Minha melhor amiga escrita por SraWeasleyPhelpsDiAngelo


Capítulo 19
XVIII


Notas iniciais do capítulo

Sim, mais uma vez eu me atrasei com a história, porém, mais uma vez, a culpa foi da escola U.U
Aqui vai mais um capítulo especial pra vocês! Espero que possam apreciar bastante a leitura, porque não tenho prevista para próximo capítulo!
Ótima leitura XD



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Quando a tarde foi chegando, Nana espreguiçou-se entre os acolchoados. Olhei-a do parapeito da janela – já que eu estava sentada ali com o gato no meu colo. Ela pareceu hesitar um pouquinho, mas levantou-se. Dirigiu-se até onde eu estava e sentou-se ao meu lado. Sua expressão não era das melhores: Ela parecia estar reprimindo algo. Seus lábios estavam um pouco torcidos de desgosto, mas, ao dizer-me, tentou forjar um sorriso:

        “Sinto saudades de você...”

        Eu sabia do que ela estava falando. Nós havíamos ficado mais amedrontadas e separadas que nunca durante dias. Eu sentia saudade de seu cheiro e de seu toque. Sonhei com ela todas aquelas noites sombrias. Eu realmente não soube o que fazer. Tive e perdi esperanças durante nosso tempo impossibilitadas de termos uma a outra.

Naquele exato momento, eu não entendi direito o motivo, mas, refletindo depois, compreendi por que fiz aquilo. Sem muitos segundos de espera, agarrei o pescoço de Nana e iniciei meu pranto. Eu sentia uma dor incomum, avassaladora. Minhas lágrimas recaiam pelo decote de Nana para seu peito. Seu colo era macio e eu me sentia segura demais com ela. Ela não teve outra reação a não ser me abraçar fortemente, fazendo-me sentir ainda mais protegida.

        Depois de um minuto ou dois, levantei meu rosto ensopado e encarei-a: Seus lindos olhos brilhavam e eu pude observar suas primeiras lágrimas caírem e aterrissarem no meu próprio peito. Encaixei minha cara entre seu pescoço e seu ombro e fiquei ali sentindo seu cheiro.

        Talvez por ter notado minha falta na hora do almoço, perto do pôr-do-sol minha mãe foi chamar-me para tomar um cafezinho na cozinha. Ela bateu na porta, assim que eu acabara de tomar banho. Nana correu para o banheiro, enquanto eu me preparava para abrir, usando meus moletons.

        “Certo, filha. Desce e vai comer. Você não almoçou hoje, e eu me preocupo com a sua saúde!” ela dizia.

        “Está bem, mãe. Já estou descendo!”

        “Ótimo, vou contar dez segundos e, se você não tiver chegado lá na cozinha, te coloco de castigo, mocinha!”

        Eu não sabia se era brincadeira, mas assenti, fechei a porta do quarto. Corri ao banheiro, tranquei a porta e avisei Nana:

        “Vou me alimentar e já volto.”

        Ela assentiu. Eu ia destrancando a porta, quando senti um toque suave em minhas mãos. Olhei para trás, Nana estava muito perto. Colou seus lábios aos meus.

        “Volte logo. Eu quero você...”

        Seu olhar era muito firme, quando meu estômago revirou.

        “Pode deixar... Serei toda sua...” respondi.

        Cheia de borboletas pela minha barriga, passei pelos degraus, acelerada. Apenas mamãe e eu estávamos ali na cozinha. A mesa estava posta com café, bolachas, torradas, geleia e leite. Sentei-me de frente para minha mãe, que bebericava uma xícara de café.

        “Por que não veio almoçar hoje, querida?”

        “Não tive fome.” Respondi, dando de ombros.

        “Certo, e qual é o motivo disso?”

        “Como assim?” perguntei, servindo-me de uma xícara com leite quente.

        “Quero saber desde quando você não tem fome? Você sempre se alimentou muito bem! Ou, pelo menos, quase bem!” ela falou, demonstrando sua grande preocupação.

        “Eu só... Bom, mãe... Eu...” não sabia o que responder.

        “Está apaixonada ou ainda muito arrasada?” ela perguntou de repente, assustando-me.

        “Quê?” deixei escapar.

        “É normal ficarmos sem comer, quando sentimos fortes emoções.” Ela explicou.

        “Tudo bem, mãe. Mas eu acho que não é isso...” fui interrompida.

        “Não minta à sua própria mãe, meu bem. Mesmo que você não queira admitir, está estampado em você; nos seus olhos...”

        Não adiantava protestar. Suspirei.

        “Bom, eu... Estou confusa...” isso era verdade, mas eu não queria dizer a verdade pra minha mãe.

        Ela me olhava, mas eu só conseguia encarar o leite.

        “Você não acha melhor contar isso a mim do que a qualquer estranho, Miss?”

        “Não estou pronta para dizer nada, mãe...” gesticulei, sem saber mais o que poderia falar.

        “Entendo. Vou organizar uns papeis meus e do seu pai lá em cima. Coma, se quiser.” Ela disse, deixando-me sozinha e depositando sua xícara vazia na pia.

        Eu sabia que ela queria me fazer sentir culpada. Fiquei alguns segundos observando o pouco leite que eu depositara na xícara, quando alguém adentrou o cômodo. Era Martin.

        “Oi” suspirei.

        Todavia, ele não respondeu. Lembrei do que havia dito a ele na noite anterior. Senti-me culpada, meu coração apertado. Mas eu não conseguia me mover dali.

        “Oi, Martin.” Foi o que consegui repetir.

        Ele ignorou novamente.

        “Por favor, me responde!” eu pedi.

        “Tenho livros idiotas para ler, com licença.” Foram suas únicas palavras para mim, antes de retirar-se com um pacote de batatas tirado do armário.

        Depois de alguns minutos, consegui sair da minha cadeira e subi ao meu quarto. Ao entrar, tranquei a porta, como de costume. Olhei em volta e vi Nana no parapeito; o gato também estava no parapeito, mas bem longe dela. Coloquei-me entre os dois – gato e namorada – e abracei-a.

        “Eu nunca quis tanto você como quero agora...” ela murmurou.

        “Eu também quero você... Senti tanto a sua falta...” murmurei em resposta “Mas... Eu queria muito saber uma coisa...”

        “Já sei, Miss: O que aconteceu, não é?” ela terminou meu raciocínio.

        “Sim. É que tive um sonho onde...”

        Contei a ela o sonho que tivera outra noite.

        “Imagino suas suspeitas, mas não foi isso que aconteceu...” ela falou.

        Senti alívio e apreensão pelo que poderia ouvir.

        “Eu já sabia que animais não bastariam. Vampiros não foram feitos para esse tipo de sangue. Agora, eu sei que só sobreviverei com sangue humano...” ela continuou “Quero acabar com essa história logo, então, vou ser direta, tudo bem?”

        “Sim...” concordei.

        “Bom, eu saí daqui sem saber direito o que fazer. Andei sem rumo por toda a floresta com uma enorme sede, até perceber que o único jeito mesmo era sacia-la... E-então, eu fiz a-aquilo que você sabe que eu fiz.” Ela suspirou.

 “Mas eu encontrei dificuldades na volta pra cá... E-eu não sei direito como dizer, mas... O Louis e o Garden me encontraram e queriam me prender... Eles pensam que podem procriar comigo, mas eu não t-tenho certeza disso...” sua voz tremia “Bom, eu encontrei-os e eles me feriram um pouco, mas... Lutando muito, e-eu consegui chegar até a-aqui...”

Sem olhar para seu rosto, indaguei, amedrontada:

“Você acha que eles vão vir aqui novamente?”

Ela hesitou por alguns momentos, então, respondeu:

“Quem sabe, não é Miss?”

Fiquei olhando o gato ao meu lado sem dizer nada. Ela fora realmente direta. Talvez tivesse medo de entrar em detalhes.

Calculo que uma hora depois disso, recuperei-me do medo excessivo que sentia. Então, desci do parapeito, segurei a mão de Nana e puxei-a. Ela olhou-me. Sem conseguir decifrar sua expressão, perguntei:

“Que tal relaxar?”

Ela sorriu, maliciosamente. Então, percebi que era hora de nos entregarmos uma a outra, finalmente.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por lerem! Espero opiniões!
E um recadinho:
Obrigada a todos os leitores que estão comentando e acompanhando, apesar de eu estar demorando a postar. Eu estou falando sério, pessoal: A escola consome muito de minha pessoa! Estou indo dormir muito cedo, acordando muito cedo, fazendo muita lição, estudando pras provas!! Estou com medo de pegar recuperação e tal.
Então, agradeço muito a quem ainda acompanha a fanfic e me dá opiniões também: Vocês fazem muita diferença na minha vida :3
Um beijo!



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