Blood Promise Por Dimitri Belikov escrita por shadowangel


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Ai, Dimitri...
(suspiros)



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“Não” Rose respondeu, sem qualquer convicção. Se eu, que era mais forte, não conseguia resistir, não podia ser diferente para ela.

“E o que você quer? Voltar para Academia? Servir aos Morois, que te colocam em perigo sem sequer pensar duas vezes? Se você queria esse tipo de vida, então porque veio até aqui?”

“Eu vim para libertar você.”

“Eu sou livre,” respondi. “E se você realmente tivesse a intenção de me matar, já teria feito.” Eu procurei usar a lógica, sabendo que meus argumentos sempre funcionavam com Rose. Ela estava muito próxima a mim e eu podia ouvir o sangue pulsando em suas veias. Eu me mexi e descansei meu rosto perto do seu pescoço, me controlando para não cravar os dentes nela, mas era guerra difícil. Com meu ouvido ainda mais próximo, os batimentos do seu coração eram quase que ensurdecedores. “Você não conseguiu,” tentei concluir.

“Eu falhei, mas isso não vai acontecer de novo,” sua voz era firme, mas eu podia ouvir seu coração acelerado. Ela estava afetada por mim.

“Suponhamos que fosse verdade. Suponhamos que você fosse capaz de me matar. Suponhamos que você fosse até capaz de fugir. E então? Você iria voltar para casa? Você voltaria para Lissa e a deixaria continuar empurrando a escuridão do espírito para você?”

Não era apenas mais um argumento meu, de fato eu não via esse tipo de futuro para Rose. Ela era boa demais para ser desperdiçada em algo tão inútil. Com certeza, meus planos para ela era bem mais atraentes.

“Eu não sei,” sua voz era dura, apesar da sua dúvida.

“Sabe, isso iria lhe consumir, enquanto ela continuar usando a magia, não importa o quão longe você for, você sempre irá sentir os efeitos colaterais. Pelo menos, enquanto ela viver.” Senti que seu corpo ficou rígido e ela virou o rosto. A vida e segurança de Lissa era intocável para Rose e sempre que isso era a questão ela se transformava em uma máquina de guerra.

“O que você quer dizer? Vai se juntar a Nathan para caçá-la?”

“O que acontece com ela não é uma preocupação minha,” eu falei. Honestamente, não tinha mais o menor interesse em Lissa, ao contrário, repudiava os meus dias como dhampir quando eu me concentrava em guardá-la, e hoje eu via o quanto isso era estúpido, uma perda preciosa de tempo. Agora, eu podia escolher com quem me importar e eu queria Rose. Só isso importava. “Você é. Se você fosse despertada, Lissa não seria mais uma ameaça a você. Você seria fria. Esse laço seria quebrado.”

“E o que aconteceria com ela? Seria deixada sozinha?”

“Como eu disse, ela não é uma preocupação minha e sim estar com você.”

“É? Eu não quero estar com você.”

Rapidamente, puxei seu rosto, virando ele para mim, de forma que ficamos olhando um para o outro novamente, e eu vi em seus traços a expressão que eu conhecia bem. Força e paixão saiam do seu olhar. Por um instante, senti aquela conexão que tínhamos antes – e que era incrível. Foi como se nada tivesse acontecido, eu quase podia enxergar claramente a sua alma. “Você está mentindo. Eu sei. Sempre fui capaz de saber.”

“É verdade. Eu quis você antes. Não quero mais agora.”

Eu continuei olhando para ela. Não era verdade. Ela me queria sim e muito. E eu sabia bem o que ela estava fazendo. Eu mesmo havia ensinado isso a ela. Várias e várias vezes havia dito que Strigois não eram as pessoas que costumavam ser. E era justamente isso que ela devia estar afirmando para si mesma: que eu não era o mesmo Dimitri. Eu me aproximei ainda mais dela, de forma que nossos rostos ficaram apenas centímetros de distância. Mais um pouco e nossos lábios se tocariam.

“O meu exterior... meu poder, sim, estes estão diferentes. Melhores. Mas de alguma forma, eu sou o mesmo, Roza. Minha essência não mudou. A conexão entre nós não mudou. Você apenas não consegue enxergar isso.” Realmente tentei ser sincero, algo que eu não tinha a menor necessidade de ser.

“Tudo em você está diferente,” ela persistia, como se tentasse convencer a si mesma daquilo.

“Se eu estou tão diferente, porque eu não forço você a se despertar? Porque eu estou lhe dando a chance de uma escolha?” Eu a observei por um momento. Era como se eu pudesse ver seus pensamentos girando em sua mente. Meu comportamento era diferente do que ela conhecia de um Strigoi. De fato, eu estava me esforçando para minha natureza não falar mais alto, meu autocontrole estava totalmente direcionado para isso. Eu estava me esforçando para não atacar Rose e acabar com aquele desejo que eu tinha pelo seu sangue e por ela, um desejo que a destruiria, sem dúvidas. Também sabia que a força nunca funcionava com alguém inteligente como ela, e eu vislumbrava algo maior. Ter Rose eternamente ao meu lado e não somente por um momento.

Ela continuou sem resposta, embora seu olhar me dizia que eu tinha um ponto. “E se eu estou tão diferente, então porque você retribuiu o meu beijo, mais cedo?” Ela permaneceu calada, como se as palavras não conseguissem sair de sua boca. “Nenhuma resposta. Você sabe que eu estou certo.”

Antes que ela pudesse se recuperar e dizer qualquer coisa, eu a beijei.

A princípio, ela fez um som de protesto e tentou se soltar de mim, mas eu a segurava com força e ela não podia comigo e nem contra o seu próprio desejo. Em pouco tempo, ela estava totalmente entregue e me beijava de volta ardentemente. Mais e mais entregue, ela era minha. Eu sentia que não havia nada que não pudéssemos, nada que nos impedisse. O beijo foi ficando cada vez mais quente e eu puxava o corpo dela contra o meu, e era como se a mínima distância ainda fosse muito.

Quando saí de Montana, eu sabia que era exatamente disso que eu fugia. Rose iria me controlar de todas as maneiras, e eu não podia ter esse ponto fraco. Mas agora era tarde. Eu não podia mais abrir mão dela. Eu não queria mais. Eu estava absolutamente envolvido e consumido por Rose, quando de repente ela conseguiu se afastar de mim, interrompendo o beijo. Foi quando eu percebi o quanto eu estava entregue ao deixar que ela tivesse um movimento daqueles, sem qualquer reação minha.

“Não,” ela murmurou, ainda tentando se controlar. Era claro o quanto aquele beijo a tinha afetado e não somente a mim. “Não. Não podemos fazer isso.”

“Você tem certeza?” Perguntei suavemente, ainda com meus dedos envolvidos por uma mecha de seus cabelos. Puxei seu rosto de volta para mim, forçando Rose a me olhar nos olhos. Eu sabia que isso era o primeiro passo para derrubar suas barreiras. “Você não estava parecendo que se importava. Tudo pode ser assim e como era antes... como foi na cabana... você certamente queria aquilo, então...”

“Não! Eu não quero aquilo!”

Novamente, eu sabia que não era verdade. Sua respiração estava alterada, seu coração batia forte. Todo seu corpo queria, mas seu lado racional tentava dizer o contrário. Lentamente, lhe dei um suave beijo em sua bochecha e fui descendo o caminho até o seu pescoço. Pouco, muito pouco precisava ser feito para que ela se entregasse a mim, mas ela estava nervosa e eu sabia o quanto Rose podia ser determinada. Eu também sabia que as endorfinas de uma mordida podiam ser minhas aliadas nessa luta.

“E isso?” Eu falei sussurrando, enquanto beijava seu pescoço, exatamente onde passava sua carótida. Eu podia sentir seu sangue correndo ali dentro e minha boca salivar de um desejo quase incontrolável. “Você quer isso?”

“O q-“ Ela tentou dizer algo, mas não foi interrompida por mim.

Eu cravei os dentes em seu pescoço e não consegui pensar em mais nada, enquanto seu sangue descia pela minha garganta.


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