Just A Chance escrita por Letícia Frota, Júlia Lopes


Capítulo 9
Monstros


Notas iniciais do capítulo

TEEEEEEEEEEEERMINEI ESSE CAPÍTULO!!
Pessoal, vocês não sabem o tanto que eu tenho saido para arrumar as coisas da viagem ultimamente, tenho tempo nem de respirar.
Então finalmente o capítulo nove chegou! Espero que gostem haha



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~Pensamentos de Letícia Dowell

Certo, eu definitivamente tenho que parar de ter essas visões repentinas, elas estão começando a me irritar.

E o que eu vi, com certeza não foi o que eu achei que viria.

Essa visão não foi como a outra, não foi tão forte. Era só um borrão de imagens, como fotos.

Mas elas me fizeram tirar uma conclusão do Lucas, algo que ele deve saber, e não saber ao mesmo tempo. Fiquei com pena dele.

Quando eu voltei à realidade, percebi que olhavam para mim de um jeito estranho.

"Desculpe, o que você disse?" Disse tentando parecer normal.

Percebi que o sol ainda estava escondido, então pedi ao meu pai fazê-lo aparecer novamente, ele o fez.

"Você ta bem?" Julia perguntou pra mim, me olhando preocupada, enquanto saia do braços de Pedro e chegava perto de mim colocando a mão na minha testa como para verificar se eu estava com febre ou algo assim.

"Claro que sim" Dei um sorriso enorme e olhei para Lucas, com um olhar dizendo que queria falar com ele mais tarde.

Ele parecia ter entendido, mas ele ainda me olhava de um jeito estranho.

"Matheus, você pode vir aqui?" Olhei para ele com um olhar serio.

"Que foi?" Ele me perguntou chegando mais perto, acho até que mais perto que o necessário.

Ele encarava Lucas de um jeito estranho, parecia com raiva.

"Eu tive outra visão." Falei em um tom para que só ele ouvisse.

"Quer conversar em outro canto?" ele falou, mas não em tom baixo como eu, o que eu estranhei.

"Pode ser."

O segui até um lugar mais distante dali, mas ainda conseguia ver o pessoal nós encarando de um jeito engraçado, perceberam que as pessoas sempre olham assim para mim?

"O que exatamente você viu?" Matheus estava com uma cara de raiva, na verdade, ele estava com essa cara desde que ele chegou ao colégio, o que é isso? TPM de homem?

"Sabe esse tal de Lucas?"

"Sim" Ele disse e fechou a cara.

Ele definitivamente está de TPM.

"Acho que ele consegue ver através da nevoa, mas ele é um mortal." Tentei ignorar a cara que ele havia feito antes. "Ele tem os mesmos poderes do oráculo, que nem a Rachel."

Ele mudou a expressão de bunda para uma de surpresa.

"Mas ele é um homem... isso pode?"

Eu pensei em por um segundo, eu nunca tinha visto ou ouvido falar de um seguidor do meu pai que fosse homem, era meio difícil.

“Nenhuma das noviças do meu pai são homens, então acho que não. Ele não deveria ficar com garotas, mas ele pode. Como já existe um oráculo, não tem problema, a coisa estranha é que meu pai nunca dá poderes de oráculo para duas pessoas ao mesmo tempo.”

Ele parecia estar pensando um pouco, mas ele logo chegou a uma conclusão.

O que parecia estranho vindo dele.

"Já pensou que ele não pode ser grego?"

Eu olhei para ele fazendo uma careta, achava que era o tal de Octavian que cuidava dessas coisas no acampamento romano.

"Mas os romanos não usam oráculos."

"É verdade, mas talvez seu pai queira mudar as regras"

"Você acha que ele quer que nós mudemos isso?"

“Talvez... não se pode ter certeza.” Matheus falou calmo “Mas, tirando o oráculo macho e a filha de Afrodite, você já sabe quais são os outros semideuses?”.

A calma dele já estava começando a me irritar, quero dizer, ele não sorria e não falava mais nada além da missão, mesmo esse sendo nosso assunto principal de alguma maneira estava me irritando, só não sei por quê.

"Tenho uma ideia, mas não tenho certeza."

"Quem?"

"Acho que Pedro, ele me lembra de um antigo campista do acampamento."

"Também pensei nele, mas tenho certeza que ele é romano, ele é muito certinho pra ser grego".

"Tá insinuando alguma coisa?" Disse brincando com ele.

"Não... apenas falei que ele é certinho" Matheus falou serio, e isso me incomodou.

"Hm, tá certo."

Levantei e sai de lá, tudo o que eu não preciso nessa hora é alguém para me irritar.

Principalmente se esse alguém for o Matheus, porque esse ser vivo tem dom para isso.

Eu estava perto de sair do pátio quando eu percebi alguém me olhando, tentei ignorar isso e continuar andando.

Até que alguém me cutucou.

Virei-me, vi uma menina de cabelos castanhos claros, cachos nas pontas e olhos muito verdes me olhando, ela tinha uma flor na cabeça, usando como acessório.

“O-Oi” Ela disse pra mim com a cabeça baixa.

“Oi, hm... quem é você?” Perguntei sorrindo para ela.

“Prazer... Er... sou a Violeta”.

Também parecia querer me falar alguma coisa, mas não sabia se devia ou não.

"Sou Letícia." Queria que ela me falasse o que ela queria, mas ela parecia ser tímida demais. "Você queria falar algo para mim?"

Ela fala algo muito rápido e eu não entendo absolutamente nado do que ela disse.

"Você é o que? Desculpe, eu não consegui ouvi."

Não acredito que eu encontrei alguém que tem mais sintomas de timidez de uma vez só, isso tinha que ser um tipo de recorde.

Ela parecia quase ter um infarto pelo o que ela ia falar, ela deu um longo suspiro.

“Sou uma semideusa, você é uma não é?” Eu lutei para não abrir a minha boca, ela deve ter percebido a minha surpresa, porque ela abaixou a cabeça quase se odiando por ter dito aquilo. “Quer dizer... aquele lance com o sol...”.

“Sou, como você percebeu que eu fiz aquilo?” Eu disse ainda parecendo muito surpresa, não é toda hora que alguém que você nunca viu na vida chega com uma pergunta dessas.

“É... é que" Ela ficou sem graça e olhou em direção ao lugar onde eu estava com a Júlia e os amigos dela.

Eu entendi mais ou menos o que ela quis dizer.

"Você estava espiando agente?!" Disse e depois ri um pouco, ela estava completamente vermelha.

"Não... eu... É só que" Eu previa que a menina ia explodir de tão vermelha que ela estava.

Eu tentei não ri, mas essa situação era completamente adorável e engraçada.

"Tudo bem, você gosta de alguém de lá, não precisa me falar quem é." Eu sorri e ela sorriu também, agradecendo. "Quem é sua mãe ou pai?"

“Ceres, você é grega?”

Ela iria responder se nessa hora nenhum mostro com cabeça de leão, torso de cabra, assas de dragão e cauda de cobra e que soltava fogo pela boca aparece.

Como sempre, o mostro olhou diretamente para mim.

Bom, se os meninos não se atraem por mim, pelo menos os monstros despertavam uma atenção pela minha pessoa.

Tudo bem que eles querem me matar e provavelmente comer meus restos depois.

O pessoal que estava perto se assustou, graças aos deuses éramos os únicos a estar no pátio, já que o sinal havia tocado.

O mostro tacou fogo em minha direção, eu desviei.

Ele avançou novamente em mim, e eu tentava novamente desviar, eu ouvi gritos de algumas pessoas para mim.

Tentei ir para parte onde o sol era mais forte, e atrair o mostro para mim.

Eu corria de costas e o mostro me seguia, enquanto Violeta e Matheus protegiam os outros que estavam lá.

Assim que cheguei à parte com mais raios solares eu fiz raios de fogo que acertaram em cheio a Quimera, que rugiu de dor.

Não parecia ter tido muito efeito, porque ela se recompôs novamente e me jogou uma bola de fogo bem forte em mim, que controlei a chama e lancei contra ela novamente.

Ela parecia ter desmaiado, eu virei de costas, achando que tinha acabado, porém estava enganada.

Eu senti alguém me empurrando e logo em seguida um grito de dor, só podia ser o Matheus, controlei as lagrimas que estavam querendo cair e fui até ele
“Você está bem?” eu não conseguia acreditar, ele se arriscou para me salvar e ainda perguntava se eu estava bem? E enquanto ele estava praticamente cozido no chão do pátio.

A raiva subiu em mim, e com isso o sol ficou cada vez mais forte, eu fiquei cada vez mais forte.

Imaginei a melhor arma de fogo que pude pensar: uma espada flamejante.

Ela apareceu em minhas mãos, dei um sorriso vitorioso e avancei na Quimera, ela grunhiu de dor, tentou me atacar de volta, mas a sua dor ainda era grande demais para conseguir se mover.

Peguei minhas flechas e as atirei ao alto, as flechas receberam os raios e eu as fiz aumentarem de tamanho, ficando totalmente em chamas, e elas com certeza iriam ser mortais.

As cinco acertaram em cheio a Quimera, que virou cinzas.


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Notas finais do capítulo

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