Sophie escrita por isabelaq
Sophie POV
MAS QUE PUTARIA ERA AQUELA? -Eu acordei com os gritos da coisa vindo do corredor.
-Você sabe que a Soph é tipo a minha irmãzinha mais nova. -O Prescher respondeu falando alto. Ah, que ótimo. Me levantei e fui até a porta para escutar mais de perto, a curiosidade fala mais alto do que a dor.
-OU É ELA, OU A GENTE! -Agora ele responde que me escolher e eles terminam e ai eu tenho pelo menos uma chance mínima, quase inexistente, de conquistar o Prescher...não custa sonhar, né?
-Vocês dois...-Ouvi a voz da Prescher mãe falando na mesma altura que o Prescher falou antes. -...parem com esses gritos, a gente mora em prédio.
-Não se preocupa porque eu já disse tudo oque eu tinha que dizer. Ou é ela ou a mãe do seu filho. -Ouvi os passos dela. F...filho?
Abri a porta e encontrei os dois tão sem reação quanto eu. Esse é um dos piores dias da minha vida, se não for o pior. Eu tentava segurar as lágrimas mas eu acho que o Prescher não quis fazer o mesmo. Ele se sentou no chão e colocou as mãos nos cabelos.
-Chris...-Eu disse me jogando no chão do lado dele...nem me lembrei de dor e de nada, na verdade eu não pensava em nada além dele há muito tempo. -...eu te amo.
-Sophie, dá licença, eu preciso falar com o meu filho. A sua mãe tá te esperando. -A Prescher mãe disse me puxando para longe dele.
Eu fui andando pelo corredor olhando para trás até que encontrei minha mãe na cozinha e pela cara dela eu entendi que ela já sabia de tudo que estava acontecendo. Continuei andando em direção a porta.
-Filha, vim te buscar para te levar no médico.
-Eu não quero ir em porcaria de médico nenhum.
-Mas Sophie, você pode ter machucado algum osso...
-Para essa dor que eu to sentindo não tem médico que ajude, mãe. -Ela veio e me abraçou e ficamos um tempo ali, estava tudo em silêncio oque foi estranho.
Voltamos para a nossa casa, minha mãe ainda insistindo para mim ir ao médico e eu ainda me negando até que ela desistiu dizendo que se eu tivesse algum problema futuro a culpa seria totalmente minha. Concordei.
Fui tomar um banho, como se todos os meus problema fossem embora junto com a água. Vesti uma roupa qualquer, igual eu faço sempre, e me tranquei no meu quarto com aqueles milhões de pensamentos na cabeça até que minha mãe em interrompeu aparecendo com uma xícara de chá.
-Acho que já passou da hora da gente ter uma conversa. -Ela disse andando em minha direção. Me sentei para que ela pudesse sentar na cama perto de mim e o fez me entregando a xícara. -Desabafa, não é bom guardar tudo para você. -Continuei em silêncio por um tempo. -Sabe? A primeira vez que eu me apaixonei foi durante uma viagem...-Ela começou. Parei e olhei para ela, eu conheço essa história. -...um cara que eu nem sabia falar a mesma língua, e ele sabia a minha só que não era lá um dos melhores. -Ela riu.
-E oque aconteceu?
-Bom, fiz a maior loucura da minha vida. Me mudei para longe de casa para ficar com ele. Fomos morar em um apartamento que não sei como ainda estava de pé, a gente passou muito tempo juntando dinheiro para conseguir se casar. Estava tudo bem até que eu descobri que estava grávida, ai oque era bom ficou perfeito. Era uma menina, Sophie, o nome que eu sempre sonhei em dar para a minha filha. -Eu sorri. -Depois de um tempo as coisas não foram um mar de rosas, a gente começou a ter alguns problemas financeiros e as brigas começam e no fim deu em um divórcio. Resolvi voltar para o meu país mas eu não ia deixar o meu bebê para trás, foi difícil conseguir um emprego lá, não tive outra escolha além de deixar ela com minha mãe e ir para um emprego que um amigo de faculdade me conseguiu em outro país. Minha filha ficou com raiva de mim e por muito tempo dizia que me odiava e isso acabou mudando quando ela voltou a morar comigo depois de muitas rebeldias, ela acabou mostrando que ela não era aquela pedra e que pode sim ser uma boa garota, ah...e advinha.
-Oque?
-Agora quem está apaixonada é ela.
-E como você sabe?
-Eu conheço a minha Sophie.
-Sabe oque eu queria?
-Oque?
-Acordar naquilo que você chama de apartamento com 5 anos de idade de novo e descobrir que tudo isso não passou de um pesadelo. -E eu já comecei a chorar de novo. -Porque que com tantos caras no mundo eu fui gostar justo daquele babaca? E eu faço tudo errado, agora ele vai escolher a namorada dele e eu vou ficar sozinha sem amigos igual em Londres por ter estragado tudo com a Avery e com o Alex.
-Isso vai passar, eu te prometo. E sobre os seus amigos, eu tenho certeza que você vai dar um jeito nisso.
-E como você pode ter tanta certeza?
-Porque você é...tão você!
-Obrigada, mãe. -Sorri para ela.
-Tem mais uma coisa. -Olhei para ela franzindo as sobrancelhas.
-Oque?
-Você sabe que com o meu trabalho eu viajo muito e quando você veio para cá eu parei com elas porque queria ficar com você...
-Oque não deu certo por sinal.
-Sophie...
-Tá, desculpa.
-Então, agora eu vou ter que ir para Nova York e...
-Ah, maravilha. -Disse rolando os olhos.
-...queria saber se você quer vir também.
-Sério? -Disse de boca aberta.
-É. -Ela riu, provavelmente da minha cara.
-E você ainda pergunta?
-Isso é um sim?
-Sim.
-Que bom. -Ela sorriu se levantando e pegando a xícara. -Agora vai dormir porque você vai acordar cedo para ir no médico amanhã.
-Eu não...
-Não to perguntando se você quer ir eu to falando que você vai. -Ela apagou a luz. -Boa noite.
-Boa noite. -Continuei viajando nos meus pensamentos por mais um bom tempo só que no fim acabei dormindo.
Fui no médico e não sofri nada mais do que um hematomas e uma torção no tornozelo e eu tenho atestado para faltar até o dia em que eu melhorar. Adeus escola.
[...]
Um mês depois.
É claro que o Prescher acabou escolhendo a coisa e que eu ainda to sofrendo com isso e é claro que a Avy ainda me odeia. É mãe, acho que você estava errada. Pelo menos eu já me recuperei depois daquela briga e a minha tão sonhada viagem para NY vai ser amanhã, mas tenho um compromisso antes disso.
[...]
-Então você foi zoar com a cara dele e ele acabou tirando com a sua? -Gabe riu dando um gole no refrigerante dele enquanto a gente comia e dava umas voltas no shopping ao mesmo tempo.
-É...-Rolei os olhos brava por ele estar rindo de mim mas minha raiva passou rápido e acabei rindo também.
-E eu acabei te salvando.
-Isso.
-E se não fosse por mim você estaria fodida.
-Aham.
-De nada. -Ele sorriu olhando para mim.
-Obrigada, Gabe. -Sorri falso metralhando ele com os olhos.
-Obrigada, Gabe meu herói. -Ele disse me mostrando como eu tinha que falar.
-Vai se foder. -Rimos.
-Quer fazer uma aposta? -Ele me encarou.
-Qual?
-Quem rir primeiro perde. Se eu ganhar você me dar um beijo e se você ganhar, oque não vai acontec..
-Você vai me dar cinquenta dólares...
-Cinquenta? -Ele me olhou como se fosse um absurdo. Cruzei os braços. -Tá. Vale tudo.
-Como ass...-Ele começou a fazer cocegas em mim e é claro que eu ri igual uma louca.
-Acho que eu ganhei.
-Isso foi trapaça, eu me nego...-Ele me interrompeu me dando um beijo. -Você me deve cinquenta dólares. -Eu disse interrompendo o beijo.
-Eu não. -Ele disse rindo e voltando a me beijar.
[...]
Quando chegamos na porta do prédio, os Prescher, a família dos Coisas, a minha mãe e o Nathan estavam lá para de despedir daquele babaca que estava se mudando para Los Angeles.
Parei e fiquei olhando eles de longe sendo acompanhada pelo Gabe.
-Se você quiser...-Ele começou.
-Não. Vamos. -Eu disse dando uma última olhada e indo junto com ele em direção ao elevador.
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