POV.Godric

Helga eu já conhecia tinha certeza, conhecei ela com meus 5 anos, antes de mudar de casa por conta das perseguições que tinham e ainda tem, mas agora Rowena nunca tinha visto, ela era uma menina muito teimosa e mandona, mas muito bonita, Salazar achava a mesma coisa, eu tinha certeza, e pelo que entendi, assim como eu conhecia Helga ela conhecia Rowena, e pelo jeito gostava muito dela, porque os dois não se desgrudavam, ele se sentia mais forte com ela, mas poderoso, mas só não podia abusar sair fazendo mágicas para todos os lado e ser morto o que faria sem meu melhor amigo?

–Venham, vou mostrar a vocês minha casa.

–Não acho uma boa ideia, estamos atrasadas. – disse Rowena

–Não estamos não, vamos Rowena o que tem de mais? – disse Helga

–É Rowena, o que tem de mais?

– Tá bom, tá bom vamos.

Eu as levei para minha casa, elas pareciam dormir no chão todos os dias, não conhecia Rowena então não sabia de onde ela era, mas Helga sim, e os pais delas não deixariam ela vim para Londres sozinha com 15 anos. Entramos na sala principal e as duas pareceram maravilhadas com as cores e beleza que minha casa, particularmente, tinha.

–Vou mandar trazerem algo para nós comermos.

–Certo.

–Podem se sentar.

E as duas sentaram uma do lado da outra, Salazar mudou de lugar rapidamente e foi se sentar do outro lado de Rowena, e eu sentei do outro lado de Helga, enquanto Salazar e Rowena conversavam, resolvi perguntar como estava indo as coisas com Helga.

–Então Helga, como vai a cidade?

–Perdão?

–Você sabe, a cidade na qual nós nascemos.

Ela me olhou confusa.

–Mas é claro deve ter se esquecido de mim, não é?

–Sim, desculpe.

–Te conheço desde os 5 anos, mas tive que mudar de casa desde que a igreja começou a perseguir minha família, fui embora com 10 anos.

–Godric eu sinto muito mas....ai meu deus é você??

Eu sorri, ela não tinha perdido a espontaneidade.

–Sim, Helga.

–Sabia que conhecia você de algum lugar, Godric, que bom ver você de novo, eu senti tão sua falta depois que você foi embora.

–Também senti a sua Helga, mas então como conheceu Rowena?

–Eu encontrei ela um dia, mas não quero falar sobre isso.

–Tá tudo bem?

–Sim, então...eles se conhecem? – e apontou para Salazar e Rowena.

–Assim como nós, mas pelo jeito se distanciaram por um tempo.

– Dois anos.

–Certo, mas como você sabe?

–Rowena saiu de casa com 13 anos, ela tem 15 faça as contas Godric.

–É, verdade. Mas então, estão aonde?

–Na floresta...?

–E como chegaram aqui?

–Aparatando é claro.

–Sim, sim aparatando é claro, mas na floresta? Vocês não querem ficar aqui?

–Aqui?

–Meus pais não iriam ligar, e temos muitos quartos.

–Eu adoraria. – os olhos azuis dela brilharam.

–Ótimo!

De repente ela pulou em cima de mim em um abraço apertado e cheio de carinho e saudade, um abraço que eu sentia saudade mas não lembrava, um abraço que eu me esqueci desde os 10 anos de idade. Mas o problema era que nessa época qualquer toque era considerado algo arriscado e feio.

–Ai! Desculpe-me – e deu um sorrisinho torto e voltou ao seu lugar, pegou um bolinho e colocou na boca e ficou me olhando.

–Hã...tudo bem.

Ficamos os quadro conversando um bom tempo sobre nossas vidas e o que tinha acontecido, Rowena se abria muito fácil, mas estava muito claro que se pensasse em contar os segredos dela para alguém, ela lhe matava apesar da idade ela parecia perigosa, sobre Salazar eu já sabia, e Helga tinha perdido o dom de contar de sua vida nesses últimos 5 anos, e senti que tinha acontecido alguma coisa com ela.

–Bom, nós temos que ir, não Helga? Está ficando tarde e...que foi?

–É...eu vou dormir aqui Rowena.

POV.Rowena

–Ficar aqui? Dormir aqui? Helga você nem sabe quem esse moço é!

–Na verdade, Godric é um amigo meu, das montanhas, da minha infância.

Godric estufou o peito e sorrio

–Assim como você e o jovem Salazar!

–Vamos,Rowena, aqui é bem melhor que a floresta! – insistiu Helga.

–Tá, tudo bem.

–Vamos, vou mostrar os quartos.

Subimos um longa escada indo para o terceiro andar da casa, em todas as paredes haviam quadros e homens e mulheres muito parecidos com Godric, um senhor tinha o mesmo cabelo ruivo e outra mulher a mesma cor dos olhos.Chegamos aos quartos, primeiro o de Helga e logo depois o meu, era um quarto grande, com uma penteadeira e espelhos, a janela estava aberta e mostrava a noite estrelada que estava lá fora.

–Pronto.

–Obrigado Godric- minha voz saiu mais bondosa do que de costume.

–Boa-noite – ele sorriu e seguiu em direção ao quarto de Helga que não era muito longe do meu.

Coloquei minha bolsa em uma das confortáveis poltronas que havia no quarto, troquei de roupa e foi dormir.

POV.Helga

Godric me mostrou meu quarto, ele era lindo!Tinha um espaço enorme, a cama com cortinas de cor clara, a janela mostrava a noite fresca e estrelada que estava lá fora, indo pela janela dava para se ver uma sacana muito bem desenhada, tinha um armário, poltronas vermelhas e brancas, pentiadeira...

–Era o quarto da minha avó – disse Godric que estava encostado na porta e tinha perdido seu costumeiro sorriso.

–Ela tinha bom gosto – disse virando para ele- era uma velhota bem animada pelo que me lembro.

–Ela era sim, será que eu posso...?

–Claro entre.

Ele passou pela porta e se sentou na cama, lançando um olhar vazio para as estrelas.

–Pode mudar a decoração se desejar.

–Gosto do jeito que está-disse me sentando ao seu lado- você está bem?

–Ela era uma boa avó,sabe? Animada, me contava como era as coisas em seu tempo, foi assassinada, por não-bruxos, a igreja vinha suspeitando dela desde o natal, que nossa casa estava mais enfeitada que as outras, então um dia estávamos comendo e ela resolveu ir ao jardim com uma xícara que chá, e...eu a ouvi gritar por ajuda, por uma xícara de chá,Helga! Era só chá! Mas a igreja ligava o chá a bruxaria, eu e meus pais saímos para ver onde ela estava quando vimos dois homens enormes carregando ela para o centro da cidade,amarraram ela em um tronco de arvore e a queimaram, ela gritava tanto! Podia ter revidado, eu sei que podia apesar da idade,105 anos, mas ela não acreditava nisso, não apoiava esses bruxos que matam os não- bruxos. Morreu há duas semanas, me perguntou de você, ela adorava você, dizia que você lembrava ela – terminou ele triste.

–De mim?

– Sim, “E aquela sua amiga das montanhas”? Não soube responder.

–Sinto muito Godric.

Ele olhou para mim, quase chorando, tinha a minha idade e já tinha sofrido muito com as perseguições acusadas pela igreja.

–Vou de deixar dormir agora, deve estar cansada.

–Certo, boa noite – não queria dormir, mas ele deveria estar com vergonha das lágrimas que seus olhos produziam.

–Boa noite, Helga.

E me deixou sozinha, ouvindo as palavras dele várias e várias vezes em minha cabeça, troquei de roupa e realmente foi dormir, do lado de minha cama havia um criado-mudo com um quadro em cima, encantado com os das paredes, ele se mexia, era uma jovem com os mesmos cabelos que Godric sorrindo ao lado de um senhor de cabelos preto e incrivelmente bonito, eram outra geração dos Gryffindor.

POV. Salazar.

Me despedi dos outros e fui para minha casa, não era muito longe da casa de Godric, mas a aparência dela era mais sombria e obscura, eu tinha também irmãos, mais dois irmãos, e eles eram maus e minha mãe se orgulhava disso, preferia eles a mim, talvez fosse pela minha amizade com Godric ou algo assim, porque os companheiros do resto da minha família muitas vezes eram piores que eles.

Não demorei para chegar em casa, abri o pequeno portão da frente tentando não fazer barulho pois já era tarde e minha família deveria estar dormindo, passei pela trilha de pedrinhas lascadas me dirigindo a porta de entrada, assim que a abri minhas suspeitas foram confirmadas: Minha família dormia tranquilamente. Estava passando pelas poltronas quando as luzes piscaram e vindo do fundo da sala veio uma voz feminina bem irritada.

–Onde estava? – perguntou minha mãe, uma bruxa de cabelos loiros e olhos pretos que eu herdei.

–Na casa de Godric – respondi me sentando, na confortável poltrona de cor clara a sua frente.

–Godric? Godric Gryffindo de novo?

–Ele é meu amigo mãe!

–Amigo? Você viu o que aconteceu com a avozinha dele, morta, assassinada! Por não-bruxos, não revidou, velha tola, morreu com gosto.

–Accio maça! E o que a avó dele tem haver comigo?

–Vai acabar que nem ela, assassinado!

–Chega, mãe! Eu vou me deitar! – e joguei a maça nela sem querer que com, um aceno da varinha de minha mãe, foi parar no lixo.

–Ótimo!

Minha mãe tinha nojo da comunidade não bruxa, era contra qualquer tipo de sangue que não tivesse nem um único pingo de mágica, como os bruxos nascidos-trouxas, era algo que minha mãe era totalmente contra, eu não ligava eram bruxos e podiam ter capacidades melhores do que muitos bruxos sangue-puro. Entrei em meu quarto bagunçado, troquei de roupa e fui dormir.