Blood Promise Por Dimitri Belikov escrita por shadowangel


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Gente, segue mais um cap.

Só lembrando que esta parte não está no livro, é pura criação minha... então, não adianta procurar rs

Bem, espero que gostem!



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Apesar de ser uma imensa propriedade, não seria nada fácil chegar com Rose ali. Muitos dos Strigois que trabalhavam para Galina a odiavam e queriam o seu sangue a todo custo. Claro que além da vingança tinha também o status de ter acabado com uma dhampir exterminadora. Isso traria para qualquer um muito prestígio.

Mas eu tinha planos maiores para Rose e não deixaria que ninguém a machucasse. Ninguém que não fosse eu mesmo. Eu sentia que ela me pertencia. Era minha. Então, cabia somente a mim qualquer coisa que fosse contra ou a favor dela.

Carreguei Rose como se ela não pesasse nada. Naquela hora da noite, a maioria dos Strigois estava pelas ruas cuidando de seus próprios interesses ou dos de Galina. Poucos ficavam para vigiar a casa, por isso apenas dois me viram quando passei com Rose nos meus braços. Entrei rapidamente no quarto e a acomodei na cama. Assim, desacordada, ela parecia incrivelmente indefesa e inofensiva. Apenas parecia e eu sabia bem disso. Quando a deitei nos travesseiros, ela deu um longo suspiro, fazendo com que o ar quente que saía dela batesse perto do meu rosto, trazendo o seu cheiro diretamente para mim. Um cheiro tão familiar e estranhamente reconfortante. Eu não costumava me sentir assim depois que despertei. Ao mesmo tempo era algo que começava e me consumir e fazer com que eu me sentisse completamente invadido. Não era uma sensação boa. Eu não gostava de perder o controle sobre mim.

Aquilo fez minha mente girar quase sem comando. Até aquele momento eu estive somente focado em capturar e trancar Rose naquele quarto, não tinha me dado conta da aproximação física entre nós. Fechei meus olhos com força e quando abri novamente ela continuava ali, calma e serena. Observei seu rosto e corpo com cuidado. Lentamente, toquei em sua mão esquerda e uma mistura de calor e choque correu por mim. Sua pele era exatamente como eu me lembrava. Quente e sedosa. Alguns calos de suas mãos denunciavam os treinamentos pelos quais ela passou. Memórias e mais memórias vieram para mim. Todas as vezes que eu tive que me controlar naquele ginásio e me manter longe dela. Novamente, a sensação de ter outra pessoa vivendo a minha vida me bateu. Não podia acreditar que tinha perdido tanto, tanto tempo. Não podia acreditar que eu só a tinha tido uma única vez.

Eu continuei sentindo a pele de sua mão e as lembranças daquela noite na cabana começaram a saltar em minha mente como se tivessem acabado de acontecer. Todo aquele desejo e prazer agora pareciam aumentados. Agora era claro de como eu a queria novamente. Ainda acariciando sua mão não pude deixar de pensar como era estar em contato com ela de novo. Sua pele viva e quente. Segui com meus dedos até seu pulso, onde pude sentir seu sangue correndo pelas veias. Senti minha garganta queimar com o pensamento de ter o seu sangue em minha boca. Lutando contra mim mesmo, me afastei dela e saí rapidamente do quarto.

Do lado de fora, havia um corredor com outra porta. Eu me preocupei o máximo com segurança quando se tratou de Rose. Eu permaneci ali por alguns minutos, que pareceram horas. Quando sai finalmente Nathan estava do lado de fora como se me aguardasse. Eu o ignorei como sempre fazia.

“O que você faz nesse quarto?” Ele indagou e eu continuei fingindo que não ouvia o que ele falava. Ele me puxou com força. “Responda!”

Eu virei furiosamente para ele. “Não encoste em mim e se mantenha afastado deste quarto!”

“Ora, ora,” ele ponderou, com uma falsa calma. “Se você reagiu, então deve ter algo grande aí.”

Eu suprimi a vontade de arrancar sua cabeça fora. Mesmo com toda arrogância que ele tinha, ainda era um dos homens de confiança de Galina. Eu não podia arriscar nada neste momento. Qualquer passo em falso meu podia significar perder Rose e isso era algo que eu não conseguiria lidar. Eu olhei mansamente para Nathan.

“Este é um assunto de Galina. Vá perguntar a ela.” Eu disse. De qualquer forma era isso mesmo. Rose não estaria aqui se eu não tivesse conseguido convencer a Galina que tudo isso seria, antes de mais nada, bom para ela e para os negócios dela.

Eu andei rápido e resolvi falar com a própria Galina e atualizá-la do que estava se passando. Quando me aproximei da sala, senti o cheiro de sangue. Obviamente haviam trazido alguém para ela se alimentar. Foi quando percebi que estava com fome. Toda essa história de Rose me fez esquecer completamente de que não havia comido.

Como se estivesse sentido a minha presença ali, ouvi a voz de Galina me chamar. Quando entrei, haviam três humanos desacordados no sofá e um outro estava com ela, praticamente morto.

“Boa caça.” Ela disse quando percebeu que eu entrei, avaliando o cenário. A sala de Galina era luxuosa. Quando mais luxo existisse, mais reflexo de poder você teria. E eu gostava disso. Gostava de ver as coisas grandiosas e caras. Eu gostava daquela sala e me imaginava ali. Eu queria aquele lugar e iria ter.

“Eu poderia dizer para você se servir, sabe?” Ela apontou para o sofá. “Mas já tenho feito concessões demais para você.” A voz dela era gelada.

Eu tentei ignorar aquela sede que ardia em minha garganta e me focar na conversa com Galina. Mas acho que, de alguma forma ela percebeu que eu estava com fome e levantou o pulso do homem do qual ela se alimentava e enfiou a unha. Uma gota de sangue grosso e vermelho saiu rapidamente ela passou o dedo por cima e levou aos lábios. Eu respirei fundo, tentando ignorar, mas quase falhando.

“Só vim para lhe comunicar que capturei Rose. Ela está no quarto do quinto andar.”

Galina sorriu mecanicamente, sem qualquer traço de diversão. “Quando irá despertá-la?”

“Em breve. Eu a conheço. E bem, muito bem , na verdade. Se fizer por vontade, nunca nos deixará. Se tornará leal.” Tentei soar o mais convincente que eu podia e eu acho que funcionou, pois pude perceber um traço de satisfação em seu rosto.

“Pessoas leais são valiosas.” Seu rosto ficou negro novamente. “Mas não posso esperar por muito tempo. Eu sei como um dhampir graduado pode ser perigoso. Você tem uma semana para conseguir convencê-la. Nem um dia a mais. Depois disso, eu mesma a matarei.”

Eu tinha certeza que convencer Rose não seria uma tarefa fácil, mas eu não iria desistir. Sem suportar mais aquela sede por sangue que me corroía, saí da sala apressadamente. Faltava pouco para o nascer do sol e eu tinha pouco tempo para arranjar algo para comer. Ou melhor, alguém.


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