Sophie escrita por isabelaq


Capítulo 35
Capítulo 35 Quarto cinco estrelas, ou não


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que demorou mas é pq eu estava tendo provas, o meu computador tava de sacanagem pro meu lado e eu fui viajar, alias o capitulo foi inspirado na minha viagem :) me digam oque acharam



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Sophie POV

O meu celular começou a tocar e eu não sabia aonde estava e quando eu finalmente achei e disse alô desligaram na minha cara. Filho da puta.

Agora como se não bastasse o Prescher babaca veio aqui para me dizer que depois de muita insistência dele e da namoradinha dele, que pelo que entendi ligou todos os dias para a Prescher mãe pedindo isso, ele  vai poder ir para LA e quer que eu vá junto fazer sabe-se lá que caralho. Ele vai no final de semana e como eu não fiquei muito empolgada para ir minha mãe já veio fazer milhares de perguntas. 

[...]

-Tem certeza que não quer ir? -Minha mãe perguntou isso todos os dias desde o bendito convite.

-Tenho. -Rolei os olhos.

-Porque não?

-Me dê um bom motivo. -Ela cruzou os braços.

-Não to afim, tá ai um bom motivo.

-Vai, Soph, vai ser bom sair um pouco daqui. -Ela disse.

-Se você quer tanto se livrar de mim, então eu vou. -Disse saindo da cozinha e deixando ela lá. Peguei o meu material e fui para a escola sem dizer mais nada com ela.

-Eu vou com você nesse viagem ai. -Eu disse pro Prescher e sai andando em direção ao elevador.

-Nossa, com toda essa sua vontade de ir eu fico até animado. -Ele disse irônico parando do meu lado enquanto o elevador não chegava.

-Nossa, que legal. -Disse metralhando ele com os olhos e dando um sorriso falso.

[...]

Cheguei da escola e não achei as minhas malas. Minha mãe já quer se livrar de mim e nem fazer a mala pra mim ela faz? Nossa, hein?

-Cadê as minhas malas? -Eu disse assim que ela me atendeu.

-Você não quer ir então eu não vou te obrigar. -Ela respondeu.

-Mas agora eu vou mas não sei arrumar mala.

-Se você puder pedir pro Chris esperar uma hora eu vou ai arrumar tudo para você e te dar tchau. -Ela disse e eu concordei e desliguei o telefone.

-A gente vai ir um pouco mais tarde. -Eu disse quando ele atendeu e logo que terminei de falar desliguei o telefone não querendo saber se ele concordava com isso ou não.

-E quem disse que é você que decide? -Ele disse quando eu atendi o celular e desligou na minha cara.

Ele não quis me escutar e veio no horário que tinha sido combinado antes e eu obriguei ele esperar até minha mãe chegar e arrumar as minhas coisas. Depois que eu já estava com tudo pronto e nós conseguimos fugir das nossas mães que quase matavam a gente sufocados, parecia que iamos para super longe e que iriamos ficar lá por anos, começamos a nossa viagem.

-Você trouxe o carregador? -O Prescher disse quando eu peguei o celular para ouvir música.

-Merda. -Eu disse dando um tapa na minha própria testa. Eu só lembrei de trazer oque a minha mãe tinha me mandado pegar. O Prescher ria. -Para de rir. -Resmuguei.

-Para de ser chata. O carregador do meu não dá certo no seu. -Ele fingiu estar chateado mas eu sei que ele ria internamente.

-Ata. -Desliguei o celular para tentar economizar bateria e fiquei o caminho todo só olhando pela janela porque não tinhamos assunto, quer dizer tinhamos mas eu não queria falar sobre ele porque tem nome e sobrenome, e porque eu odeio dormir dentro do carro durante viagens, só quando eu to morrendo de sono.

[...] 

Menos de uma hora depois e depois de quase termos batido em outro carro chegamos em Los Angeles.

-Pega algum documento para a gente ir se hospedar. -O Prescher disse enquanto tiravamos nossas malas do carro. Eu parei e fiquei olhando para ele. -Você trouxe, né? -Neguei com a cabeça. -Sophie...-Ele parecia não acreditar. -Só não esquece a cabeça porque tá grudada. Puta que pariu. -Ele resmungou.

-Não é culpa minha. -Fiz bico.

-Vou tentar dar um jeito. -Ele disse e fomos até a recepcão do hotel.

Ele entregou um monte de papéis e uns documentos dele.

-Christopher Adam Prescher. -Li baixo pegando um dos documentos.

-Ela não trouxe documentos? -O recepcionista perguntou.

-Não. -O Prescher respondeu.

-A gente não vai poder hospedar ela. -O Prescher olhou para mim por alguns segundos. -A gente vai ver oque a gente faz, só um minuto. -Ele disse me puxando para um canto. -Você pode dormir no carro. -Ele disse.

-Não. Eu não vou dormir sozinha no carro, vai que alguém rouba o carro comigo dentro ou...

-Tá, entendi. -Ele disse voltando para a recepção e depois voltou. -Sua mãe pode mandar algum documento? -Ele perguntou. 

-Acho que sim. -Concordei.

-Liga para ela. -Ele disse e então peguei o meu celular porque eu sabia que a bateria não ia durar muito mesmo.

-Mãe, como você me manda viajar sem documentos? Se eu morresse na estrada como iriam identificar o meu corpo? -Eu já fui falando quando ela atendeu. Mania chata.

-É muita coisa para lembrar.

-Eu preciso deles para poder me hospedar no hotel se não o Prescher babaca vai me fazer dormir no carro e se me sequestrarem, roubarem o carro comigo dentro ou sabe-se Deus lá oque?

-Tá, eu vou mandar, só me diz como eu faço.

-Perai. -Eu disse e dei o telefone pro Prescher que começou a andar em circulos enquanto falava com ela e eu fui me sentar em um sofazinho que tinha ali.

Vi quando o Prescher entregou o meu celular rosa para o recepcionista que estava todo engravatado e tinha cara de bravo e eu achei isso tão engraçado que comecei a rir sozinha como uma perfeita retardada.

Passados alguns minutos o Prescher veio e se sentou do meu lado.

-E agora? -Perguntei pegando o meu celular de volta.

-A gente vai ter que esperar a sua mãe manda uma foto de algum documento seu por e-mail.

-Você viu o cara falando no meu celular rosa? -Eu comecei a rir de novo e ele riu junto comigo.

-Vi. Não, eu falei também, merda. -Ele colocou a mão no rosto e riu também e eu ri mais ainda percebendo isso.

Continuamos ali esperando oque pareceram séculos. Eu já estava deitada no ombro do Prescher, tinha tirado os meus sapatos e parecia que eu estava no sofá de casa. O homem dá recepção fez sinal que não com a mão e o Prescher voltou lá mais uma vez.

-Vamos embora. -Ele disse quando voltou.

-Oque aconteceu? -Perguntei sem entender nada.

-Mesmo mandando o seu documento eles não vão te hospedar.

-Vamos dar umas sapatadas na cara dele. -Eu disse segurando os meus sapatos. Isso fez ele rir um pouco.

-A gente devia mesmo. -Ele fuzilou o recepcionista com os olhos. -Enfia esse hotel no... -Ele disse saindo de lá sendo seguido por mim.

Fomos tentar nos hospedar em outro hotel mas foi a mesma coisa que no primeiro e o Prescher não me deixou tentar passar escondida pela recepção e me esconder no quarto.

-A onde a gente vai dormir? -Eu perguntei fazendo bico.

-Não sei. -Ele disse e entramos mais uma vez no carro e ficamos horas rodando e rodando até chegarmos em um motel de estrada.

-Você não vai querer dormir aqui, vai? -Eu perguntei quando ele parou na frente daquele lugar estranho.

-Tem ideia melhor? -Ele me olhou arqueando a sobrancelha. Discordei com a cabeça. -Então sim. -Ele tirou o cinto e saiu do carro.

Além de estranho aquele lugar era feio para caralho e as pessoas que estavam ali também eram todas estranhas. Me agarrei no braço do Prescher olhando com medo em volta enquanto ele negociava quanto ficaria para podermos ficar em um dos quartos uma noite toda. O preço ficou no quanto ele queria então voltamos para estacionar o carro em algum lugar seguro, pegar as malas e demos uma passada no mercado para comprarmos garrafas de água e pasta de dente e algumas coisas que o Prescher quis comprar.

De volta para aquele lugar feio fomos para o nosso quarto, sim um quarto só,  cinco estrelas. É um daqueles que tem aquelas camas redondas, não acredito.

-Posso repensar a ideia de dormir no carro? -Eu disse.

-Não, vai que alguém rouba o carro com você dentro. -Ele disse.

-Eu não queroooooo...-Resmuguei.

-Oqueeeee? -Ele disse.

-Dormir ai.

-E eu quero por acaso? -Descordei.

Ele tirou o lençol da cama e colocou algumas peças de roupas e as nossas toalhas no lugar dele, escovou o dentes usando a água de uma das garrafas d'água que compramos e eu fiz igual. Passamos um desodorantes já que, eca, não ia dar pra tomar banho.

Eu já estava morrendo de sono e acho que ele estava pior que eu. Deitamos cada um para um lado da cama e eu apaguei completamente.

-Snif...snif..snif...-Disse o rato me acordando.

Não...não...não, rato não. Fiquei em silêncio para ter certeza que não era coisa da minha cabeça e ouvi de novo.

-AHHHHHHHHHHHHHHH...-Gritei loucamente pulando para cima do Prescher.

-QUE FOI? -Ele acordou assustado.

-Tem ratos aqui...-Eu disse e estava chorando. Tá, eu morro de nojo e medo de ratos. Fico imaginando eles subindo em mim e isso me apavora. Ele me olhou parecendo não acreditar que eu estava chorando, pegou o celular e iluminou todos os lados do quarto.

-Não vi nada. -Ele disse rouco de sono.

-Ele pode estar escondido...eu quero ir embora. -Resmunguei. 

-Então pode ir. -Ele disse e voltou a se deitar.

-To com medooo...-Balancei ele.

-Eu protejo você, nenhum rato vai chegar perto. -Ele disse com os olhos fechados.

Me deitei do lado dele escondendo o rosto perto do pescoço dele, apertei os olhos o mais forte que eu consegui e fiquei assim até conseguir dormir.

[...]

-Olha o rato. -Ouvi o Prescher dizer e alguma coisa relar na minha perna e acordei dando um pulo assustada. Ele riu. -Bom dia.

-Idiota. -Eu levantei indo dar tapas nele.

-Foi só brincadeira. Ai, Sophie, para. -Ele disse e continuou levando tapas. -Vamos embora daqui. -Ele disse quando parou de apanhar e saiu andando e eu continuei de pé em cima da cama com medo de sair dali e dar de cara com o senhor Ratão. -Fala sério. -Eu ignorei e continuei olhando para os lados vendo se estava tudo "limpo". -Eu já volto. -Ele disse levando todas as nossas coisas para fora e me deixando sozinha com a companhia que eu não queria. -Vem. -Disse quando voltou e me pegou no colo e me levou até o carro. 

-Obrigada. -Eu disse mais aliviada.

-De nada. -Ele balançou a cabeça negativamente provavelmente me achando um idiota.

[...]

-PARAAAAAAA...-Eu gritei. 

-Que foi, maluca? -Assusteu ele de novo.

-Para ali. -Apontei para um sei lá oque, parecia uma lojinha de convenciencia misturada com um lava jato ou sei lá, só sei que tinha uma torneira.

-Porque?

-Paraaa..-Resmunguei e resmuguei até ele parar.

Desci do carro e fui até a lojinha e comprei, com o dinheiro do Prescher, tudo oque eu ia precisar para tomar banho e que ele não me obedeceu e não comprou ontem.

Voltei para o lado de fora e tirei a minha blusa e o meu shots ficando pela segunda vez de roupa intima na frente do Prescher que nem desfarçou, se encostou no carro de braços cruzados e ficou olhando oque eu estava aprontando.

Fiz malabarismo para molhar o cabelo e foi pior ainda na hora que eu tive que tirar a espuma do shampoo dele. Quando eu finalmente consegui foi a parte do corpo que eu pensei que seria mais fácil mas não. Depois de finalmente conseguir tomar o tal banho, fui lá e tomei mais um banho de desodorante e coloquei roupas limpas.

-Pronto? -Ele perguntou.

-Sim. -Entrei no carro e ele fez o mesmo dando um sorrisinho e então continuamos o caminho para não sei aonde.


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