- Mãe!

- Ben... Benjamim por que fez isso com a mamãe filho? - disse Susana se ajoelhando com o menino no colo.

- Me desculpe mãe eu não queria te assustar. - Benjamim ainda estava com a voz fraca, o liquído da flor de fogo não o havia curado totalmente na verdade ele ainda estava com o corte e se sentia mal, também o motivo de Benjamim ter voltado a vida não foi o fato de Caspian mostrar-lhe o caminho mas o fato de Susana ter clamado o nome de Aslam! o leão não estava brincando quando disse que o menino seria a ponte entre Susana e Nárnia.

- Por que você não gritou Ben? eu fiquei desesperada.

- Mas eu gritei.

- Tudo bem, não diga mais nada amor, não se canse. Eu tenho que te levar ao hospital agora mesmo, eu só não sei como.

A chuva tinha ficado muito forte e não havia ninguém por perto como Susana levaria Benjamim até o hospital, já que ele não poderia se movimentar muito devido ao corte. Com muito esforço e cuidado Susana conseguiu sair de sua mansão, e a poucos metros de distância avistou um carro de polícia que logo parou ao ver a moça com um menino no colo. O policial fez um sinal a Susana dizendo que ela poderia entrar.

- Senhora Pevensie?

Susana conhecia o muito bem, aquele era o mesmo policial que lhe deu aquela terrível notícia.

- Policial Reynald, o senhor pode me levar ao hospital? eu lhe pago qualquer coisa.

- Não se preocupe com isso senhora Pevensie. É uma pena encontrá-la sempre em uma situação trágica.

Depois de falar um pouco com Reynald, Susana não parou de pensar em nenhum instante o motivo de ter tido aquela visão com Edmundo, aquilo parecia tão real e por que ela passou aquela flor nos lábios de Ben? Quem era Aslam e porque ela disse aquelas coisas sem sentido? - essas perguntas atormentaram Susana até ela chegar ao hospital. Benjamim foi atendido as pressas, e logo os médicos tranquilizaram Susana dizendo que o menino já estava fora de perigo e ia ficar bem, mas Susana só ficou mais calma quando Robert chegou.

- Susana como foi que isso acontceu? perdão amor, se eu não tivesse ido ao trabalho e tivesse levado vocês logo nada disso teria acontecido.

- Não é culpa sua Bob! - eles se abraçaram, - Eu acabei dormindo e não ajudei nosso filho.

- Susana... meu deus eu quase morri quando o policial Reynald me contou, ele foi me procurar no emprego, se não fosse ele até agora eu não saberia de nada.

O medico chegou perto dos jovens pais e lhes disse que eles poderiam ver Benjamim, para a alegria e alívio dos dois.

- Ah... filho perdoa o papai, eu te amo tanto e quando você mais precisou não pude ser o seu heroí.

- Anjinho como você está? a mamãe também te ama muito.

- Bem mãe, mas pai o policial me ajudou muito, mas eu tenho outro heroí que me ajudou a voltar para mamãe. Ele se chama Caspian X.

Susana segurava a refeição de Benjamim que a enfermeira deixara com ela, mas ao ouvir esse nome Susana derrubou tudo. Ela já tinha ouvido esse nome em outro lugar mas onde? ´´ ... Os únicos coitados que quiseram você foram Rabadash e Caspian... ´´ Lúcia foi ela que já havia dito esse nome, ela também disse que foi esse príncipe o primeiro a beijar Susana, mas se Susana nunca havia dito isso a Benjamim como ele sabia o nome dele? será que Bnejamim a ouviu quando ela conversava com Robert a respeito? - tudo isso dançou na cabeça de Susana em poucos segundos. Quando ele voltou em si reparou que uma faxineira havia limpado a bagunça, Robert pensou que o filho estava apenas tendo alucinações por ter desmaiado.

- Mãe por que você deixou a bandeija cair quando eu falei o nome do Caspian?

- Filho ele deve ser apenas um fruto da sua imaginação.

Benjamim desde pequenino adorava ler e desenhar, o garoto desenhava muito bem e os pais sempre acharam que no futuro ele seria um artista.

- Eu posso provar que ele é real mãe, eu desenhei ele bem aqui. - E entregou o papel a Susana.

Susana quase caiu quando viu a foto do homem misterioso que não saía de sua cabeça, ela estava fraca e precisou se ausentar.

- Su você está bem?

- Não, não eu só preciso de uma água. - disse com a voz tremula, e Robert nem se lembrou desse nome que ele já ouvira atravez de Susana.

...

- Então Lilian está gostando do passeio?

- Adorando, você sua amizade me faz tão bem.

- E é só a amizade que você quer?

- Por que me pergunta isso? você pode me dar mais?

- O que você quiser! - Eles ainda estavam no unicórnio e Pedro se virou para trás, para olhar a formosa mulher que estava com ele. Seus lábios ficaram tão próximos, mas tão próximos que quase, quase se Pedro não tivesse se controlado, haveria um grande, quente, e apaixonado beijo.

- É melhor descermos agora! - disse o grande rei saindo do transe. E pegou uma grande cesta.

- O que tem aí Pedro?

- Na cesta? bom tem umas coisinhas para comermos!

- E por que você trouxe comida para dois? você disse que só estava dando uma volta, por acaso você já estava planejando o nosso encontro? - Lilian perguntou ansiosa esperando ouvir alguma coisa de Pedro que lhe desse uma pista sobre os sentimentos dele por ela.

- Bom, eu me senti tão bem por estar ao seu lado ontem, tudo o que a gente passou em tão pouco tempo foi muito especial para mim. Eu só passei perto de sua casa com a intenção de te ver de novo e por ter a esperança de viver momentos inesquecíveis ao seu lado. E confesso estar muito constrangido por te confessar.

- Não deve se sentir constrangido, isso só mostra que você confia em mim e também devo confessar que não consegui dormir de novo só pensando em você.

Pedro se sentiu muito nervoso, ele passou a manhã inteira programando seu reencontro com Lilian para que tudo fosse perfeito e para que ela desejasse passar mais tempo ao seu lado. Mas tudo estava indo por água abaixo, Rilian já o havia envergonhado muito e ter Lilian atrás de si envolvendo seus braços aveludados em sua cintura quase o fez perder a direção de sua montaria, e agora aquelas palavras dela o fez pensar que o que ele estava sentindo só poderia ser amor mas nosso rei só teria certeza ao fim da tarde.

- O que vamos fazer agora?

- O que acha de montar sozinha? quer aprender a cavalgar?

- Tenho medo de cair!

- Eu vou te segurar, confie em mim.

Liliandill adorou cavalgar, ela morria de medo mais Pedro lhe passava tanta segurança que ela só quis aproveitar o momento. Depois de aprender vários truques com o cavalo, Lilian quis descer para aproveitar o resto do tempo com Pedro.

- Já está com fome Lilian?

- Sim eu não tomei o café da manhã.

Eles viram os vários alimentos que Pedro havia levado e Lilian escoheu comer uma maçã primeiro.

Lilian deu uma mordida e Pedro perguntou: - Por que você escolheu a maçã primeiro? tem coisas muito mais gostosas na cesta.

- Escolhi porque ela é vermelha como amor, como a paixão e como a sua boca. Quer um pedaço?

- E você quer a minha boca? ao dizer isso Pedro ameaçou dar uma mordida na bela maçã, mas sua boca o desobedeceu e foi direto aos dedos de Lilian deixando um simples beijo nas mãos de Lilian.

Mas Pedro precisava cortar o mal pela raiz, e puxou sua espada assustando Lilian.

- O que acha de aprender um pouco de esgrima? eu trouxe duas espadas.

- Você pensou em tudo! é claro que eu aceito.

Pedro ensinou a Lilian como segurar a espada, como ter postura e tudo o que é necessário para evitar acidentes. E eles começaram a lutar, e a luta dos dois parecia mais uma dança, as espadas não se encontravam apenas para uma guerra de brincadeira, mas para uma guerra onde esses dois corações desejavam saber o que o outro sentia. Liliandill estava tão concentrada nos olhos penetrantes de Pedro que acabou se ferindo.

- Ai,ai Pedro acho que me machuquei.

- A culpa foi minha, eu devia ter tomado mais cuidado.

- Não foi nada demais.

Pedro pegou um lenço e o pressionou na mão de Lilian, e mais uma vez o rei se perdeu no olhar da estrela e pensou: - se não for amor, só pode ser algo mais forte e eu não posso controlar. Pedro se sentia tão vulnerável a ela, ele era um grande guerreiro e nunca temeu o perigo, mas aquela mulher o fazia perder todos os sentidos inclusive a força, a força de se manter em pé a cada olhar Pedro se estremecia e chegou a conclusão que deveria fazer algo para tê-la só para ele, mas não precisava ser agora.

Em outra parte de Nárnia...

Era uma tarde ensolarada e todos os animais, filhos de Adão e Eva e todos os seres narnianos comiam e dançavam na praia. Apenas Aslam estava estranho e afastado de todos e só Rilian percebeu.

- Aslam aconteceu alguma coisa?

- Nada que tenha a ver com você filho de Adão.

- Quero ajudar, é alguma coisa sobre a minha rainha? sua cara parece estranha.

- Rilian você parece ser um rapaz muito brincalhão, mas também sabe ser sério e sábio.

- Antes eu era muito fechado, muito sério mas depois daquilo que aconteceu eu mudei e agora sei dar mais valor a vida e a liberdade, eu perdi muito anos da minha vida enfeitiçado e quero recuperar todo o tempo perdido que passei nas trevas.

- É sobre Susana sim meu filho.

- É grave?

- Susana agora tem um filho...

- Que bom, todos devem saber disso!

- Não, Rilian, todos dizem que eu devia fazer algo para trazer Susana de volta.

- E você fez?

- Eu tentei fazer algo, eu tentei matar o filho dela, quem sabe se ela sofresse outra perda poderia lembrar de tudo.

-  Aslam todos queremos que ela volte, mas isso seria egoísmo. E o menino morreu? está aqui?

- O menino está fora de perigo agora, seu pai tentou ajudá-lo, e Susana pediu em meu nome, e em nome de Nárnia também. Você já pediu algo em meu nome se lembra?

- Sim, se não fosse por isso eu teria morrido na cadeira de prata. Mas isso que você fez a ela ajudou de alguma forma?

- Sim serviu, mas agora terei de usar outro meio mais profundo que a própria morte!

- O que?

- O amor.

- Então vai fazer algo ao marido dela?

- Talvez. Mas me refiro a algo que está escondido dentro de Susana, seu pai Caspian...

Susana bebeu uma água e voltou a olhar para foto, e pensava: - Benjamim pode até ter ouvido minha conversa com Robert, mas como ele o desenhou perfeitamente? e por que falei de Nárnia? como  esse, esse... Caspian salvou Benjamim se só eu estava com ele? será que Nárnia existe? Lúcia também conhece Caspian. - Isso seria logicamente impossível.

Mas Susana realmente não tinha paz alguma, logo chegaram vários reporteres abordando susana.

- Senhora Pevensie, sabemos que hoje seria o aniversário de sua irmã que morreu no famoso acidente, também soubemos que a senhora quase perdeu seu filho hoje. Pode nos contar algo a respeito?

- Será que vocês podem me deixar em paz? não vêem que estou em uma éssima situação?

- E como a senhora gastou o dinheiro da herança? você é realmente sortuda! ficou com todo o dinheiro dos irmãos e ainda ganhou uma indenização pelo acidente.

- Vocês são uns miseráveis, eu não gastei dinheiro nenhum e nem me interessa. Como vocês têem a coragem de me chamar de sortuda?

O policial Reynald expulsou todos os jornalistas e entregou um jornal a Susana. O título  dizia: Inglesa sortuda escapa de acidente de trem em que toda a sua família morre e ainda fica com toda a herança.

- Eles são tão miseráveis que tiveram a capacidade de colocar a foto de Lúcia morta. - Susana se sentiu muito mal em ver a foto da irmã desfigurada e lançou o jornal com raiva no chão.

- Susana o médico disse que o Ben terá que ficar alguns dias no hospital em observação, eu posso ficar com ele e acho melhor você ir pra casa. Você não parece estar muito bem amor.

- Eu só preciso ir para casa mesmo. Qualquer coisa me avisa, amanhã eu veio ver o Benjamim.

Quando Susana chegou em casa estava muito atordoada com os recentes acontecimentos, e resolveu ir no porão, ver algumas coisas antigas de seus irmãos. Quando Susana abriu o velho guarda roupa, viu outra caixa em baixo da caixa de lembranças de seus irmãos. Ela pegou essa caixa mais antiga abriu e viu um diário velho e sujo, e vários papéis, um papel caiu no chão e Susana curiosa pegou para ver. No topo da folha estava escrito A promessa, parecia ser uma música, esse não parecia ser o título da canção, Susana ainda estava com a foto de Caspian na mão e começou a ler a letra da canção que ela mesma havia escrito:

http://www.youtube.com/watch?v=fqAHJwPOx5k

Eu sou ... a que na escuridão adverte que estás, aqui

Eu sou ... a que até ama a sua ausência.

Eu sou ... a que guarda seus sonhos junto aos seus

Eu sou ... a que nunca te esqueceu

E, embora a dor seja tensa

E  congele a alma, e viva para sempre ...

Muito perto de mim

Eu sinto falta ... a cada dia, a cada hora, a cada minuto

Mas... por que os anos se afogam em lágrimas

Ainda mais... e não posso esquecer, não quero te esquecer não

E isso eu nunca farei...

Eu sou... a que vive  a espera de sua chegada

Ainda que... eu jamais eu volte a ter ver

Volte a te ver...

Eu sinto falta mais ... a cada som, a cada sonho, a cada palavra

Mais... o quanto de reste de vida, a cada respiração

Mais... e não posso esquecer, não quero te esquecer

E isso eu nunca farei...

Não esquecerei...

Enquanto lia a letra da música, Susana não deixou de pensar de jeito nunhum em Caspian. Ela olhava para foto e olhava para a letra e pensava que essa música só poderia ser para ele, mas de onde Susana o conhecera? ela sabia e era fato, que ela o amava mas de onde ela o conhecia? será que ela era se sua escola? será que ela prometeu algo a ele? porque a música parecia uma promessa, isso ela não lembrava, mas tinha algo na canção que era verdade: ela nunca o esqueceu, em nenhum dia de sua vida, era impossível Susana deitar em sua cama e não pensar nele.

Susana se deitou no sofá fechou os olhos e tentou relaxar um pouco, mesmo de olhos fechados ela podia ver ele... - Caspian! - e abriu um largo sorriso ao dizer esse nome, fazia tantos anos que ele morava em sua mente que Susana chegou até a pensar que ele era fruto de sua imaginação, mas Benjamim e Lúcia a fizeram deixar essa hipótese de lado. Sempre que Susana ficava nervosa ou tensa, ela pensava nele para relaxar, aquilo sorriso a fazia se sentir a pessoa mais feliz do mundo, ela amava Robert e sabia que ele valia ouro, mas o que ela poderia fazer se Caspian não saía de sua mente e agora que ela sabia o nome dele ficaria muito mais difícil esquecê-lo, e ela não queria esquecer como dizia a música. Ela estava quase pegando no sono e começou a sussurrar: Eu nunca vou te esquecer amor, você está em meus sonhos porque é o meu maior sonho.

Quando despertou daqueles maravilhosos pensamentos ela sorriu, Susana queria ficar pensando em Caspian a noite toda se pudesse, mas ela sentiu um pouco de remorso, seu filho estava no hospital depois de quase ter morrido e seu marido estava lá e ela que deveria estar preocupada pensando em seu filho, estava pensando em um homem que nem ao menos existia. Já estava muito tarde em tão Susana tomou um banho e foi dormir, assim que ela se deitou dormiu pesadamente o dia havia sido muito cansativo e cheio de emoções. Mas essa noite seria diferente de todas as outras porque os sonhos não deixariam Susana em paz até que ela deixasse Nárnia entrar em sua vida e uma vez.

http://www.youtube.com/watch?v=P2-z14GBxHo

´´ - Susana confie nesse arco e ele quase nunca vai errar. - Mas você não disse que batalhas são brigas feias?. - Apesar de não ter problemas para se expressar toque essa trompa e o auxílio virá. - E Susana recebeu aquele artefato místico. ´´

´´ O grande leão sai da tenda e todos a sua volta se curvam, logo após Susana e seus irmãos fazem o mesmo. - Onde está o outro filho de Adão? -  Sabe senhor é que tivemos um imprevisto pelo caminho. ´´

´´ - Você vai morrer sozinha porque ninguém gosta de criançinha que ainda por cima é maluca e mentirosa... - Desculpe ser pessimista, afinal brincamos juntas não é mesmo? - É antes de você ficar chata. - Ah é? Susana jogou água em Lúcia que revidou, elas foram se secar e logo foram surpreendidas por Maugrim. Susana toca sua trompa pela primeira vez e é atendida por Pedro, que veio salvá-las.´´

´´ Aslam estava preso a mesa de pedra quando foi golpeado pela feiticeira branca. - desespere-se! elas choraram amargamente a morte de Aslam e o abraçaram. - Nessa parte do sonho Susana ouve um tremendo rugido, e mesmo dormindo as lágrimas desceram pelo rosto de Susana´´

´´ Pedoe-me majestade agora me lembro de tudo perfeitamente você é rainha sim, a rainha dos lunáticos... Pelos brilhantes mares do ocidente rainha Lúcia a destemida´´

´´ Pelo radiante sol do sul rainha Susana a gentil, e foi coroada pelo fauno Tumnus. Os quatro se sentaram em seus respectivos tronos e foram adorados... viva o rei Pedro, viva o rei Edmundo, viva a rainha Susana e viva a rainha Lúcia´´

Susana se revirava na cama de um lado para o outro, ela não queria acreditar e seu subconciente lutava contra aquilo, era como se ela estivesse acordada e de olhos fechados, ela queria acordar mas não conseguia ela sabia que era um sonho, mas agora ela estava nas garras de Aslam e não acordaria até reconhecer que tudo o que ela viveu era verdade, Susana só sairia daquela cama quando descobrisse e aceitasse a verdade que ela tentou esquecer. Susana estava praticamente em estado de coma...

Comatose/ skillet

http://www.youtube.com/watch?v=-zxMwgk1IkY

Eu odeio me sentir assim

Eu estou tão cansado de tentar lutar assim

Eu estou dormindo e tudo que sonho

É acordar com Você

Diga-me que Você me ouvirá

Seu toque é o que está me fazendo falta

E quanto mais eu escondo, eu percebo

Eu estou perdendo Você lentamente

Em estado de coma

Eu nunca irei levantar sem uma

Overdose

de Você

Eu não quero viver

Eu não quero respirar

A não ser que eu sinta Você ao meu lado

Você alivia a dor que sinto

Acordando com Você, eu nunca me sentiria tão real

Eu não quero dormir

Eu não quero sonhar

Porque meus sonhos não me confortam

Do jeito que Você me faz me sentir

Acordando com Você, eu nunca me sentiria tão real

Eu odeio viver sem Você

Morto erroneamente por sempre duvidar de Você

Mas meus demônios posicionam-se em espera

Tentando-me a me afastar

Oh como eu adoro Você

Oh como eu tenho sede por Você

Oh como eu preciso de Você

Respirando vida

Despertando

Meus olhos

Se abrem

´´ Eles estavam na estação de trem quando, um passa e abre caminho para um novo mundo que eles já conheciam, Susana e Lúcia se olharam e sairam correndo em direção a praia´´

´´ - Principe Caspian?, - pensei que fosse mais velho!, - se quiser podemos voltar daqui uns anos. - não, não é isso, é que vocês não são o que eu esperava. - diz o príncipe Caspian olhando apaixonadamente para Susana, que sente seu coração bater por amor pela primeira vez.´´ Então era ele que habitava em sua mente, e despertava o amor nela todos os dias, era ele o príncipe Caspian.

Várias coisas se passavam na mente dela rapidamente: ela e Caspian treinando arco e flecha, a invasão no castelo de Miraz, Caspian apontando a espada para seu tio - Caspian isso não vai adiantar nada! ela se lembrou que era uma ótima arqueira e também a primeira vez que usou seu arco, e também de como usou-o ferozmente para matar os telmarinos na invasão ela sentiu tanta adrenalina ao fazer aquilo.´´

´´- Escuta, acho que já está na hora de ter isso de volta. - fica, pode precisar me chamar de novo! ´´

´´ Susana estava preparada quando os telmarinos chegaram na parte da floresta onde ela estava, ela acertou um por um com suas flechas mas o último quase arrancou sua cabeça com a espada, Susana foi rápida e se esquivou caindo no chão e quando pensou que tudo estava perdido, chega o seu herói e grande amor para salvar sua vida. - tem certeza que não precisa da trompa? - ele estendeu a mão para Susana e ela subiu no cavalo´´

´´ A batalha de Pedro contra Miraz, Caspian agindo como um verdadeiro nobre ao perdoar seu tio, toda a batalha do Beruna se passou como um clarão na mente de Susana, e ela também recordou todos os anos que viveu na era do ouro´´

Finalmente chegou a despedida Susana ficou triste ao saber que não voltaria a Nárnia, ela estava falando com Pedro e Aslam quando Caspian desceu as escadas e ela lhe lançou um olhar suplicante. Ao perceber que teriam de partir de vez ela foi cumprimentá-lo e hesitante ameaçou ir... mas não poderia ir sem seu beijo de amor e o melhor abraço de sua vida. - Aslam talvez nunca tivesse gostado dela de verdade - pensou em sonho, mesmo ela gostando de alguém e amando pela primeira vez ele a expulsou de lá, pelo menos era isso que ela pensava ou melhor sonhava, mas ao pensar nisso mesmo em sonho ela ouviu um grande rugido e se arrepiou toda e isso foi por continuar resistindo a Aslam. Ela achou que ia terminar, mas na verdade estava apenas começando.

´´ - Susana... - disse Caspian. - Cas.. Caspian... é você mesmo? - ela disse com a voz trêmula.  - Vou te provar que é tão real quanto o meu amor por você...  Caspian puxou Susana pela cintura, olhou para a boca da moça com o maior desejo do mundo e beijou como se o mundo fosse acabar depois...  - Então me promete uma coisa?   Caspian segurou a mão de Susana e disse - Aconteça e que acontecer e não importa quanto tempo passe promete que nunca vai me esquecer?  - Pela minha felicidade eu prometo Caspian que não importa quanto tempo passe eu nunca vou te esquecer, nunca eu prometo! isso eu nunca vou fazer, eu não posso e nem quero te esquecer... Ísso só significava uma coisa: Caspian foi até o seu mundo só para vê-la de novo, ele mesmo depois de tanto tempo ainda a amava´´

´´ ...- Disse Caspian pegando a trompa mágica.   - Não pai isso não pertence a mim! Acho que deve ser entregue a verdadeira dona.       - Como lembrança minha e de meu filho aqui está sua trompa Susana, acho que um dia você irá precisar.   - Obrigada meus amores. Dessa vez não vou recusar preciso de alguma cisa que lembre vocês e a rosa plantarei no meu jardim... A rosa...  O prazer é todo meu majestade, e desculpe minha falta de reverência. - disse o principe se ajoelhando como um verdadeiro cavaleiro ele puxou uma linda rosa, a rosa mais brilhante e linda que Susana já vira em sua vida era a flor de fogo, a mesmo flor do qual era feito o elixir de Lúcia´´

´´ Susana pegue a trompa, pegue a trompa... a trompa mágica pegue-a, a trompa ela é a resposta, sua trompa pegue e prove... Susana pegue a trompa... trompa, a trompa mágica... a sua trompa... - dizia Caspian repetindo sempre a mesma coisa  - Toque isso e onde estiver o auxílio virá.´´

E foi assim a noite toda, ela só sonhou com Caspian mandando pegar a trompa.

Já havia amanhecido e o sonho não havia terminado, Susana ouvia sua trompa soar o tempo todo, e isso já estava a enlouquecendo. Susana se revirava na cama em uma luta feroz, aqueles jogos vorazes não terminavam nunca, ela suava muito, havia transpirado tanto que o travesseiro estava enxarcado, o rosto totalmente molhado de suor e lágrimas, o sono de Susana foi muito conturbado e embarassado, mas ao mesmo tempo foi prazeroso. Mesmo o sol anunciando o novo dia o sonho ainda não havia terminado:

- Por que filha, por que? eu te dei tudo. - dizia o leão. - por que me esqueceu Susana? eu te dei uma coroa, no seu mundo você não era nada e eu te fiz uma grande rainha, por que?

Várias vozes vieram a sua cabeça, e eram as mesmas vozes do sonho que ela teve mais cedo sobre o Ben...

- Você jogou fora todo o amor que eu dei a você Susana, você é um lixo.  - Pela minha felicidade eu prometo Caspian que não importa quanto tempo passe eu nunca vou te esquecer, nunca eu prometo! isso eu nunca vou fazer, eu não posso e nem quero te esquecer...

- Aslam, Aslam socorro, faz isso parar Aslam...  Aslam, Aslam me ajude... Me perdoe Aslam, Aslaaaaaaaaaaaaaaaaam. - E acordou, muito assustada e turbada, olhou tudo em volta e viu que havia sido un sonho. Correu para o espelho e viu como estava: molhada e descabelada. - Isso... isso é logicamente impossível, ao dizer isso ela ouviu um rugido tão forte que mais parecia um terremoto, o rosto de um leão apareceu rapidamente no espelho que se quebrou com o rugido.

Susana pensou que estava ficando louca. - Esse, esse sonho dever ter sido pelo o que ocorreu nos últimos dias. Se lembrou de Benjamim. - A flor... a flor de fogo, e veio em sua mente: ´´ uma só gota cura qualquer ferida´´ ela ficou com os olhos arregalados ao lembrar que quando a gota caiu nos lábios de Ben ele acordou.

- Não, não pode ser, isso... isso é impossível. Mas também não pode ser só um sonho, tudo o que eles disseram coincidiam com o sonho, tudo exatamente tudo. - O beijo no príncie! lembrou Susana, a Lúcia realmente era rainha... e eu também ou melhor nós quatro, ou cinco tem o Caspian, a flor de fogo era verdade, a promessa e por isso aquela música. Benjamim só pode ter ido ao país de Aslam, ele viu Caspian de verdade! - disse com a mão na boca.

-Não... não, eu estou ficando louca é, é isso visitar Lúcia me deixou assim e... eu vivi muitas emoções ontem e.. - Mas espera, disse sozinha - a trompa! ´´ Susana pegue a trompa!´´

Ela saiu correndo desceu as escadas desesperadamente e se lembrou:  A trompa é a resposta - Caspian disse. Quando chegou ao porão abriu o guarda roupas e pegou a antiga caixa, mas a trompa não estava lá. - Mas então... lembrou-se do rugido que quebrou o espelho. Onde eu guardei? ´´ Filha onde ponho esse negócio estranho, essa trompa sei lá? - mãe coloca no sobretudo!

Susana meteu a mão no bolso interno do sobretudo, e as mãos tremeram ao sentir algo, ao sentir o objeto enrolado em um pano. Ela desenrolou e viu a sua trompa mágica, e os olhos, ah esses não acreditaram no que viram, Susana pode segurar as lágrimas por três segundos e pensou: Nárnia! passados esses segundos ela libertou as lágrimas violentamente fazendo seu rosto arder de vergonha e ódio, é ódio de si mesma.

- Como eu pude? - e se jogou no chão.