Sophie escrita por isabelaq


Capítulo 45
Capítulo 45 NY, brigas, desculpas e pedido aceito


Notas iniciais do capítulo

O titulo ficou muito ruim mas eu garanto que o capitulo ta bem melhor :)



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SOPHIE POV

-Que isso? -Eu disse olhando para um envelope branco e prateado em cima do balcão da cozinha. Minha mãe me olhou com a boca aberta por uns segundos enquanto eu pegava o tal envelope e o abria já que ela não me respondeu oque era.

-Sophie. -Ela disse finalmente mas agora eu já sabia oque era aquilo.

-COMO AQUELE BABACA AINDA TEM A CARA DE PAU DE MANDAR O CONVITE PARA A PORRA DO CASAMENTO DELE? -Eu gritei jogando o convite que agora estava meio amassado no chão.

-Vocês são amigos e porque você está com raiva dele? Eu pensei que tinha ficado tudo bem depois do que eu vi no aeroporto...-Ela veio dizendo atrás de mim que ia batendo o pé em direção ao meu quarto.

-Não, não ficou nada bem. -Eu disse parando em frente a porta e ficando de frente para ela. -Sabe porque? Porque um dia ele nasceu, e depois cresceu até o maldito dia em que ele conheceu a filha da vizinha, que no caso sou eu, e fez ela se apaixonar por ele antes dele engravidar a vadia da namorada e ainda ter a cara de pau de mandar o convite para o casamento dos dois. -Bati a porta do quarto na cara dela, apesar de ela não ter culpa sobre nada do que aconteceu.

-Ah, meu Deus, Sophie! É só você não ir, e pronto. Não precisa desse ataque psicótico. -Ela disse entrando no quarto.

-Precisava sim. -Eu disse com a cara enfiada no meu travesseiro.

-Só vou avisando que se você bater a porta na minha cara de novo...

-Tá, mãe, tá...tá...-Disse me sentando na cama e rolando os olhos.

-Tente não se estressar com isso. Pense em coisas boas, tipo a viagem.

-Viagem, ok, mãe. -Então ela saiu do quarto me deixando sozinha.
 É. Eu dou razão para ela, a viajem foi muito boa e se eu pudesse escolher qualquer lugar do mundo para morar nesse momento seria NY. Só seria melhor com toda a minha família junto. Na verdade eu já venho pensando na possibilidade de me mudar daqui faz um tempo e sei lá, se eu pudesse eu iria sem pensar duas vezes.

[...]

-Sophie, acorda. Se você não estiver pronta quando eu estiver indo vai perder a carona. -Eu acordei com a minha mãe acendendo a luz na minha cara e resmungando. Fiz um barulho muito estranho só para ela entender que eu ouvi e ela saiu do quarto e ala The Walking Dead, como sempre, eu fui me arrumar para ir para o inferno.

Me arrumei e quando cheguei na cozinha minha mãe ficou me observando enquanto eu tomava o café.

-Que foi? -Eu perguntei depois de ficar um tempo naquele clima constrangedor.

-Nada. -Ela deu de ombros.

-Hm. -Respondi e voltei a tomar meu café.

-Você está bem?

-Estou e você?

-Também. -E nos segundos que passaram eu fiquei pensando se eu devia falar ou não com ela na possibilidade de eu me mudar de Huntington.

-Mãe...-Merda. Meio que me escapou involuntariamente durante a minha decisão.

-O que?

-Nada. -Eu disse dando um gole no leite e ela ficou me olhando como se ela se perguntasse onde foi que ela errou para ter uma filha retardada assim. -Tá. -Enchi meus pulmões de ar tomando coragem. -Eu estava pensando em tipo...sei lá, me mudar para Nova York. -Ela ficou me encarando como se esperasse que eu estivesse brincando. Bom, eu não estou.

-Você está falando sério?

-E porque eu estaria brincando?

-Isso é um absurdo, Sophie. É claro que você não vai! -Ela começou a andar para fora da cozinha.

-Mas porque não? -Eu me levantei e fui atrás dela.

-E você ainda me pergunta porque não, Sophie? Como assim se mudar de Huntington? Ficou maluca, é?

-Eu não me sinto bem aqui e já faz um tempo que eu estou pensando em me mudar.

-Então pode parar porque você não vai e ponto final.

-Mãe...

-Não tente discutir comigo, eu sou sua mãe e responsável por você eu disse que você não vai e você não vai. Fim. Onde já se viu isso, você tem quinze anos e quer ir morar tão longe.

-Eu não sou um bebê.

-E não é responsável para se morar sozinha. Você não vai.

-Eu vou pedir para o meu pai. -Sai batendo os pés.

-Pode pedir o quanto quiser, porque acha que ele vai deixar? -Ela disse alto o suficiente para eu pudesse ouvir. Eu sei que o meu pai não vai deixar e mesmo que ele deixasse a minha guarda está com a minha mãe e quem tem que deixar é ela.

-Eu odeio você. -Eu disse passando por ela enquanto andava para o lado de fora do apartamento.

-Ótimo! -Ela gritou. -Pode ir para a escola andando.

É claro que eu não vou para a escola, eu preciso falar com o Nathan. Chamei o elevador mas ele estava demorando demais e quando eu estava dando as costas para ir embora ele parou no meu andar e a porta abriu revelando o Gabe lá dentro.

-Oi. -Ele disse e sorriu para mim.

-Oi, Gabe. -Sorri de volta entrando no elevador. -Eu...pensei sobre aquilo.

-Ah, sério? -Ele ajeitou a postura e ficou me olhando esperando que eu dissesse o que eu decidi.
-É...-Eu disse parando para respirar um pouco. -Eu aceito namorar com você.  

 Na verdade eu não pensei sobre nada, eu sei que é errado e me sinto meio culpa por dizer sim em um momento de raiva e tudo mais só que agora já foi e pelo menos ele está feliz e isso é oque importa, né?

-Ah...-Ele soltou o ar dos pulmões. -Uau...eu...-Ele disse sorrindo enquanto olhava para os próprios pés e tudo em volta. -...eu jurava que ia levar um não. -Ele me olhou.

-Se era isso que você queria me desculpe te decepcionar. -Eu disse rindo.

-Claro que não. -Ele disse saindo do elevador e eu fui atrás dele. -Oque eu mais queria é que você dissesse sim. -Assim que ele terminou de falar eu vi o Jake de braços cruzados na portaria. Ele nos viu e descruzou os braços.

-Só pela sua cara eu já sei oque ela respondeu. -O Jake disse andando em nossa direção. O comentário me deixou meio com vergonha e tenho certeza que corei. -Oi, Soph. Quanto tempo. -Ele disse vindo me dar um abraço.

-É, bom te ver de novo, Jake.

-Bom te ver também, mas a gente tem que ir para a aula. -O Jake disse dando um empurrão no Gabe.

-É, eu sei. -O Gabe disse fazendo cara de cachorro que caiu da mudança.

-Eu vou deixar vocês dois sozinhos. Bom te ver, Sophie. -O Jake disse indo para o lado de fora do prédio. Eu e o Gabe ficamos observando enquanto ele fazia isso.

-Te vejo mais tarde? -Eu perguntei.

-Com certeza. -O Gabe disse e me deu um beijo. -Até mais tarde. -Ele se despediu e eu fiquei parada olhando ele e o Jake pela porta de vidro do prédio. Assim que eles foram embora eu fui procurar o Nath na casa dele mas ele já tinha ido para a escola.

Como eu não tinha nada para fazer até o Nathan chegar eu resolvi ir para a escola também e é claro que eu fui andando feito uma lesma e é claro que eu cheguei super atrasada mas não é a primeira vez mesmo, então foda-se.

Eu não sei nem as aulas que eu tive hoje porque ou eu estava pensando em coisas sem sentido ou eu estava dormindo. Acho que todos os alunos deviam seguir o meu exemplo.

O professor de química até começou a dar uma lição de moral em mim dizendo que agora que eu estava progredindo e blábláblá eu não poderia voltar a ser aquela Sophie rebelde de quem todos falavam e um monte de outras coisas. Na verdade eu não estava pensando em voltar a ser como antes mas agora ele me deu uma ótima ideia.

[...]

Quando a aula acabou e eu andava o mais rápido que eu conseguia com essas minhas perninhas e minha velocidade de lesma escutei alguém chamando o meu nome, o que foi super estranho porque a única pessoa que falava comigo ali era o Prescher então se não é ele quer dizer que eu fiz alguma coisa e estou fodida. Parei de andar e olhei
para trás para ver quem estava me chamando e para a minha surpresa quem eu vi correndo em minha direção foi nada mais e nada menos que a Avery.

-Sophie. -Ela disse sem fôlego quando conseguiu me alcançar. Eu só fiquei parada olhando para a cara dela sem entender porra nenhuma do que estava acontecendo. -A gente pode conversar?

-É...-Eu ia dizer que não mas olhando a cara dela eu decidi dizer que sim. -Ok. -Disse concordando com a cabeça.

Ela foi andando até o lado de fora da escola e parou de baixo de uma árvore perto do estacionamento.

-Eu acho que eu te devo desculpas. -Ela começou a falar assim que eu parei de baixo da árvore perto dela. -Eu sei que eu demorei muito mas é que eu só queria ver o meu lado e não parei para pensar que você poderia estar falando a verdade. Só me importei com o meu coração partido e com a raiva que eu estava e estraguei a nossa amizade por causa de um garoto e só quando eu vi ele beijando a Carol que eu tive um choque de realidade. Eu fui uma idiota, Sophie, me desculpa.

-Está desculpada. -Eu disse balançando a cabeça enquanto olhava para o chão. Quando eu estava pronta para ir embora ela voltou a falar.

-Amigas?

-Olha, Avery, não é que eu não goste de você, é claro que eu gosto, você foi a primeira amiga que eu tive mas só o amor e amizade não adianta, uma coisa muito importante é a confiança e não existe isso aqui, então, não.

-Ah...certo. -Ela concordou e eu sai andando. -HEY! -Eu parei e olhei para ela. -O anônimo vai sumir. -Me virei e continuei andando.

[...]

-Ás vezes eu acho que eu nunca devia ter deixado de ser aquela Sophie. Eu tinha muitos problemas mas nenhum deles eram sentimentais e eu sabia como lidar com todos eles e como a gente já conseguiu perceber essa nova Sophie só se fode. -Eu não parei de falar desde que eu cheguei na casa do Nathan. Não sei como ele me aguenta.

-Mas se você não tivesse mudado a gente nunca iria se conhecer e ficar amigos. -Ele disse me dando um sorriso cheio de dentes.

-Você não teria que me aguentar com todos esses problemas.

-Amigos são para isso, não são? -Eu sorri.

-Hoje a Avery veio se desculpar. -Ele me encarou. -Ela disse que só enxergava o ponto de vista dela, que foi uma idiota e queria que voltássemos a ser amigas.

-E você disse oque?

-Que só amizade e amor não basta, que também precisa de confiança e que isso não tem entre nós.

-Você está certa.

-Espero que sim.-Ficamos em silêncio por um tempo. -Eu briguei com a minha mãe hoje.

-Porque? -Ele perguntou algum tempo depois de me encarar.

-Porque eu disse para ela que eu quero me mudar para NY. -Ele ficou de boca aberta.

-Ah..-Foi só oque ele disse.

-E eu estou namorando o Gabriel.

-VOCÊ OQUE? -Ele gritou me assustando.

-Eu aceitei o pedido do Gabe. -Eu disse mais baixo olhando para as minhas mãos.

-Desculpa, eu não queria te magoar por ter falado assim é que eu só fiquei surpreso com tudo isso.   

-Sem problemas. -Eu disse ainda olhando para as minhas mãos.

Depois a gente continuou conversando sobre assuntos aleatórios como a escola, o clima e esse tipo de coisa até a hora que eu percebi que tinha ficado muito tarde e que eu precisava ir embora. Eu acho que a mãe do Nath acha que eu sou uma acomodada e que não tenho casa e por isso fico até de madrugada na casa dela no quarto do filho dela. Eu também acho que as pessoas pensam muita besteira sobre uma garota ficar no quarto de um garoto até de madrugada. como se eu me importasse com a  opinião de alguém.

Cheguei em casa fazendo questão de fazer muito barulho enquanto me arrumava para dormir. Não, eu não sou vingativa e nem
um pouco infantil.

Me joguei na cama e quando eu percebi já era de manhã. E eu estava atrasada. E eu ia ter que ir andando para a escola. Não, minha mãe também não é nem um pouco vingativa e infantil. Melhor para mim que resolvi que não vou para a escola hoje e vou poder dormir até a hora que eu bem entender.

Depois de acordar ás três da tarde e ficar cansada de ficar deitada na cama eu decidi dar um dia de folga para o Nath e para o Gabe e resolvi ficar em casa mesmo. Peguei o meu computador e fui olhar minhas redes sociais com um monte de amigos, mentira. O bom é que comigo tudo oque já está ruim pode piorar e assim que eu abri o meu Facebook a primeira pessoa que aparece na minha página inicial é o Christopher marcado em uma publicação da coisa que ele chama de namorada falando o quanto eles estão felizes com a chegada do bebê, com os preparativos do casamento e blábláblá. "Desfazer amizade", pronto! Problema resolvido. Depois de tirar o problema totalmente da minha vida e só deixando a parte de esquecer eu fui adicionar o Gabe, o Jake, o Finn e o Joe e depois que eles aceitaram eu fiquei stalkeando eles enquanto a gente conversava pelo chat coisas do tipo "mas eu não quero um dia de folga de você", ou "há quanto tempo, Sophie", "como você andou sumida" e coisas assim.

Mais tarde meu pai veio tirar satisfações sobre minha mudança de status de "solteira" para um "relacionamento sério". Eu perdi a conta de quanto tempo eu fiquei lá respondendo todas as perguntas que ele tinha sobre o Gabriel e quando a gente acabou ele podia até escrever uma biografia dele. Quando eu pensei que tinha acabado ele começou a fazer perguntas sobre oque eu tenho na cabeça para querer me mudar para NY e eu fiquei tentando convercer ele sem sucesso.

-Não é fugindo que se resolve os problemas, Sophie. Toda vez que os problemas aparecerem você vai arrumar as malas e se mudar para outro lugar?

-Esse é o plano, pai.

-Quando você ficar mais velha você vai entender que a vida não é assim.

-Ok. Ele só precisava dizer "não". Ele não parou de falar até que no Brasil já estava muito tarde e ele precisou ir dormir.

No fim de tudo o Gabe, o Jake, o Finn, o Joe e eu marcamos de sair e "comemorar o novo casal". Eu já estava quase sendo chata e dizendo não pensando em todo o processo pelo qual eu ia ter que passar para me arrumar e fica apresentavel e eles resolveram marcar um passeio pela praia então óbvio que eu aceitei. Eu chamei o Nath mas ele
não vai porque no fim de semana ele já tem um compromisso, alguma coisa na casa da vó dele.

-Você foi para a aula hoje? -Minha mãe apareceu no meu quarto. Respondi com um barulho que nem eu sei oque foi. -Amanhã você vai. -Dei de ombros sem tirar os olhos do computador. Mais um vez ela resolveu não discutir comigo e saiu do quarto.


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Notas finais do capítulo

Não esqueçam de me dizer o que acharam!!! ♥



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