Charmed Meets Supernatural escrita por Luc


Capítulo 3
Capítulo 3 - Doces sonhos para Dean Winchester




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ANTES
Flashback – Supernatural, Episódio 4x22
Morte de Castiel

Dean e Castiel estavam na sala de estar da casa de Chuck. O mesmo era um escritor, principalmente conhecido pela saga que mantinha de sua autoria sobre os Winchester, dois irmãos que saiam por ai caçando e matando coisas, como monstros e demônios. A verdade, é que Chuck mal sabia que era um profeta do Senhor, e que tudo que escrevia ganhava vida, tornava-se verdade, revelando o destino de Sam e Dean.

Sam estaria indo enfrentar Lilith, o último selo para libertar Lúcifer. Com ela morta, o fim começaria. E se provavelmente soubesse disso, não a teria matado. Por isso o anjo Castiel tivera levado Dean até Chuck, para o caçador descobrir como seria o seu futuro e de seu irmão. Provavelmente, resumindo-se em breve, ou mais breve do que se imaginava.

Mas então alguma coisa desvirtuara-se dos planos. A tela do computador de Chuck iniciara a criar estática. As luzes da sala queimaram, estourando-se e fazendo faíscas voarem para todos os lados. Logo todo o resto da casa começara a tremer.

É o arcanjo – Castiel gritara, referindo-se a Rafael, sobre o forte barulho dos objetos frágeis e louças de Chuck que caiam das prateleiras dos moveis ao chão, junto com o restante das outras coisas.

Eu vou distraí-lo. Vá, só tente parar o Sam! – Castiel insistira para Dean, agora que ambos haviam descoberto o que matar Lilith poderia causar.

Ele colocara a mão na cabeça de Dean e o teletransportara para fora dali.

Chuck olhara para Castiel, sabendo que não haveria salvação para nenhum deles.

Então uma forte luz entrara pela janela, tão forte e tão clara, cegando os dois e cobrindo tudo ao seu redor. Tanto Castiel, quanto Chuck fecharam os olhos. Sabiam que em breve ambos estariam prestes a parar de existir.

AGORA

Phoebe e Paige estavam sentadas no jardim de inverno, dividindo o sofá uma ao lado da outra, enquanto Phoebe deixava sua irmã mais nova a par de todos os acontecimentos que ocorreram no tempo em que a mesma estivera fora.

Piper descia as escadas do andar de cima segurando um pesado livro nas mãos. Ela caminhara em direção a sala de estar, atravessando-a, e abrindo as portas que davam para o jardim de inverno. Lá era uma área bastante espaçosa, com grandes portas e janelas vitrô que davam logo para o jardim externo. Dentro havia alguns acentos para as visitas se acomodarem, muitas plantas e a mesa onde de costume as irmãs tomavam o café da manha.

Adentrando, Piper fora até onde Phoebe e Paige estavam e sentara-se em uma poltrona na frente delas, apoiando o grande livro que carregava na mesinha de centro, entre si mesma e suas irmãs.

Então, Sheridan está atrás de nós? – Ela ouvira Paige perguntando. Seu olhar era baixo, mantendo-se entre os dois filhos de Piper que brincavam no chiqueirinho perto delas.

Phoebe balançara a cabeça anuindo para a irmã caçula.

Precisamos dar um jeito rápido de arrumar isso – Ela afirmara.

Só que primeiro, temos problemas maiores para cuidar – Piper a interrompera, sem tirar os olhos das paginas amareladas do livro que folheava.

O livro era grosso, aparentava ser muito antigo. Sua capa era de couro verde escuro, e tinha um símbolo celta detalhado em vermelho no seu centro. Era o Livro das Sombras, um dos livros de bruxaria mais poderoso que já existira, e que passara por toda a geração Halliwell, desde o início dos tempos, até chegar nas mãos das irmãs. Ele era como um diário que retratava todas as experiências de magia que as bruxas da família já tiveram. Feitiços, poções, e até mesmo usado como uma enciclopédia sobre demônios.

Barbas... – Phoebe dissera, olhando para a página em questão que Piper tivera parado.

Era a página que falava do demônio do medo.

*****

Dean acordara sentindo-se meio zonzo, vertiginoso. Estava bastante escuro, então sua visão demorara a se acostumar com a pouca iluminação, que eram apenas fracos feixes de luzes vindos do teto. Ele não sabia onde estava. Seus pés mal encostavam o chão, e seus braços estavam para cima, com os pulsos amarrados e pendurados em um gancho, impedindo-o de sair de lá. Como um peixe prestes a ser estripado.

O caçador tentara se lembrar do que acontecera. Ele e Sam haviam encontrado Meg, e Bobby ficara para trás, ferido. Provavelmente necessitando de ajuda. Dean dera-se conta que precisava pensar em um jeito de sair lá e ir atrás do mesmo.

Ele relutara, ao tentar se soltar. Emanando o barulho de correntes que prendiam-no acima dele. Aparentemente, seu peso era insuficiente para estourar as cordas presas nos ganchos e desamarrá-las de seus pulsos. Então, ao desistir, olhara para o lado e vira que também seu irmão estava amarrado igual a ele.

Sam!... Sammy! – Dean sussurrara tentando não chamar atenção, mas o outro ainda parecia estar inconsciente.

Barulhos de passos começaram a se formar. Eram pequenos e vagarosos, mas ele sabia que estavam se aproximando dele. Alguém, ou alguma coisa estava chegando. Parando exatamente de baixo de um feixe de luz, e apenas mostrando parte de seu busto, com o rosto escondido em penumbra.

Ora, ora. Se não é o Garoto do Senhor... – Uma voz profunda interrompera seus pensamentos.

O que diabos isso quer dizer – Dean cuspira.

Por trás da figura masculina que encarava Dean, um riso se formara e Meg aparecera.

Como se você não soubesse. Não é, Dean?

Mas na verdade, ele não sabia.

Sabe, Dean. Nos últimos tempos sua amiga, tornara-se uma grande aliada para mim.

Dean pensara sobre isso. Meg era infiel. Não se aliava a ninguém. Provavelmente só estava lá por ter algum interesse próprio que a beneficiaria sobre tudo isso. Afinal, todos os demônios eram assim.

Hmm, e não que eu faça muita questão de apresentações. Mas e você quem seria, O Mágico de Oz?

Barbas sorrira para o caçador, relevando que na verdade aquilo realmente o tivera provocado.

Não. Mas eu sei fazer alguns truques de mágica se você quiser.

Ele caminhara até Dean, e quando estivera de frente para ele, esticara o braço, passando a mão em frente ao seu rosto, mas sem tocá-lo. Dean sentira um frio percorrer por sua espinha dorsal, como se alguma coisa estivesse sendo sugada dele. Era assim que Barbas fazia para sentir as vibrações das pessoas. Descobrir seus maiores medos e brincar com sua tortura psicológica. Por fim olhara para a palma de sua mão, examinando os receios que conseguira adquirir do caçador que no momento estava indefeso.

É, Dean. Parece que podemos nos divertir bastante.

*****

Enquanto Paige estava na cozinha preparando algumas poções e Phoebe ocupava-se escrevendo um feitiço rápido para invocar o anjo que mais cedo as visitara, Piper tentava localizar Barbas. Em sua mão segurava um cordão ligado a um pingente de cristal, rodando-o por cima do mapa de San Franciso, aberto em cima da mesa. Era um truque que ela e suas irmãs aprenderam há alguns anos para localizar pessoas.

De repente, o cristal parara de rodar e se firmara sozinho sobre um ponto no mapa, como se estivesse magnetizado. Piper olhara a localização.

Encontrei! – Ela avisara suas outras irmãs.

Phoebe no mesmo instante tivera acabado o feitiço, e Paige voltara da cozinha com alguns fracos de líquido vermelho nas mãos.

Rover Hill, Colina dos 42 Cães. – Piper informara o endereço.

Parece ser um galpão velho, ou algo assim.

Phoebe que estava olhando para os frascos que sua irmã mais nova segurava, mudara de assunto.

Que poções são essas? – Perguntara.

Explosivos. Achei que poderiam ser úteis pra você não ficar indefesa – Paige dissera, lembrando Phoebe já que perdera seus poderes.

As garotas anuíram e após cada uma pegar um frasco da poção, concentraram-se no feitiço de Phoebe. Para convocar um anjo, seria necessário o poder das Encantadas. O poder que somente com as irmãs unidas poderia funcionar, também conhecido com O Poder Das Três. Piper, Phoebe e Paige deram-se as mãos, formando um círculo. Elas fecharam os olhos e se concentraram.

“Poder das Três, convocamos a ti.

Cruze a trajetória invisível pelo céu

Venha a nós que o invocamos,

Traga-nós, o Anjo Castiel“

Uma lufada de ar passara por todas elas, mexendo um pouco em seus cabelos, e quando abriram os olhos, deram-se conta que ele, Castiel, estava dentro do círculo que formaram.

Como conseguiram me trazer até aqui? – Perguntou o anjo.

Nós somos, ou não somos as Encantadas? – Phoebe dissera com orgulho.

Piper soltara as mãos de suas irmãs, e cruzara os braços, encarando Castiel.

Estamos prontas para ir atrás de Barbas, como vocês pediram... Mas e Leo? – Ela perguntara por seu anjo da guarda e marido.

Leo está lá em cima com os outros anjos. Nós estamos tomando conta dele, até que Barbas não seja mais uma ameaça – Castiel explicara.

Tem certeza que darão conta dele? – Seus olhos azuis pousaram em Paige que em parte, também era anjo como ele.

É o que sempre fazemos – Ela respondera.

*****

Era o inferno que Dean Winchester mais temia. Ter que voltar para o pior lugar em que já estivera, e sendo ele um caçador, isso deveria significar muito.

Dean continuava preso em correntes, mas desta vez ganchos perfuravam sua pele. Ele vomitava sangue sem parar. Provocar Barbas tivera deixado-o com câncer de 4º grau no estomago, e flashes de tudo que passara quando fora ao submundo, passavam-lhe pela cabeça. Justo tudo que mais gostaria de poder esquecer, por qual toda noite rezava para não se recordar, era o que estava voltando a reviver agora. O caçador gritava, com lagrimas que lhe escorriam pelo rosto.

E de repente, o inferno ao seu redor sumira. Ele estava de volta em um velho galpão, ainda com os pulsos amarrados e presos num gancho, mas nenhum perfurava sua pele. Sem machucados, sem sangue.

Paige, ao lado de Piper, tivera jogado sua poção explosiva em Barbas. Ferindo-o, e fazendo se desconcentrar do pesadelo que criava na cabeça de Dean, com seus poderes.

Salve os rapazes – Castiel junto delas, pedira. Referindo-se aos dois homens pendurados.

Paige fora na direção deles, enquanto Piper restara ao lado do anjo, para cuidar de Barbas.

Enquanto isso, Phoebe e Meg estavam brigando perto dali. A demônia tentara desferir um soco na bruxa, mas a mesma segurara seu punho e o torcera para baixo.

Meg urgira de dor.

Tenho de admitir que você é boa, bruxinha – Ela sorrira, mas logo contra-atacando a Encantada, dando-lhe uma joelhada no estomago que a fizera se afastar.

Mas não tanto quanto eu – Dissera convencida.

Meg lançara um chute na direção de Phoebe. Ela defendendo-se agarrara sua perna, segurando firmemente na coxa e nos tornozelos da inimiga. Então com toda sua força possível, girara e jogara a demônio contra a parede.

Tem razão. Eu sou melhor, vadia.

Meg caíra no chão. Dessa vez irritada, seus olhos tornaram-se pretos e ela puxara de trás da sua calça um punhal. Phoebe pensara que deveria ser aquele que Castiel tivera lhe falado que fora roubado de Sam e Dean, capaz de matar qualquer tipo de demônio.

Ela correra na direção de Phoebe, com intenção de apunhalá-la com a faca que tinha em mãos. Se Phoebe tivesse seus poderes nesse momento, provavelmente levitaria. Ou até poderia ter tido uma premonição, advertindo-a do que estava por vir.

Esperando que suas aulas de artes marciais fossem suficientes, ela dera um chute reto na direção da adversária. Meg cambaleara para trás, e nesse momento, Castiel aparecera nas costas, arrancando a faca de sua mão, e enfiando-a no peito da demônia.

Seus olhos pretos voltaram a ficar normais, mas com brilho opaco. O rosto ganhara uma expressão lívida, e então o corpo caíra no chão sem mais vida alguma.

Phoebe olhara agradecida para o anjo que mesmo assim ainda não confiava. Então juntos se aproximaram de Piper e foram atrás da última irmã que restava.

Alguma coisa estava acontecendo. Dean sentira as mãos de alguém, tocando as suas. Paige estava a sua frente. Tentando desenrolar as cordas que prendiam seus pulsos.

Estamos aqui pra te ajudar – Ela dissera, acalmando-o do choque que passara.

Afinal, Paige sabia como enfrentar Barbas podia ser duro. Ela lembrara-se da primeira vez em que lidara com ele, que por ser claustrofóbica, tivera sido trancafiada em um quarto com paredes que iam se espremendo cada vez mais. Sorte que tinha suas irmãs para salvá-la.

Ao soltar Dean, examinara seus pulsos. Eles estavam em carne viva.

Deixa dar um jeito nisso – Paige dissera, apoiando as mãos sobre os pulsos dele, e assim fazendo surgir uma forte luz de seus palmos. Uma luz que transmitia a Dean uma sensação boa e serena, deixando um calor reconfortante sobre sua pele. Então, quando Paige retirara as mãos, os machucados nos pulsos dele haviam sumido.

Quem é você? – Dean perguntara.

Ela hesitara em responder, isso também por que Dean restara mais apático do que já podia. Ao se entreolharem, ambos sentiram uma sensação como se um fosse familiar ao outro, como se já tivessem se conhecido ou se esbarrado algum tempo atrás. Mas antes que desse tempo de um dos dois dizer qualquer coisa, ambos foram interrompidos pelo anjo e as outras duas irmãs que haviam chegado.

Barbas fugiu – Piper dissera.

Mas nós conseguimos isso – Castiel entregara o punhal para Dean.

Já com vergonha do jeito que o caçador começava a olhar fixo para ela, Paige desviara o olhar e Dean fizera o mesmo.

Naquele momento estavam acontecendo coisas demais para Paige se lembrar dele há 12 anos atrás, como o irmão mais velho que seu colega sempre ia embora junto depois da escola. E Dean estava muito abatido para poder se dar conta disso também.

Rápido, vamos cuidar do Sammy – Ele dissera, caminhando até seu irmão, e cortando com o punhal a corda dos seus pulsos.

Ao se soltar, Dean e Castiel o seguraram com cuidado e puseram-no deitado ao chão. Sam começara a tossir, demonstrando que estivera acordando.

Sam? – Paige sussurra para si mesma quase não acreditando que era ele.

Mas quando o mesmo finalmente abrira os olhos, só vira três figuras femininas orbitando. Elas estavam de mãos dadas. – Paige, nós tire daqui – Piper pedira. Então uma luz azulada se formara sobre elas e todas as três se teletransportaram, desaparecendo magicamente.

Relaxa, Sammy. Tá tudo bem agora – Dean o reconfortara.

*****

De volta para a mansão Halliwell, Phoebe decidira tomar um banho e passar o resto do final de tarde relaxando. Paige ficara no sofá da sala pensando sobre todos os acontecimentos recentes. Naquela manha dissera a si mesma, sentir falta de alguma “ação” em sua vida, mas por hora parecia que já tivera tido demais. Ela havia encontrado Sam depois de muito tempo, e logo em seguida, salvado sua vida.

Paige abraçara seus joelhos e fechara os olhos, esperando que elas e suas irmãs tivessem ido embora a tempo, antes que Sam a pudesse ter visto. Era comum as pessoas não a aceitarem por sua natureza, por isso o segredo de serem bruxas era o qual ela e suas irmãs mais escondiam a todo custo.

Piper estava sentada em seu quarto de frente para a penteadeira, quando vira no reflexo do espelho, pequenas partículas de luzes brilhantes se formarem, e delas Leo surgir. Contente, a irmã mais velha das Halliwell, voltou-se sorrindo para o amado.

Ela levantara-se e fora até ele pra abraçá-lo, afagando seu rosto no peito de Leo.

Parece que Barbas não é mais uma ameaça – Afirmara ele, sendo motivo para que voltasse pra casa.

Mesmo assim, ele ainda continua solto por ai – Piper dissera, sentindo-se inquieta por seus filhos serem o grande alvo do demônio.

Não se preocupe, amor. Nós vamos dar um jeito nele – O anjo dissera, acariciando o cabelo dela.

Piper e Leo se olharam, sentindo-se conectados. E então deram-se um beijo. Ela sabia que era verdade, que tudo poderia dar certo desde que Leo estivesse ao seu lado.

*****

Dean e Castiel estavam no corredor do Hospital de San Francisco. O caçador aproveitara para conversar com o anjo, enquanto Sam visitava Bobby em seu quarto. Parece que ele iria ficar bem, só precisara ficar uns dias internado.

Então você está vivo. Como é possível? – Dean perguntara, lembrando-se da última vez em que vira Castiel, prestes a morrer.

Eu também não sei, parece que ele me quer aqui – Castiel respondera, e Dean entendera muito bem a quem o anjo estivera se referindo.

Falando nisso, Cas... – Dean engolira em seco.

Que papo é esse de Garoto de Deus? Por que todos estão me chamando assim. E o que a Meg falou... De eu matar o diabo? O que quer dizer tudo isso? – Ele falara, com remorso de saber a resposta.

Dean eles estavam certos sobre isso. A princípio eu também não acreditava, mas é você. – Castiel falara.

Eu sou o que? – Perguntara já ficando encabulado.

A casca de Miguel. É você, Dean.


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