Não permita que seu cérebro induza seu coração a crer que aquele sentimento, é ódio e não amor.

Pov Bella

Tinha um homem aparentemente nervoso com alguma ocasião, e do jeito que ele estava vermelho as coisas só deveriam estar ficando cada vez piores, ele não aparentava estar com um humor muito bom agora.

Ouvi toda a ligação com um sorriso no rosto tentando ao máximo segurar minha risada com o quão ridículo aquilo soava. -vou pedir Tânia em casamento hoje. Foi o máximo que conseguir ouvir. Explodi numa estrondosa gargalhada. Por um momento achei que o elevador tremia mais percebia que era somente meu corpo com as gargalhadas.

–alguma graça Senhorita...?

–Swan. Claro, você acredita sinceramente nessa baboseira romântica toda? -eu disse com um sorriso debochado.

–Quem é você para falar alguma coisa da minha vida? Ou da minha opinião sobre o amor? - disse me olhando com um olhar como se fosse superior.

–Ninguém, que seja realmente importante não acha? - disse lhe olhando com ironia, ele não era velho, mas, agia como um, ele era muito bonito agora que havia reparado ombros largos não muito musculoso, musculoso na medida certa, olhos verdes, cabelo levemente bagunçado, e maxilar marcado, mas esse jeito romântico desqualificava o homem.

Ele me observava com uma sobrancelha arqueada e eu começava a me perguntar o motivo daquele elevador estar aparentemente parado. No instante que pensei isso, o elevador parou e porta se abriu, percebi que estava no terreo e me retirei, mas não antes de jogar um olhar irônico, para o “Shakespeare” dentro do elevador.

[...]

Vou abrindo os olhos aos poucos, dando pequenas piscadas, ate conseguir abrir por completo, e a claridade que estava vindo da janela, fazia meu olho doer, continuo dando pequenas piscadas até consegui abrir por completo, quando do nada me bate um dor de cabeça insuportável, olho no relógio do criado mudo , MEU DEUS MEU DEUS são oito e quarenta da manhã, no primeiro dia de trabalho já vou chegar atrasada, olho para o lado e MERDA, havia me esquecido de dispensar a minha diversão de ontem.

–Ei acorda. – Falei já cutucando seu braço, aos poucos ele foi abrindo os olhos e logo colocou a mão na cabeça, logo vi que estava com uma puta de uma ressaca igual a mim, eu não vou perder tempo conversando com ele.

–Bom, eu vou tomar banho porque estou atrasada para o trabalho, se quiser pode tomar um banho no banheiro de hospedes. – ele apenas de olhou assentindo, quando eu levantei e fui até o banheiro, me arrumei correndo, um terninho preto, com uma blusa regada de seda cor creme para dentro da saia preta, e um salto preto e uma pasta de couro preta.

[...]

Por sorte havia conseguido chegar a tempo, por algum motivo o transito estava fluindo bem, talvez o mundo esteja começando a cooperar comigo. Esquece, o mundo não estava começando a cooperar comigo, dentro do elevador ninguém mais, ninguém menos que o “adorável” Shakespeare de ontem, e minha dor de cabeça por causa da ressaca que já estava ruim, piorou quando eu o vi.

–Como vai Shakespeare apaixonado? – disse em clara ironia apenas para provoca-lo, aos poucos ele desviou a atenção da tela do celular, me analisando de cima a baixo com os olhos, arqueou uma sobrancelha e disse.

–Vou muito bem Senhorita Mal Amada, pelo o menos não vou morrer encalhado igual você. – assim ele terminou de proferir essas palavras, eu já estava vermelha de raiva, parece que as pessoas não entendem que eu simplesmente não acreditava no amor, não queria encontrar o amor, alias como se encontra uma coisa inexistente.

–Olha aqui Senhor Galanteador, eu vou muito bem também obrigada por perguntar, saiba que pelo o menos não sou corno, por não ter nem a capacidade de satisfazer minha mulher na cama. – quando tinha acabado de falar á porta do elevador se abriu no meu andar e me retirei do elevador, parecia que era só estar em um lugar com ele que tudo já desmoronava.

[...]

O dia transcorreu com certa calma até a hora da reunião depois do almoço, quando eu descobri um dos meus chefes, o mundo com certeza estava contra mim, o “Shakespeare Apaixonado” era um dos meus chefes, estava tudo indo ate bem, quando eu disse.

– Este contrato tem que ser alterado, esta cláusula no contrato certamente será prejudicial no futuro, caso tenhamos que recorrer aos diretos de criação sobre esse produto. – disse apenas.

–Nada vai ser alterado. – disse sem argumento algum, com certeza foi apenas para me provocar.

–Eu sou a advogada da empresa, você faz parte da presidência\ administração, então, por favor, não se meta no meu trabalho que eu não vou me meter no seu. – disse olhando em seus olhos para ver se ele entendia que eu não estava de brincadeira, ele apenas se calou assentiu, apesar dele ser um dos donos da empresa, não era formado em advocacia, pelo o menos era isso que achava.

A reunião transcorreu relativamente bem, a cláusula foi alterada, ate terminas a reunião, quando Emmett pediu a mim e a ao “Shakespeare Apaixonado” para continuarmos na sala, até agora eu não sabia o nome dele e isso já estava ficando um pouco estranho, apenas continuei sentada na cadeira que estava durante toda reunião, ate que o resto do pessoal terminava de sair, aos poucos a sala ia ficando vazia e restavam apenas eu, o “Shakespeare Apaixonado” e Emmett, foi quando Emmett começou a se pronunciar.

–Senhorita Swan, quero lhe apresentar meu irmão, Edward Cullen. – como assim irmão? Minha boca foi ao chão, pelo o menos agora sabia o nome dele, mais eu preferia continuar sem saber o nome dele se fosse para saber desse modo.

–Bom espero que este comportamento que veio a ocorrer hoje não se repita mais. – disse se retirou da sala.

Eu estava muito confusa para poder discutir com “Shakespeare Apaixonado” agora, então com o rosto ainda estampando a minha surpresa eu caminhei até a saída, fiquei mais clama e aliviada porque hoje poderia sair mais cedo, e não teria de ver a cara do “Shakespeare Apaixonado” tão cedo, passei em minha sala peguei minha bolsa e chave do carro e fui para casa, hoje não iria sair, apenas quero dormir, uma boa noite de sono.

[...]

Merda eu vou fazer xixi nas calças, com aquele transito, eu fiquei apertada logo que sai de casa ate aqui, corria pelos corredores da empresa fazendo a “dancinha do xixi” e por onde passava todo mundo olhava, que vergonha, meu deus eu preciso chegar ao banheiro, parece que esta mais longe agora, justo quando eu preciso, finalmente cheguei ao banheiro e vou pod.... MEU DEUS DO CEU, mas que fila é essa, eu nunca vi o banheiro tão cheio na vida se fosse para demorar essa eternidade pra eu fazer xixi seria mais fácil fazer nas calças de uma vez, olhei para os lados, quando eu vi minha salvação, o banheiro masculino, bom lá também tem uma privada, sem pensar duas vezes eu abri a e entre correndo em uma das cabines atraindo olhares de todos que estavam presentes no banheiro. Dei descarga e abri a porta da cabine, por sorte não tinha ninguém ali, apenas um homem que estava sentado no chão e ele estava ... chorando? Chorando? Será que eu vi certo? Mas não era qualquer homem era o ...o O “SHAKESPEARE APAIXONADO”. Coitado parecia bem triste, e estava muito abatido, não sei se deveria ajudar mais não custava tentar ajudar, afinal o estado do pobre homem era deplorável, ele sempre transparecia ser tão forte, e agora ele estava ali em uma situação tão frágil, fui me aproximando aos poucos, e me ajoelhei para ficar mais próxima dele, aparentemente ate agora ele não havia notado minha presença, quando eu me pronunciei.

–Oque houve ? – disse simplesmente, ele levantou a cabeça e me olhou e parecia estar desnorteado, com os olhos vermelhos e rosto inchado de tanto chorar, olheiras enormes demonstrando que não havia dormido.

–Você tinha razão eu sou um corno. -