Sophie escrita por isabelaq


Capítulo 32
Capítulo 32 Feliz ano novo




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Fiquei sentada na portaria esperando o meu pai vir me buscar para irmos jantar e no elevador eu encontrei com o Nathan que me disse que vai para a casa do pai nele nesses dias de férias e eu finalmente conheci a mãe dele. 

Vi meu pai chegando de táxi e fui para o lado de fora para encontrar com ele. 

-Oi, filha. -Ele disse vindo sorrindo em minha direção. 

-Oi. -Sorri e dei um abraço rápido nele. 

-Vamos jantar? 

-Vamos. -Sorri e entrei no táxi e me sentei bem ao lado da minha madrasta que estava com o meu irmão no colo. 

-Oi, Sophie, que bom conhecer você pessoalmente. -Ela me disse sorrindo. 

-É bom conhecer você também. -Sorri fraco. 

-Seu jeito de falar é estranho, quer dizer...diferente, sabe? -Ela disse e isso me irritou. 

-Morando sete anos na Inglaterra claro que é, ou você acha que depois de tanto tempo eu iria continuar falando do mesmo jeito que eu falava no Brasil? -Respondi fazendo cara feia e ganhei um olhar do meu pai como se ele me fuzilasse, mas eu não disse nada além da verdade. 

-É, eu sei. -Ela disse.

-Então...-Sorri falso. 

Depois de algum tempo de silêncio começamos a conversar sobre coisas aleatórias até que trouxeram os nossos pratos, mas eu devia ter mesmo imaginado que esse jantar não era apenas para eu conhecer a minha madrasta pessoalmente, ainda mais em um restaurante como esse, porque se fosse só isso poderíamos ter ido para qualquer lugar.

-Como estava a comida? -Meu pai perguntou. 

-Ótima. -Eu gorda logo respondi. 

-Concordo. -A minha madrasta concordou. 

-Você também acha, filho? -Meu pai perguntou para o Arthur.

-Acho. -Ele respondeu. 

-Então...-Meu pai começou. Lá vem. -...tem mais um motivo para esse jantar. -Sabia, eu sabia. -Eu queria aproveitar que estamos aqui para dar essa noticia pessoalmente. -Ele olhou para a minha madrasta sorrindo como se dissesse para ela contar. 

-Bom, eu estou grávida. -Ela disse saltitante e eu fiquei em choque. -Vamos dar mais um irmãozinho... 

-Ou irmãzinha. -Meu pai interrompeu. 

-...para vocês. -Eu continuava com a boca aberta. Tomara que seja menino porque a única menina daquele pai ali sou eu. Sim, eu estou com ciúmes de um bebê que ainda nem nasceu porque ele, ou ela, vão ter o pai por perto diferente de mim e ele vai fazer com esse bebê tudo oque ele fazia comigo e tudo que eu faria mais acabei perdendo, mas não se preocupem eu não vou odiar ele por causa disso, foi a mesma coisa quando o Arth nasceu, eu vou superar mas mesmo assim ainda quero que seja um menino. 

-O que achou, Soph? -Meu pai perguntou. 

-Ah...isso é...isso é...é ótimo. -Eu respondi. 

No resto da noite ficamos falando sobre oque eles sonham sobre esse bebê e essas coisas, nada que fugisse desse assunto, isso só aconteceu quando eu virei o assunto e eles começaram a falar que eu sou linda e que muitos meninos devem se interessar. Aham, claro. O que eu quero que se interesse não se interessa e acho que todos os garotos, além do Dylan, tem bom gosto e nunca iriam me escolher como namorada. 

-...mas eu não estou falando que ela precisa namorar agora, eu estou falando que quando ela resolver começar a namorar tem que ser um bom rapaz. -Minha madrasta discutia com o ciumento do meu pai que dizia que eu não iria namorar enquanto ele estivesse vivo, mas depois mudou o discurso que só vai me deixar namorar quando eu  tiver 60 anos e estiver velha e enrugada e ninguém vai me querer. Ótimo pai. 

-Eu entendi mas por mim ela não namoraria. 

-Por você mas um dia ela vai gostar de um garoto, se ela não já estiver gostando...-Puta que pariu.-...e ela vai querer namorar ele e se ele gostar dela...-Mas não gosta.-...vai querer namorar ela também. 

-Você não tem ninguém em mente, tem? -Meu pai perguntou me olhando. 

-Não. -Menti. 

-Ótimo.    

[...]

Todos os dias que meu pai ficou por aqui eu tive ele todo para mim praticamente e quando eu não estava com ele estava com a minha avó e acabou que eu nem vi o Prescher e talvez eu esteja com um pouco de saudade...só um pouco. O meu pai foi embora porque a Ana Luiza estava começando se sentindo mal igual as grávidas fazem e ela também tem médico marcado, ela já sabe da gravidez a algum tempo, e muitas coisas que fizeram ele a ser obrigado a ir embora e hoje a minha vó foi também, eu não queria que ela fosse, na verdade eu e minha mãe queremos que ela venha morar com a gente, para isso nos mudariamos de apartamento, ela já está idosa para ficar sozinha e ainda mais morando tão longe da gente mas ela se recusa de sair da casa onde sempre morou com o meu falecido avô desde que se casou. Bom, pelo menos ela poderia ter ficado até o ano novo mas fazer oque, teimosia é de família. Foi bom enquanto durou. 

[...]

Ano novo, vida nova? Tomara que 2013 me ajude porque é muito para pouca eu, bem pouca mesmo porque né? Ainda tenho que me resolver com os gêmeos que ainda se recusam a olhar para mim e para o Prescher e falando nele eu tenho que esquecer essa droga dessa paixão por ele e isso tirando os problemas que eu tenho desde sempre. 

-Oi. -O Prescher me disse e eu estou vendo ele pela primeira vez desde o Natal. Nós vamos juntos para a praia para comemorar a virada do ano e vamos encontrar com os nossos pais, que resolveram nos mandar mais cedo para arrumar um lugar para ficarmos na areia, depois. 

-Olá. -Sorri mostrando todos os dentes. Como eu ele está todo de branco e bom, ele está lindo assim, na verdade ele é lindo sempre e...para...para...para...esquece essa paixão maluca, Sophie, para.

-E essas flores? -Ele disse olhando para uma coroa de flores que eu estava usando no cabelo. 

-Achei que iria combinar com o vestido e com a ocasião, sei lá. -Eu ri olhando para o chão. 

-Vamos? -Ele perguntou depois de um silêncio constrangedor que durou alguns segundos. Concordei com a cabeça e fomos para o carro dele. 

Todo o caminho para a praia fomos feito retardados, feito não sendo retardados como sempre somos, gritando "feliz ano novo" para todas as pessoas quem vimos na rua e apesar de faltar quase duas horas para a virada do ano já tem congestionamento de carros perto das praias e a praia está simplesmente lotada. 

-Quanta gente. -Eu disse olhando em volta. 

-É...eu sei onde podemos ir. -Ele disse saindo andando e eu o segui. -Esse é o pier de Huntington Beach. -Ele disse quando chegamos lá. Não sei como ninguém pensou naquilo, estava vazio, só tinha uma pessoa ali e outra ali, nem se compara com a situação da praia. 

-Nossa, que lindo. -Eu disse olhando tudo de lá e ele concordou fazendo o mesmo.

O tempo foi passando e nada de sinal dos nossos pais por lá então resolvemos comemorar a chegada do ano só nós dois mesmo. 

-Que 2013 humilhe 2012. -Eu disse baixo quando a contagem regressiva tinha começado. 

-10...9...8...7...-Todos diziam juntos.-...6...5...4...3...2...1...FELIZ ANO NOVO. -Então todos gritaram e começaram a pular, se abraçarem e desejar feliz ano novo uns aos outros. 

-FELIZ ANO NOVO. -Eu gritei saltitante para o Prescher. Sempre me empolgo com essas coisas mesmo sabendo que o ano que acabou de nascer vai ser a mesma droga do que...morreu? 

-FELIZ ANO NOVO, ANÃ. -Ele gritou igual a mim e então nos abraçamos e ele me ergueu do chão e me rodou, oque eu achei engraçado e me fez rir igual uma hiena com problemas mentais. 

Parece que nós dois tivemos a mesma ideia: dar um beijo no outro, no rosto claro, só que não deu muito certo não... 

-Ops...desculpa. -Eu disse corando apesar de eu ter gostado.

-Não precisa se desculpar, foi sem querer. -Ele deu um sorriso e estava tão vermelho quanto eu. 

Ficamos vendo os fogos de artificio de lá, estava simplesmente tudo muito lindo e eu tenho certeza que parecia uma criança que ganhou o melhor presente do mundo. 

Depois que os fogos estavam chegando ao fim e não tinham mais tantas pessoas na praia fomos para lá porque eu queria pular onda, na verdade eu nem reparei se eles fazem isso aqui mas eu quero fazer mesmo não acreditando nessas coisas. Começamos a pular as ondas e ai quando eu percebi eu estava sendo jogada na água e depois estava correndo atrás da coroa de flores que estava sendo levada para as ondas, tudo culpa do idiota mais babaca da face da Terra também conhecido como Christopher Prescher. Me vinguei, claro que me vinguei, puxei e pulei em cima dele até conseguir derruba-lo, com a ajuda de uma onda, e nós ficamos ensopados e começamos outra guerra d'água. 

A água estava gelada e não demorou muito para mim sair de lá tremendo de frio oque fez o besta do Prescher rir, apesar de eu saber que ele também estava com frio. 

-Para de rir de mim. -Resmunguei fazendo bico. 

-Tadinha da Soph, está com frio é? -Ele fez aquela voz que fazemos para falar com cachorros. 

-Eu sei que você também está. -Continuei resmungando. 

-Vem aqui. -Ele me puxou para perto apesar de aquilo não ajudar nada, ele estava tão molhado quanto eu, se duvidar até mais. -Vamos procurar os nossos pais. -Ele disse já olhando em volta. 

Andamos, e andamos e andamos mais ainda. Tinha areia grudada até a minha canela e eu já estava quase seca, com exceção do cabelo que continuava úmido. 

-Feliz ano novo. -Eles disseram todos juntos quando nos viram e logo nós tratamos de parar de nos abraçar. 

-Feliz ano novo. -Dissemos. 

-Vocês estão molhados, oque andaram fazendo? -Prescher mãe perguntou. 

-Nada. -Eu disse. 

-Sei. -Minha mãe respondeu. 

Pegamos taças de champagne e copos de coca-cola e fomos brindar o ano novo. 

-Que esse ano tenhamos muita saúde...-A Prescher mãe começou com um discurso gigante e depois a minha mãe fez um parecido. 

-Tudo  de melhor para todos nós hoje e sempre, que essa ano seja abençoado. -Prescher pai disse. 

-Esse ano vai ser louco. -Prescher disse e ai todos me olharam como se fosse para mim dizer algo. 

-Que 2013 deixe 2012 no chinelo. -Falei e então todos brindamos. 

Ficamos lá olhando para o céu e conversando até que começamos, lê-se nossos pais, a receber ligações perguntando se iriamos na comemoração de ano novo do prédio e então fomos para lá. 


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Notas finais do capítulo

oque acharam desse capitulo? Queria mesmo saber hahah enfim,beijos.



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