Meu Namorado De Mentira escrita por Bells


Capítulo 18
18 anos


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, tudo bem com vocês? Espero que sim. Eu não estou lá muito bem, mas isso não importa. Enfim, eu devia postar este capítulo na quarta feira, mas como eu tenho prova de física na quinta, vai ficar difícil para mim. Enfim, antes de mais nada, queria agradecer as pessoas que favoritaram a minha história e isso me deixou muito feliz. De verdade! E agradeço muito mais as pessoas que mandaram review's no capítulo passado, de verdade. Me fizeram muito feliz! Claro que eu senti falta de algumas pessoas, mas eu supero (: Ah! Uma coisa que eu queria esclarecer: O capítulo 16 era sim para ser postado mostrando o segredo da Ag, porém, como dito anteriormente, eu excluí os capítulos e recomecei além deu ter mudado a história apagando o antigo capítulo 16 e começando uma nova "fase". Entenderam? Espero que sim. Deixa eu ver... Bem, sobre esse capítulo, deixo claro para não esperarem muito divertimento, pois eu não escrevi ele muito engraçado por decorrência dos fatos mesmo. Eu sei que a história é de comédia, porém ficaria meio absurdo escrever TODOS os capítulos de comédia. Acredite em mim. Então, neste capítulo terá um pouco de tudo e ao mesmo tempo terá mistério e algumas revelações, ou pistas para estas.
Desejo uma boa leitura.
Capítulo não revisado, desculpe.
Capítulo com mais de 3.000 palavras.
Leiam as notas finais, tudo bem?



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Hoje era dia 12 de agosto, um dia muito lindo na minha vida.

Há 18 anos uma menina de cabelos de fogo estava nascendo para iluminar a vida de todos no mundo com sua graça e bondade. Sim, sou eu e não a Branca de Neve, apesar de sermos muitos parecidos no requisito humildade, generosidade e ser amável com os animais.

Não ria. Eu sou tudo isso... Quando estou disposta, claro.

Então, hoje era dia 12 e eu estava fazendo meus lindos e sonhados 18 anos. A minha liberdade conquistada, o poder de ser punida legalmente pelo FBI, CIA e NSA ou sei lá mais qual sigla que exista no mundo e estou mais perto da morte.

Apesar dos meus 18 não estarem me inspirando segurança, eu estava muito feliz de chegar até aqui sem passar por cima de ninguém, de ter uma personalidade totalmente passível, ser amável com todos e nunca me estressar, ser grossa ou falar qualquer palavrão.

O.k. Eu sou uma ótima mentirosa!

Ótima, mesmo.

Eu convenci todos que eu estava "ainda" namorando o Mostarda-Mor, ops, o Patrick Luiz. E olha que está sendo difícil convencer as pessoas de que nosso relacionamento é sério, porque além de não estarmos agindo muito bem nesse novo papel, eu ainda não me sentia a vontade de compartilhar dias e noites com o idiota, apesar do mês que passamos juntos. E outro problema, as putas da escola estavam dando em cima dele, e eu nem dei piti quando vi uma assanhada sentando no colo dele, o que deixou todos desconfiados.

Mas percebi que vai ser difícil eu conquistar alguém, ou melhor, o meu namorado se eu não agir como uma namorada. Então, decidi que a partir de hoje eu iria ser a bela, problemática, exemplo de namorada e ele se apaixonaria por mim e eu ganharia a aposta.

Tudo resolvido!

Enfim, para comemorar o meu aniversário, Eu, Kathe, Aloísio, Patrick, Felipe e a atirada da desmiolada da acompanhante do último, iriamos para uma festa que estava acontecendo na faculdade que meu primo estudava, antes de ir embora da cidade.

Sim, ele é mais velho que nós. Um, dois anos. Nem sei mais.

Kathe tinha acabado de entrar no meu quarto enquanto eu ainda estava no banheiro terminando de me arrumar, antes de colocar a roupa. Abri a porta e a vi minha amiga se olhando no espelho.

- Oi! - Digo passando creme nas pernas.

- Ainda não se arrumou? - Ela fala dando um meio abandono do quarto.

- Não. Eu fiquei meia hora escolhendo uma roupa. - Respondo.

Era verdade, eu fiquei meia hora (ou mais) escolhendo a bendita roupa para impressionar Patrick (Fazia parte do plano de conquista, ok?). E acabei me atrasando para as outras coisas.

- Pelo menos escolheu um lingerie do seu velho tempo. - Ela me provocou.

Era verdade. Eu havia pegado uma dos meus tempos de saída com Chuck, isso quer dizer, que não era  muito comportada, na medida do possível.

- Credo! Você sabe até isso. - Eu digo revirando os olhos.

A Kathe poderia trabalhar como detetive particular, porque ela sabia de todos os detalhes da vida de todos. Sabia reconhecer cada sinal humano, desde o de ciúmes, mentira até o do amor. Pena, que quando o assunto é em relação a ela, a bichinha não é lá muito inteligente.

Demorou um século até ela se tocar que estava apaixonada pelo meu primo e outro século para ela se tocar que ele estava apaixonado por ela. Chegava a ser engraçado deixar os dois ruborizados com minhas piadinhas infames.

Uma vez eu havia lhe dito isso, e ela simplesmente deu os ombros e disse: "Meu dom não deve ser desperdiçado com meros casos de infidelidade. Se for para seguir está carreira, quero ser uma espiã da CIA".

- Amiga, eu sei de tudo! - Ela respondeu balançando seus cabelos e olhando para o relógio da minha escrivaninha. - E sei também que você tem que se arrumar logo, os meninos vão chegar a qualquer momento.

- Se atrasar faz parte do charme... - Digo entrando no quarto.

- Só é charme quando se está se casando. - Ela completa e eu faço uma careta.

{...}

- Uau. - Ouço quando eu desço as escadas depois de algum tempo pronta para ir a festa e arrasar os corações de muitas pessoas e depois despedaça-los dizendo que tenho "namorado".

Credo! Ás vezes eu me pego pensando que nem Chuck. Oh praga que gruda e nunca mais desaparece. Nunca vi!

- Espero que isso seja para mim. - Katherine falou rindo e dando um beijo no seu namorado.

- O meu sempre será para você! - Meu primo fala beijando-a.

- Poxa! - Eu digo me fazendo sentida - E eu achando que era amada pelo meu primo.

- Você tem um namorado de mentira ai, cobre elogios dele. - Kathe fala mostrando a língua para mim.

Eu reviro os olhos.

- Essa é a Betty. - Interrompeu Felipe puxando a mão de sua acompanhante.

A menina apresentada era a mais baixa do grupo. Eu até arriscaria que ela podia fazer o papel naquele seriado: Betty, a feia. Não que ela seja muito feia, mas o fato dela ter o mesmo nome e não ter muitas coisas que a chamem a atenção. Tinha cabelos castanhos, quase pretos. Olhos apagados de cor preta e usava uma roupa nada provocante.

- Olá! - Digo simpática. - Vamos?

- Claro! - Kathe falou puxando seu namorado para fora de casa.

Meus pais não estavam em casa, incrivelmente que parece eles estava na casa de minha avó comemorando meus 18 anos, sem mim. Não que eu esteja reclamando, pelo contrário, mas era no mínimo estranho.

Enfim, quando os outros estavam entrando nos carros eu estava trancando a porta já que eu iria no carro de Patrick para a festa, enquanto os outros dois  estavam indo para o local no carro deles.

Tranquei a porta e me virei. Quando fiz isso Patrick estava atrás de mim, passou sua mão pela minha cintura e me puxou para perto dele de forma que eu pude sentir seu perfume adocicado, sua loção pós-barba e seu hálito de menta. Eu estava muito perto dele.

- Você está linda! - Patrick falou no meu ouvido de forma que eu me arrepiei até o último fio de cabelo.

Olhei para ele e sorri.

- Ou melhor, você é linda! - Ele falou isso e me deu um beijo.

Ou melhor, um selinho depois puxou minha mão para irmos embora.

Aquele safado, cafajeste, idiota, canalha... Quer me conquistar me fazendo arrepiar? Salafrário! Ele não iria conseguir, não. Imagina se uma Verona iria cair em uma coisa dessas, elogios ao pé do ouvido, pegada forte... Pare de pensar e haja!

- Você sabe que vai ter que se esforçar para me conquistar, não sabe? - Eu digo de brincadeira quando ele abre a porta de seu carro.

- Eu sei. Mas acho que eu estou começando bem. Não acha? - Patrick falou piscando o olho de forma sedutora e fechou a porta.

Será que ele notou que eu me arrepiei? Será que ele notou que eu gostei daquilo? Não. Não pode ser ele não é que nem Kathe que sabe ler as emoções dos outros.

A faculdade ficava uns cinco quilômetros depois da entra/saída da cidade. Ou seja, tivemos um longo tempo até chegar a festa e neste meio tempo...

- Agatha! - Advertiu Patrick me olhando sério, ou fingindo que olhava. Estava na cara que ele queria rir da situação, mas não podia.

- O que? - Pergunto inocentemente. - Não estou fazendo nada, uai.

- Mentirosa! - Ele me acusa rindo desta vez. - Pare com isso, está me desconcentrando. Vou acabar batendo em uma arvore e você não a festa!

- Eu nem estou fazendo nada. - Eu me defendo.

- Então para de fazer isso que você não está fazendo. - Ele falou por fim.

Eu revirei os olhos. E tirei minhas mãos de seu cabelo.

- O que eu estou fazendo então? - Eu pergunto sorrindo.

- Pare de me fazer desconcentrar. Pare de me provocar guria. - Ele fala batendo com a mão no volante.

Eu começo a rir. Eu não me controle e começo a rir muito. Era tão engraçado ver Patrick assim. Tipo, eu nem estava provocando ele direito, só estava mexendo no seu cabelo e nada mais.

- Eu não estava te provocando. - Eu digo rindo.

- Alguém já te disse que você é uma péssima mentirosa? - Ele pergunta.

- Todo mundo diz que eu sou uma ótima. - Observo.

Sério. Todo mundo diz que eu tenho o dom natural de mentir. Eu invento a história na hora e todos acreditam, porque eu os faço acreditarem. Chuck gostava desse meu dom!

- Pois eu digo que você é péssima! - Ele responde por fim.

E ficou um silêncio. A única coisa que escutava era as rodas no asfalto. E só. Recém tínhamos passado pela entra/saída da cidade e agora só faltavam 05 km para chegarmos.

Patrick cruzou a pista e parou no encostamento do nada. Aquilo foi estranho. Quando ele parou, abri a boca para falar alguma coisa... Só que fui interrompida!

Patrick passou sua mão pela minha bochecha e a outra na minha nuca, então me puxou e colou seus lábios nos meus. Sim. Patrick tinha acabado de me beijar. Na verdade, ele estava fazendo aquilo agora mesmo.

Patrick pressionava seus lábios nos meus com rapidez, urgência e curiosidade. Eu não estava muito diferente dele. Sua mão parou na minha coxa rapidamente e eu nem tentei protestar. Eu puxava seus cabelos rapidamente enquanto ele beijava meu pescoço. Voltou novamente para meus lábios...

Não sei quanto tempo durou. Só sei que quando paramos de nos beijar eu estava sem fôlego, ele estava sem. Não tinha como explicar. As janelas do carro estavam embaçadas e eu nem sei que horas eram, ou o estado de minha roupa, ou do meu cabelo... Não sei de nada, só sei que Patrick beija muito, muito e muito bem.

- O q... - Eu tentei dizer.

Patrick deu um sorriso.

- Vai dizer que não queria isso? - Ele perguntou com seu sorriso presunçoso e se acomodando novamente no banco do motorista.

- Eu... - Fiquei sem silêncio.

Eu não sabia se queria um beijo de Patrick, ou algo mais. Nem sabia que eu iria gostar tanto, ou que desejava antes de acontecer. Não imaginaria e nem sabia de nada naquele momento, por isso fiquei quieta todo o resto do percurso.

Quando chegamos à festa ela acontecia a muito tempo. Eram quase 1 hora da manhã já. Quando desci do carro não encontrei nossos amigos. Patrick veio para o meu lado e pegou minha mão sem me olhar. Eu não protestei.

A festa era a mesma de sempre. Só que por alguma razão estava melhor do que a última que eu havia ido lá naquela cidade de Judas se perdeu e nunca mais foi achado.

Havia as mesmas pessoas bêbadas, os mesmo drogados e os mesmos retardados universitários que ficam cantando músicas nada haver com a felicidade e no dia seguinte vai ter uma ressaca enorme e depois, mais festas e a vida vai rodando assim.

Patrick me puxou pela mão entrando na universidade onde acontecia a “mágica”. De cara fomos absorvidos por uma grande multidão de jovens, uma música que ninguém entendia a letra tocava no último volume nas enormes caixas de som, gente gritando, bebendo e caindo no chão.

Aquilo estava uma confusão.

Uma confusão que eu conhecia, muito bem.

Patrick me puxou pela cintura quando passamos por uns carinhas bêbados que riam de alguma coisa que eu não sabia o que era. Fomos em direção ao bar mais perto. Tentei procurar alguém conhecido, mas não os encontrei.

Luiz pediu alguma coisa para mim que eu não sabia o nome. Nunca fui boa de decorar nomes de bebidas nem nada, só sei que tomava tudo que me colocavam na frente, mesmo correndo o risco de morrer de overdose. Enfim, ele me alcançou o copo de plástico um líquido meio transparente.

Eu fiz uma careta.

- Vai-me dizer que é água! - Eu digo sem achar muita graça.

- Fique tranquila, que não é água. - Ele respondeu levando para seus lábios o seu copo de cerveja que reconheci devido ao cheiro e a cor.

- Ótimo! - Digo levando o copo aos meus lábios.

Antes que eu bebesse, Patrick falou no meu ouvido rindo:

- É água com gás, baby.

- Cala a boca! - Eu digo irritada e jogo a água no chão. Viro para o barman perfeito e sem camisa e peço - Uma cerveja, para começar.

{...}

- Te achei! - Ouço uma voz conhecida atrás de mim.

Quando me viro meia zonza era Kathe vindo em minha direção sorrindo. Ela estava sozinha.

- Oi! - Eu digo voltando a minha bebida mil vezes mais forte que a cerveja que eu não sei o nome.

- Estava te procurando a um século. Onde você estava? Patrick está praticamente transando com a menina lá na pista. - Ela fala se sentando no meu lado.

Eu dou de ombros.

- O que aconteceu? - Ela pergunta preocupada agora.

Eu apenas a olho.

Eu não estava a fim de falar sobre a discussão que tive com o idiota do mostarda.

- A gente brigou e só. – Digo bebendo todo o conteúdo do meu copo.

- Qual é Ag. Qual foi o motivo da briga desta vez? Ele está bem chateado... – Kathe falou olhando para algum lugar atrás de nós – Eu está com pulga nas calças para dançar daquele jeito com aquela piranha.

- O de sempre! – Eu digo.

- Agatha Jean Verona. Conte-me agora. – Ela falou autoritária e eu bufei.

- Ele tentou controlar minha bebida. Minha bebida Katherine. No meu aniversário ainda por cima. – Eu digo com raiva.

- Eu achando que era alguma coisa ruim. – Kathe revirou os olhos. –Amiga você já devia saber. Se eu mesma não te conhecesse e soubesse do que você é capaz, eu teria brigado contigo com quantidade de álcool que você enjere em cinco minutos. E isso porque não é alcoólatra, imagina se fosse. Só Deus sabe o que seria de você e de mim.

- Menos Katherine. Menos! – Digo emburrada.

- Deixa de ser besta e vai se divertir antes que acabe. É seu aniversário de 18 anos. Mostre para aquele mostarda quem é você e o é capaz.

- Eu não sou mais dessas Kathe. – Eu digo revirando os olhos.

- Mentirosa. Eu sei muito bem que fera que está ai dentro quer sair. Deixe-o sair, oras. – Ela falou me puxando do banco que eu estava sentada. – Vai lá e conquiste aquele coração idiota.

{...}

O que eu estava pensando? Era óbvio que eu não conquistaria aquele idiota nem que eu quisesse muito. Ele é cabeça dura, idiota, safado, turrão, salafrário, cafajeste e nunca se interessaria por mim.

E vamos combinar, eu não estava no meu melhor juízo quando atirei a guria que ele estava quase transando na janela, se não fosse por ele ter segurado a inocente menina ela teria caído da janela e se quebrado toda.

E eu iria rir.

E eu não me arrependeria.

É óbvio que a gente brigou pela centésima vez. É óbvio que eu bati na cara dele porque é isso que as pessoas esperam quando duas pessoas estão namorando e uma delas encontra o namorado de agarramento com uma safada na pista de dança no seu aniversário de 18 anos.

Era isso que as pessoas esperavam, não era?

Não importa! O que está feito, está feito.

Só sei que saí da festa atordoada e comecei a caminhar pelo campus da faculdade sozinha. Não queria ninguém comigo naquele momento. Eu não estava no meu juízo perfeito, não estava a de sempre e sabe-se lá o que eu iria fazer com alguém como a Kathe ou meu primo.

Melhor não arriscar.

Agora, o curioso era que eu nem sabia porque estava irritada com tudo, até mesmo com a lua por estar escondida de mim.

Viu? Já estou culpando coisas sem sentido.

Minha irritação começou quando Patrick quis controlar minha bebida. Não pela brincadeira da água, mas por ele tirar o copo de vodca da minha mão e jogar ela no chão. Aquilo era demais para mim. Ninguém tirava bebida de mim. Era a mesma coisa de tentar tirar uma zebra de um leão, morte na certa.

Uma coisa que quase ninguém sabe, eu sei beber. Estou falando sério. Eu sei beber álcool sem passar mal, eu aprendi na verdade. Aprendi a ficar sem ressaca, aprendi a não ficar bêbada mesmo depois de uns 15 copos de cerveja. Na verdade, eu fui treinada desde meus 15 anos.

Curioso, não?

Depois eu vejo o idiota praticamente trepando com a inocente menina na pista de dança e o meu sangue subiu na cabeça que se juntou com o álcool e eu fiquei com ciúme.

Não conta para ninguém, mas eu havia ficado com ciúmes oras.

Afinal, ele era meu namorado de mentira. Mas mesmo assim era meu namorado e esse o plano é me conquistar e vice versa não deveria a “dançar” com qualquer vagabunda que se atira no primeiro que vê.

A menos que ele queira me testar... Provocar-me...

Aquele safado, idiota.

Não acredito que eu fui tonta o suficiente para não notar isso.

Ele queria ver se eu tinha ciúmes dele.

Idiota! Safado! Filho da puta!

Mas devo admitir que aquilo fosse um truque de mestre.

Mas terá volta, a se terá.

Levantei de onde eu havia sentado e comecei a caminhar de volta a barulheira da festa para me vingar do idiota, mas fui pega de surpresa por ninguém menos que...

- Boa Noite docinho! – Chuck me desejou com aquele seu sorriso irônico. – Ou melhor, feliz aniversário.

- Achei que estava preso! – Comentei.

Eu havia ouvido dizer que ele fora preso esses dias e que seria julgado em breve. Nunca pensei que ele se lembraria do meu aniversário e muito menos que viria justo para cá.

- Comentários maldosos esses que andaram fazendo. – Chuck falou achando graça de alguma coisa – Achei que você sabia que não podia confiar nos boatos por ai.

- Eu tenho que ir. – Disse passando por ele.

Chuck agarrou meu braço.

- Espere, tenho seu presente de aniversário. – Chuck falou sorrindo. – Mas antes, vamos conversar.

- Eu não quero conversar com você, baby. – Digo imitando seu tom de voz.

- Não transforme as coisas difíceis. É uma conversa rápida.

Eu fiquei quieta o olhando.

- Ainda bem que concordo. Odiaria usar minha força.

- Tem cinco minutos! – Anuncio impaciente.

- Será o tempo necessário. – Ele fala largando o meu braço. – Eu vi o que você fez com aquela menina, nada gentil.

- Aposto que gostou.

- Eu teria gostado mais se o Príncipe não tivesse a salvado.

- Eu digo o mesmo. – Falo sem pensar.

O rosto de Walter se ilumina com isso. E eu percebo na merda que havia dito.

- Ora, ora. Verona, que é isso? Sinto uma nota de ciúmes? – Chuck fala se divertindo.

Eu reviro os olhos.

- Vejo também que mudou de roupas. Aposto que voltou a ser a minha Ag. – Chuck fala alegremente.

- Eu não voltei a ser a sua Ag, porque nunca fui sua. E eu não tenho ciúmes. O que aconteceu foi um pequeno acidente.

- Você sabe que acidentes não acontecem, não sabe? – Chuck falou isso de propósito só para eu me lembrar do passado.

- Acabaram seus cinco minutos! – Anunciou e me viro para trás.

- Na verdade, ainda tenho três minutos.

Eu me viro de volta e fico o olhando.

Aquele homem era impossível.

- Então, 18 anos já. Já pode fazer bastantes coisas agora. Dizem que a vida de uma pessoa começa quando se faz 18 anos... Mas espera, acho que sua vida já começou antes dos 18. Não concorda? – Chuck falou e eu pude sentir suas palavras amargamente.

- Você se lembra do peso da minha mão no seu rosto, docinho? – Eu pergunto sarcasticamente.

- Ui. – Chuck exclama achando graça naquilo. – Calme, eu só vim avisar que você pode ser presa agora.

Eu fico quieta.

- Você já pensou nisso e aposto que ficou feliz quando soube que eu havia sido preso. Assim eu não contaria seu segredinho sujo! – Chuck fala.

- Chuck, o que você quer? – Pergunto calma.

- Ainda não decidi. Antes eu queria dinheiro, só que agora... Eu não sei. Ando me divertindo por aqui. Tem bastante crime nesta cidade, bastante gente a ser corrompida e sem falar que é divertido ficar olhando sua vida.

- Seus cinco minutos acabam de terminar. – Eu afirmo e começo a andar de volta a festa.

- Só mais uma coisa... – Chuck fale e eu me viro para encara-lo. - Use seu charme para conquistar o Príncipe, não quero ver minha garota perdendo uma aposta como essa. – Ele pisca para mim.

- Não sou sua garota! – Eu digo secamente e começo a andar.

- Você que pensa docinho! – Escuto ele rir atrás de mim.


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam? Gostaram? Não? Não sei porque, mas fiquei meio que insegura quanto a esse capítulo. Sei lá, talvez porque eu estava meia incerta do rumo que eu queria levar. Tenho dois finais, dois rumos para a história e ainda não me decidi qual usar para chegar no final. Ele sim está decido na minha cabeça e não irei trocar. A menos que eu encontrei um melhor, claro. Então, como no capítulo passado eu disse, espero receber mais de 15 review's neste capítulo, por favor. Não façam isso comigo! Sugestões: "Já leu Instrumentos Mortais? Belo Desastre? Floribela?" ou "Gosta de pizza de catupiry?" ou "Sabe cozinhar?" Enfim, basta responder alguma dessas perguntas, ou me fazer perguntas, ou mandar apenar "amei" ou "odiei". Ah! Mais uma coisa, não deixem de olhar lá no tumblr das histórias, tudo bem? Não tem muitas coisas novas, mas vai ver que goste de como ele está.
Espero que todos fiquem bem.
Tenham uma boa semana.
Fiquem com Deus.
Posto o próximo na segunda-feira.
Beijos e tchau!