer quando você é maior de idade, inglês e... Gay? Nada. Você só precisa ser quem você é. E é isso que eu vou fazer. Vou ser quem eu sou. Só não vou sair andando com roupas cintilantes e chamando a atenção. Vou ser um gay discreto. Afinal, existem tão gays não-gays. Rick é um exemplo. Ele não parecia ser gay, até ele me contar que é.

Como será que é ser gay? Deve ser cheio de dificuldades, e várias coisas a enfrentar. A primeira delas, o preconceito. E a aceitação. Ah, mas que merda. Minha mãe vai me expulsar de casa se ela descobrir! Vai me fazer trocar meu nome pra James, e o James pra Justin e vai virar mãe dele, não minha. Eu estou frito. E se eu parecer gay? Será que as pessoas vão me olhar na rua diferente? E se me espancarem algum dia? Será que já espancaram Rick? Essa ideia faz meus olhos se encherem de lágrimas, e algumas caem por cima de meu travesseiro. Estou chorando pela ideia de ser morto pelo fato de ser gay. Mundo injusto. Seco minhas lágrimas e olho para minha cômoda. O relógio marca 23h30. Me viro de barriga pra cima e vejo James entrar no quarto, meio sonolento.

- Ainda acordado? – Ele me pergunta puxando sua cama.

- Não consigo dormir.

Ele senta na cama e vira o rosto pra mim. Ele cerra os olhos e chega perto.

- Estava chorando?

Fico em silêncio e volto minha cabeça ao travesseiro.

- Por que estava chorando? Vamos, fale comigo.

- Eu estou com medo.

- Medo de que? – Ele pergunta preocupado. – Vou ter que insistir quantas vezes até que você me responda?

- Medo de que... – Suspiro – As pessoas não me aceitem do jeito que eu sou.

- E elas precisam aceitar? – Ele apoia o braço direito na minha cama – Cara, você é a única pessoa que precisa se aceitar. Já fez isso?

- Estou tentando.

- Então continue. Se você mesmo não se aceitar, quem vai fazer isso por você? – ele levanta uma sobrancelha.

Dou um sorriso e olho pra ele.

- Pra um cara burro, você até que é esperto.

- Sou idiota, não estúpido. – Ele ri – Boa noite.

- Boa noite – respondo rindo.

Ele se vira e fica de costas pra mim. Faço o mesmo e passo a mão pela parede fria. Me aceitar. Vou ter que fazer isso alguma hora. Vou ser um gay honrado por ser gay. Se é isso mesmo que eu sou, eu vou ser. E não vou ter medo de ser. Só não preciso sair andando na rua e falar pra todos que passam: “Oi, sou gay!”. Claro que não. Isso seria estupidez, e você estaria pedindo por uma surra.

Será que devo contar pro Rick que descobri quem eu realmente sou? Ele já deve ter uma ideia. Afinal, nos beijamos duas vezes. A primeira vez não contou, eu acho. Foi de surpresa. A segunda também, mas e daí? Vou procurar por homossexualismo no Google amanhã. Parece idiotice, mas preciso saber tudo sobre o assunto se eu quero mesmo ser gay.

Fecho os olhos e deixo o sono me consumir.

Acordo com o despertador tocando. 6h. James continua deitado com o travesseiro por cima da cabeça. Jogo meu travesseiro em cima dele e me levanto.

- Anda, acorda. Não vai querer se atrasar. – Saio do quarto.

Vou até a porta do banheiro, que está trancada. Bato nela duas vezes e ouço um barulho fraco vindo lá de dentro, seguido do barulho da descarga e da torneira. Alguns segundos depois a porta é aberta, e uma Caroline-estou-dormindo-em-pé sai de dentro do banheiro.

- Acordou cedo por quê? – pergunto.

- Meu despertador tocou. – Ela anda de olhos fechados pelo corredor até a porta do quarto.

- Por que não usou o seu banheiro?

- Eu tenho um banheiro? – ela me olha confusa – Boa noite – ela entra e fecha a porta.

Dou uma gargalhada e entro no banheiro. Caroline está mesmo dormindo em pé. Nem está raciocinando.

Tomo um banho rápido e vou tomar café. Uns minutos depois, James sai do banheiro de baixo e se junta a mim.

Tomamos café em silêncio. James é outro que está dormindo em pé. Depois desse final de semana, ele está exausto.

- Ei! – Chamo sua atenção e ele abre os olhos devagar – Acorda, bicho.

- Hm – ele reclama e continua comendo.

Terminamos e entramos no carro.

- Está apto pra dirigir? – pergunto.

- Relaxa. O máximo que pode acontecer é a gente bater o carro e morrer.

- Babaca. Deixa que eu dirijo então.

- Nananinanão, senhor espertinho! Não tirou a carteira de motorista, então não pode dirigir – ele fica com o dedo indicador na minha cara.

- E desde quando você se importa com isso? – afasto seu dedo com um tapa.

- Verdade – ele sai do carro.

Eu passo pro banco do motorista com um pulo entre os bancos. Ele senta no passageiro e eu seguro o volante. Dou um sorriso e encaro o volante com felicidade. Sinto o meu sangue percorrer meu corpo cada vez mais rápido. Meu corpo fica quente e a adrenalina percorre cada pedaço meu.

Giro a chave e dou ré. Tiro o carro do quintal da frente e deixo-o na rua. Passo a primeira marcha e começo a dirigir. Estou elétrico! Faz tanto tempo que não dirijo! Dou uma olhada rápida para o lado e vejo James dormindo com a cabeça pra trás. Se ele estivesse dirigindo, há essa hora, eu poderia estar sendo levado para o hospital. Isso se a ambulância chegasse a tempo.

Chego à faculdade a tempo. E minha sorte foi não ter nenhum guarda por perto que pedisse minha carteira, que eu não tenho. Balanço James e ele acorda no susto. Ele tira o cinto e sai do carro. Tiro as chaves, o cinto e saio do carro também. Fecho as portas e entrego a chave pro James. Entramos e andamos até nossa sala.

- Acho que vou dormir durante todas as aulas – James boceja.

- Quer se encrencar de novo?

- Pelo menos ai eu entro de férias mais cedo – ele ri sonolento.

Entramos na sala e assistimos a aula. Eu, pelo menos, assisto. James está com a cabeça apoiada na mão e tentando não dormir. Todos levam um susto com o barulho da cabeça do James batendo na mesa. Olho rápido pro lado e James balança a cabeça.

- Agora acordei – ele diz com os olhos arregalados.

A sala inteira ri, e a aula continua.

Depois de horas, somos liberados e eu e James saímos pra almoçar no Mc Donald’s. Fazemos nossos pedidos e sentamos em uma mesa pra comermos.

Conversamos, rimos, jogamos batata um no outro, e meu celular toca. Não reconheço o número, mas atendo.

- Alô?

- Justin? – A voz do outro lado da linha é familiar – Oi, sou eu. Rick.

Ah meu Deus. Ele está me ligando!

- Ah, oi Rick. – Olho pro James e ele arregala os olhos – Como conseguiu meu número?

- Acabei de sair da escola e encontrei com a Carol. Ela parou pra conversar comigo e então eu pedi seu número. Algum problema?

- Não, nenhum – dou um riso nervoso – Só achei estranho que me ligasse sem ter meu número – rio de novo.

Ele ri do outro lado da linha.

- Escuta, estava pensando aqui. Que tal sairmos algum dia? Mas só nós dois.

Arregalo os olhos e abro a boca. Gaguejo algumas vezes.

- C-claro.

- Ótimo! Pode ser mais tarde?

Meus olhos se arregalam mais ainda e James começa a ficar preocupado.

- Pode. Pode sim – respondo.

- Legal. Então eu passo na sua casa lá pras 18h. Combinado?

- Tá. Até mais – desligo o celular e o coloco no bolso embasbacado.

- O que foi? – James me encara curioso.

- Eu tenho um encontro.


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Notas finais do capítulo

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA OMG OMG OMG ASKHGKASLHGÇSGAS~GHSGDHG O JUSTIN VAI SAIR COM O RICK!!!!!!! SERÁ QUE VAMOS TER MUITO MAIS JICK PELA FRENTE, SENHORAS E SENHORES??????????? *O*
Eu amo escrever essa história, meu Deus!!!!!!!!!!!! Cada dia eu dou um rumo diferente. Isso é muito bom!!!!!!!! Não gosto de histórias óbvias. Que você lê, e já sabe como vai ser o final. Gosto de coisas que as pessoas se perguntem "será?"
Comentem o que acharam, por favor!!!!!!!
Até o próximo capítulo!!! xx



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