Loucura Angelical escrita por bia-douwata-13


Capítulo 14
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Crianças, deixem a sala e vão para suas mamães.
A partir daqui, a coisa fica quentche. -q



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              Encarei o espelho, incerta. Meu coração poderia sair pela boca de ansiedade e mesmo assim, eu não sabia se era isso que devia fazer. Era uma oportunidade única, de rever e “tocar” Nico, mas nem sabia se esse era o momento certo. Fazia algumas semanas, talvez, pois o tempo no Elísio era confuso. Estava debaixo de uma árvore, um pouco solitária. Outras semideusas estavam brincando em algum lugar bem longe. Havia apenas eu, deitada sobre a sombra de uma árvore.

              Nos últimos dias, tudo o que gracejava minha mente era ele. Como se todos os meus sonhos antigos não fossem totalmente depravados, os que eu sonhava acordada aqui conseguiam descer completamente o nível. Em todos eles, eu jogava Nico contra uma parede, descia a mão sobre seu peito, em direção ao zíper, declarando que não morreria virgem... Bem, desde quando minha mente era assim?

              O espelho era incrivelmente lindo. Eu prestava mais atenção nele do que no reflexo de uma semideusa esquisita como eu. Ele era dourado, com adornos que pareciam madeixas enroladas de alguém. A parte que refletia tinha o formato perfeito de um rosto largo, mesmo assim imponente. O cabo era revestido de correntinhas finas, também douradas. Mesmo assim, eu estava tão nervosa. Será que não era melhor esperar? Mas somente aquela espera, parecia tão longa e dolorosa que não gostaria de prolongá-la.

              Aquilo seria como provar o doce e depois tê-lo tirado de si. Meus cabelos estavam presos em marias-chiquinhas e eu usava uma blusa decente, diferente da com que eu morri. Todo dia, eu acordava e pensava em alguma das roupas que estavam no meu armário no Acampamento Júpiter, que elas apareciam. Usava uma regata azul, um short jeans e um all star de cano longo. Estava deitada sobre a minha jaqueta preta longa, que parecia mais um cobertor. Respirei fundo e toquei o espelho.

“Senhora Íris?” chamei, com o coração na boca. A moça, comendo uma barra de granola, talvez, apareceu no lugar do meu reflexo.

“Ah, sim, Ginger Lewis. Minha mãe falou-me sobre você.” a outra usava um moletom e tinha os cabelos presos em um rabo de cavalo apertado. Deu outra mordida na barrinha. “Nico DiAngelo... Ele está em segurança agora. Quer que eu te conecte?”

“Por favor, senhora Íris.” pedi, antes que pudesse me arrepender da decisão.

“Sim, sim. Mas por favor, não me chame de senhora. É formal até demais.” Ela sorriu, e de repente, sumiu. Pude ver Nico, deitado em uma cama, encarando o teto. Parecia cansado, massacrado e triste. Eu fiquei com tanto medo de interrompê-lo naquele momento. Quase desisti, só de vê-lo naquela situação. Toquei o espelho novamente e fui sugada para dentro dele.

              O quarto era médio, as paredes com uma parede pintada de preto e as outras de branco, talvez para não aquecer o quarto demais. Ele estava em uma cama de casal, larga e provavelmente, fofinha. Do outro lado, havia uma escrivaninha e uma cômoda. Ele estava segurando a minha correntinha com força em seus dedos e pude sentir o amor crescer dentro de mim. Dei passos hesitantes, até que ele notou minha presença. Ele levantou-se e me encarou, completamente lívido. Talvez achasse que fosse um sonho, ou uma alucinação.

“G-Ginger?” ele perguntou, engolindo em seco, com olhos marejados.

“Nico... Meu amor.” Respondi, chegando mais perto. Pude senti-lo, agora com as mãos sobre a bochecha dele, e sorri.

“Isso não é um sonho... Você voltou?” ele me levantou, girando-me. Enlacei seu quadril com minhas pernas, para não causar nenhum acidente. Finalmente, ele se sentou sobre a cama, comigo ainda em seu colo.

“Não exatamente...” eu suspirei. “Íris e Parcae criaram um espelho, que me deixou vir até aqui, uma vez.”

“Só uma?” ele parecia melancólico, mesmo assim, não tinha tirado o sorriso do rosto. “Mas você pode ficar aqui por quanto tempo?”

“Talvez algumas horas...” enlacei o pescoço dele, puxando-o, para um beijo calmo.

              Eu senti tanta saudade desses momentos que tivemos. Eu passei o tempo todo em que estive no Elísio pensando que deveria tê-lo beijado mais. As mãos dele se colocaram em minha cintura, como se estivessem me incentivando a continuar o beijo. Novamente, aqueles sonhos começaram a me assombrar. O ar acabou e nos separamos ofegantes. Sai do colo de Nico e engatinhei até mais ou menos metade da cama, chutando meus sapatos para longe, e deitei-me lá, chamando-o com os dedos. Nico havia captado a mensagem.

              Ele veio até mim, do mesmo jeito que chegara até lá e beijou-me novamente, de um jeito mais selvagem. As nossas línguas dançavam em um ritmo agitado, e leves mordidas eram desferidas em meu lábio inferior. Minha mão estava sobre a nuca dele, incentivando-o a continuar com aquele beijo delicioso. Meu coração batia como um louco e eu estava começando a ficar com muito, muito calor. O ar novamente acabou, mas Nico não deixou barato. Continuou beijando-me, da bochecha até a junção do ombro com o pescoço, dando leves mordidinhas que provavelmente deixariam marcas.

              Abri minhas pernas, para que ele pudesse se colocar entre elas e me beijar com mais afinco. Os sons que eu estava fazendo eram extremamente vergonhosos, mas naquele momento, nada disso me importava. Agora minhas duas mãos estavam sobre a nuca dele, enquanto ele começava a morder com força e depois chupar uma parte do meu ombro. Ele parou com uma série de beijinhos leves, se separando de mim apenas para tirar a camisa, jogando-a longe.

              Para um adolescente, ele tinha um peito bem definido. Enquanto outra mão continuava sobre a nuca dele, a outra passeava pelo peito dele, durante outro beijo, este com mais dentes e língua que qualquer um dos anteriores. O calor estava aumentando, e o ar faltando. Aquela sensação era mil vezes mais poderosa do que eu poderia ter sonhado. Com a mão que estava passeando, eu o empurrei por alguns segundos, quebrando o beijo, para tirar a minha regata. Usava um sutiã branco de bojo, com algumas flores. Não era a melhor lingerie para uma primeira vez, mas não importava.

              Ele voltou ao meu pescoço, descendo para o ombro, mordendo e chupando, até chegar a minha clavícula. Eu estava gemendo, descaradamente, enquanto ele plantava beijos e mordidas sobre o colo. As mãos dele foram para o fecho do meu sutiã, nas minhas costas. Ele teve um pouco de dificuldade, então uma mão minha foi ajudar. Eu estava vermelha e quis evitar o olhar dele, quando abri o fecho do sutiã e revelei meus seios. Não eram nem muito cheios, nem pequenos, mas mesmo assim, senti-me extremamente autoconsciente.

              Fechei os olhos, assim que Nico passeou a primeira mão sobre um deles, explorando. Suspirei, deliciada, quando um dedo começou a brincar com meus mamilos. Era estranho ficar tão excitada por apenas isso, mas foi isso que aconteceu. Outros gemidos foram saindo de minha boca, enquanto um dos dedos foi substituído pela boca de Nico. Quase não pude conter o grito que estava vindo. Minhas pernas enlaçavam os quadris dele, sentindo que ele já estava excitado o suficiente.

              Ele chupava e mordia um, enquanto brincava com o dedo no outro, fazendo-me arfar. Ele foi para o outro seio e continuou, dando o mesmo tratamento que dera ao primeiro. Se isso era apenas o começo, como seria o fim? Quase não conseguia respirar direito, não com Nico fazendo aquele tipo de coisa. A boca dele abandonou aquele lugar que me dera arrepios e desceu até minha barriga. Os beijos estavam cada vez mais molhados e decidi fazer aquele jogo ficar mais incisivo. Afastei-o de mim por alguns segundos, deixando-o confuso.

“O que-“

“Xiiiiii.” Coloquei o dedo sobre a boca dele, empurrando-o para que ficasse sentado. “Só aproveita.” Comecei a abrir o zíper dos jeans dele, vendo que já estava completamente ereto. Toquei-o levemente sobre a cueca, agora ouvindo Nico arfar.

              Consegui, com ajuda dele, tirar a calça e a cueca que ele usava, deixando nu, completamente exposto a mim. Ele não ficara vermelho como eu, pois estava excitado demais para se importar. A mão que tocara naquele lugar anteriormente tocou novamente, para ouvir um suspiro vindo dele. Estava tão duro e parecia tão... Pronto. Minhas duas mãos se uniram na base, começando a massageá-lo, com movimentos de subida e descida.  Nico estava gemendo, e eu sentia prazer só em ouvir. Continuei os movimentos de subida e descida, chegando mais perto e sussurrando no ouvido dele.

“Você gosta...” disse na voz mais sexy que consegui. Tive apenas um gemido como resposta. “Será que não seria melhor deixá-lo só com isso?” movi as mãos um pouco mais rápido e outro gemido me respondeu.

“Não...” ele clareou a garganta, relutantemente tirando minhas mãos de seu membro. “Eu quero mais. Eu quero você.”

“Você me quer?” disse, em uma voz falsamente confusa. “Então vem me pegar.” Afastei-me, encostando meu corpo na parede, tirando as calças e minha calcinha, e abrindo as pernas.

              Nico fez exatamente o que eu sabia que ele faria. Engatinhou até mim, com um olhar safado que parecia ser feito exatamente para ele. A mão achou seu lugar em minha cintura, e sua boca achou seu lugar sobre a minha. Ele parecia tão necessitado, que decidi ir direto ao ponto. Correspondi ao beijo, enquanto usava minha mão para guiar o membro dele até minha entrada, com um gemido. Só a cabeça já tirava toda a força das minhas pernas. Deixei-o cuidar do resto, enlaçando o pescoço dele com meus braços, durante o beijo.

“Está pronta para isso?” ele perguntou, quebrando o beijo por alguns instantes, e eu assenti.

              Ele começou a me penetrar bem devagar. Pude sentir o prazer, de verdade, mais do que aqueles poucos toques que aconteceram no começo me envolver. Um pouco de dor também me envolveu, pois eu ainda era uma virgem. Nico começou a penetrar cada vez mais fundo a cada investida, e eu quase não podia conter meus gemidos, que a cada investida se tornavam mais agudos e mais altos.

“A-Ah, N-Nico...” gemia, quando ele liberava os meus lábios e focava somente em me preencher, com tanta força que me deixava tonta. “Mais rápido... Mais fundo...” eu quase implorava, entre os gritos. “MAIS. MAIS.”

“Ginger, eu acho que eu vou-“

“Eu também...” chorei, enquanto com algumas estocadas, ambos sentimos nossas forças se esvaírem. Nico me beijou novamente, saindo de dentro de mim, para se deitar ao meu lado naquela cama grande. Encostei-me em seu peito, suspirando como uma gatinha. “Te amo. E sempre vou te amar.”

“Eu também, Ginger.” Ele disse, acariciando meus cabelos. “Pelos deuses, eu vou te amar até o mundo acabar.”

              Ficamos alguns segundos naquele torpor, até que tive de ir embora. Íris, a deusa, apareceu no espelho que havia parede, depois que já estávamos devidamente vestidos. Deu-me mais meia hora para me despedir dele e então, eu teria de voltar para o Elísio. Eu não queria ir. Os braços de Nico eram o meu lugar. Eu beijei-o várias vezes, de várias maneiras, até que faltavam dez minutos.

“Eu ainda não acredito que você veio me ver...” ele disse, ao quebrar mais um beijo nosso. “Eu ainda vou te ver.”

“Xiiiii, é claro que eu vim te ver. Você não é o meu amor?” sorri, ainda enlaçando o pescoço.

“Mal posso esperar para contar a minha irmã sobre você.” Nico disse, também sorrindo. Ele havia me explicado que Bianca já havia renascido e que Hazel era meio-irmã dele. “Pena que todos estão ocupados agora.”

“Não se preocupe comigo, amor.” eu disse, abraçando-o levemente. “Venha me visitar se puder.”

“Irei.” Ele murmurou, beijando-me novamente, durante alguns segundos. “Não esqueça, eu sempre vou te amar.”

“Sempre vou lembrar-me disso.” Disse, depositando um beijo sobre sua testa. Levantei-me e fui em direção ao espelho, receosa. Toquei-o e pude senti-lo estremecer, antes de ser jogada novamente no Elísio, debaixo da mesma árvore onde eu estava antes.

              Eu iria esperá-lo. Para todos os sempre se fosse preciso. Mas eu iria esperá-lo...


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Notas finais do capítulo

Desculpem por esse desastre literário. xD



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