Sophie escrita por isabelaq
Notas iniciais do capítulo
Depos de muuuuuuuuito demora mas um capítulo.
Desespero tomou conta de todas as células do meu ser. Eu morro de medo de me perder e não conseguir mais voltar para casa, principalmente agora que desembarquei em Huntington Beach e não sei onde é minha casa. Dei umas 5 voltas correndo pelo aeroporto com o celular na mão, não vi minha mãe em nenhum lugar e eu podia jurar que a grandma tinha dito que ela ia estar me esperando aqui quando eu chegasse.
Meu celular está vibrando, não sei se é o medo que está me fazendo imaginar coisas ou se ele realmente está vibrando. É, ele está vibrando.
-Alô, Soph? Soph... para de correr que nem uma louca! -Ouvi a voz da minha mãe dizer e depois de alguns segundos raciocinei e parei de correr e logo depois a senti chegar perto de mim e colocar as mãos nos meu ombro. -Desculpe pelo atraso, quando cheguei você já estava correndo pela aeroporto inteiro! -Ela completou, como eu, sem folego. Ela é como eu, pode até se dizer que ela é exatamente como eu, só alguns muitos anos mais velha. Cabelos compridos e castanho, quase preto, iguais a cor dos olhos, baixa, talvez alguns centímetros mais alta e extremamente branca, como um fantasma.
Fomos andando até o lado de fora do aeroporto e não muito longe estava o carro estacionado. Christina carregou as malas mais pesadas sozinha o tempo todo enquanto eu só fiquei com as duas mais leves.
Com o carro já andando, consegui ver a cidade melhor e tenho que confessar que é um lugar lindo e acho que deixei isso escapar um pouco alto demais:
-Você ainda não viu as praias! -Christina disse com um sorriso no rosto. Praias? Ela já foi nas praias daqui? Como conseguiu continuar branca desse jeito? Que horror... -Quer dar uma olhada?
-Tá, tanto faz! -Falei com uma cara de tédio, tentando disfarçar um pequeno pingo de empolgação que apareceu dentro de mim, a verdade que ninguém sabe é que eu amo a praia, mas eu só fui na vi o mar de perto duas vezes quando eu ainda morava no Brasil.
Ela passou de carro em uma avenida ao lado da praia e realmente é um lugar lindo. O sol já estava se pondo, o azul claro do céu estava se misturando com o laranja forte.
-Seja bem vinda a Huntington Beach. -Disse ela. Eu ainda olhava pela janela com a boca em forma de "o" e quando Christina percebeu, começou a rir da minha cara e quando olhei para ela fazendo uma cara feia ela riu ainda mais.
[...]
Minha casa não é uma casa, é um apartamento. Logo na entrada, olhando para a direita da para ver a cozinha, na frente é a sala só com um sofá que fica de frente para uma estante cheia de filmes e com um televisão, virando para a direita tem um corredor onde fica os quartos e os banheiros.
-O seu quarto é um rosa, fica na última porta do corredor. -Fui andando pelo corredor, eu não duvido nada que ela tenha feito mesmo um quarto rosa.
Abri a última porta e...nada de rosa, amém. É um quarto pequeno e simples, mas é bonito. A cama fica encostada na parede de frente para a porta e em cima dela tem uma colcha preta com desenhos de estrelas e um monte de almofadas e nas grades pisca-piscas. Na parede do lado uma porta que depois descobrir ser a porta do guarda-roupas e coladas na porta um monte de fotos minhas desde que eu era pequena até agora e toda minha família e nisso inclue a Christina. Na parede de frente para a cama tem a porta e uma janela que dá para um parquinho e olhando do lado da para a janela de outro apartamento. Na última parede que sobrou fica a mesa do computador, com algumas gavetas onde está meu material escolar. Básicamente é isso.
Meu joguei na cama e fiquei olhando para o teto até a hora que o meu celular tocou, era o meu pai. Resumidamente ele me perguntou como foi a minha viagem, oque eu estava achando da minha nova casa, para mim tentar fazer amigos na nova escola e que era para mim parar de frescura e parar com esse meu ódio idiota e sem motivos. Todo mundo acha que sem é motivos mas para mim tem muito sentido, ela me deixou e depois de todo esse tempo quis de volta. Também falei com o meu irmão, um assunto muito interessante sobre o novo dinossauro de brinquedo que ele ganhou e no instante que desliguei o celular ele tocou de novo e claro que era a grandma, a única pessoa além do meu pai que me ligaria. Esqueci de ligar para ela, droga. Mas enfim, a mesma conversa que tive com o meu pai se repetiu.
-Hey Soph, amanhã eu vou ter que ir no escritório terminar algumas coisas mas como é sábado você pode sair e dar uma volta por aí, mas avisa antes, ok?-Minha mãe falou abrindo a porta do quarto. -Não quero perder minha filha na cidade que ela mal conhece menos de 24 horas que ela chegou aqui. Ah, aliás, suas aulas começam segunda. Boa boite. -Ela saiu finalmente fechando a porta atrás de si.
Depois que percebi o silêncio finalmente levantei. Peguei uma roupa e fui tomar um banho que eu estava precisando e quando terminei voltei para a cozinha para comer alguma coisa antes que eu morresse desnutrida.
Quando resolvi ir dormir não consegui, falta um barulho de ronco vindo de um coisa gorda e preta também conhecida como Frida. A coitadinha teve que ser deixada para trás.
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Imaginem um por do sol mais ou menos assim http://frederick.startlogic.com/usa5_blog_palmier_hb_fdecran.JPG e o quarto dela assim http://weheartit.com/entry/16163396/via/tissah :)