Missed You escrita por Sky Dreamer


Capítulo 5
Brilho das estrelas


Notas iniciais do capítulo

Peço imensas desculpas pelo atraso mas tive um terrível bloqueio durante as férias. À mistura veio o Natal e o Ano Novo por isso não tive tempo para fazer nada na última semana. Aproveito e desejo a todos um feliz Ano de 2013 e espero que tenham tido um excelente Natal. Boa leitura
P.S: O Murtagh aparece neste capítulo... Candy_11???...



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Ele estava ali. Sentia cada pormenor do que estava a acontecer. Pela sua mente sentia a dor se Saphira misturada com uma alegria imensa. Não podia ver mas a mente de Saphira permitia-lhe perceber tudo, mesmo estando lá em baixo com Fírnen. Do rochedo conseguiam ouvir rugidos poderosos. Sim, eu estou junto ao rochedo dos ovos quebrados a presenciar um acontecimento único… Fírnen estava bastante nervoso. Naquele momento estavam todos com as mentes ligadas para se apoiarem mutuamente. O dragão verde concentrava-se em ouvir para controlar a vontade que tinha de voar para junto de Saphira. Eu sabia exatamente o que ele estava a sentir porque, também sentia uma vontade irracional de lançar um feitiço que me permitisse ir ao seu encontro. Arya estava com Saphira no rochedo a tentar ajudar no que podia. Glaerd também estava lá. Como o velho dragão fora o único da sua espécie que a sua companheira de pensamento permitiu assistir ao acontecimento, (embora agora estivesse no Eldunarí, ainda era um dragão, ok?) eles tiveram de confiar inteiramente nele e esperar que a sua sabedoria diminuísse a dor de Saphira.

Uma hora passou e deixou-se de ouvir rugidos de dor. Agora a sua mente estava inundada de felicidade, enviada por Saphira.

Olhei para Fírnen e antes de ele ter tempo para me convidar a montá-lo saltei para o seu dorso e ele levantou voo até ao rochedo. Lá estavam Saphira, Arya e o Eldunarí de Glaerd. Fírnen aterrou, deixou-me desmontar e dirigiu-se lentamente a Saphira, conversando mentalmente com ela. Dirigi-me a Arya ela sorria alegremente o que me alegrou. Olhei Saphira. Ela percebeu o que queria com o meu olhar, por isso, desviou-se deixando à mostra cinco belos ovos de dragão.

Quase ao mesmo tempo, Fírnen e eu, alcançamos os ovos brilhantes. Era a coisa mais bonita que eu já vira. Fírnen soltou um rugido triunfante aproximou-se dos ovos brilhantes e tocou com o seu nariz em cada um, voltando depois para junto de Saphira dizendo:

“São os ovos mais bonitos que eu já vi. Mas nenhum dos seus dragões se comparará a ti!”

Ele projetou a sua mente para que todos o ouvissem. Os dois dragões deitaram-se juntos e Saphira deitou a sua longa cabeça sobre o pescoço de Fírnen. Aproximei-me dos ovos. Eram lindíssimos. No momento em que me aproximei deles recordei cada segundo que passei com o ovo de Saphira, de como pensara que era apenas uma joia, de como ela chocara para mim e de como me senti quando nos ligámos. Os ovos eram de cores diferentes: o primeiro era laranja; o segundo violeta; e o terceiro prata; o quarto cor-de-rosa; e o quinto amarelo. Todos os ovos irradiavam luz. Olhei para Saphira e Fírnen e perguntei:

“São lindos, posso tocar-lhes?”

“Claro que podes, pequenino.”

“Será uma honra entregar-te a guarda dos ovos de Saphira.”

Eragon nunca vira nada assim. A doçura com que ambos falavam era inacreditável. Agarrou nos ovos e levou-os a Arya. A elfa estava radiante de poder tocar nos ovos. Entreolharam-se e como quem diz: “Um dia vamos ser assim.”, Eragon beijou Arya levemente, ainda com os ovos nos braços.

Nessa noite, quando Saphira se deitou no campo verdejante em frente à sua cabana, Eragon aproximou-se dela e, sem uma palavra, ali se deitou encostado à sua eterna companheira. Não eram precisas palavras com ela, ambos sentiam, ambos simplesmente sabiam… Eragon observou atentamente o dragão safira que descansava em baixo de si. Na sua cabeça naquele momento só conseguia pensar nos lindos ovos, em Saphira e em todos os momentos que passaram juntos, desde o chocar do seu ovo até ao nascimento dos seus próprios ovos. Uma chuva de lembranças invadiu-lhe a mente e sem se  aperceber ele começara a chorar. Uma lágrima teimosa, ignorando todos os esforços de Eragon, libertou-se e rolou pela sua face e caiu numa das escamas de Saphira. O dragão virou a sua cabeça para ele, os seus olhos penetrantes invadiram a sua visam e através da sua mente disse:

“Não chores pequenino, estou aqui para te proteger…”

Eragon detestava sentir-se vulnerável, mas sempre que pensava no seu passado sentia-se inseguro, com medo, mas Saphira sempre o protegera. Fizera os possíveis e os impossíveis, mas, de alguma forma que ele não entendia, sempre o protegia e por isso abraçou-a com todas as suas forças e antes de partir para casa ainda sussurrou à sua dragão:

“Eu sei. Estás sempre lá, e por isso Obrigada.”

…  

Passados alguns dias de discussão decidiram que os ovos seriam tocados, um por um, pelos seus entes queridos. A decisão foi difícil, mas antes de entregar os seus ovos a desconhecidos, Fírnen e Saphira queriam ter a certeza de que tinham escolhido alguém de confiança. Depois de tomada a decisão Eragon e Arya enviaram cartas a cinco entes seus queridos: Roran e Katrina; Nasuada; Orik; Ângela; e… Elva, sim Elva. 

P.O.V Murtagh

O Thorn anda meio estranho. Não se farta de dizer que algo muito importante está para acontecer e ele precisa de saber o que é. Eu sinto o mesmo que ele, mas voltar a encarar seres humanos não estava nos meus planos tão cedo… Tenho medo do meu passado e, embora já esteja recuperado do meu “traumazinho”, ainda tenho um pouco de medo de encarar as pessoas, com medo de que me reconheçam.

No momento estou no dorso do meu dragão vermelho e companheiro favorito. Está quase na hora do pôr do sol, dirigimo-nos de Ellesméra. Sim, eu tenho medo de encarar as pessoas, não disse nada contra encarar os elfos. Com eles posso eu bem… Soube por alto que Eragon tinha regressado e, se há pessoa com quem eu não me importava de encontrar, essa pessoa è ele. Não o vejo desde que parti, e, segundo o que me disseram, ele também partiu. Para onde não sei mas desde que agora esteja cá, tudo bem.

Eu estou curioso para o ver. Será que mudou ou não? Eu mudei bastante. Lembram-se daquele cabelo curtinho que eu tinha? Bem, deixei-o crescer um pouco e agora uso-o atado atrás, bem sexy…(ok Murtagh, menos). Tenho feito treinos sozinho por isso não perdi a forma, pelo contrário… Continuo com aquela pele bronzeada de antes e a idade não me afetou minimamente.

Já avistámos a floresta do Du Welldenvarden, já anoiteceu, por isso vamos acampar na fronteira hoje e amanhã seguimos viagem, diretos a Ellesméra.

Pousámos. Dói-me as costas, o voo foi muito atribulado, o Thorn estava distraído, e por duas vezes foi sorte não ter caído do seu dorso.

“Aconteceu!!! Não sei o quê, mas aconteceu!”- as narinas de Thorn libertavam fumo, e a qualquer momento ele podia cuspir fogo.

“Calma, Thorn! Com tanto fulgor ainda deitas chamas para cima de mim!!!”

“Desculpa, pequenino… Não sei porquê sinto uma felicidade imensa. Porque será?”

“Eu não sei, mas terá de esperar até amanhã. Boa noite Thorn.”

“Boa noite.”


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Notas finais do capítulo

Bem, aqui está mais um. Espero que tenham gostado e desculpem novamente por demorar tanto tempo a publicar o capítulo. Por favor comentem e partilhem a fic para eu ganhar mais alguns leitores.
Bjs Sky D



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